Acho que os cogumelos clonados herdam a genética do primeiro, exceto eventuais mutações em células somáticas, que são raras. É claro que a genética não é a única explicação para a morfologia. Mas se o objetivo for obter grandes cogumelos continuar sempre clonando e cultivando em um substrato exatamente igual o maior cogumelo realmente deve ser a melhor aposta.
Há outros pontos a discutir. Cogumelos grandes são bonitos, mas não necessariamente mais potentes. Ou mais resistentes a contaminantes. Ou mais adaptados a variações das condições ambientais do cultivo. E você pode estar na verdade é selecionando um cogumelos grande que seja um coletor eficiente de água do
micélio, com caule oco, menor teor de massa seca, e bem sensível a qualquer variação nos parâmetros de cultivo e pouca resistência a contaminantes. Além disso não há evidências que apoiem que a taxa de conversão da massa seca do substrato em massa seca de cogumelos aumente. Essa taxa de conversão substrato para cogumelo é estimada em 25 a 30% em cubensis.
Mas, uma vez que você clonou um cogumelo e limitou a variação genética à encontrada naquele indivíduo, se você retornar a cultura multi-
esporos com esporos coletados dos clonados vai promover o endocruzamento, como os riscos inerentes ao mesmo. Uma vez iniciada a clonagem não é aconselhado a voltar para multi-esporos. Enquanto que quem mantém uma cultura multi-esporos em carimbos tem até a opção de clonar um ou outro, mas depois usar os esporos originais para cultivar uma nova geração com a variedade genética original.