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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Cogumelo e Rebelião

Falaram da similaridade entre a enteogenia e religiões orientais, tb vejo muita coisa que se encaixa. Já fui adepto do "niilismo religioso", dando enfoque a apenas as experiências com enteógenos, ao caminho construído por mim mesmo sob as orientações dos cogumelos ou outras plantas de poder. Com o tempo percebi que cheguei numa encruzilhada: havia o vislumbre, o hiperespaço, mas e daí? Me toquei que estava num círculo vicioso onde o imenso fluxo energético encontrava as limitações do meu corpo físico e da minha memória e o fluxo não parava de chegar e precisava se expandir, não a expansão momentânea que sentimos, mas uma expansão definitiva e completa.

Daí senti que devia preparar o meu corpo e minha mente de alguma forma, mas de que forma? Comecei a vasculhar os baús do conhecimento humano sobre o tal preparo e encontrei nas religiões orientais, em escolas filosóficas e outras fontes algum tipo de orientação.

Acho que quem encara a enteogenia tem que ser prático, não no sentido pragmático, mas no sentido de ação. Não sou adepto da filosofia de que os enteógenos ensinarão como devo viver, pelo contrário, indicam, dão o direcionamento, mas quem faz acontecer é você, mais cedo ou mais tarde.

Não sei como o corpo do pessoal responde às altas dosagens, mas é dureza se o corpo físico começa a incomodar. Coisas que eu julgava pura teoria doutrinária, agora observo pela prática que são válidas, por isso não acho que devemos nos fechar ao conhecimento humano adquirido. Não podemos passar a vida na posição confortável e enraizada dos céticos.

Eletricake, mesmo que vc esteja certa no seu panorama, temos que levar em conta que há pessoas atingindo outros níveis sem o uso de enteógenos e elas estão buscando, se integrando, podendo no futuro fazer parte de uma hipotética cultura espiritualizada.

Acho que caberia num outro tópico, mas pra vcs o estado enteogênico é um meio ou o fim? Ou os dois ao mesmo tempo?
 
Acho que caberia num outro tópico, mas pra vcs o estado enteogênico é um meio ou o fim? Ou os dois ao mesmo tempo?


Eu me inclino a pensar que é um meio.

O fim seria em princípio indescritível ("O caminho que pode ser expresso não é o caminho constante" - Tao Te Ching), e transcenderia todas as nossas noções de realidade, dualidade etc.

.
 
Na minha singela opinião, o estado enteogênico não é um meio , e muito menos um fim. O estado enteogênico é um todo.

Digo isso pois posso sim chamá-lo de meio e fim, mas posso também denominá-lo de começo, recomeço, renascenca.

Talvez, esse estado não tenha começo, meio e fim, por ser infinito, e lhe mostrar a infinidade da vida e dos planos existentes, com todas as infinitas possibilidades de existência e vivência.

É claro, não esqueçendo que há "N" meios de se atingir um estado enteógeno.

Após iniciar-se na experiência pscodélica ( o que pra mim, seria um início), permanecendo nessas condições enteógenas, dia após dia, ação após ação, o caminho nunca está pré-definido, e nunca sabemos o que o futuro nos reserva, com exatidão.

Por isso que quem caminha nessa estrada, está em um todo, nunca sabe quando chegou na metade do seu caminho, e nem no fim. É como buscar o horizonte. Quando vc chegar em cima do morro mais alto, vai perceber que atrás dele existem outros e mais outros, e o horizonte se projeta em uma nova etapa a ser conquistada.

Não sei se consegui me expressar bem, mas é minha opinião para este momento.:pos:
 

Tem que haver uma entrega. O que varia de caso x caso. Talvez a entrega parta de uma procura. E nem sempre a procura leva ao encontro. Mas encontrá-lo é perdê-lo. Como o MuiLok disse acima, existem "N" meios. Cada um tem seu tempo, e quem define o passo da caminhada é o próprio caminhante, querendo ou não, isso acontece, mesmo que de forma involuntária. Existem exceções.

Sempre há exceções...

E isso é maravilhoso!
 
Eletricake, mesmo que vc esteja certa no seu panorama, temos que levar em conta que há pessoas atingindo outros níveis sem o uso de enteógenos e elas estão buscando, se integrando, podendo no futuro fazer parte de uma hipotética cultura espiritualizada.


Mas eu nunca disse o contrário. Tenho certeza de que é possível atingir outros níveis sem o uso de enteógenos.

Concordo com tudo o que você falou, ademais. A expansão definitiva e completa que você mencionou não seria a morte? As limitações do corpo físico podem ser ultrapassadas até certo ponto, mas depois disso, só se o corpo cessa de existir, não é? Ou talvez há que se tentar ser com os yogues ultra-yogues que são como gravetos no mundo físico.

Quanto a ser meio ou fim, concordo em gênero, número e grau com o MuiLok - expressou maravilhosamente bem.
 
Concordo com tudo o que você falou, ademais. A expansão definitiva e completa que você mencionou não seria a morte? As limitações do corpo físico podem ser ultrapassadas até certo ponto, mas depois disso, só se o corpo cessa de existir, não é? Ou talvez há que se tentar ser com os yogues ultra-yogues que são como gravetos no mundo físico.

Quanto a ser meio ou fim, concordo em gênero, número e grau com o MuiLok - expressou maravilhosamente bem.

E eu concordo da mesma forma sobre as limitações corporais.

Por mais intensa que seja a experiência psicodélica, a essência do ser (alma) sempre volta ao encontro de sua parte física, o corpo. Pode até ser chamado de uma experiência completa.

Porém, experiência definitiva, é uma mudança radical ao desconheçido, com total desprendimento energético de qualquer partícula física. Seria a "passagem".

:pos:
 
Quis dizer definitiva no sentido de constância, da manutenção e controle dos fluxos energéticos, do saber, da iluminação, do nirvana etc.; não significa a necessidade de morte, mas de transmutação e rearranjo energético.

Porque acessar a completude e retornar ao mundo físico sem trazê-la para sempre consigo é apenas ter vivenciado o vislumbre e não a verdade. Nas experiências acessamos o vislumbre, temos um breve contato, sentimos a poeira do cósmico, mas ela logo se dissipa e voltamos aos nossos padrões físicos e culturais.
 
Entendi. De fato, transmutação e rearranjo energético acabam ficando limitados pela existência física. Mas parece um paradoxo, porque sem o corpo não podemos ingerir substâncias ou, no caso dos que não usam enteógenos, alterar ondas cerebrais, por exemplo. Talvez a limitação do corpo seja parte do aprendizado - no caminho para superá-la, como no seu próprio exemplo, acabamos compreendendo uma série de coisas.

O vislumbre se dissipa e voltamos ao padrões, mas... não totalmente. Algo profundo muda completamente.

Claro que com a maluquice da vida cotidiana esquecemos dessa mudança profunda, e aí a tendência é sofrermos um golpe para voltarmos à humildade do aprendiz e lembrarmos/reaprendermos tudo de novo e mais um pouco. É assim: um passo para frente, escorrega dois pra trás. O Samsara continua girando.

Obrigada por levantar essas questões, Neuro. Tô matutando sobre elas. Fez meu dia.
 
lembro uma vez de ter tido uma experiencia muinto forte,
onde cheguei a abandonar meu corpo fisico,e dislubrar coisas que eu nao
acreditava mais, foi tremendo...ATE ONDE PODEMOS CHEGAR!!!
.
ESSE VIDIO E SO P INPIRAR A IMAGINACAO
<<<<
VIDIO​
 

Anexos

  • vidio do cosmo.bmp
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Quis dizer definitiva no sentido de constância, da manutenção e controle dos fluxos energéticos, do saber, da iluminação, do nirvana etc.; não significa a necessidade de morte, mas de transmutação e rearranjo energético.

Porque acessar a completude e retornar ao mundo físico sem trazê-la para sempre consigo é apenas ter vivenciado o vislumbre e não a verdade. Nas experiências acessamos o vislumbre, temos um breve contato, sentimos a poeira do cósmico, mas ela logo se dissipa e voltamos aos nossos padrões físicos e culturais.

Perfeito Neuro, entendi melhor onde estamos tentando chegar.

Mas, será possível a constância e o controle das energias. Os estados de nirvana, iluminação, poderiam ser constantes?

Bem, exige muito preparo, estudo, dedicação, isso eu já sei.

muito bom post
 
Com toda razão o Doutor disse parecer não haver um elo entre as solucionáticas atingidas nos estados de alteração da consciência nas sessões.
Esse é um ponto delicado realmente, porque temos que delimitar bem o que é uma "sessão"...

Até que ponto uma sessão deixa de ser ? Será que uma vez entrado em contato com uma alteração da consciência, ainda que sua intensidade mais relevante se vá, não permanece ainda alguma ?

Será que a "sessão" acaba mesmo no momento em que minhas faculdades mentais voltam atuar normalmente? Ou será que permanece uma mudança psicológica num subnivel bem sutil ?

Acho que é neste sentido em que devemos nos policiar durante uma "sessão" psicodélica, conseguir reter o seu aspecto positivo para sempre, conseguir lembrar-se daquilo que se desejava pensar naquele momento, não se deixar tapiar pela aminésia...

É possível conseguir segurar tudo isso durante o curso restante da experiência, com a prática e o treino da própria mente, a meditação, voce transporta as novas impressões para o futuro em forma de lembranças...

Assim, a "sessão" psicodélica de uma substância não termina no momento em que seus efeitos mais relevantes sessão, mas permanecem vívidos pelo tempo em que você deseja ter aquilo como vontade.
 
Mais dois pontos que gostaria de elucidar pra dar continuidade a linha de raciocínio. (pra só depois entrar em política)

Sobre a força de vontade e o poder ajuizar.

A força de vontade é uma das faculdade que tem sua intensidade mais transformada durante as experiências psicodélicas, devido ao alto poder estimulante de algumas substâncias, o sujeito se vê impelido por uma força maior a por em prática a sua vontade e o seu plano arquitetado pela vontade criadora, sua a criatividade.

Eis aqui um grande problema, sua capacidade de projetar um futuro, pra assim poder arquitetar um plano ou uma estratégia realmente eficaz, que surta um bom efeito para sí e para o mundo, será possível que consigamos ajuizar eticamente* durante uma alteração da consciência ?

Nota: Durante uma experiência psicodélica sua mente se divide em duas partes, que coexistem apesar de contraditórias, algo permanece idêntico e algo muda, em sua mente, porque toda mudança, muda em algo.
Se existe algo que muda, existe algo que permanece, no que diz respeito a sua mente, o que muda são as novas impressões, a nova perspectiva com que se vê a realidade; e o que não muda é aquilo que se chama "Eu", o Eu não muda durante toda a vida, o sujeito que escolhe mudar de forma de ser ainda continua sendo "Eu".


Nosso juizo atua de acordo com muitas diretrizes, a própria estrutura da mente é cheia de "pesos" dos quais usamos para avaliar, para aquilatar, para ajuizar tal o qual coisa.
Neste ponto é crucial que sejamos policiados para que não incorramos no erro do mau juizo quando sob efeito de alguma substância.

Temos que ajuizar e atuar com o nosso próprio Eu, aquilo que não muda na mudança da mente; e NÂO se deixar levar e ajuizar de acordo com o estado emotivo e equivoco que muito fácilmente caimos quando sob efeito de tais substâncias.

É esta minha mensagem, pra introduzir a linha de raciocínio que pretendo seguir sobre Política num texto que redigirei mais pra frente, pra poder delimitar bem o objeto da Política e visualizar a verdadeira problemática, realizar uma dialética entre as soluções e chegar numa conclusão Unívoca entre as muitas formas de se pensar sobre a Política.

Abraços!!

*Ética, Ciência ou ramo da filosofia que trata do bem agir, agir corretamente consoante o problema e a situação
 
Nota: Durante uma experiência psicodélica sua mente se divide em duas partes, que coexistem apesar de contraditórias, algo permanece idêntico e algo muda, em sua mente, porque toda mudança, muda em algo.
Se existe algo que muda, existe algo que permanece, no que diz respeito a sua mente, o que muda são as novas impressões, a nova perspectiva com que se vê a realidade; e o que não muda é aquilo que se chama "Eu", o Eu não muda durante toda a vida, o sujeito que escolhe mudar de forma de ser ainda continua sendo "Eu".

Tem como explicar melhor isso do "Eu" que continua sendo "Eu"?
 
Neste ponto é crucial que sejamos policiados para que não incorramos no erro do mau juizo quando sob efeito de alguma substância.

Temos que ajuizar e atuar com o nosso próprio Eu, aquilo que não muda na mudança da mente; e NÂO se deixar levar e ajuizar de acordo com o estado emotivo e equivoco que muito fácilmente caimos quando sob efeito de tais substâncias.[/i]

Caro amigo,

Acredito que nosso Eu inclui tanto o "estado emotivo e equivoco" quanto o eu que o policia e considera esse estado um "mau juízo". Acontece que nosso pequeno eu, nosso consciente, reprime boa parte do nosso grande Eu (o inconsciente + consciente). Esse "estado emotivo" não foi criado ou simplesmente exagerado pelo efeito da psilocibina (ou alcool, por exemplo), mas foi uma libertação da repressão do ego.

Portanto, na minha opinião, creio que devemos sim às vezes nos deixar levar pelo estado emotivo em que facilmente caimos quando sob efeito de tais substâncias (ou pelo menos não ignorar ou desprezar tais manifestações, tentar entende-las). Talvez seja um belo conselho do nosso sábio incosciente: "não seja tão intelectual, sinta mais...".

Mas isso também é a minha opinião, como encaro a coisa.

Grande abraço
 
cara, discordo quando dizem que para se tornar um iogue vc precisa ser um graveto na matéria. temos a imagem de buda que alcançou a iluminação, e ele nao era nenhum graveto.
Mas parece um paradoxo, porque sem o corpo não podemos ingerir substâncias ou, no caso dos que não usam enteógenos, alterar ondas cerebrais, por exemplo.

o principio da meditação é justamente apagar completamente o corpo e mente. oq sobra sem esses dois? baixar a frequencia cerebral eh um sinal de que o corpo esta se desligando... Isso pode ser comparado a uma morte durante a vida (material)(ja que tocaram no assunto).

Mas, será possível a constância e o controle das energias. Os estados de nirvana, iluminação, poderiam ser constantes?
com certeza. pra chegar nesses altos estados de iluminação eh preciso um grande trabalho interior, um grande desbloqueio energetico, e nao eh algo que se acabe como um efeito que vai embora. a consciencia sem duvidas permanece!!

temos que levar em conta que há pessoas atingindo outros níveis sem o uso de enteógenos e elas estão buscando, se integrando, podendo no futuro fazer parte de uma hipotética cultura espiritualizada.
isso aí! mas essas pessoas já fazem parte dessa cultura espiritualizada a séculos e sempre estarao fazendo neh

voltando ao assunto do topico, eu acredito que os enteogenos foram/são/poderão-ser muito úteis na transformação do planeta e de cada ser humano. mas eh preciso muito discernimento ao meu ver, para não virar aquela coisa necessária para se viver. considero muito importante saber chegar lá de uma maneira natural. Uma vez escutei um lance muito interessante que dizia que "precisar de alguma droga pra se conseguir viver é o mesmo que ficar enxendo um pneu furado, vc sempre vai precisar enxer, e ele sempre vai esvaziar."... Talvez seja importante remendá-lo também!

A psicodelia pode mudar o mundo? Já está mudando!!!
Porque tem que mudar? Justamente porque a evolução eh a razao da existencia!

eu acredito que a enteogenia pode ajudar muito no processo de auto-conhecimento do ser humano, mas sempre com muita responsa
 
Tem como explicar melhor isso do "Eu" que continua sendo "Eu"?

Claro, vou tentar te explicar isso que disse...

O Eu que continua sendo Eu, apesar da mudança do sujeito, é uma simples intuição
Veja, eu não estou dizendo que quando se muda um sujeito, seu Eu não muda, pelo contrário, estou dizendo que aquilo que não muda no sujeito, é o seu Eu.
É uma simples definição do que é um Eu, aquilo que não muda no sujeito apesar das mudanças desse sujeito.
Pra ficar mais fácil essa intuição vou fazer uma exegése para você.

Como é que voce nomeia aquilo que não mudou, des de que você se lembra da sua infancia?
Como se chama aquilo que permaneceu o mesmo, apesar de todas as mudanças que você teve durante sua vida?

É simples, eu apenas chamei isso, essa essência do sujeito, aquilo que jamais muda nele, apesar de todas mudanças, chamei de "Eu".

Espero ter exclarecido!! Abraços
 
Perfeito Neuro, entendi melhor onde estamos tentando chegar.

Mas, será possível a constância e o controle das energias. Os estados de nirvana, iluminação, poderiam ser constantes?

Bem, exige muito preparo, estudo, dedicação, isso eu já sei.

Concordo quando disseram que não devemos procurar respostas prontas ou mastigadas de qualquer mestre (mesmo que o mestre seja um cogumelo ou uma planta). No entanto, acredito que os grandes mestres da humanidade foram os que incitaram as pessoas serem livres e descobrirem a verdade por elas mesmas.

E boa parte desses mestres disseram que é sim possivel essa iluminação "constante". Talvez ela seria o fim de toda a dualidade, inclusive de matéria e espírito.

Mas se me dissessem, antes dos cogumelos, o que eu poderia experimentar com eles, eu não entenderia e não acreditaria. Então também não duvido de alguma transformação nesse sentido. Dizem inclusive que o Zen é uma "ciência" para isso.

Talvez os enteógenos sejam apenas o início de uma busca.

Abraços
 
Caro amigo,

Acredito que nosso Eu inclui tanto o "estado emotivo e equivoco" quanto o eu que o policia e considera esse estado um "mau juízo". Acontece que nosso pequeno eu, nosso consciente, reprime boa parte do nosso grande Eu (o inconsciente + consciente). Esse "estado emotivo" não foi criado ou simplesmente exagerado pelo efeito da psilocibina (ou alcool, por exemplo), mas foi uma libertação da repressão do ego.

Portanto, na minha opinião, creio que devemos sim às vezes nos deixar levar pelo estado emotivo em que facilmente caimos quando sob efeito de tais substâncias (ou pelo menos não ignorar ou desprezar tais manifestações, tentar entende-las). Talvez seja um belo conselho do nosso sábio incosciente: "não seja tão intelectual, sinta mais...".

Mas isso também é a minha opinião, como encaro a coisa.

Grande abraço

Eu sei o que voCê esta dizendo, você esta partindo sua teoria da teoria Freudiana do Ego, Super-Ego e ID.
Porém essa teoria psicanalitica é muito superficial na minha opinião.

Defina melhor o que é o seu "consciênte" e "inconsciênte", e verás que existe um ponto comum entre essas duas faculdades, isso é a totalidade do Eu, e é esse ser integral que eu estou me referindo, esse Eu essêncial, ele (o seu consciênte + inconsciênte) não muda.

Veja que minha idéia não é contraditória para com a teoria psicanalitica de Freud, mas apenas fala a totalidade do Sujeito, e não dessas duas partições de um sujeito - Consciênte e Inconsciênte.

Muito simples, eu sou UM só, como eu poderia partir o meu Eu em 2? Se ha algo que é a base para a teoria é o Eu integral, e não esses dois modos do Eu, pelo contrário, Consciência e Inconsciência são características específicas desse Eu, cuja existência é mais fundamental que elas duas.

Outra coisa que me da ligeira impressão, é sua idéia estar eivada de um subjetivismo exagerado...
Veja, não se pode extender o sujeito para toda realidade. O sujeito constrói a realidade SIM, mas a realidade também constrói o sujeito, e essa relação é sutil de ser percebida, mas existe, não se deixe levar para uma metafísica subjetivista e achar o mundo uma mera construção mental desse Eu Freudiano, coisa que muitos psicólogos universitários acabam por fazer.

A realidade é complexa, não é tão simples assim dizer que é uma torrente de oniciência limitada pela valvula redutora do Ego...
Nem tampouco que somos macacos sem pelo impelidos pela libido e bem sucedido na evolução...

É BEM mais complicado... Freud foi ótimo.. EM psicologia, não em metafísica.
 
Brunomg, eu nunca li Freud, mas confesso que oq eu disse foi um pouco inspirado por Jung, em "Psicologia e Religião". Como o próprio nome do livro sugere, metáfisica e psicologia podem ter uma relação, sim.


Defina melhor o que é o seu "consciênte" e "inconsciênte", e verás que existe um ponto comum entre essas duas faculdades, isso é a totalidade do Eu, e é esse ser integral que eu estou me referindo, esse Eu essêncial, ele (o seu consciênte + inconsciênte) não muda.

Veja que minha idéia não é contraditória para com a teoria psicanalitica de Freud, mas apenas fala a totalidade do Sujeito, e não dessas duas partições de um sujeito - Consciênte e Inconsciênte.

Concordo plenamente com vc, que existe um ponto comum entre essas duas faculdades (o incosciente + consciente), a totalidade do Eu, mas eu já havia dito isso antes. Não entendi sua objeção. E você não acha que, apesar de sermos sim só um Eu, no entanto dividimos esse Eu em dois? Você não acha que o "estado emotivo", liberado pelo uso de alguma substância, como falamos, não pode ser uma dessas partes de nós mesmos que renegamos, sendo liberada?

O que não acredito é que inconscinente e consciente tenham uma fronteira fixa. Se a consciência aumentar, o que é inconsciênte em nós diminui. Por isso, quando expandimos a nossa consciência encontramos e revemos traumas, medos, lembranças boas e ruins, e também passamos a conhecer sentimentos que antes não tinhamos consciência.

O osho tem uma metáfora que eu acho legal para o consciênte/inconsciênte. Segundo ele, os limites entre consciente e inconsciente mudam a cada instante, como as pupilas dos olhos. Com muita luz, a pupila se fecha. Com pouca luz, ela se abre. Isso cria um constante equilibrio com a luz exterior. E a consciência estaria mudando da mesma forma. E, segundo ele (e outros místicos), essa analogia é importante porque a consciência seria o olho interior, o olho da alma. Assim, quanto mais expandida a consciência, mais perto estariamos do divino.

Abraço
 
MuriloMilho diz:
O osho tem uma metáfora que eu acho legal para o consciênte/inconsciênte. Ele diz que um exemplo é a nossa pupila, que funcionaria como nossa consciência. Com quanto mais luz, ela se alarga. Na escuridão, ela fica pequena e fechadinha. E, segundo ele e muitos outros místicos, a consciência seria uma "janela para a alma". Portanto, quanto mais expandida a consciência, mais perto estariamos do divino. E não é segredo pra ninguém como a pulila e a consciência ficam dilatadas quando consumimos alguns cogumelos, hehehe.

acho que eh o contrario cara, quanto mais luz, mais a pupila fecha, quanto mais escuridão, mais ela se abre..
e a consciencia nao seria a propria alma?

abraços
 
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