- Raças
- Psilocybe Cubensis Camboja
- Inoculação
- 22/09/2023
- Inoculação via
- Cultura liquida (comprada pela internet)
- Assepsia (Inoculação)
- Ar livre, mesa de trabalho limpa, com 4 velas para ajudar na assepsia
- Terrário
- Caixa organizadora ( instalei um sistema de controle de umidade, temperatura e ventilação )
- Técnicas
- Bolos PF TEK em copos americanos, tampa de papel alumínio, assepsia em panela de pressão e fé
- Substratos
- Vermiculita, arroz integral (quebrados no liquificador)
Saudações!
Vou deixar minha experiência aqui nesse espaço, na esperança de ajudar alguém também iniciante, porque para mim ajudou muito os outros diários aqui do fórum. E também claro pegar algumas dicas dos veteranos que por aqui circulam.
Preparo do substrato
Nessa etapa, me preocupei apenas em deixar tudo limpo e organizado, não me preocupei com assepsia porque tudo que estamos trabalhando nessa etapa será esterilizado com o uso da panela de pressão posteriormente.
Preparei o substrato em uma vasilha de vidro, colocando 2 partes de vermiculita (comprada em casas de jardinagem, só tinha um tamanho, um pouco fina parecendo um pouco areia), 1 parte de arroz integral ( comprado no mercado) e coloquei no liquidificador e liguei aos poucos, apenas para quebrar os grãos, não virar pó.
Como a orientação para se preparar o substrato, coloquei vermiculita (2 copos americanos) na vasilha, e fui colocando a água ( 1 copo americano) e quando já toda a vermiculita misturada com a água (essa ordem fica mais fácil você hidratar a vermiculita). Coloquei o último ingrediente, o arroz triturado ( 1 copo americano) e misturei tudo e deixei o mais homogêneo possível.
Essas proporções conseguem preencher 3 copos americanos, pronto esse é o substrato.
Colocar o substrato nos recipientes (copos americanos)
Nessa manipulação também não me preocupei com assepsia, tudo vai para panela de pressão posteriormente.
Com uma colher fui pegando um pouco do substrato e colocando nos copos americanos, lembrando em não compactar o substrato (se compactar o substrato, só vai deixar um caminho mais complicado para o micélio percorrer), fui apenas batendo o copo levemente em cima de um pano sobre a mesa e vai colocando mais e mais substrato até preencher cada copo, lembrando de deixar um espaço antes de completar totalmente o copo de aproximadamente 1 a 2 cm (eu usei um tracinho que tem o copo americano é aproximadamente 1 cm).
Feito isso estamos pronto agora para "selar" nossos recipientes.
Fazendo a tampa com papel alumínio
Ainda sem se preocupar com a assepsia e com os copos já cheios (com uma distância de aproximadamente 1cm para a borda) preenchi o restante do espaço com vermiculita (a mesma que usamos para preparar o substrato, porém sem hidratar, direto da embalagem da loja). Esse procedimento de preencher com vermiculita seca, faz uma barreira a mais que a algum microorganismo responsável pela contaminação indesejada tenha que passar, uma ambiente seco até chegar no substrato em si.
Com os copos já preenchidos, limpei a borda do copo (apenas para tirar algum vestígio de vermiculita ou substrato para não rasgar o papel alumínio quando fecharmos o copo), corte uns pedaços de papel alumínio de forma que pareça uma tampa, e sobre um pedaço de aproximadamente 1 a 2cm que usaremos para "lacrar" com fita isolante.
Com o papel alumínio ajustado como se fosse uma tampa, passei a fita isolante duas vezes o mais apertado que consegui. Pronto está feito o que considero o mais trabalhoso, não o mais crítico
e sim o mais trabalhoso.
Observação de furos ou não furos na tampa? Eu não fiz furos no papel alumínio com encontrei algumas orientações. Na minha interpretação esses furos são um facilitador de entrada de contaminante quando estamos manipulando para inoculação, já que a esterilização na panela de pressão, será feita pela temperatura elevada devido a pressão dentro da panela que faz a água ferver próximo a 125ºC e não próximo a 100ºC como uma panela sem ser de pressão. E essa pressão será exatamente a mesma em todo interior e tudo dentro da panela, dentro e fora do copo, com ou sem o furo no papel alumínio. E o vapor que cria nesse processo ( um pouco mais quente que a água fervendo) está presente em toda área fora da água da panela, dentro do copo também, os furos não seriam a entrada desse vapor, mesmo porque a pressão será sempre a mesma dentro ou fora do copo. Dessa forma então não coloquei uma segunda folha de papel alumínio, mantive apenas uma folha tampando o copo.
Esterilização na panela de pressão
Comprei uma panela de pressão apenas para essa função ( na verdade a de casa aqui já tem uns km rodados)
Coloquei os quatros copos americanos, já prontos como os passos anteriores ( eram apenas 3, mas resolvi depois fazer mais copo americano um para preencher mais a panela e um copo apoiar no outro, tinha receio deles tombarem quando começar a fervura da água)
Observação colocar ou não colocar pano no fundo da panela? Apesar de ver algumas pessoas recomendando, eu optei por não colocar, não vi função para ele e tive a sensação dos copos ficarem menos apoiado que no fundo mesmo da panela, e lembrando que a temperatura da água fervendo será a mesma tanto próximo ao fundo da panela ou na superfície, próximo dos 125ºC, então interpretei o pano no fundo da panela um elemento a mais de complicação e não usei, apoiei os copos diretamente no fundo da panela.
Com os copos dentro da panela, preenchida com água até cobrir 40% do copo mais ou menos, e não estavam boiando a massa do substrato e do copo faz o copo ficar apoiado no fundo a panela, dando uma segurança que não tombe o copo dentro da panela, que poderia entrar mais água no nosso substrato e isso não seria bom.
Deixei por 1 hora contando após a panela pegar a pressão, ou seja começar a sair um vapor pela válvula comecei a contar o tempo. Após 1 hora na pressão desliguei e deixei esfriar ( na verdade fiz a esterilização umas 22h e só fui fazer a inoculação no dia seguinte 12 horas depois)
Inoculação (aqui para mim foi a parte mais preocupante, por fazer sem equipamentos, fiz no meu escritório)
Aqui é o processo que fiz o possível, me preocupar com contaminação e fiz o que estava ao meu alcance tornar o máximo asséptico.
Limpei a mesa do meu escritório com álcool 70 e levei a panela de pressão ainda fechada sem abrir (já totalmente fria, deixei a noite toda esfriando) para a mesa do escritório, fechei a janela e porta, na intenção de deixar o fluido ar o mais parado possível, para tentar fazer o ambiente mais controlado possível.
Usei uma boné (para minimizar o risco de algum fio de cabelo cair durante o processo) , máscara (a mesma que usei nos tempos de Covid) para diminuir a circulação de ar e gotículas natural da respiração , luvas comprei umas de látex, mas comprei tamanho M e ficou muito pequena, então acabei fazendo todo o processo sem as luvas. Com a panela de pressão ainda fechada acendi 4 velas em volta, para criar uma barreira estéril, com ar quente ( é pouco eficaz mas é o que tinha para o dia).
Abri a panela de pressão ( pronto desse ponto em diante já perdemos a esterilidade que tínhamos com ela ainda fechada) então tentei fazer o mais rápido possível esse processo (por isso não tenho fotos para publicar, prometo na próxima fazer os registros melhores
. Tirei cada copo por vez, passei a agulha rapidamente em uma chama das velas acesas, para esterilizar a agulha e furei o papel alumínio, a ponta da agulha afundei o suficiente para começar a aplicar a cultura líquida depois da camada de vermiculita seca, e despejei 1 ml.
Cada furo que colocava 1 ml da cultura líquida, já fechava com um pedaço de fita microporosa. E repetia o processo em cada furo.
Esquentava a agulha na chama da vela, furava o papel alumínio com a agulha, aplicava 1ml e logo em seguida tampar o furo com um pedaço de fita microporosa. (já deixe os pedaços cortados antes de fazer a aplicação, para agilizar o processo, eu imagino que quanto mais rápido você fechar o furo, menos chance você vai dar para outros microrganismos entrarem no nosso bolo
Progresso dos micélios ( 5 dias após a inoculação)
Se passaram 5 dias (22/09/23 a 27/09/23) desde a inoculação e para minha felicidade começaram a aparecer os primeiros pontos de micélios. Fique feliz por não perceber alguma contaminação por enquanto
Aqui na minha cidade como todo o Brasil passamos por uma onda de calor intensa, chegando a temperaturas próximas de 38ºC e a noite também altas próximo dos 30ºC. Não é uma temperatura ideal para o desenvolvimento dos micélios, mas estou deixando os bolos em uma caixa de papelão em uma parte mais fresca do apartamento onde moro
Bom é isso até o momento, vou postar o progresso e mais detalhes quando tiver atualizações.
Estou fazendo com muita atenção e respeito. Por ser um universo novo para mim e estar manipulando um ser milhões de anos mais tempo no planeta terra que nos.
Gratidão pelas informações que consegui aqui nesse fórum e vou compartilhando também minhas experiências por aqui.
Vou deixar minha experiência aqui nesse espaço, na esperança de ajudar alguém também iniciante, porque para mim ajudou muito os outros diários aqui do fórum. E também claro pegar algumas dicas dos veteranos que por aqui circulam.
Preparo do substrato
Nessa etapa, me preocupei apenas em deixar tudo limpo e organizado, não me preocupei com assepsia porque tudo que estamos trabalhando nessa etapa será esterilizado com o uso da panela de pressão posteriormente.
Preparei o substrato em uma vasilha de vidro, colocando 2 partes de vermiculita (comprada em casas de jardinagem, só tinha um tamanho, um pouco fina parecendo um pouco areia), 1 parte de arroz integral ( comprado no mercado) e coloquei no liquidificador e liguei aos poucos, apenas para quebrar os grãos, não virar pó.
Como a orientação para se preparar o substrato, coloquei vermiculita (2 copos americanos) na vasilha, e fui colocando a água ( 1 copo americano) e quando já toda a vermiculita misturada com a água (essa ordem fica mais fácil você hidratar a vermiculita). Coloquei o último ingrediente, o arroz triturado ( 1 copo americano) e misturei tudo e deixei o mais homogêneo possível.
Essas proporções conseguem preencher 3 copos americanos, pronto esse é o substrato.
Colocar o substrato nos recipientes (copos americanos)
Nessa manipulação também não me preocupei com assepsia, tudo vai para panela de pressão posteriormente.
Com uma colher fui pegando um pouco do substrato e colocando nos copos americanos, lembrando em não compactar o substrato (se compactar o substrato, só vai deixar um caminho mais complicado para o micélio percorrer), fui apenas batendo o copo levemente em cima de um pano sobre a mesa e vai colocando mais e mais substrato até preencher cada copo, lembrando de deixar um espaço antes de completar totalmente o copo de aproximadamente 1 a 2 cm (eu usei um tracinho que tem o copo americano é aproximadamente 1 cm).
Feito isso estamos pronto agora para "selar" nossos recipientes.
Fazendo a tampa com papel alumínio
Ainda sem se preocupar com a assepsia e com os copos já cheios (com uma distância de aproximadamente 1cm para a borda) preenchi o restante do espaço com vermiculita (a mesma que usamos para preparar o substrato, porém sem hidratar, direto da embalagem da loja). Esse procedimento de preencher com vermiculita seca, faz uma barreira a mais que a algum microorganismo responsável pela contaminação indesejada tenha que passar, uma ambiente seco até chegar no substrato em si.
Com os copos já preenchidos, limpei a borda do copo (apenas para tirar algum vestígio de vermiculita ou substrato para não rasgar o papel alumínio quando fecharmos o copo), corte uns pedaços de papel alumínio de forma que pareça uma tampa, e sobre um pedaço de aproximadamente 1 a 2cm que usaremos para "lacrar" com fita isolante.
Com o papel alumínio ajustado como se fosse uma tampa, passei a fita isolante duas vezes o mais apertado que consegui. Pronto está feito o que considero o mais trabalhoso, não o mais crítico
Observação de furos ou não furos na tampa? Eu não fiz furos no papel alumínio com encontrei algumas orientações. Na minha interpretação esses furos são um facilitador de entrada de contaminante quando estamos manipulando para inoculação, já que a esterilização na panela de pressão, será feita pela temperatura elevada devido a pressão dentro da panela que faz a água ferver próximo a 125ºC e não próximo a 100ºC como uma panela sem ser de pressão. E essa pressão será exatamente a mesma em todo interior e tudo dentro da panela, dentro e fora do copo, com ou sem o furo no papel alumínio. E o vapor que cria nesse processo ( um pouco mais quente que a água fervendo) está presente em toda área fora da água da panela, dentro do copo também, os furos não seriam a entrada desse vapor, mesmo porque a pressão será sempre a mesma dentro ou fora do copo. Dessa forma então não coloquei uma segunda folha de papel alumínio, mantive apenas uma folha tampando o copo.
Esterilização na panela de pressão
Comprei uma panela de pressão apenas para essa função ( na verdade a de casa aqui já tem uns km rodados)
Coloquei os quatros copos americanos, já prontos como os passos anteriores ( eram apenas 3, mas resolvi depois fazer mais copo americano um para preencher mais a panela e um copo apoiar no outro, tinha receio deles tombarem quando começar a fervura da água)
Observação colocar ou não colocar pano no fundo da panela? Apesar de ver algumas pessoas recomendando, eu optei por não colocar, não vi função para ele e tive a sensação dos copos ficarem menos apoiado que no fundo mesmo da panela, e lembrando que a temperatura da água fervendo será a mesma tanto próximo ao fundo da panela ou na superfície, próximo dos 125ºC, então interpretei o pano no fundo da panela um elemento a mais de complicação e não usei, apoiei os copos diretamente no fundo da panela.
Com os copos dentro da panela, preenchida com água até cobrir 40% do copo mais ou menos, e não estavam boiando a massa do substrato e do copo faz o copo ficar apoiado no fundo a panela, dando uma segurança que não tombe o copo dentro da panela, que poderia entrar mais água no nosso substrato e isso não seria bom.
Deixei por 1 hora contando após a panela pegar a pressão, ou seja começar a sair um vapor pela válvula comecei a contar o tempo. Após 1 hora na pressão desliguei e deixei esfriar ( na verdade fiz a esterilização umas 22h e só fui fazer a inoculação no dia seguinte 12 horas depois)
Inoculação (aqui para mim foi a parte mais preocupante, por fazer sem equipamentos, fiz no meu escritório)
Aqui é o processo que fiz o possível, me preocupar com contaminação e fiz o que estava ao meu alcance tornar o máximo asséptico.
Limpei a mesa do meu escritório com álcool 70 e levei a panela de pressão ainda fechada sem abrir (já totalmente fria, deixei a noite toda esfriando) para a mesa do escritório, fechei a janela e porta, na intenção de deixar o fluido ar o mais parado possível, para tentar fazer o ambiente mais controlado possível.
Usei uma boné (para minimizar o risco de algum fio de cabelo cair durante o processo) , máscara (a mesma que usei nos tempos de Covid) para diminuir a circulação de ar e gotículas natural da respiração , luvas comprei umas de látex, mas comprei tamanho M e ficou muito pequena, então acabei fazendo todo o processo sem as luvas. Com a panela de pressão ainda fechada acendi 4 velas em volta, para criar uma barreira estéril, com ar quente ( é pouco eficaz mas é o que tinha para o dia).
Abri a panela de pressão ( pronto desse ponto em diante já perdemos a esterilidade que tínhamos com ela ainda fechada) então tentei fazer o mais rápido possível esse processo (por isso não tenho fotos para publicar, prometo na próxima fazer os registros melhores
Cada furo que colocava 1 ml da cultura líquida, já fechava com um pedaço de fita microporosa. E repetia o processo em cada furo.
Esquentava a agulha na chama da vela, furava o papel alumínio com a agulha, aplicava 1ml e logo em seguida tampar o furo com um pedaço de fita microporosa. (já deixe os pedaços cortados antes de fazer a aplicação, para agilizar o processo, eu imagino que quanto mais rápido você fechar o furo, menos chance você vai dar para outros microrganismos entrarem no nosso bolo
Progresso dos micélios ( 5 dias após a inoculação)
Se passaram 5 dias (22/09/23 a 27/09/23) desde a inoculação e para minha felicidade começaram a aparecer os primeiros pontos de micélios. Fique feliz por não perceber alguma contaminação por enquanto
Aqui na minha cidade como todo o Brasil passamos por uma onda de calor intensa, chegando a temperaturas próximas de 38ºC e a noite também altas próximo dos 30ºC. Não é uma temperatura ideal para o desenvolvimento dos micélios, mas estou deixando os bolos em uma caixa de papelão em uma parte mais fresca do apartamento onde moro
Bom é isso até o momento, vou postar o progresso e mais detalhes quando tiver atualizações.
Estou fazendo com muita atenção e respeito. Por ser um universo novo para mim e estar manipulando um ser milhões de anos mais tempo no planeta terra que nos.
Gratidão pelas informações que consegui aqui nesse fórum e vou compartilhando também minhas experiências por aqui.
Anexos
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