Olá pessoal, como vão?
Estou realizando, enfim, meu primeiro cultivo efetivo, depois de muito tempo pesquisando. Já tentei outras vezes, muito tempo atrás, mas acabei desistindo por conta de dificuldades técnicas e financeiras. Agora consegui juntar um dinheiro e separar um tempo para me dedicar à criação dos cogumelos.
Algumas coisas estão ainda chegando pelos correios, pois comprei tudo via internet, mas faltam apenas os materiais para o terrário.
A seguir os detalhes:
==================
DIÁRIO DE CULTIVO
==================
STRAIN: White Fever e B+
PROCEDÊNCIA: Cultura líquida comprada pela internet
---------------------------------------------
SUBSTRATO PARA COLONIZAÇÃO:
---------------------------------------------
(x) PF TEK (2V + 1FAI + 1A)
Selo com Vermiculita
(x) Sim ( ) Não
Método de preparação e esterilização do substrato:
Decidi começar pela PF TEK básica para esse primeiro cultivo: fiz a mistura adequada de 2 de vermiculita, 1 de arroz integral triturado (sem casca, pois não encontrei), e 1 de água.
Utilizei potes de polipropileno de 350ml comprados pelo mercado livre (indicados por um membro do fórum em alguma postagem que já não consigo mais encontrar), pelo fato de que tive alguns problemas com vidro nas minhas primeiras tentativas, mais de 10 anos atrás, acabavam sempre quebrando ou trincando na panela.
Decidi dar uma chance para os potes de plástico então, mas assim que chegaram percebi que talvez tenha feito uma má escolha, pois são translúcidos, e não transparentes, o que deve dificultar de observar o crescimento do micélio, assim como de possíveis contaminantes.
Já de cara encontro um problema, mas vou tentar seguir com esses potes que tenho, e também buscar comprar alguns de vidro resistentes.
Furei os potes em 2 pontos equidistantes com prego quente e os cobri com micropores.
Enchi 6 potes com a mistura, coloquei um selo de vermiculita em cima generoso, e esterilizei na panela de pressão por 45 minutos (após pegar a pressão).
Como minha panela é pequena, tive que fazer em duas levas, o que levou quase 2 dias no total, considerando a abertura da panela apenas quando esfriasse totalmente.
Com a panela totalmente fria, abri ela com muito cuidado, desinfetando seu exterior e a bancada em que trabalhei com borrifador de álcool 70, e logo os coloquei na glove box que montei.
Para a glovebox, utilizei uma caixa organizadora de 36L, fiz dois buracos grandes o suficientes para passar minhas mãos com luvas, e prendi as luvas em potes plásticos, para evitar que entrasse ar e contaminantes quando estivesse manuseando os objetos dentro dela.
Olhando agora parece até meio gambiarra, vou tentar adaptar melhor depois.



Coloquei por fim as seringas com as culturas líquidas compradas na internet, todas borrifadas com álcool 70, um isqueiro, uma tesoura e também uma fita isolante, nos quais passei bastante álcool.
Com tudo pronto e dentro da glovebox, parti para a:
-------------------------------------------------
INOCULAÇÃO: Data 19/06/2020
-------------------------------------------------
( ) Seringa Multiesporos
(x) Cultura Líquida
( ) Outro: _________________
GloveBox?
(x) Sim ( ) Não
Realizei o procedimento de usar o isqueiro para flambar a ponta das agulhas, e as inseri nos furos com micropores, até o ponto em que fosse possível observar que teria passado do selo de vermiculita. Injetei cerca de 1ml de cultura líquida em cada furo, totalizando 2ml por bolo.
Em 3 dos bolos foi inoculada a cultura de White Fever, e em outros 3 a de B+.

Tampei os furos com a fita isolante, por cima do micropore já furado pela agulha, selando assim os potes.

Depois achei que pode ter sido muita quantidade injetada, quando vi que as seringas ficaram bem baixas de líquido, por isso decidi fazer também 3 potes de cultura líquida extra e inoculá-las. Pela facilidade, acabei optando por utilizar o mel, pois já tinha em casa.
Peguei mais 3 potes e coloquei em cada um deles 120ml de água fervente para meia colher de chá de mel. Depois de dissolvido o mel na água, tampei-os e fiz o mesmo procedimento de cobrir os furos com micropore e esterilizar na panela de pressão, mas agora por 17 minutos, como recomendaram em algum tópico que li sobre CL.


No dia seguinte (20/06/2020), depois de esterilizados e frios, borrifei álcool na panela e na bancada, assim como nas bordas da glovebox, e coloquei os potes dentro desta, com as seringas, o isqueiro, a tesoura e a fita isolante.
Fiz a inoculação de 2 potes com a strain B+, e 1 deles com White Fever, e cobri os furos de micropore com a fita isolante.

Por alguma distração me perdi com cada pote de cultura líquida, então já não sei mais qual é qual, estão todos misturados.

Coloquei todos os 9 potes, 6 com substrato e 3 com cultura líquida, em uma gaveta limpa com álcool gel 70. Ainda não chegou meu termostato com aquecedor de aquário que adquiri, mas assim que chegar pretendo colocar em uma garrafa pet com água e deixar o ambiente de incubação mais aquecido.
Por enquanto estarei aguardando a colonização, vou verificar mais de perto daqui alguns dias para ver como está.
Qualquer dica ou sugestão estou aberto!
Um abraço!
Estou realizando, enfim, meu primeiro cultivo efetivo, depois de muito tempo pesquisando. Já tentei outras vezes, muito tempo atrás, mas acabei desistindo por conta de dificuldades técnicas e financeiras. Agora consegui juntar um dinheiro e separar um tempo para me dedicar à criação dos cogumelos.
Algumas coisas estão ainda chegando pelos correios, pois comprei tudo via internet, mas faltam apenas os materiais para o terrário.
A seguir os detalhes:
==================
DIÁRIO DE CULTIVO
==================
STRAIN: White Fever e B+
PROCEDÊNCIA: Cultura líquida comprada pela internet
---------------------------------------------
SUBSTRATO PARA COLONIZAÇÃO:
---------------------------------------------
(x) PF TEK (2V + 1FAI + 1A)
Selo com Vermiculita
(x) Sim ( ) Não
Método de preparação e esterilização do substrato:
Decidi começar pela PF TEK básica para esse primeiro cultivo: fiz a mistura adequada de 2 de vermiculita, 1 de arroz integral triturado (sem casca, pois não encontrei), e 1 de água.
Utilizei potes de polipropileno de 350ml comprados pelo mercado livre (indicados por um membro do fórum em alguma postagem que já não consigo mais encontrar), pelo fato de que tive alguns problemas com vidro nas minhas primeiras tentativas, mais de 10 anos atrás, acabavam sempre quebrando ou trincando na panela.
Decidi dar uma chance para os potes de plástico então, mas assim que chegaram percebi que talvez tenha feito uma má escolha, pois são translúcidos, e não transparentes, o que deve dificultar de observar o crescimento do micélio, assim como de possíveis contaminantes.
Já de cara encontro um problema, mas vou tentar seguir com esses potes que tenho, e também buscar comprar alguns de vidro resistentes.
Furei os potes em 2 pontos equidistantes com prego quente e os cobri com micropores.
Enchi 6 potes com a mistura, coloquei um selo de vermiculita em cima generoso, e esterilizei na panela de pressão por 45 minutos (após pegar a pressão).
Como minha panela é pequena, tive que fazer em duas levas, o que levou quase 2 dias no total, considerando a abertura da panela apenas quando esfriasse totalmente.
Com a panela totalmente fria, abri ela com muito cuidado, desinfetando seu exterior e a bancada em que trabalhei com borrifador de álcool 70, e logo os coloquei na glove box que montei.
Para a glovebox, utilizei uma caixa organizadora de 36L, fiz dois buracos grandes o suficientes para passar minhas mãos com luvas, e prendi as luvas em potes plásticos, para evitar que entrasse ar e contaminantes quando estivesse manuseando os objetos dentro dela.
Olhando agora parece até meio gambiarra, vou tentar adaptar melhor depois.


Coloquei por fim as seringas com as culturas líquidas compradas na internet, todas borrifadas com álcool 70, um isqueiro, uma tesoura e também uma fita isolante, nos quais passei bastante álcool.
Com tudo pronto e dentro da glovebox, parti para a:
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INOCULAÇÃO: Data 19/06/2020
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( ) Seringa Multiesporos
(x) Cultura Líquida
( ) Outro: _________________
GloveBox?
(x) Sim ( ) Não
Realizei o procedimento de usar o isqueiro para flambar a ponta das agulhas, e as inseri nos furos com micropores, até o ponto em que fosse possível observar que teria passado do selo de vermiculita. Injetei cerca de 1ml de cultura líquida em cada furo, totalizando 2ml por bolo.
Em 3 dos bolos foi inoculada a cultura de White Fever, e em outros 3 a de B+.

Tampei os furos com a fita isolante, por cima do micropore já furado pela agulha, selando assim os potes.

Depois achei que pode ter sido muita quantidade injetada, quando vi que as seringas ficaram bem baixas de líquido, por isso decidi fazer também 3 potes de cultura líquida extra e inoculá-las. Pela facilidade, acabei optando por utilizar o mel, pois já tinha em casa.
Peguei mais 3 potes e coloquei em cada um deles 120ml de água fervente para meia colher de chá de mel. Depois de dissolvido o mel na água, tampei-os e fiz o mesmo procedimento de cobrir os furos com micropore e esterilizar na panela de pressão, mas agora por 17 minutos, como recomendaram em algum tópico que li sobre CL.


No dia seguinte (20/06/2020), depois de esterilizados e frios, borrifei álcool na panela e na bancada, assim como nas bordas da glovebox, e coloquei os potes dentro desta, com as seringas, o isqueiro, a tesoura e a fita isolante.
Fiz a inoculação de 2 potes com a strain B+, e 1 deles com White Fever, e cobri os furos de micropore com a fita isolante.

Por alguma distração me perdi com cada pote de cultura líquida, então já não sei mais qual é qual, estão todos misturados.
Coloquei todos os 9 potes, 6 com substrato e 3 com cultura líquida, em uma gaveta limpa com álcool gel 70. Ainda não chegou meu termostato com aquecedor de aquário que adquiri, mas assim que chegar pretendo colocar em uma garrafa pet com água e deixar o ambiente de incubação mais aquecido.
Por enquanto estarei aguardando a colonização, vou verificar mais de perto daqui alguns dias para ver como está.
Qualquer dica ou sugestão estou aberto!
Um abraço!