Sinto muito, mas eu não quero ser um imperador - isso não é o meu negócio - eu não pretendo governar ou conquistar ninguém.
Gostaria de ajudar a todos, se possível, cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, gentios, negros, brancos. Nós todos queremos ajudar uns aos outros, os seres humanos são assim.
Nós todos queremos viver pela felicidade dos outros, não pela miséria dos outros. Nós não queremos odiar e desprezar uns aos outros. Neste mundo há espaço para todos e a terra é rica e pode dar a todos.
O caminho da vida pode ser livre e belo.
Mas nós perdemos o caminho.
A cobiça envenenou a alma dos homens - criou-se uma barreia no mundo com ódio; colocou-nos na miséria e na matança.
Nós desenvolvemos velocidade, mas nos sentimos enclausurados em: máquinas que produzem em abundância, tem nos deixando em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos cínicos, nossa inteligência empedernida e cruel. Pensamos em demasia e sentimos tão pouco: Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; Mais do que inteligência, precisamos de afeição e gentileza. Sem essas virtudes, a vida será violenta e tudo estará perdido.
O avião e o rádio nos deixaram próximo aos outros. A própria natureza dessas invenções clama pela bondade no homem, um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós. Mesmo agora, minha voz chega a milhões em todo o mundo, milhões de desesperados, homens, mulheres e crianças, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Para aqueles que podem me ouvir eu digo: "Não se desespere."
A desgraça que tem caído sobre nós não é se não a cupidez, do azedume dos homens que temem o avanço do progresso humano: o ódio dos homens passará e os ditadores morreram, e o poder que tiraram do povo, irá retornar ao povo, e enquanto os homens morrerem [agora], a liberdade nunca perecerá...
Soldados - não se deem ao brutos, homens que desprezam e escravizam vocês - que arregimentam as vossas vidas, dizem o que fazer, o que pesar e o que sentir, que perfuram vocês, digerem vocês, tratam-vos como gado, como carne para canhão.
Não se deem para esses homens artificiais, homens-máquinas, com mentes e corações mecânicos. Vocês não são máquinas. Vocês não são gados. Vocês são homens. Vocês têm o amor da humanidade em seus corações. Vocês não odeiam - apenas o ódio não amado. Somente os não-amados e não-naturais. Soldados - não lutem pelas escravidão, lutem pela liberdade.
No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito "o reino de Deus está dentro do homem" - não um homem, nem um grupo de homens - mas em todos os homens - em você, o povo.
Vós, o povo tem o poder, o poder de criar máquinas, o poder de criar felicidade. Vós, o povo tem o poder de tornar a vida livre e bela, de fazer desta vida uma aventura maravilhosa. Então, em nome da democracia, vamos usar esse poder - vamos todos nos unir. Lutemos por um mundo novo, um mundo decente que vai dar aos homens a oportunidade de trabalhar, que lhe dará o futuro, a longevidade e segurança. Pela promessa de tais coisas, desalmados têm subido ao poder, mas eles mentem. Eles não cumprem suas promessas, jamais o farão. Ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Agora vamos lutar para cumprir essa promessa. Lutemos agora para libertar o mundo, para acabar com as barreiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo onde a ciência e o progresso conduzam à felicidade de todos os homens.
Soldados - em nome da democracia, vamos todos nos unir!
