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Verifiquem por favor. Contaminados? Devo hidratar?

Cogu Azul

Primórdia
Cadastrado
07/04/2010
10
37
Olá.

Este é meu primeiro post, mas venho acompanhando o fórum desde a páscoa, quando ingeri meus primeiros cogumelos mágicos (selvagens), em Visconde de Mauá-MG.
Li bastante antes de começar meu cultivo, aguardei os esporos, e quando eles finalmente chegaram eu enrolei mais um mês pra providenciar tudo.
Solicitei o Golden Teacher, mas devia estar em falta e acabou chegando o B+.

Fiz uma mistura de farinha de arroz integral (moído no liquidificador), vermiculita e pouca porção de uma mistura de alpiste e aveia para pássaros, com amido de milho (é, me empolguei no substrato).
Coloquei o selo de vermiculita, mas na hora de esterelizar os potes parece que, ou deixei tempo demais, ou coloquei pouca água na panela, porque a água chegou a secar e o pano do fundo queimar. Nenhum copo quebrou e decedi seguir com a inoculação, um dia depois (até então os potes foram mantidos dentro da penela) e com 24 de seringa com esporos na geladeira).
Acontece que demorou muito (mais de 15 dias) para começar o crescimento do micélio, creio que por causa da falta de umidade no bolo e, dos cinco potes, dois ficaram visivelmente contaminados.
Cerca de 20 dias depois os outros três potes ainda apresentam crescimento lento, mas fiquei em dúvida em relação a presença de contaminantes, já que há o aparecimento tanto de um bolo branco e fofo, que parece ser o micélio, e um bolo mais redondo, com fibras brilhosas, que não tenho certeza (por isso esse post).

As fotos feitas ontem estão em anexo.
Sabem do que se trata? O que devo fazer?

Se não houver problema, o que posso fazer pra acelerar o crescimento do micélio? Pensei em agitar e injetar água destilada.

Abraços.

Só explicando.
Nos anexos há 4 fotos: as três primeiras correspondem aos potes que eu estou com dúvida em relação a presença de contaminantes, mostrando todos os lados dos copos em cada imagemNa última são os dois potes visivelmente contaminados.
b+_copo1.jpgb+_copo2.jpgb+_copo3.jpgb+_contaminados.jpg
 
Olá.

Este é meu primeiro post, mas venho acompanhando o fórum desde a páscoa, quando ingeri meus primeiros cogumelos mágicos (selvagens), em Visconde de Mauá-MG.
Li bastante antes de começar meu cultivo, aguardei os esporos, e quando eles finalmente chegaram eu enrolei mais um mês pra providenciar tudo.
Solicitei o Golden Teacher, mas devia estar em falta e acabou chegando o B+.

Fiz uma mistura de farinha de arroz integral (moído no liquidificador), vermiculita e pouca porção de uma mistura de alpiste e aveia para pássaros, com amido de milho (é, me empolguei no substrato).
Coloquei o selo de vermiculita, mas na hora de esterelizar os potes parece que, ou deixei tempo demais, ou coloquei pouca água na panela, porque a água chegou a secar e o pano do fundo queimar. Nenhum copo quebrou e decedi seguir com a inoculação, um dia depois (até então os potes foram mantidos dentro da penela) e com 24 de seringa com esporos na geladeira).
Acontece que demorou muito (mais de 15 dias) para começar o crescimento do micélio, creio que por causa da falta de umidade no bolo e, dos cinco potes, dois ficaram visivelmente contaminados.
Cerca de 20 dias depois os outros três potes ainda apresentam crescimento lento, mas fiquei em dúvida em relação a presença de contaminantes, já que há o aparecimento tanto de um bolo branco e fofo, que parece ser o micélio, e um bolo mais redondo, com fibras brilhosas, que não tenho certeza (por isso esse post).

As fotos feitas ontem estão em anexo.
Sabem do que se trata? O que devo fazer?

Se não houver problema, o que posso fazer pra acelerar o crescimento do micélio? Pensei em agitar e injetar água destilada.

Abraços.

Por acaso você hidratou a vermiculita para o substrato?
Pelo pouco que aprendi aqui nas últimas semanas, a qualquer sinal de contaminação você deve descartar o bolo ou enterrá-lo, pois provavelmente você terá apenas um terrário e correrá o risco de contaminar o restante.
Se você tem certeza que esterilizou bem os bolos, então o micélio branco é provavemente de cubensis. Porém, há contaminações que também são brancas e que podem enganar a nós, iniciantes.
Você está mantendo os copos no escuro e à temperatura ideal?
 
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Fala azul,

Cara, nas fotos tem dois copos, um com uma mancha preta e outro que tem manchas pretas espalhadas pelo bolo. Pode descartar esses dois, preteou pode jogar fora, o micélio do cubensis é branquinho. Agora quanto aos outros que tem apenas as manchas brancas é bem provável que sejam cubensis, especialmente uma foto com 3 bolos onde o mais da direita mostra um crescimento rizomórfico bonitão. Então meu velho, na minha opinião descarta os que pretearam e tenta seguir com os outros.

Agora se tu me permite dar pitaco, quando a agua da panela seca geralmente o bolo fica bem ressecado e a colonização fica bem lenta. Por isso não garanto que vai colonizar 100%. A vantagem é que tratando-se de bolos, se tu chegar a aniversariar eles tu pode fazer um dunk e reanimar os bichos.

Pra finalizar, não quero ser chato, meu velho, mas começa do começo. Segue a PF tek a risca sem invetar moda. Aprende como funciona, o estudo é ótimo mas pra mim a melhor forma de aprender é fazendo. E vale a pena começar pelo que agente garante que dá certo. Inventar substrato não uma tarefa tão trivial assim. Pelo que eu vi ali teu substrato ficou bem compacto e isso pode ser mais uma dificuldade que o micélio vai encontrar pra se desenvolver. Por isso volto a dizer, começa pelo começo.

Sorte no cultivo!
 
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Seu substrato parece muito compacto.

Qual a proporção de vermiculita você usou?


Descarte os dois bolos contaminados com cuidado, longe de onde pretende cultivar.
 
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Hoje vou refazer o processo, mas vou deixar os três potes que apresentam crescimento lento em "quarentena".

Eu usei a proporção correta de vermiculita, acho que o problema foi que triturei demais a farinha de arroz integral. Adicionei alveia e alpiste na mistura pra tentar arear mais o bolo, mas enfim... parece que não deu muito resultado.
 
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Segue a PF Tek a risca que não tem erro, e fica uma dica, usa um garfo na hora de montar os bolos :)
 
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Eu usei a proporção correta de vermiculita, acho que o problema foi que triturei demais a farinha de arroz integral. Adicionei alveia e alpiste na mistura pra tentar arear mais o bolo, mas enfim... parece que não deu muito resultado.


Mas qual foi essa proporção, e onde você leu a mesma?

Eu já fiz PF tek com farinha de arroz mesmo, e deu certo. Não é esse o problema.

A sua mistura parece nem ter vermiculita.
 
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Botei em proporção de 1/1 de vermiculita pra cada quantidade de mistura. Ela foi medida seca, molhada encolheu bastante. Cheguei a adicionar mais um pouco. A medida deve ser com a vermiculita molhada (compactada)?

Outra coisa: o micélio pode crescer de forma circular no pote? Foi isso que achei esquisito.
dias depois o crescimento ainda é lento e perde essa forma circular nas paredes. Gostaria de saber se devo fazer algo para acelerá-lo (no caso de não estar contaminado).
 
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Medir a vermiculita seca está ok, mas 1/1 de vermiculita é pouco, ainda mais usando farináceos no substrato.

A farinha ocupou todos os espaços e agora não há por onde o micélio crescer.
 
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Continuação...

Resumo até agora:
  • Cinco bolos foram preparados e esterelizados no dia 25 de maio.
  • No dia 26 os bolos foram retirados da panela de pressão e inoculados em ambiente limpo, com seringas preparadas com 24h de antecedênica e conservadas na geladeira;
  • Cerca dez a quinze dias depois apareceram os primeiros sinais de crescimento do micélio, sendo que dois copos apresentavam contaminação e foram descartados.
  • O crescimento seguiu lento e, no dia 23 de abril, dois dias depois de um dos copos ter ficado 100% tomado e outro estar 95%, restando apenas uma camada do fundo, injetei 80ml de água e cada, cobri o furo com durex e deixei na geladera por 18h.
Dia 24, como eu ia passar um período daquela quinta à terça seguinte viajando, preparei uma estrutura para regular a temperatura e umidade com perlita, uma bomba de fonte para circular a água dentro da caixa e um ventilador "ao contrário" (para exaustão) e direcionado para uma das aberturas, coberta com filtro de exaustor de fogão. Tirei o excesso de água com um papel toalha e, com uma colher esterelizada, raspei com a parte do não colonizada de um dos bolos - até onde foi possível sem machucar o micélio - e saí.

Quando voltei, cinco dias depois, consultei o registro de máxima e mínima no medidor de temperatura que coloquei. Nenhuma grande variação na temperatura, mas a umidade havia caído bastante.
Umidifiquei novamente a perlita, borrifei água nas paredes, fiz uma instalação que direciona a saída do ar condicionado para uma das passagens de ar da caixa que é utilizada em dias mais quentes quando não posso estar presente para controlar a temperatura, que tem sido mantida na faixa entre 17 e 23 graus. A umidade do ar dentro da caixa tem ficado na faixa entre 85 e 93%.

Enfim, todo o cuidado foi feito, mas até agora, dois meses e nove dias depois do início do processo, e dez dias depois da colocada dos dois bolos no terrário, nenhum aparecimento de pins.

Para quem tiver alguma luz:
Qual pode ser a causa? O bolo compacto demais também prejudica o aparecimento dos cogumelos mesmo após o micélio ter dominado o substrato?
O que posso fazer? Injeto mais água fria, desmancho o bolo para arear?

Pensei na possibilidade em tentar um casing com o terceiro bolo, que só está se aproximando do aniversário agora, depois de ter estagnado e voltado a crescer depois de umas chacoalhadas. Devo tentar também com esses bolos que já estão no terrário?
DSC00487.JPGDSC00483.JPGDSC00484.JPGDSC00485.JPGDSC00486.JPG
 
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Dez dias ainda não está fora do normal para surgimento dos pins.

Mas aconselho a colocar uma boa camada de vermiculita úmida tanto em cima quanto em baixo dos bolos.

E essa temperatura entre 17 e 23º está baixa para a pinagem. Tente de 23 a 26º.
 
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Obrigado pela dica. Não sei se pelo a ajuste de temperatura que fiz, mas parece que agora vai começar a pinar.
Encontrei um, ainda imaturo, saindo por baixo do bolo (foto em anexo).

Há chances de ele se desenvolver? Se não, devo removê-lo?

Essa pinagem por baixo é um indicador de que o bolo não está com uma umidade uniforme, e sim concentrada embaixo, certo? Curioso é que eu cheguei a injetar água mineral gelada justamente nesse bolo (por cima, até a metade dele mais ou menos, depois cobri com vermiculita úmida), por causa da demora pra pinagem.
Não fiz nos dois com medo de estragar e perder tudo.

Obs.: Não deu pra capturar o danado direito porque o foco da lente da minha câmera é de a partir de meio metro.
pin por baixo.jpg
 
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sobre cultivos tem uma coisa que eu aprendi
se pinou eh porque ta certo, nao mexa ate colher os cogus.
NAO FICA PEGANDO ESSE BOLO PINADO senao ele aborta tudo.
 
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sobre cultivos tem uma coisa que eu aprendi
se pinou eh porque ta certo, nao mexa ate colher os cogus.
NAO FICA PEGANDO ESSE BOLO PINADO senao ele aborta tudo.
Sussa... não peguei no bolo não. Fiz o registro pelo buraco de ventilação (que, claro, normalmente fica tapado e com o filtro).
O lance da água foi antes de pinar, nesse bolo mesmo.

Não sei se é impressão minha, mas nas minhas buscas encontrei mais gente cultivando B+ e tiveram crescimento e pinagem lentos.
Estou para preparar outros bolos, já com a experiência que adquiri com os problemas desse cultivo, e fazer a comparação. Problema é que estou vetado de usar a panela de pressão, porque acabei estragando a outra.

Valeu. Qualquer novidade coloco aqui.
 
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Relaxa amigao

Quando o 1° pin coloca a cabeça fora, todos os outros vem em seguida
mas pra isso,os parametros da frutificaçao devem estar nos conformes

controla os nervos, vai da certo..
 
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Galera,

Identifiquei mais 3 pins nesse mesmo bolo. Mas todos nascendo por baixo... Posso fazer algo para que uma maior área do copo pine também?

Obs.: O outro copo continua sem pinar.
 
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É normal que pinem de preferência junto à vermiculita.

Talvez para o segundo flush você possa rolar o bolo em vermiculita, mas não mexa nesse bolo agora.
 
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Atualizando...
O outro já apresentou o primórdio (também por baixo).
O que pinou primeiro já está com uma aglomeração boa, só não sei se vai ter espaço pra todos crescerem. O que está no topo promete.
DSC00504.JPGDSC00506.JPGDSC00511.JPGDSC00520.JPGDSC00510.JPG
 
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Alguns podem abortar.

Você vai reconhecer os abortos pela parada no crescimento e depois pelo escurecimento, indicando morte do cogumelo. Não deixe o aborto ficar no bolo. Retire logo que identificá-lo, com cuidado.

Com o tempo você vai reconhecer os abortos antes que morram, e poderá até retirá-los vivos do bolo.


Mas enquanto isso concentre-se em manter a umidade, tanto no terrário quanto nas camadas de vermiculita dos bolos.
 
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