M
Mauricio
Visitante
Adubo Orgânico
Encontram-se nessa categoria os estercos provenientes de bovinos, eqüinos, caprinos, suínos, ovinos, aves e coelhos, cuja composição química varia com o sistema de criação, a idade do animal, a raça e a alimentação.
De preferência deve-se usar o de gado, por conter maior quantidade de fibras, o que torna o solo mais solto. O de galinha pode ser até cinco vezes mais potente que o de gado, mas apresenta a desvantagem de favorecer a compactação do solo, além de torná-lo mais ácido e salino, o que não favorece o cultivo.
O estrume só deve ser utilizado quando bem curtido. Para isso, basta recolhê-lo e colocá-lo sob uma cobertura (que pode ser uma lona de plástico). O estrume de gado deve ser curtido durante pelo menos 40 dias e o de galinha deve por cerca de 90 dias. Durante o período de curtição, em ambos os casos, é preciso mexer o esterco para que a fermentação se dê por inteiro e mais rápida. Revolver essas camadas é fundamental para que a temperatura não aumente muito, o que prejudicaria o processo de decomposição.
Compostagem é um processo aeróbico controlado de decomposição de materiais heterogêneos biodegradáveis resultante da ação de microorganismos (bactérias, fungos e actinomicétas) naturalmente associados aos materiais, sendo o produto final - composto ou compostado - homogêneo, estável, higienizado, o qual pode ser utilizado, quer como fonte de nutrientes para as plantas, quer como fonte de materia orgânica para a maioria da estrutura do solo, beneficiando as condições para a vida microbiana e o crescimento das plantas.
A qualidade do composto está diretamente relacionada com a qualidade e quantidade (proporções) dos materiais utilizados e com as condições fornecidas para a decomposição aeróbica (arejamento e humidade)
Em qualquer sistema de cultivo, as necessidades nutricionais de uma determinada cultura dificilmente serão supridas de forma equilibrada com o uso exclusivo de materiais orgânicos, pois as concentrações de N, P2O5 e de K2O nesses materiais diferem, na maioria das vezes, das relações requeridas pelas plantas. Para melhorar o aproveitamento dos adubos orgânicos, recomenda-se ajustar a adubação pelo nutriente cuja quantidade seja suprida com a menor dose de adubo orgânico. Para os outros nutrientes, calcula-se a contribuição referente à quantidade de adubo orgânico aplicado e suplementa-se o restante com fertilizantes minerais.
Composição em nitrogênio, fósforo e potássio, no esterco de diferentes espécies domésticas:
coelho galinha porco carneiro cavalo vaca
Nitrogênio 2,48% 1,75% 1,00% 1,00% 0,60% 0,50%
Fósforo 2,50% 1,25% 0,40% 0,35% 0,25% 0,30%
Potássio 1,33% 0,85% 0,30% 0,60% 0,50% 0,45%
Bovino
Composição Química do Esterco Bovino
0,78% Nitrogênio(N)
0,87% Fósforo(P)
0,33% Potássio(K)
0,31% Cálcio(Ca)
0,18% Magnésio(Mg)
15,94% Matéria Orgânica
Equino
0,60% Nitrogênio(N)
0,25% Fósforo(P)
0,50% Potássio(K)
Galinha
1,75% Nitrogênio(N)
1,25% Fósforo(P)
0,85% Potássio(K)
Coelho
O esterco de coelho é um dos melhores adubos orgânicos que podem ser utilizados na agricultura, se comparado com o de outros animais. Nas análises químicas, esse tipo de esterco se mostrou superior, em comparação ao de outros animais.
O esterco de coelho é muito rico, principalmente em nitrogênio, fósforo e potássio, segundo comprovam análises feitas por vários departamentos técnicos de universidades no Brasil e no exterior, e nas quais foram encontrados os seguintes resultados:
Nitrogênio 2,48%
Fósforo sob a forma de anidrido fosfórico 2,50%
Potássio, como óxido de potássio 1,33%
Além desses elementos, são encontrados no esterco do coelho, embora em menor quantidade, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, etc.
Húmus de Minhoca
O húmus é matéria orgânica totalmente processada, que depois de passar pelo organismo das minhocas, fica totalmente solubilizada e de fácil assimilação pelas plantas. É um produto estável, que não queima as raízes. Veja as vantagens que ele apresenta:
- É totalmente orgânico.
- Aumenta e conserva a fertilidade do solo, sem poluir nem contaminar o ambiente.
- Melhora a vida biológica, com o desenvolvimento de bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos com a proliferação dos
microrganismos.
- Favorece a absorção dos micro e macro nutrientes pelas raízes das plantas, tornando-as sadias e resistentes às pragas.
- Controla o grau de acidez do solo, mantendo o pH estável (as minhocas possuem glândulas calcíferas que liberam
carbonato de cálcio no solo).
- Torna o solo mais solto, reduzindo ou evitando sua compactação.
- Não introduz no solo sementes indesejáveis, pragas, impurezas, ervas daninhas, etc., como pode ocorrer com o estrume.
- Facilita a absorção e a retenção da água. Devo lembrar que cada partícula de húmus retém até sete vezes o seu volume em água,
possibilitando a liberação gradativa para as raízes.
- Favorece a drenagem, evitando encharcamento.
- Em comparação, o húmus de minhoca possui cinco vezes mais cálcio, duas vezes mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze
vezes mais potássio que a camada natural de solo.
- Introduz no solo minhocas e seus casulos (ovos), que passam a revolver constantemente o solo, melhorando a oxigenação das
raízes.
- É um produto estável, uniforme e sem cheiro, que não atrai moscas.
- E por último, pode ser utilizado em contato direto com as raízes e com os brotos mais delicados, sem causar queima.
Você só tem que prestar atenção se a firma que o produz é idônea, de confiança. Também tem que observar o prazo de validade, que dificilmente é colocado na embalagem. Depois de acondicionado na embalagem, ele mantém as características por um período médio de três meses, mas se as condições de armazenagem forem ideais, podem se prolongar até os seis meses.
Composição
Nitrogenio 7,6 g/kg
Fosforo 12,4 g/kg
potassio 18,0 g/kg
Calcio 11,8 g/kg
Magnesio 4,0 g/kg
Umidade 54,76 %
pH 7,9
Turfa
Composição
Nitrogenio 20,0%
Fósforo 2,00%
Potássio 1,00%
É o resultado da semi-decomposição, totalmente natural, de produtos de origem vegetal, cujo processo ocorre em áreas alagadiças no intervalo de tempo entre 6.000 e 10.000 anos. Este produto orgânico é formado naturalmente em condições especiais de umidade e temperatura e os fatores preponderantes são as condições geológicas e climáticas. É um produto ecologicamente correto e inofensivo à saúde do homem.
No Brasil temos poucas áreas nestas condições. Temos conhecimento de turfeiras, em volume significativo, somente no Rio de Janeiro (Região Norte), no sul de Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul.
A turfa possui acima de 70% de matéria orgânica podendo ser mais ou menos fibrosa, dependendo do grau de decomposição da matéria base. É um processo que só ocorre em locais alagadiços modificados naturalmente, como já dito.
As extrações são feitas de forma mecanizada, em blocos laminares, utilizando-se equipamento adequado. Sendo encerrada a utilização de uma determinada área, a mesma é preparada para a recuperação natural com o inevitável retorno à condição anterior (restauração) ou para outro tipo de uso, sendo norma da Fazenda Ninho da Cambaxirra assegurar a sustentabilidade das turfeiras.
É adotado um programa de preservação e recuperação que contempla, entre outras medidas, a identificação de áreas alagadiças pra preservação ambiental (flora e fauna), o uso de técnicas de extração, que permite a recuperação, ou seja, o retorno das turfeiras exploradas à condição de alagadiço ativo ou a recuperação dos alagadiços para implantação de culturas sustáveis. A extração da turfa é efetuada sob diretrizes dos órgãos de controle ambiental específico.
As turfeiras só ocorrem no Brasil (em áreas muito restritas), Canadá, EUA, Holanda, Alemanha e Finlândia.
A turfa é indicada para:
Plantas ornamentais (flores, arbustos, gramados, ...)
Olericultura (tomates, pepinos, ervas, ...)
Fruticultura (maracujá, cítricos, ...)
Silvicultura (pinus, eucalípto, ...)
Agricultura extensiva (batata, arroz, feijão, ...)
Propriedades da turfa:
Excelente porosidade (aeração adequada)
Alta capacidade de retenção de água - 70%
Alta capacidade de retenção de nutrientes.
Baixo peso em relação ao outros produtos (densidade)
Vantagens do uso da turfa:
É um produto ecologicamente correto.
Substitui o solo, estando pronto para uso.
Permite um controle fitossanitário mais eficiente.
Elimina o uso de Brometo de Metila (na produção de mudas nos viveiros)
Proporciona uma melhor qualidade e uniformidade das mudas, livres das plantas daninhas, pragas e doenças.
A turfa como o húmus, é considerada um dos melhores fertilizantes naturais existentes em termos físicos, químicos e biológicos, com alta capacidade de retenção de água e liberação de nutrientes. O uso destes produtos no solo (turfa e húmus) possibilita a redução do processo de lixiviação de nutrientes promovendo a recuperação do solo em áreas degradadas.
Por possuir altos teores de ácidos orgânicos, a turfa PODE e DEVE deve ser usada na agricultura orgânica.
Substrato para Planta
Fibra e Substrato (pó) de coco
Fibra de coco
material que pode ser utilizado no artesato, paisagismo, produção de mantas, vasos, e vários outros produtos .
Substrato (pó) de coco
pó da casca do coco peneirado com 3mm de granulometria, material de excelente qualidade para produção de mudas de plantas, fortaliças e frutas, podendo ser utilizado também na plantação de gramados e flores. Melhora o enraizamento das plantas, possui fungicida natural e é ecologicamente correto.
Composição
Nitrogenio 6,52 g/kg
Fósforo 1,42 g/kg
Potássio 11,5 g/kg
Cloro 2,63 g/kg
Umidade 85%
pH 4,8 a 5,2
Resíduos Industriais
Inúmeros produtos de origem industrial estão sendo empregados no cultivo agroecológico. Devidos às suas origens, a composição destes resíduos varia muito, necessitando a realização de análises antes de sua utilização no solo.
Diversos produtos estão sendo encontrados no comércio, dentre eles encontram-se: farinhas de chifres e de sangue, pó de osso, pêlos e penas, tortas (resíduos de extração de óleos), vinhaça, subprodutos da atividade pesqueira (como algas), produtos de origem marinha (peixes e derivados), entre outros. Também podem ser usados pó de serra, cascas e derivados, microorganismos, enzimas e aminoácidos, cinzas e carvões vegetais, pó de rocha, argilas (vermiculita), composto urbano e termofosfatos.
-Algas secas
Nitrogenio 0,45%
Fósforo 0,46%
Potássio 1,29%
-Farinha de osso
Nitrogenio 2,00%
Fósforo 24,00%
Potássio 0,00%
-Farinha de peixe
Nitrogenio 5,00%
Fósforo 9,00%
Potássio 3,00%
-Farinha de sangue
Nitrogenio 12,00%
Fósforo 1,00%
Potássio 0,60%
Restos de Culturas
Os restos de culturas também são utilizados para adubação orgânica.
-Palha de Trigo
Nitrogenio 5,75%
Fósforo 2,20%
Potássio 6,30%
-Palha de Aveia
Nitrogenio 5,95%
Fósforo 2,35%
Potássio 14,20%
-Palha de Arroz
Nitrogenio 6,70%
Fósforo 2,80%
Potássio 12,70%
-Palha de Soja
Nitrogenio 10,0%
Fósforo 1,00%
Potássio 5,30%
-Colmos de Milho
Nitrogenio 7,40%
Fósforo 4,00%
Potássio 9,00%
-Serragem de Madeira
Nitrogenio 2,50%
Fósforo 3,00%
Potássio 7,00%
Corretivo de pH
Os corretivos de pH são adição de bases como as cales ou de materiais que acidificam como estrumes, sulfatos, etc. Os dois corretivos que mais utilizados, são as cales ou calcários moidos e os estrumes, já que para além da função de correcção do pH, possuem outros efeitos benéficos ao solo.
Calagem é o uso de corretivos de solo para neutralizar a acidez e aumentar significativamente a produção.
Vários materiais com reação alcalina podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo, como cal, cinzas, conchas moídas, e calcário. Entre esses, o calcário dolomítico, que além de corrigir a acidez e recompor os níveis de cálcio do solo, também é fonte de magnésio.
Algumas aproximações que podem ser usadas para vasos que usam como substrato terra, principalmente se for feita adição de esterco. No caso do calcário dolomítico, que pode ser encontrado para venda à granel nas lojas agrícolas, o uso 1,5g para cada litro cúbico de substrato. Assim, para um vaso de 20 litros, acrescenta-se 30g de calcário, de preferência o moído em grânulos finos.
O calcário deve ser aplicado no preparo do vaso, devendo ser bem misturado ao substrato antes do envasamento. Esse preparo deve ser feito entre 60 e 90 dias antes do vaso ser plantado, quando se usa calcário não calcinado. O calcário calcinado é mais reativo, ou seja, tem maior rapidez na correção do solo, podendo ser aplicado 15 a 30 dias antes do plantio. Quem dispõe de uma pequena área para o preparo do substrato, esse pode ser preparado em quantidades maiores, ficando em repouso pelo período indicado e depois sendo usado aos poucos, à medida que for sendo necessário.
Deve-se ter em mente que o calcário não é substituto para o adubo e vice-versa; os produtos se complementam. O calcário age como potencializador do efeito dos fertilizantes.
Calcáreo dolomítico
O calcário dolomítico, que além de corrigir a acidez e recompor os níveis de cálcio do solo, também é fonte de magnésio.
Algumas aproximações que podem ser usadas para vasos que usam como substrato terra, principalmente se for feita adição de esterco. No caso do calcário dolomítico, que pode ser encontrado para venda à granel nas lojas agrícolas, o uso 1,5g para cada litro cúbico de substrato. Assim, para um vaso de 20 litros, acrescenta-se 30g de calcário, de preferência o moído em grânulos finos.
O calcário deve ser aplicado no preparo do vaso, devendo ser bem misturado ao substrato antes do envasamento. Esse preparo deve ser feito entre 60 e 90 dias antes do vaso ser plantado, quando se usa calcário não calcinado. O calcário calcinado é mais reativo, ou seja, tem maior rapidez na correção do solo, podendo ser aplicado 15 a 30 dias antes do plantio. Quem dispõe de uma pequena área para o preparo do substrato, esse pode ser preparado em quantidades maiores, ficando em repouso pelo período indicado e depois sendo usado aos poucos, à medida que for sendo necessário.
Deve-se ter em mente que o calcário não é substituto para o adubo e vice-versa; os produtos se complementam. O calcário age como potencializador do efeito dos fertilizantes.
No entanto, a adição de outros resíduos vegetais também pode criar condições adequadas para a condução de lavouras em condições rentáveis e em diversas situações, a disponibilidade de resíduos, tais como cinzas, estercos ou subprodutos agroindustriais, é maior, e o custo é menor que o do calcário.
Casca de Pinho (Pó de Pinha)
Casca de pinheiro seleccionada e crivada. É um produto orgânico para cobertura e incorporação nos solos.
Para utilizar em:
- Correcção e Melhoramento do Solo: incorporar consoante a necessidade do solo;
- Decoração: utilizar uma camada de cobertura entre 6 à 8 cm de espessura.
Funções:
- Melhoramento das características dos solos;
- Correcção do pH em solos alcalinos;
- Decoração;
- Redução da evaporação da água(reduz 50 a 80% do consumo de rega diária assim como a sua frequência - menos gastos em manutenção);
- Conserva a temperatura(protege as raízes do calor, frio e geada);
- Mantém a humidade e frescura do solo(a vida microbiana torna-se mais activa beneficiando o sistema radicular das plantas).
Pó de Concha
Cinza de Madeira
Segundo Nkana et al. (1998), a adição de cinzas tem a grande vantagem de, além de contribuir para a elevação do pH e redução do Al, fornecer importantes nutrientes às plantas, principalmente P e K. O mesmo pode ser dito do esterco bovino, o qual também aumenta a eficiência da adubação, pois a liberação dos nutrientes ocorre aos poucos, à medida que o material orgânico é mineralizado.
Composição Química da Cinza de Madeira
0,52% Nitrogênio(N)
3,37% Fósforo(P)
4,85% Potássio(K)
26,47% Cálcio(Ca)
2,73% Magnésio(Mg)
1,94% Matéria Orgânica
Encontram-se nessa categoria os estercos provenientes de bovinos, eqüinos, caprinos, suínos, ovinos, aves e coelhos, cuja composição química varia com o sistema de criação, a idade do animal, a raça e a alimentação.
De preferência deve-se usar o de gado, por conter maior quantidade de fibras, o que torna o solo mais solto. O de galinha pode ser até cinco vezes mais potente que o de gado, mas apresenta a desvantagem de favorecer a compactação do solo, além de torná-lo mais ácido e salino, o que não favorece o cultivo.
O estrume só deve ser utilizado quando bem curtido. Para isso, basta recolhê-lo e colocá-lo sob uma cobertura (que pode ser uma lona de plástico). O estrume de gado deve ser curtido durante pelo menos 40 dias e o de galinha deve por cerca de 90 dias. Durante o período de curtição, em ambos os casos, é preciso mexer o esterco para que a fermentação se dê por inteiro e mais rápida. Revolver essas camadas é fundamental para que a temperatura não aumente muito, o que prejudicaria o processo de decomposição.
Compostagem é um processo aeróbico controlado de decomposição de materiais heterogêneos biodegradáveis resultante da ação de microorganismos (bactérias, fungos e actinomicétas) naturalmente associados aos materiais, sendo o produto final - composto ou compostado - homogêneo, estável, higienizado, o qual pode ser utilizado, quer como fonte de nutrientes para as plantas, quer como fonte de materia orgânica para a maioria da estrutura do solo, beneficiando as condições para a vida microbiana e o crescimento das plantas.
A qualidade do composto está diretamente relacionada com a qualidade e quantidade (proporções) dos materiais utilizados e com as condições fornecidas para a decomposição aeróbica (arejamento e humidade)
Em qualquer sistema de cultivo, as necessidades nutricionais de uma determinada cultura dificilmente serão supridas de forma equilibrada com o uso exclusivo de materiais orgânicos, pois as concentrações de N, P2O5 e de K2O nesses materiais diferem, na maioria das vezes, das relações requeridas pelas plantas. Para melhorar o aproveitamento dos adubos orgânicos, recomenda-se ajustar a adubação pelo nutriente cuja quantidade seja suprida com a menor dose de adubo orgânico. Para os outros nutrientes, calcula-se a contribuição referente à quantidade de adubo orgânico aplicado e suplementa-se o restante com fertilizantes minerais.
Composição em nitrogênio, fósforo e potássio, no esterco de diferentes espécies domésticas:
coelho galinha porco carneiro cavalo vaca
Nitrogênio 2,48% 1,75% 1,00% 1,00% 0,60% 0,50%
Fósforo 2,50% 1,25% 0,40% 0,35% 0,25% 0,30%
Potássio 1,33% 0,85% 0,30% 0,60% 0,50% 0,45%
Bovino
Composição Química do Esterco Bovino
0,78% Nitrogênio(N)
0,87% Fósforo(P)
0,33% Potássio(K)
0,31% Cálcio(Ca)
0,18% Magnésio(Mg)
15,94% Matéria Orgânica
Equino
0,60% Nitrogênio(N)
0,25% Fósforo(P)
0,50% Potássio(K)
Galinha
1,75% Nitrogênio(N)
1,25% Fósforo(P)
0,85% Potássio(K)
Coelho
O esterco de coelho é um dos melhores adubos orgânicos que podem ser utilizados na agricultura, se comparado com o de outros animais. Nas análises químicas, esse tipo de esterco se mostrou superior, em comparação ao de outros animais.
O esterco de coelho é muito rico, principalmente em nitrogênio, fósforo e potássio, segundo comprovam análises feitas por vários departamentos técnicos de universidades no Brasil e no exterior, e nas quais foram encontrados os seguintes resultados:
Nitrogênio 2,48%
Fósforo sob a forma de anidrido fosfórico 2,50%
Potássio, como óxido de potássio 1,33%
Além desses elementos, são encontrados no esterco do coelho, embora em menor quantidade, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, etc.
Húmus de Minhoca
O húmus é matéria orgânica totalmente processada, que depois de passar pelo organismo das minhocas, fica totalmente solubilizada e de fácil assimilação pelas plantas. É um produto estável, que não queima as raízes. Veja as vantagens que ele apresenta:
- É totalmente orgânico.
- Aumenta e conserva a fertilidade do solo, sem poluir nem contaminar o ambiente.
- Melhora a vida biológica, com o desenvolvimento de bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos com a proliferação dos
microrganismos.
- Favorece a absorção dos micro e macro nutrientes pelas raízes das plantas, tornando-as sadias e resistentes às pragas.
- Controla o grau de acidez do solo, mantendo o pH estável (as minhocas possuem glândulas calcíferas que liberam
carbonato de cálcio no solo).
- Torna o solo mais solto, reduzindo ou evitando sua compactação.
- Não introduz no solo sementes indesejáveis, pragas, impurezas, ervas daninhas, etc., como pode ocorrer com o estrume.
- Facilita a absorção e a retenção da água. Devo lembrar que cada partícula de húmus retém até sete vezes o seu volume em água,
possibilitando a liberação gradativa para as raízes.
- Favorece a drenagem, evitando encharcamento.
- Em comparação, o húmus de minhoca possui cinco vezes mais cálcio, duas vezes mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze
vezes mais potássio que a camada natural de solo.
- Introduz no solo minhocas e seus casulos (ovos), que passam a revolver constantemente o solo, melhorando a oxigenação das
raízes.
- É um produto estável, uniforme e sem cheiro, que não atrai moscas.
- E por último, pode ser utilizado em contato direto com as raízes e com os brotos mais delicados, sem causar queima.
Você só tem que prestar atenção se a firma que o produz é idônea, de confiança. Também tem que observar o prazo de validade, que dificilmente é colocado na embalagem. Depois de acondicionado na embalagem, ele mantém as características por um período médio de três meses, mas se as condições de armazenagem forem ideais, podem se prolongar até os seis meses.
Composição
Nitrogenio 7,6 g/kg
Fosforo 12,4 g/kg
potassio 18,0 g/kg
Calcio 11,8 g/kg
Magnesio 4,0 g/kg
Umidade 54,76 %
pH 7,9
Turfa
Composição
Nitrogenio 20,0%
Fósforo 2,00%
Potássio 1,00%
É o resultado da semi-decomposição, totalmente natural, de produtos de origem vegetal, cujo processo ocorre em áreas alagadiças no intervalo de tempo entre 6.000 e 10.000 anos. Este produto orgânico é formado naturalmente em condições especiais de umidade e temperatura e os fatores preponderantes são as condições geológicas e climáticas. É um produto ecologicamente correto e inofensivo à saúde do homem.
No Brasil temos poucas áreas nestas condições. Temos conhecimento de turfeiras, em volume significativo, somente no Rio de Janeiro (Região Norte), no sul de Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul.
A turfa possui acima de 70% de matéria orgânica podendo ser mais ou menos fibrosa, dependendo do grau de decomposição da matéria base. É um processo que só ocorre em locais alagadiços modificados naturalmente, como já dito.
As extrações são feitas de forma mecanizada, em blocos laminares, utilizando-se equipamento adequado. Sendo encerrada a utilização de uma determinada área, a mesma é preparada para a recuperação natural com o inevitável retorno à condição anterior (restauração) ou para outro tipo de uso, sendo norma da Fazenda Ninho da Cambaxirra assegurar a sustentabilidade das turfeiras.
É adotado um programa de preservação e recuperação que contempla, entre outras medidas, a identificação de áreas alagadiças pra preservação ambiental (flora e fauna), o uso de técnicas de extração, que permite a recuperação, ou seja, o retorno das turfeiras exploradas à condição de alagadiço ativo ou a recuperação dos alagadiços para implantação de culturas sustáveis. A extração da turfa é efetuada sob diretrizes dos órgãos de controle ambiental específico.
As turfeiras só ocorrem no Brasil (em áreas muito restritas), Canadá, EUA, Holanda, Alemanha e Finlândia.
A turfa é indicada para:
Plantas ornamentais (flores, arbustos, gramados, ...)
Olericultura (tomates, pepinos, ervas, ...)
Fruticultura (maracujá, cítricos, ...)
Silvicultura (pinus, eucalípto, ...)
Agricultura extensiva (batata, arroz, feijão, ...)
Propriedades da turfa:
Excelente porosidade (aeração adequada)
Alta capacidade de retenção de água - 70%
Alta capacidade de retenção de nutrientes.
Baixo peso em relação ao outros produtos (densidade)
Vantagens do uso da turfa:
É um produto ecologicamente correto.
Substitui o solo, estando pronto para uso.
Permite um controle fitossanitário mais eficiente.
Elimina o uso de Brometo de Metila (na produção de mudas nos viveiros)
Proporciona uma melhor qualidade e uniformidade das mudas, livres das plantas daninhas, pragas e doenças.
A turfa como o húmus, é considerada um dos melhores fertilizantes naturais existentes em termos físicos, químicos e biológicos, com alta capacidade de retenção de água e liberação de nutrientes. O uso destes produtos no solo (turfa e húmus) possibilita a redução do processo de lixiviação de nutrientes promovendo a recuperação do solo em áreas degradadas.
Por possuir altos teores de ácidos orgânicos, a turfa PODE e DEVE deve ser usada na agricultura orgânica.
Substrato para Planta
Fibra e Substrato (pó) de coco
Fibra de coco
material que pode ser utilizado no artesato, paisagismo, produção de mantas, vasos, e vários outros produtos .
Substrato (pó) de coco
pó da casca do coco peneirado com 3mm de granulometria, material de excelente qualidade para produção de mudas de plantas, fortaliças e frutas, podendo ser utilizado também na plantação de gramados e flores. Melhora o enraizamento das plantas, possui fungicida natural e é ecologicamente correto.
Composição
Nitrogenio 6,52 g/kg
Fósforo 1,42 g/kg
Potássio 11,5 g/kg
Cloro 2,63 g/kg
Umidade 85%
pH 4,8 a 5,2
Resíduos Industriais
Inúmeros produtos de origem industrial estão sendo empregados no cultivo agroecológico. Devidos às suas origens, a composição destes resíduos varia muito, necessitando a realização de análises antes de sua utilização no solo.
Diversos produtos estão sendo encontrados no comércio, dentre eles encontram-se: farinhas de chifres e de sangue, pó de osso, pêlos e penas, tortas (resíduos de extração de óleos), vinhaça, subprodutos da atividade pesqueira (como algas), produtos de origem marinha (peixes e derivados), entre outros. Também podem ser usados pó de serra, cascas e derivados, microorganismos, enzimas e aminoácidos, cinzas e carvões vegetais, pó de rocha, argilas (vermiculita), composto urbano e termofosfatos.
-Algas secas
Nitrogenio 0,45%
Fósforo 0,46%
Potássio 1,29%
-Farinha de osso
Nitrogenio 2,00%
Fósforo 24,00%
Potássio 0,00%
-Farinha de peixe
Nitrogenio 5,00%
Fósforo 9,00%
Potássio 3,00%
-Farinha de sangue
Nitrogenio 12,00%
Fósforo 1,00%
Potássio 0,60%
Restos de Culturas
Os restos de culturas também são utilizados para adubação orgânica.
-Palha de Trigo
Nitrogenio 5,75%
Fósforo 2,20%
Potássio 6,30%
-Palha de Aveia
Nitrogenio 5,95%
Fósforo 2,35%
Potássio 14,20%
-Palha de Arroz
Nitrogenio 6,70%
Fósforo 2,80%
Potássio 12,70%
-Palha de Soja
Nitrogenio 10,0%
Fósforo 1,00%
Potássio 5,30%
-Colmos de Milho
Nitrogenio 7,40%
Fósforo 4,00%
Potássio 9,00%
-Serragem de Madeira
Nitrogenio 2,50%
Fósforo 3,00%
Potássio 7,00%
Corretivo de pH
Os corretivos de pH são adição de bases como as cales ou de materiais que acidificam como estrumes, sulfatos, etc. Os dois corretivos que mais utilizados, são as cales ou calcários moidos e os estrumes, já que para além da função de correcção do pH, possuem outros efeitos benéficos ao solo.
Calagem é o uso de corretivos de solo para neutralizar a acidez e aumentar significativamente a produção.
Vários materiais com reação alcalina podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo, como cal, cinzas, conchas moídas, e calcário. Entre esses, o calcário dolomítico, que além de corrigir a acidez e recompor os níveis de cálcio do solo, também é fonte de magnésio.
Algumas aproximações que podem ser usadas para vasos que usam como substrato terra, principalmente se for feita adição de esterco. No caso do calcário dolomítico, que pode ser encontrado para venda à granel nas lojas agrícolas, o uso 1,5g para cada litro cúbico de substrato. Assim, para um vaso de 20 litros, acrescenta-se 30g de calcário, de preferência o moído em grânulos finos.
O calcário deve ser aplicado no preparo do vaso, devendo ser bem misturado ao substrato antes do envasamento. Esse preparo deve ser feito entre 60 e 90 dias antes do vaso ser plantado, quando se usa calcário não calcinado. O calcário calcinado é mais reativo, ou seja, tem maior rapidez na correção do solo, podendo ser aplicado 15 a 30 dias antes do plantio. Quem dispõe de uma pequena área para o preparo do substrato, esse pode ser preparado em quantidades maiores, ficando em repouso pelo período indicado e depois sendo usado aos poucos, à medida que for sendo necessário.
Deve-se ter em mente que o calcário não é substituto para o adubo e vice-versa; os produtos se complementam. O calcário age como potencializador do efeito dos fertilizantes.
Calcáreo dolomítico
O calcário dolomítico, que além de corrigir a acidez e recompor os níveis de cálcio do solo, também é fonte de magnésio.
Algumas aproximações que podem ser usadas para vasos que usam como substrato terra, principalmente se for feita adição de esterco. No caso do calcário dolomítico, que pode ser encontrado para venda à granel nas lojas agrícolas, o uso 1,5g para cada litro cúbico de substrato. Assim, para um vaso de 20 litros, acrescenta-se 30g de calcário, de preferência o moído em grânulos finos.
O calcário deve ser aplicado no preparo do vaso, devendo ser bem misturado ao substrato antes do envasamento. Esse preparo deve ser feito entre 60 e 90 dias antes do vaso ser plantado, quando se usa calcário não calcinado. O calcário calcinado é mais reativo, ou seja, tem maior rapidez na correção do solo, podendo ser aplicado 15 a 30 dias antes do plantio. Quem dispõe de uma pequena área para o preparo do substrato, esse pode ser preparado em quantidades maiores, ficando em repouso pelo período indicado e depois sendo usado aos poucos, à medida que for sendo necessário.
Deve-se ter em mente que o calcário não é substituto para o adubo e vice-versa; os produtos se complementam. O calcário age como potencializador do efeito dos fertilizantes.
No entanto, a adição de outros resíduos vegetais também pode criar condições adequadas para a condução de lavouras em condições rentáveis e em diversas situações, a disponibilidade de resíduos, tais como cinzas, estercos ou subprodutos agroindustriais, é maior, e o custo é menor que o do calcário.
Casca de Pinho (Pó de Pinha)
Casca de pinheiro seleccionada e crivada. É um produto orgânico para cobertura e incorporação nos solos.
Para utilizar em:
- Correcção e Melhoramento do Solo: incorporar consoante a necessidade do solo;
- Decoração: utilizar uma camada de cobertura entre 6 à 8 cm de espessura.
Funções:
- Melhoramento das características dos solos;
- Correcção do pH em solos alcalinos;
- Decoração;
- Redução da evaporação da água(reduz 50 a 80% do consumo de rega diária assim como a sua frequência - menos gastos em manutenção);
- Conserva a temperatura(protege as raízes do calor, frio e geada);
- Mantém a humidade e frescura do solo(a vida microbiana torna-se mais activa beneficiando o sistema radicular das plantas).
Pó de Concha
Cinza de Madeira
Segundo Nkana et al. (1998), a adição de cinzas tem a grande vantagem de, além de contribuir para a elevação do pH e redução do Al, fornecer importantes nutrientes às plantas, principalmente P e K. O mesmo pode ser dito do esterco bovino, o qual também aumenta a eficiência da adubação, pois a liberação dos nutrientes ocorre aos poucos, à medida que o material orgânico é mineralizado.
Composição Química da Cinza de Madeira
0,52% Nitrogênio(N)
3,37% Fósforo(P)
4,85% Potássio(K)
26,47% Cálcio(Ca)
2,73% Magnésio(Mg)
1,94% Matéria Orgânica