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Quem compra financia o tráfico?

tupy

★ vento sul ☆
Membro da Staff
Cultivador confiável
29/05/2006
4,063
94
Terra de Deus
"Quando há proibição, o mercado não acaba, ele passa para a ilegalidade e as pessoas continuam querendo comprar, e assim se origina o narcotráfico. A proibição é que possibilita a existência do tráfico.
Dizer que quem compra maconha financia o tráfico é o discurso da autoridade, que tenta jogar a culpa no consumidor. O que financia o tráfico é a proibição".

Thiago Rodrigues
Mestre em ciências sociais pela PUC-SP.


“Temos que acabar com a hipocrisia e tirar nossas máscaras. Os usuários sustentam o tráfico”
Felipe Camargo
ator e ex-dependente
 
quem compra sustenta, quem planta desestrutura, seja o que for.

mas gostei da visão do cara da usp sobre a proibição. acredito que quando você tem que entrar na boca pra comprar um oreganozinho sempre está correndo o risco de comprar outra coisa. SEMPRE. Essa história de psicologo que tudo começa na erva é verdade. você sempre acha que não vai passar disso, e acaba se tornando o maior drogadão, só pra experimentar, é tão fácil, tá na mao do cara, é só escolher.
 
eu financio o tráfico.

e financio o tráfico desde o momento em que compro maconha ou tomo uma pepsi, na hora que voto, na hora que fecho os olhos pro mundo.

eu financio o tráfico o tempo todo.

saudade de vc´s, galera.

abraço
 
a proibição promove a situaçao, a situaçao faz o trafico e quem compra paga diretamente para quem proíbe.
compramos comida que nos deixa doente, do mesmo produtor do remedio que cura a ulcera.
eu sou um idiota.
rezamos na igreja que inventou o diabo, pagamos pra ela nos proteger.
 
Aliás, prostituição e drogas já não estão sendo incluídos no (Produto Interno Bruto) do País?

E me respondam uma coisa:

Se legalizassem HOJE!
O que todos esses "bandidos" que vendem, passariam a fazer
como atividade ?
 
Que maravilhoso meus irmãos, tanto tempo que vivo pensando nisso e ver que não estou só.

Se não fosse crime, plantariamos/cultivariamos os nossos próprios "alteradores de consciência", esta renca de bandidos ia sofrer.

Se fossem fazer uma estatistica comparativa entre os problemas que nós que usamos cogumelos (e plantas de poder) e os problemas causados pelo álcool (nicotina/cocaina, etc) para a sociedade, se publicassem o resultado desta estatistica, a sociedade iria ver a verdade. Nós pagamos um preço que não devemos, somos imbuidos de uma culpa que não temos.

Na verdade nós que curtimos platas de poder estamos "vacinados" contra estes lixos todos, de certo que podemos ter um ou outro probleminha com eles (nicotina/alcool, etc), afinal crescemos neste meio.Mas as plantas de poder, puts, elas não deveriam ser confudidas com estas coisas.
 
Se legalizassem HOJE! O que todos esses "bandidos" que vendem, passariam a fazer como atividade ?

sei lá, mas guerra civil é uma coisa que vem a mente ...

com todos esses relatos de civís se armando pra confrontar bandido, bandidos sendo cada vez mais sanguinarios ... imagino que uma possível legalização de entorpecentes favoreceria o aumento de seqüestros, assaltos, golpes e etc.

de boa? deixa proibido.

Porque quem quer fumar, fuma e quem quer cheirar, cheira. E quem quer vender, vende.

Eu fumo, e no momento não posso cultivar e não conheço ninguém próximo que cultive, logo, se tenho vontade, recorro ao tráfico.

E daí? Já fui assaltado seis vezes, das mais variadas e violentas formas. Assalto de marginal, sem contar o assalto do estado, tributando minha bunda, digo, minha poupança, tributando minha vida inteira. O Estado e a mídia querem dizer que eu sustento o tráfico? Ótimo, e eles? Quantas pessoas por ano não morrem pela mídia que esconde a tragédia da fome e da miséria em tantos locais do mundo? E o Estado e sua falta de assistência aos doentes e necessitados? E as guerras?

Todo mundo tem culpa, e ao mesmo tempo ninguém tem culpa.

Eu não tenho culpa, tenho vontade.
 
O tráfico existe enquanto têm pessoas para pagarem. Quando o tráfico vira legalizado, o consumo é ordenado. Sempre existirão pessoas para pagarem o tráfico e sempre existirão indagações em relação à liberação.
Paradoxo bem interessante. Libera tudo e deixa que cada um tenha a opção de escolher o caminho a ser levado.

"Beba com moderação".

 
eu axo q quem compra naum financia o trafico...
quem financia o trafico é o governo
proibição é uma porca vergonha
proibição é a lei dizendo vc naum pode fazer issu......VC NAUM É LIVRE!!!!!:eek:
falei e disse
johny marley :luz:
 
Vamo falar sério sem visões minimalistas vai!

Aonde que liberar ia aumentar a violência? Isso não faz sentido algum, porque o problema não é o traficante que não vai ter droga pra vender e vai recorrer ao assalto, o problema está no ambiente que é gerado com a probição das drogas.

Que ambiente é esse? É o ambiente repleto de cobiça, dinheiro, cocaína e violência. A boca de fumo e o morro em que habitam os traficantes e noias é sempre carregado de incentivo a continuar existindo por conta de todo dinheiro que aquele mercado negro movimenta.

A bandidagem só está ai solta, porque sempre tem grana fácil rolando com o tráfico de drogas. Fato imutável é que sempre terá gente interessada em droga e com a proibição surgem os mercados negros que possibilitam uma injeção milhonária no crime.
Vocês acham que o cara que te assaltou com uma arma na mão arrumou aquele 38 onde? Com que dinheiro? O cara que vendeu pra ele arrumou a grana pra comprar o lote de armas que ele vende onde?
É um ciclo vicioso, uma coisa leva a outra.

Fora que se de fato cada traficante virasse um assaltante, a coisa não ia ficar tão preta assim. Não é fácil assaltar e nem sempre o assalto dá certo. Existe muito mais risco em assaltar do que vender drogas. É muito mais lucrativo e seguro pegar 800 R$ comprar em farinha e revender, do que comprar uma arma e sair pela cidade assaltando as pessoas.

Além de todos esses fatores, tem o principal, que é a verba investida no combate as drogas que cada ano cresce mais, que poderia ser investida em saúde e educação, fatores principais no combate as drogas.
É mais fácil conscientizar do que reprimir um usuário.

Legalização das drogas nem era assunto a ser mais discutido, já deveria ser concenso geral. Tantos anos proibidas e olha que mundo criamos.

Uma coisa é tentar legalizar as drogas e dar errado, outra coisa é saber que tá uma bosta e fica cada vez pior e não fazer absolutamente nada pra mudar.
 
Olá pessoal!
Que saudades dessa comunidade especial!

Muitra atribulações mas, estou tentando voltar de vagar e sempre...

Sobre o assunto, transcrevo abaixo um trecho do texto do titio gago, como diria o Morta.

Abraços a todos.

DROGAS E GOVERNOS

O envolvimento e a responsabilidade direta do governo no tráfico de drogas diminuiria, com os pagamentos por proteção substituindo os ganhos diretos, ao passo que os preços no varejo subiriam astronomicamente. A nova estrutura de preços fez o bolo do dinheiro das drogas crescer o bastante para que todas as partes governos e sindicatos do crime - lucrassem bem.

De fato, a solução moderna foi os cartéis das drogas operarem como procuradores dos governos nacionais na questão de proporcionar narcóticos viciantes. Os governos não podem mais participar abertamente no mundo do tráfico de narcóticos e clamar legitimidade. Somente governos párias operam sem disfarces. Os governos legítimos preferem ter suas agências de informação realizando acordos secretos com os mafiosos das drogas enquanto a máquina visível da diplomacia parece preocupadíssima com o "problema das drogas" - um problema sempre apresentado em termos destinados a convencer qualquer pessoa razoável de sua absoluta insolubilidade. É significativo que as grandes áreas de produção de narcóticos pesados sejam "zonas tribais". Os imperialistas modernos querem que acreditemos que, por mais que tentassem, eles nunca conseguiriam dominar e controlar essas áreas - no Paquistão e na Birmânia, por exemplo - onde ocorre a produção de ópio. Conseqüentemente, líderes tribais sem rosto, sempre mudando e com nomes impronunciáveis, podem ser responsabilizados por tudo.

De 1914 até a Segunda Guerra Mundial, a distribuição de drogas ficou geralmente nas mãos dos mesmos gângsteres que dirigiam outras operações ilícitas que caracterizam a subcultura criminal: prostituição, agiotagem e vários tipos de mercado negro. A proibição do álcool nos Estados Unidos criara um enorme mercado para narcóticos pesados, além de oferecer a oportunidade de lucros fáceis com o álcool fabricado ilegalmente e vendido sem impostos.

A manipulação dos mercados de drogas feita pelo governo também ocorreu em outros lugares. Durante a Segunda Guerra Mundial os japoneses que ocupavam a Manchúria aprenderam as regras da opressão colonial inglesa de um século antes e produziram vastas quantidades de ópio e heroína para distribuição dentro da China. Isso não foi feito com o objetivo de lucro, como no caso: inglês, e sim com a intenção de criar tantos viciados que a vontade de resistência à ocupação fosse efetivamente destruída. Mais tarde durante a
década de 1960, a CIA usaria a mesma técnica para reduzir a dissidência política nos guetos negros dos Estados Unidos com uma avalanche de China White n° 4 - heroína de extrema pureza.

AS DROGAS E OS SERVIÇOS INTERNACIONAIS DE INFORMAÇÃO

A virulência do vício em substâncias sintéticas como a heroína e a cocaína não poderia escapar por muito tempo à atenção dos herdeiros do tráfico de escravos e das guerras do ópio - os serviços internacionais de informação e as organizações de polícia secreta Esses grupos subterrâneos têm uma necessidade insaciável de dinheiro cujas fontes não sejam detectáveis, para bancar exércitos particulares, grupos terroristas, golpes de Estado e grupos de frente que são sua mercadoria. O envolvimento e o domínio do tráfico mundial de narcóticos mostrou-se irresistível para grupos como a CIA, o Opus Dei e o serviço secreto francês: A conexão do governo dos EUA com a Máfia e os narcóticos remonta, como é bem sabido, à Segunda Guerra Mundial.

Duas controvertidas operações conjuntas entre o OSS (Departamento de Serviços Estratégicos) e a ONI (Inteligência Naval dos EUA) estabeleceram contatos (via Lucky Luciano) com a Máfia siciliana e (através de Tai Li) com os traficantes da Gangue Verde de Tu Yueh-Sheng, de Xangai. As duas conexões estenderam-se pelo período pós-guerra.

O envolvimento de instituições legítimas continua o mesmo com algumas exceções. No final da década de 1970 houve uma mudança na cultura das drogas pesadas nos Estados Unidos, passando de uma ênfase na heroína para uma ênfase na cocaína. Essa mudança foi, em parte, uma conseqüência lógica da derrota militar no Vietnã e do afastamento do sudeste da Ásia. E foi reforçada quando a agenda Reagan de apoio aos contras e ao narcoterrorismo abriu novas fronteiras para operações encobertas.

Entretanto é improvável que a virulência ou o custo social da epidemia de cocaína tenham sido previstos. Talvez ninguém tenha feito a pergunta: "Quais são as conseqüências de ligar o povo americano à cocaína?" Talvez o desenvolvimento de cocaína em forma de crack fumável, mais eficiente e mais viciante, tenha sido inesperado. É muito provável que o fenômeno do crack seja um caso de tecnologia fugindo ao controle de seus criadores. Nos anos 80 a cocaína assumiu uma forma mais virulenta do que poderia imaginar qualquer de suas vítimas e detratores.

Este é um padrão novo e perturbador na evolução das interações entre homens e drogas - um padrão que não pode ser ignorado. Se hoje estamos diante de uma forma ultraviciante de cocaína, por que não estaremos amanhã diante de uma forma ultraviciante de heroína? Na verdade, essas formas de heroínajáexistem. Felizmente elas não são fáceis de se fabricar como o crack.

O ice, uma forma fumável de metanfetamina, surgiu no submundo das drogas. Haverá outras drogas no futuro - mais viciantes, mais destrutivas do que qualquer coisa atualmente possível. Como a lei e a sociedade responderão a esse fenômeno? É de se esperar que a resposta não seja colocar os viciados como exemplos de comportamento desprezível.

De um ponto de vista histórico, restringir a disponibilidade de substâncias viciantes deve ser visto como um exemplo particularmente perverso de pensamento dominador calvinista - um sistema onde o pecador é punido neste mundo ao ser transformado num consumidor explorável e impotente, punido pelo vício ao ter seu dinheiro arrancado pela combinação entre o crime e o governo que proporcionam as substâncias viciantes. A imagem é mais horrorosa do que a da serpente que devora a si própria - é mais uma vez a imagem dionisíaca da mãe que devora os filhos, a imagem de uma casa dividida e lutando contra ela mesma.

- Terence McKenna, O Alimento dos Deuses

:pos:
 
Olá pessoal!
Que saudades dessa comunidade especial!

Muitra atribulações mas, estou tentando voltar de vagar e sempre...

Sobre o assunto, transcrevo abaixo um trecho do texto do titio gago, como diria o Morta.

Abraços a todos.
AS DROGAS E OS SERVIÇOS INTERNACIONAIS DE INFORMAÇÃO

A virulência do vício em substâncias sintéticas como a heroína e a cocaína não poderia escapar por muito tempo à atenção dos herdeiros do tráfico de escravos e das guerras do ópio - os serviços internacionais de informação e as organizações de polícia secreta Esses grupos subterrâneos têm uma necessidade insaciável de dinheiro cujas fontes não sejam detectáveis, para bancar exércitos particulares, grupos terroristas, golpes de Estado e grupos de frente que são sua mercadoria. O envolvimento e o domínio do tráfico mundial de narcóticos mostrou-se irresistível para grupos como a CIA, o Opus Dei e o serviço secreto francês: A conexão do governo dos EUA com a Máfia e os narcóticos remonta, como é bem sabido, à Segunda Guerra Mundial.

Duas controvertidas operações conjuntas entre o OSS (Departamento de Serviços Estratégicos) e a ONI (Inteligência Naval dos EUA) estabeleceram contatos (via Lucky Luciano) com a Máfia siciliana e (através de Tai Li) com os traficantes da Gangue Verde de Tu Yueh-Sheng, de Xangai. As duas conexões estenderam-se pelo período pós-guerra.

O envolvimento de instituições legítimas continua o mesmo com algumas exceções. No final da década de 1970 houve uma mudança na cultura das drogas pesadas nos Estados Unidos, passando de uma ênfase na heroína para uma ênfase na cocaína. Essa mudança foi, em parte, uma conseqüência lógica da derrota militar no Vietnã e do afastamento do sudeste da Ásia. E foi reforçada quando a agenda Reagan de apoio aos contras e ao narcoterrorismo abriu novas fronteiras para operações encobertas.

Entretanto é improvável que a virulência ou o custo social da epidemia de cocaína tenham sido previstos. Talvez ninguém tenha feito a pergunta: "Quais são as conseqüências de ligar o povo americano à cocaína?" Talvez o desenvolvimento de cocaína em forma de crack fumável, mais eficiente e mais viciante, tenha sido inesperado. É muito provável que o fenômeno do crack seja um caso de tecnologia fugindo ao controle de seus criadores. Nos anos 80 a cocaína assumiu uma forma mais virulenta do que poderia imaginar qualquer de suas vítimas e detratores.

Este é um padrão novo e perturbador na evolução das interações entre homens e drogas - um padrão que não pode ser ignorado. Se hoje estamos diante de uma forma ultraviciante de cocaína, por que não estaremos amanhã diante de uma forma ultraviciante de heroína? Na verdade, essas formas de heroínajáexistem. Felizmente elas não são fáceis de se fabricar como o crack.

O ice, uma forma fumável de metanfetamina, surgiu no submundo das drogas. Haverá outras drogas no futuro - mais viciantes, mais destrutivas do que qualquer coisa atualmente possível. Como a lei e a sociedade responderão a esse fenômeno? É de se esperar que a resposta não seja colocar os viciados como exemplos de comportamento desprezível.

De um ponto de vista histórico, restringir a disponibilidade de substâncias viciantes deve ser visto como um exemplo particularmente perverso de pensamento dominador calvinista - um sistema onde o pecador é punido neste mundo ao ser transformado num consumidor explorável e impotente, punido pelo vício ao ter seu dinheiro arrancado pela combinação entre o crime e o governo que proporcionam as substâncias viciantes. A imagem é mais horrorosa do que a da serpente que devora a si própria - é mais uma vez a imagem dionisíaca da mãe que devora os filhos, a imagem de uma casa dividida e lutando contra ela mesma.

- Terence McKenna, O Alimento dos Deuses

:pos:

Taí, não li este texto, é uma novidade, mas me reportou ao meu insight sobre a polícia, postei em outro tópico. Era isso, puts... A visão é esta só que é ainda pior, visto que ela bate sempre que tô na viagem e bate como insight (tipo flash).

A polícia já foi uma coisa, lá no passado. Hoje ela é outra, bem outra... é o que resume o insight... Este poder externo às vezes é imperceptível, eu não o via claramente antes, não o via tão claramente.

Puts, taí, tem que liberar, vamos encarar esta guerra civil logo... Eu tenho 4 filhos, podem dizer que estou louco... Mas isto tem que acabar.

Vejam o caso do crack, cara, só foi o exército dos EUA entrar na colômbia este troço aumentou e invadiu o Brasil. Fico vendo os caras provocando isso de proposito para detonar a juventude do nosso país. Fico vendo a ganância pelo lucro de todas as formas, ganha-se diretamente do viciado e ganha-se sobre a nação como um todo, que continua sub-desenvolvida.

Puts.
 
Garanto pra vocês que o primeiro passo para liberar depende única e exclusivamente de vocês!

O grande problema das drogas perante a sociedade é o looby negativo que é feito dela. Por conta disso qualquer cidadão quando indagado sobre a liberação das drogas, sempre recorre ao fator social. Imediatamente ele pensa que com a liberação das drogas, todo aquele looby que a mídia e o governo fazem sobre as mesmas se manifeste em escalas milhões de vezes maiores.

O que isso quer dizer?

Quer dizer que o sujeito pensa que o que ele vê na televisão [-"Jovem assalta casal, e mata namorado! A polícia disse que o assaltante estava sobre efeito de drogas" (Logo o rapaz fez o que fez plenamente induzido pela droga, algo como se fosse fumado a essência do diabo, o rapaz jamais teria pensado em fazer aquilo se não fosse por conta da droga)]

E agora onde entra vocês?

Vocês precisam mostrar o outro lado da droga. Contar para suas famílias, seus pais, irmãos, avós e filhos que você faz uso de substâncias ou já o fez, mas que nem bem por isso você é o que a televisão fala que é o ussuário de droga. Vocês tem que contar para o maior número possível de pessoas e mostrar que o fato de ser usuário não te promove a nada do que eles possam pensar.

Muitos dirão que a coisa não é tão simples assim, mas eu só tenho a dizer que ninguém nunca disse que ia ser fácil. Por mais problemas que isso possa causar de imediato, a coisa não pode se prolongar para sempre... Quem vai moldar sua imagem perante sua família depois é o tempo e você mesmo. Com o tempo eles verão que julgaram você errado e talvez, veja bem talvez a coisa seja diferente do que falam por ai. ( Cogitar o talvez é um passo muito importante, pois não muda a opnião do sujeito sobre o assunto mas o faz refletir sobre diferentes possibilidades).


Para não parecer utópico o que estou dizendo vou dar um exemplo.

Minha familia tem inspirações religiosas e minha mãe foi um bom tempo evangélica.
Decidi mostrar para ela o que é realmente o mundo das drogas e abri o jogo primeiro com minha mãe sobre meu hábito de fumar maconha.
Expliquei para ela que fumava já havia 4 anos e que já tinha experimentado diversas drogas tipo cocaína, cola, loló, lança perfume, anphetaminas, metamphetaminas, LSD...
Claro não falei tudo de uma vez e foi difícil pra caramba no começo, porque ela queria me internar e talz, fez várias sanções para mim, mas com o tempo ela começou a perceber que eu era uma pessoa normal, como qualquer outra e jamais abri mão de falar que continuava fumando e ingerindo outras drogas.

Conclusão, hoje ela largou a igreja e de vez enquando fuma um baseado comigo e já marcamos para ela ter a primeira experimentação com LSD, posteriormente pretendo mostrar os mágicos para ela e compartilhar de todas as experiências com plantas que puder.

Minha familia hoje também sabe que sou usuário e frequentemente damos risadas na mesa de almoço quando eu recomendo maconha para a insônia da minha vó.

Pra mim, na minha vida a droga já esta liberada e todos que estão perto de mim sabem bem melhor qual é a realidade das drogas.

Acredito que todos podem começar assim, liberando em casa pra depois exigir isso no país.

Agora enquanto viverem na hipocrisia e a realidade das drogas ficar distante do lar, jamais haverá consenso de que a liberação seja melhor para todos.
 
Se legalizassem os que recorrem ao tráfico para viver, iriam descer e recorrer aos sequestros, até mais rentáveis por sinal.

Minhas visões continuam pessimistas quanto ao assunto.

E como o cacto falou, querem nos fazer sentir culpa, e está cheio de instituições que são muito hábeis para essa finalidade.

Assim o governo (que é minoria) continua por cima.
Ops, me enganei!!! lembram do ato que sucedeu a Ditadura Militar?
"Marcha da Família com Deus pela Liberdade"

Burgueses!
 
Bem eu sinceramente acho que para sequestrar, tem que ter lugar, organização, planejamento, capital para financiar a parada e etc.
Pra ser traficante só precisa querer, começa com uns aviõeszinhos e daqui a pouco você tá vendendo sua própria parada, ganhando dinheiro sem correr tanto risco.

Dizer que com o fim do tráfico, os traficantes partiriam para outras empreitadas criminosas é uma visão unilateral e minimalista.

Muita gente está no tráfico justamente porque é fácil, justamente porque se corre pouco risco. Se quiser faça uma pesquisa e veja quantos % dos traficantes cometem outros crimes além do tráfico.

Não é ser positivista, mas acho que assim como muitos iriam partir para o sequestro ou assalto, outros desistiriam da vida do crime porque a mamata acabou.

No mundo das drogas sintéticas quase não se corre risco por exemplo.
Afirmo isso com toda certeza sendo frequentador de raves e conhecendo pessoas que traficaram. Você pega a mercadoria e revende muito fácil, porque o publico é enorme e se te pegam, é só desembolsar uma grana (aquela que vc angariou traficando) pros policiais e sair andando. Quem faz as investigações sobre o tráfico de drogas nas raves são os mesmos que organizam um monte de festas raves famosas pelo país. Ou seja, aja balinha!

Mais uma vez, o tráfico só tem o poder que tem porque é fácil, só tem o pessoal que tem porque é fácil, vender mercadoria ilegal é muito mas muito diferente de enfiar um revolver na cara de uma pessoa.

Legalização é só o começo de uma atitude que melhoraria muita coisa, mas que se a longo prazo não for mais trabalhado pode ficar ruim da mesma maneira, só que desta vez o problema será com a saúde da população e não com a segurança.

Legalização + conscientização + educação

Porém em todo caso, sendo bem pessimista mesmo. Se legalizassem e virasse um problema de saúde seria 1000 vezes melhor, pois o maior problema ia sempre estar com o próprio usuário, o que não pode é ficar do jeito em que está, sobrando pra todo mundo, com a juventude sendo perdida na bocas de fumo iludidas pelo tenis da moda.

Pense bem...
 
Não tive tempo de ler todo o tópico, já tá tarde e depois eu faço isso.

“Temos que acabar com a hipocrisia e tirar nossas máscaras. Os usuários sustentam o tráfico”
Felipe Camargo
ator e ex-dependente

Do mesmo modo, eu posso falar que é uma enorme hipocrisia do Estado reprimir o uso de drogas, especialmente a Maconha. Eu acho que o tráfico existe em parte por culpa de uma política estúpida, que deveria ser discutida e que desde o início foi baseada na desinformação e notícias sensacionalistas.

Várias pesquisas provaram que LSD, cogumelos e maconha podem sim trazer benefícios se bem usados,e tem um potencial de vício muito pequeno ou nulo.

http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120586.shtml

Não sei se os admiradores de cogumelos também curtem uma ganja, mas mesmo quem não gosta é interessante dar uma lida pra saber a história por trás da política de proibição/repressão.



O tráfico é muito lucrativo, lógico que sempre vai ter vagabundo pra aproveitar a oportunidade. Custa 1 dólar pra produzir um quilo de maconha, em média, e a venda acaba gerando um lucro enorme. Mesmo assim, o grosso do lucro do tráfico vem de cocaína e crack. Um viciado em cocaína tá pouco se fodendo pra consciência social e pras consequencias do uso de droga dele na sociedade, por isso acho que a discussão aqui vai acabar girando em torno de maconha e enteógenos.

O LSD vendido aqui vem de fora, então ninguém que compra vai estar financiando diretamente o tráfico nos morros. Nunca vi LSD ser vendido em morro, são pessoas que vão em raves que normalmente pegam pra revender nas festas ou pra amigos.

Pra um usuário de maconha, pegar 10-15 gramas na mão de um traficante qualquer é melhor do que cultivar em casa e ser pego com quilos da planta, o que na legislação do Brasil configura tráfico e vai fazer vc ver o sol nascer quadrado por uns anos. Pelo menos eu penso assim, é arriscado demais plantar.

Pegar a frasezinha do Tropa de Elite e dizer que são os playboyzinhos que sustentam essa merda é verdade só em parte, porque falta bom senso do governo. Quem cheira farinha e beija a lata é que sustenta o grosso do tráfico. Quem só fuma maconha tá sustentando 5% da renda total do traficante, maconha é muito barato e não faz falta pro dono de boca a grana que ele recebe vendendo bagulho.

Ficou muito grande o post, pra resumir:

Viciado em crack/cocaína deve ser tratado, reabilitado.
Quem fuma maconha não sustenta o tráfico porra nenhuma, e mesmo se sustentar não tem outra opção e ao meu ver não faz nada de errado, maconha deveria ter sido legalizada há tempos.

LSD e Cogumelos nem entram na discussão, não estão ligados ao universo dos morros e bocas de fumo.

PS:Acho que cocaína, crack, anfetaminas e heroína são lixo e devem ser proibidas mesmo.
 
Concordo quase que plenamente com você Deister, exceto pela parte do LSD nas bocas. Eu conheço pelo menos umas 3 que já estão vendendo, inclusive extâse também.

Favelado agora vai em rave também, logo vende balinha e LSD na boca também.

Pode dar uma procurada que você acha.

Detalhe no rio já tá rolando DMT liquido nas bocas tbm.
 
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA (Lima Barreto)

(trecho) "Depois de algum tempo, o projeto agrícola de Quaresma cai por terra, derrotado por três inimigos terríveis. Primeiro, o clientelismo hipócrita dos políticos. Como Policarpo não quis compactuar com uma fraude da política local, passa a ser multado indevidamente.O segundo, foi a deficiente estrutura agrária brasileira que lhe impede de vender uma boa safra, sem tomar prejuízo. O terceiro, foi a voracidade dos imbatíveis exércitos de saúvas, que, ferozmente, devoravam sua lavoura e reservas de milho e feijão. Desanimado, estende sua dor à pobre população rural, lamentando o abandono de terras improdutivas e a falta de solidariedade do governo, protetor dos grandes latifundiários do café. Para ele, era necessária uma nova administração".

:)
 
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA (Lima Barreto)

(trecho) "Depois de algum tempo, o projeto agrícola de Quaresma cai por terra, derrotado por três inimigos terríveis. Primeiro, o clientelismo hipócrita dos políticos. Como Policarpo não quis compactuar com uma fraude da política local, passa a ser multado indevidamente.O segundo, foi a deficiente estrutura agrária brasileira que lhe impede de vender uma boa safra, sem tomar prejuízo. O terceiro, foi a voracidade dos imbatíveis exércitos de saúvas, que, ferozmente, devoravam sua lavoura e reservas de milho e feijão. Desanimado, estende sua dor à pobre população rural, lamentando o abandono de terras improdutivas e a falta de solidariedade do governo, protetor dos grandes latifundiários do café. Para ele, era necessária uma nova administração".

:)

Ou seja... O problema é velho né Tupy.
 
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