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Problemático Projeto Growroom - Cambodian Monotubes

Diário de cultivo problemático.
Introdução: Bom, essa é a minha segunda experiência no cultivo. A primeira foi feita de modo bem arcaico e que renderam resultados ótimos ao meu ver (por sinal, foi relatado em outro diário), mas agora pretendo dar um passo a frente e montar um setup mais elaborado.

Daí veio a ideia do growroom, um quarto de aproximadamente 3x3m que vai ser utilizado única e exclusivamente para cultivo dos nossos (amados) cogumelos.

Bom, o projeto do grow é o seguinte: 5 a 6 estantes com 6 prateleiras (suportam 12 caixas de 29 L cada); uma lâmpada de led no teto a priori parece ser o suficiente, mas podem ser necessarias lâmpadas verticais nas laterais das paredes do quarto; um climatizador industrial para manutenção da temperatura na faixa de frutificação e umidade corretas e para gerar fluxo de ar adequado (FAE).

Na Prática: na prática, esse cultivo inicial conta com 1 estante, 8 caixas de 29 L, um umidificador ultrassônico e um ventilador comum.

Variedade: Cambodian advindo de seringa MS ou inoculante líquido confeccionado a partir de cultura em ágar.

Técnicas: todas as caixas foram transformadas em monotubes (utilizando substrato padrão bucket TEK) + 2,5-3 L Spawn de milho.
Além disso, foram postos para colonizar por 10 dias pós spawnar o milho. Todos foram cobertos com saco de lixo para abafar o substrato na colonização, com excessão de um, no qual está sendo permitida Troca gasosa (fotos do 3⁰ dia de colonização).
 

Anexos

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Olá @yuriblackd e demais colegas,

Quando vi o post pela primeira vez fiquei maravilhado, pela forma de otimizar espaços e recursos e por pensar numa produção automatizada de maior escala.
Venho lendo muito os fóruns internacionais e realmente lá tem muita discussão quase diária sobre isso, principalmente no quesito técnicas, eficácias, resultados.
Vejo muitos posts lá com um objetivo de grande quantidade de produção, como você bem disse, e isso leva essas pessoas a repensarem as formas de se produzir desenvolvendo novas pesquisas e novos métodos, o que acaba por auxiliar também os outros que não buscam esses mesmos fins.

Acerca da questão ética, ideológica e política referente à venda, concordo que é uma discussão importantíssima de colocarmos. Não simplesmente para encontrarmos uma resposta pronta e final, mas para que continuemos discutindo sobre isso nesse momento tão crucial de opressão e repressão. No Brasil essa questão é muito incipiente, e é de extrema relevância que nós desse fórum, que estamos na linha de frente da produção desse tipo de conhecimento aqui no país, também nos coloquemos pra pensar sobre o estado atual e futuro da cultura dos Cubensis, e da cultura psicodélica de forma geral.

Mais do que simplesmente concordar ou discordar com sua intenção de vender cogumelos em uma espécie de e-commerce, me parece mais importante antes de tudo refletir sobre o como isso será feito, com que objetivo, sob qual perspectiva ética. Além disso, o que fará quando de fato surgirem problemas com autoridades ou mesmo em relação à saúde de pessoas que adquiriram seus produtos?

Acho que o pessoal do fórum foi muito generoso em colocar algumas questões dessas pra você, e as respostas que você formulou devem ter te ajudado já a pensar um pouco sobre isso. Mas ainda pode ser importante refletir mais. Não leve as críticas como ofensas, e sim pelo seu potencial de gerar reflexões e serem transformativas.

Precisamos, de fato, quebrar com preconceitos, romper estruturas tradicionais e conservadoras, e seguir em frente com a expansão de novas ideias que auxiliem essa sociedade doente em que vivemos.
A questão é sempre COMO fazer isso da melhor forma possível?

Um abraço e boa sorte. Continue postando aqui seus resultados e reflexões!
 
@yuriblackd , acho que a pinagem não teve a ver com o papel alumínio não. Mas pode explicar melhor esse lance de selar o terrário com papel alumínio?

Sobre compra e venda...

Realmente acho que projetos de cultivo com clara intenção de comercialização [devem ser proibidos]

Olha, nobre @Barratorta, pra mim uma quantidade enorme dos diários aqui do fórum são pra pessoas que vão vender. Nem precisa a pessoa dizer ou ter uma mega produção. Basta aprender uma Tek de alta produção e a gente observar colheitas de 100 gramas de cogumelo secos pra cima. Grande verdade é que a grande fonte de métodos de cultivos dos vendedores brasileiros dos cogumelos é o Teonanacatl.

Como o fórum não tem vinculação ao que será feito com os cogumelos depois de cultivados, o melhor que individualmente podemos fazer é ajudar ou não ajudar alguém com uma Tek de alta produtividade, e, claro, também trazer opiniões como a sua quando achar que cabível. Mas, enfim, pode ajudar quem não se ofender moralmente com a possibilidade de comércio. No momento, essa é a "autorregulamentação" do fórum sobre isso.

Lembre-se, uma pessoa que teve uma experiencia muito errada pode resolver ferrar com a sua vida, e ela tem tudo na mão pra fazer isso.

Sim, bem lembrado ao nosso novo amigo de fórum. Existe diferença quando eu doo cogumelos a amigos e quando alguém vende. Quando alguém vende, cria uma relação de consumo, podendo se sujeitar a penalidades legais extras e também não tendo uma relação pessoal com o usuário que o impeça de ir chorar nas autoridades porque achou que cogumelo era brincadeira.

Mas isso é sério. Esse ano tivemos o relato de um comprador que usou e depois ficou com pós-efeitos de mal-estar perseverantes (não sei se permanentes) e anunciou que iria denunciar o vendedor. Preso ele não vai (e me nego a debater isso no fórum novamente), mas pode ter um gasto com advogados.

Agora, nobre @Barratorta, se me permite a discordância...

Por fim, acho meio hipócrita várias pessoas aqui do fórum criticarem a venda de cubensis, mas no fim de semana comprando cerveja e cigarro no supermercado... Em que a produção dos cubensis difere das de outras drogas? Quer dizer que, se eu resolver produzir minha própria cerveja, eu serei um traficante de alta periculosidade? Esse pensamento é de tamanha pequenez

Pois é, @yuriblackd. Vou te indicar dois tópicos que tratam sobre o tema no fórum, que não tem um tópico central sobre isso:

Aqui no fórum, a visão prevalente é de que os cogumelos não devem ser vendidos. Eu discordo. Mas é natural que seja assim aqui, porque nosso ambiente prevalente é da santidade dos cogumelos.

Eu não vendo, nem troco, por visão religiosa. Mas, se um dia meus filhos forem passar fome e eu tiver que vender, tenho certeza que Deus vai preferir comida no prato dos meus filhos que um extremismo que seria então irracional.

Em si, a natureza religiosa de um item não o torna invendável perante o vendedor, se ele não tiver essa visão. Vendem-se itens de tudo que é religião. Claro, no caso dos cogumelos, ainda se trata de um psicoativo, e não de mero adorno, mas isso não obsta a venda.

A maioria dos relatos desde ano e do ano passado são de pessoas que compraram os cogumelos. O fato de comprar não as impediu de pesquisar e ler. O fórum é um portal gigante que faz esse trabalho de doutrinação sem a pessoa precisar cultivar. Acesso ao cogumelo sem cultivo qualquer um tem, basta ir no pasto e pegar algo que a natureza deu sem a pessoa fazer qualquer esforço que não fosse andar e olhar pra baixo. Não há mérito de cultivo na caça!

Inclusive, os cogumeleiros que vão caçar cogumelos e usam insanamente nos matos da vida são os que dão as piores zicas e provavelmente maior parte dos surtos. E digo isso com base em experiência pessoal e em relatos do fórum, que já li quase todos desde a fundação do Teo.

Em relação ao malefício pros usuários de cogumelo, caçar pode ser pior que vender. Pelo menos na venda, tem a chance do comprador ter acesso a alguma informação mais elevada e rever sua postura antes do uso, e controle de dosagem (porque compram por peso). Já a galera que vai no pasto... não. Normalmente, inclusive, já entendem tudo de cogumelo e não precisam ler nada aqui no fórum porque sempre tomaram na natureza do "jeito certo, forma certa, sem essa frescura dessa geração de hoje em dia", como um certo membro "levemente" arrogante e de mais idade aqui do fórum costuma dizer.

Enfim, semana retrasada enviei um carimbo pra uma amiga de um amigo que teve contato com os cogumelos comprados e então resolveu cultivar. E isso também é muito comum. Minha visão sobre venda? Espalha a palavra do cogumelo. Eu faria? Não, eu espalho de graça. Acho errado quem faz? Não, porque essa é uma decisão religiosa.

Bem, eu disse isso aqui, mas acho legal focarmos no diário dele e não no debate sobre vendas ou não. Acho válido o @Barratorta ter trazido seu pensamento, e que o @yuriblackd também se manifestasse, como o resto da galera. Por fim, @Ecuador se manifestou com a posição definitiva e mais segura pro fórum. Mas se quiserem aprofundar esse debate, procurem o primeiro link acima, para evitar que o diário perca o foco.
 
Última edição:
Gente, o intuito desse post é de ser um diário de cultivo. Acho a discussão extremamente produtiva e justa e não levo como ofensa, respondendo de antemão...
De fato, acho esse debate de tamanha valia e até me proponho a continuar essa conversa em outro tópico na aba correta, se vocês tiverem interesse. Mas pelo fato de o foco não ser esse, vou responder a todos individualmente uma vez mais e atualizar o cultivo.
@yuriblackd eu achei muito interessante o seu quarto de cultivo, eu tenho um projeto de fazer exatamente a mesma coisa mas com comestíveis e medicinais, a princípio com o Pleurotus (pela facilidade e porque é bom mesmo) e com o Hericium Erinaceus (esse mais pelas propriedades medicinais espetaculares e simbiose com os Psilocybe), e sem dúvida no meu caso, a intenção é a princípio como hobby mas não descarto que com a experiência e tempo, além do consumo próprio, pode se tornar comercial de pequena escala, local, tipo para abastecer a lojinha de produtos naturais do meu amigo e dar uma complementada na renda, que pra dizer bem a verdade, tá foda...E é justamente esse "tá foda" que a nossa natureza humana adaptativa e criativa usa para achar as soluções para sobreviver ao meio.
Pra ser bem sincero, eu particularmente não sou muito fã do sabor dos cogumelos comestíveis, mas devo admitir que também penso bastante em iniciar em escala comercial também. Os trabalhos com cultivos em geral são muito atrativos e ajudam a me distrair da minha atividade profissional principal que não vem ao caso.
nem todos verão com bons olhos o causador dos seres questionadores que virão à tona, nem todos ficarão contentes com o dinheiro que você vai ganhar (mesmo que pouco, tá?), com a notoriedade que terá, etc
E, no sistema em que vivemos, isso não acontece com todos e em todo momento? O ser humano não quer se ver bem, quer se ver melhor do que os seus pares. O bem estar individual, simplesmente, não basta em meio às engrenagens sociais do sistema capitalista, como vc mesmo citou... Então, mais especificamente no caso dos cogumelos, (e digo mais: no caso de qualquer outra substância que altere o estado de consciência) os questionamentos, os maus olhares e os descontentes sempre existirão.
O álcool, por exemplo, existe há milhares de anos e foi interpretado de diversas formas durante a história (inclusive como um líquido sagrado), mas até hoje existem pessoas que o veem negativamente, que são contra a comercialização e produção e que tem certo preconceito em relação aos que fazem uso dessa bebida. Infelizmente, nem Jesus agradou a todos, e, com certeza, não o faremos com os cogumelos.
mas e se alguém tiver uma bad, como bem lembrou o @Barratorta, ou pior, embora seja extremamente raro, e se alguém morrer? Mesmo que esse alguém tenha feito uma merda astronômica do tipo cheirar cocaína, beber litros de álcool, consumir Cogumelos e morrer afogado no próprio vômito...se cai na mídia (pior forum que existe), o que é bem comum, adivinha quem será o protagonista da morte do infeliz? Você junto com o Cogumelo que você forneceu...
Bom, a gente sabe como a mídia é e sabe como influencia a opinião pública. Infelizmente, uma parte obscura dos meios de comunicação está preocupada com a propagação de (des)informações e não com compromisso coma verdade... Mas sabe como combatemos isso? com informação de verdade, com estudos, pesquisas, atingindo o máximo de pessoas possíveis, nem que seja de boca em boca.
Em relação às possíveis "merdas astronômicas", eu particularmente não conheço estudo publicado ou notícia que relate overdose por uso de Psilocybe cubensis. Posso estar enganado, mas, se houver, é um numero ridiculamente baixo, e todos nós sabemos disso, seja por experiência própria, seja pela leitura dos mais diversos artigos que atestam uma relativa segurança na ingestão (tanto ao próprio indivíduo, quanto a terceiros).
Então, novamente: desinformação se combate com informação.
Eu também penso diferente. Não basta saber navegar, tem que navegar com sabedoria. Não acredito que para a sociedade estabelecida reconhecer os valores das medicinas sagradas, seja necessário pessoas "corajosas o suficiente para dar a cara a tapa", não é esse o caminho, existem caminhos muito melhores e muito mais eficientes, precisamos de pessoas que queiram se dedicar à pesquisa científica, pois esse é o caminho mais aceito e respeitado pela sociedade, para isso precisamos de mais investimentos em pesquisa e também mais discussões abertas, tabus precisam ser quebrados. Então, para ajudar a a causa em uma escala maior, você pode estudar medicina, biomedicina, psicologia, etc... e entrar no meio acadêmico. Pesquise sobre o trabalho do Sidarta Ribeiro (grande cientista e grande sujeito), ou pode se engajar na política e tentar propor discussões no Legislativo.
Bom, eu discordo parcialmente disso. Eu creio que a exposição social é importante as pesquisas/descobertas também. Acontece que de pouco vale um conhecimento descoberto se não existirem pessoas que o propaguem, se não existirem simpatizantes ou ativistas que pouco a pouco mudam a opinião pública e que pouco a pouco tornam aquilo mais visível e a informação mais acessível.
E eu pretendo atuar nessas duas frentes. Inclusive sou acadêmico de uma das áreas que você sitou e tento fazer minha parte, expondo a cultura dos psicodélicos a diversos professores que atuam em pesquisas e estimulando o lançamento de projetos relacionados. Posso não mudar o mundo assim, mas a minha parte estarei fazendo.
Além disso, não é "bem diferente" de qualquer droga ilícita, pois a molécula da Psilocina é muito semelhante à molécula do LSD, DMT (que isolado é ilegal), mescalina, etc...ainda, não vejo que o seu ponto de vista realista seja uma representação condizente com uma realidade mais ampla, pois o proibicionismo não é inevitável e nem necessário. Um exemplo é a Ayahuasca que não chegou a ser proibida por lei e foi diretamente regulamentada mediante estudos e pesquisas multidisciplinares por anos durante a década de 80/90. Nem o álcool foi proibido no Brasil. O proibicionismo é estritamente político, uma defesa do sistema e do seu status quo, que gera crimes e prejuízos de todas as espécies. A discussão pública está avançando muito nos últimos anos e com algumas permissões e altos investimentos em pesquisas em países como EUA, Inglaterra, Espanha, etc... está se presenciando o que é chamada "Renascença" da pesquisa psicodélica e no Brasil também, na medida do possível, está aumentando suas pesquisas. Não fosse por esse governo atual, atrasado, de imbecis, não estaríamos perdendo tanto tempo com tantas pesquisas importantes paradas pelo corte de verbas. Então, para lançar discussões públicas e colaborar com a disseminação de ideias, não é preciso fornecer (cobrando ou não), mas sim ensinar os caminhos para quem tiver interesse.
Bom, quando me referi ao "proibicionismo", não quis dizer literalmente que é inevitável haver a proibição, mas sim que é inevitável surgir a ideia de se proibir no legislativo (essa ideia SIM é inevitável). Além disso, não quis dizer, também, literalmente, que a Psilocina/Psilocibina é diferente das demais substâncias, inclusive sabemos que psilocibina, DMT e LSD são substância extremamente semelhantes quimicamente e farmacologicamente falando. Me referi aos contextos sociais (tráfico/crime organizado) diferentes em que os cogumelos estão inseridos, quando comparados às drogas ilicitas, como maconha, cocaína, crack e sintéticos.
Não dá para entender muito bem sua comparação, porque você está comparando coisas bem distintas, não só em relação à substância mas em relação ao approach do poder público...A comercialização da Ayahuasca é estritamente proibida, seu uso e comercialização só são permitidos com fins religiosos em ambientes especialmente destinados a esse fim, (set and setting), devidamente estabelecidos com CNPJ e tudo mais (regulamentação bem restrita). Perceba que os lugares que cobram para você ter a experiência (até hoje não vi um que não cobra) chama o pagamento de "energia de troca" ou "contribuição". Ainda, nem todos os pastos são abençoados com os Cubensis.
Exatamente, mas, antes da regulamentação, a comercialização da Ayahuasca estava inserida em um contexto extremamente parecido com os dos cubensis, inclusive sendo resguarda por viés religioso.
Além disso, ao meu ver, o monopólio da Ayahuasca com os templos é uma extrema forma de exploração, principalmente, quando chamamos um pagamento de "energia de troca" ou contribuição"... Recentemente fui aprovado em um estágio "remunerado" em uma instituição de saúde do meu Estado. De acordo com o edital, todo aprovado tem direito a remuneração, mas somos obrigados a assinar um termo "doando" todo o recebido, caso contrário não entramos no estágio... Os templos funcionam da mesma forma: não é pago, mas sem contribuição você não participa kkkkkkkkkk. Enfim, essa é outra discussão...
Ainda, nem todos os pastos são abençoados com os Cubensis.
Não são, mas nosso país é abençoado em grande parte do território com um clima tropical e com um dos maiores rebanhos do mundo... Resumindo, um berçário para cubensis. Ser a favor da proibição de cogumelos no Brasil é tão absurdo quanto querer proibir o jumento no nordeste, o vira lata "caramelo" em muitas cidades do brasil ou o mar de banhar a costa.
Independente das e-shops o interesse das pessoas pelo cultivo sempre será uma constante crescente, eu penso que é um caminho natural a ser seguido.
Fato, sempre houve e sempre haverá uma demanda crescente, mas a questão é a seguinte: em que velocidade? Sem os e-shops será que a comunidade estaria do mesmo tamanho atualmente? Eu duvido pq uma grande parte dos indivíduos (talvez a maioria) teve o seu primeiro contato a partir desses e-shops.
assim nasceu a Psylocybe Fanaticus do Professor Fanaticus,
Que surgiu em um contexto MUITO MUITO diferente do da comunidade brasileira... foi fruto de uma comunidade psicodélica bem mais aberta e liberal. Então, usar esse exemplo pra argumentar a favor do que vc defende é meio contraditório.
Mas, está bem estabelecido que a medicina tem suas qualidades melhor exploradas se forem utilizadas de uma maneira onde haja uma preparação específica, num lugar bem preparado, com muito respeito e com intenções de crescimento espiritual
Sim, concordo em partes. A preparação e um ambiente ideal são importantíssimos, mas lembre-se de que nem todos veem os cogumelos como você vê (com viés medicinal e espiritual). Muitas pessoas utilizam apenas com fins recreativos e isso não faz o uso delas inferior ou superior ao seu. Mais do que qualquer coisa, devemos respeitar a liberdade individual. Devemos entender que os indivíduos devem ser livres para praticar o que bem entenderem com seus próprios corpos, não ultrapassando o direito coletivo.
Boa tarde a todos!

Se me permitem fazer algumas observações sobre a discussão, não tenho nenhuma intenção em ditar verdades, mesmo porque nem acredito que elas existam, mas sim apenas pontos de vista que neste momento acredito.

Primeiro, penso que esse tipo de discussão não é apenas boa, mas sim fundamental. É extremamente necessário que tenhamos esse tipo de conversa de coração e mente abertos, sem hipocrisias ou vaidades para que se torne mais enriquecedora.

@yuriblackd eu achei muito interessante o seu quarto de cultivo, eu tenho um projeto de fazer exatamente a mesma coisa mas com comestíveis e medicinais, a princípio com o Pleurotus (pela facilidade e porque é bom mesmo) e com o Hericium Erinaceus (esse mais pelas propriedades medicinais espetaculares e simbiose com os Psilocybe), e sem dúvida no meu caso, a intenção é a princípio como hobby mas não descarto que com a experiência e tempo, além do consumo próprio, pode se tornar comercial de pequena escala, local, tipo para abastecer a lojinha de produtos naturais do meu amigo e dar uma complementada na renda, que pra dizer bem a verdade, tá foda...E é justamente esse "tá foda" que a nossa natureza humana adaptativa e criativa usa para achar as soluções para sobreviver ao meio.

Vivemos num sistema social capitalista, hipócrita, destrutivo, predador, machista, FDP, esmagador de consciências, etc...(Neste caso estou falando do sistema e não de indivíduos). É um sistema orgânico tão complexo que é realmente impossível ter uma noção clara da sua dimensão e apenas combater, ele é invencível por fora, apenas terá seu fim por razões internas, intrínsecas à sua natureza, ou seja, enquanto não implodir, perpetuará e a História mostra muito bem isso.

Isso não impede que façamos nossa parte, que é justamente despertar para um grau um pouco acima de consciência para além desse sistema e passar a agir de acordo com essa consciência. Vejo o despertar não como algo estático, do tipo, pronto cheguei, mas sim como um movimento constante e incessante, uma eterna busca, sendo que um dos catalizadores, como primeiro motor desse movimento, pode ser uma substância enteógena, não sendo necessariamente esse o único caminho, existem infinitos, meditação, experiências religiosas, sonhos, traumas, etc...Então, o despertar muda o ponto de referência, do egocêntrico, individual separado do todo, para algo mais abrangente, conectado e interligado a tudo o que existe, a unicidade.

É muito nobre sua intenção de querer ajudar outras pessoas a buscar esse algo mais, a ir além, mas atenção, existem limites, e aí que mora o problema. Do meu ponto de vista, o limite está em reconhecer que a minha experiência é completamente distinta das experiências das outras pessoas, completamente. Cada um tem sua forma e seu caminho a ser seguido, não acredito que o Cogumelo, Ayahuasca, LSD, sejam o melhor remédio para todos, do tipo, se toda a sociedade experimentar ao menos uma vez, ela vai mudar, não, seria sim o fim e a perseguição total às substâncias enteógenas, o sistema não quer mudar, ele quer a continuidade e a perpetuação. Assim como o corpo regula a acidez do sangue e a temperatura para manter-se vivo, o sistema busca sua regulagem, ele é regido por sua própria homeostasis.

Você, nobre facilitador, será muito bem visto por muitos, não tenho dúvida, mas ao mesmo tempo será uma ameaça ao sistema estabelecido, nem todos verão com bons olhos o causador dos seres questionadores que virão à tona, nem todos ficarão contentes com o dinheiro que você vai ganhar (mesmo que pouco, tá?), com a notoriedade que terá, etc... e toda ameaça, em algum momento será combatida, isso sob um ponto de vista, mas e se alguém tiver uma bad, como bem lembrou o @Barratorta, ou pior, embora seja extremamente raro, e se alguém morrer? Mesmo que esse alguém tenha feito uma merda astronômica do tipo cheirar cocaína, beber litros de álcool, consumir Cogumelos e morrer afogado no próprio vômito...se cai na mídia (pior forum que existe), o que é bem comum, adivinha quem será o protagonista da morte do infeliz? Você junto com o Cogumelo que você forneceu...



Eu também penso diferente. Não basta saber navegar, tem que navegar com sabedoria. Não acredito que para a sociedade estabelecida reconhecer os valores das medicinas sagradas, seja necessário pessoas "corajosas o suficiente para dar a cara a tapa", não é esse o caminho, existem caminhos muito melhores e muito mais eficientes, precisamos de pessoas que queiram se dedicar à pesquisa científica, pois esse é o caminho mais aceito e respeitado pela sociedade, para isso precisamos de mais investimentos em pesquisa e também mais discussões abertas, tabus precisam ser quebrados. Então, para ajudar a a causa em uma escala maior, você pode estudar medicina, biomedicina, psicologia, etc... e entrar no meio acadêmico. Pesquise sobre o trabalho do Sidarta Ribeiro (grande cientista e grande sujeito), ou pode se engajar na política e tentar propor discussões no Legislativo.
Além disso, não é "bem diferente" de qualquer droga ilícita, pois a molécula da Psilocina é muito semelhante à molécula do LSD, DMT (que isolado é ilegal), mescalina, etc...ainda, não vejo que o seu ponto de vista realista seja uma representação condizente com uma realidade mais ampla, pois o proibicionismo não é inevitável e nem necessário. Um exemplo é a Ayahuasca que não chegou a ser proibida por lei e foi diretamente regulamentada mediante estudos e pesquisas multidisciplinares por anos durante a década de 80/90. Nem o álcool foi proibido no Brasil. O proibicionismo é estritamente político, uma defesa do sistema e do seu status quo, que gera crimes e prejuízos de todas as espécies. A discussão pública está avançando muito nos últimos anos e com algumas permissões e altos investimentos em pesquisas em países como EUA, Inglaterra, Espanha, etc... está se presenciando o que é chamada "Renascença" da pesquisa psicodélica e no Brasil também, na medida do possível, está aumentando suas pesquisas. Não fosse por esse governo atual, atrasado, de imbecis, não estaríamos perdendo tanto tempo com tantas pesquisas importantes paradas pelo corte de verbas. Então, para lançar discussões públicas e colaborar com a disseminação de ideias, não é preciso fornecer (cobrando ou não), mas sim ensinar os caminhos para quem tiver interesse.



Não dá para entender muito bem sua comparação, porque você está comparando coisas bem distintas, não só em relação à substância mas em relação ao approach do poder público...A comercialização da Ayahuasca é estritamente proibida, seu uso e comercialização só são permitidos com fins religiosos em ambientes especialmente destinados a esse fim, (set and setting), devidamente estabelecidos com CNPJ e tudo mais (regulamentação bem restrita). Perceba que os lugares que cobram para você ter a experiência (até hoje não vi um que não cobra) chama o pagamento de "energia de troca" ou "contribuição". Ainda, nem todos os pastos são abençoados com os Cubensis.



Existe uma enorme comunidade de cultivo de Cubensis, assim como existe uma enorme comunidade de cultivo de Canabis, entre outras. Agora, essa não é uma discussão sobre o ovo e a galinha, pois não existiriam os e-shops que, no caso dos Cogumelos, começaram vendendo esporos justamente pela demanda do cultivo, em razão dos esporos estarem livres de qualquer substância psicoativa, assim nasceu a Psylocybe Fanaticus do Professor Fanaticus, criador da REVOLUCIONÁRIA e respeitabilíssima PF TEK. Independente das e-shops o interesse das pessoas pelo cultivo sempre será uma constante crescente, eu penso que é um caminho natural a ser seguido.



Concordo que cada um seja totalmente livre para fazer o uso pessoal como bem entender e com os objetivos que quiser, isso é um consenso.
Mas, está bem estabelecido que a medicina tem suas qualidades melhor exploradas se forem utilizadas de uma maneira onde haja uma preparação específica, num lugar bem preparado, com muito respeito e com intenções de crescimento espiritual (o famoso set & setting). E fornecendo (vendendo ou de graça), pode ser que você não tenha controle sobre isso e até mesmo não saiba como conduzir uma sessão que fuja um pouco do comum...e é aí onde mora o problema, como bem lembrado pelo irmão na outra mensagem.

Em relação ao tipo do cultivo, percebo que a única variável diferente do que é encontrada neste fórum, é basicamente quantitativa, uma vez que não está sendo apresentada nenhuma técnica diferente do usual, apenas a dimensão é beeemm diferente, o que torna o post bem interessante, mas nada de revolucionário (estou sendo assertivo, não me entenda mal, não quero te ofender ou qualquer coisa similar a isso).

Portanto, penso que a pluralidade das opiniões é fundamental e cada um de fato é livre para fazer o que bem entender, vou além, cada um não é apenas responsável por sua caminhada mas também por suas influências na caminhada dos seus semelhantes, portanto responsável pelo bem e pelo mal que causa (sendo o bem e mal conceitos completamente abertos).

Não há dúvidas que a legislação anti-drogas permite, por um lapso dos legisladores (que eu acredito seja intencional para fins científicos e interesses da indústria farmacêutica), que cultivemos, portemos os Cogumelos em natura mas não a extração de Psilocibina. Sendo que esta lacuna axiológica na lei permite o funcionamento de e-shops que estão explorando de forma exagerada (ao meu ver) o comércio da medicina, com os dizeres hipócritas: "não destinado ao consumo humano, apenas para fins de pesquisas" e desta maneira, colocando em risco todas as atividades e certa liberdade dos cultivadores.

Sem dúvida (e sem hipocrisia) é tentadora a ideia de uma vida com renda garantida pelo cultivo dos Cubensis, mas não vejo esse como sendo o melhor caminho por todas as consequências negativas que isso pode trazer para o grupo e para a medicina sagrada em si.

A discussão saudável é sempre válida e respeito muito seus pontos de vista. Sem dúvida acompanharei o seu tópico. Abraços!
A dimensão ampliada por si só engloba diversas técnicas não usais com o fim de manter as condições ideais para a pinagem. Em relação a luz, podemos discutir a utilização de luzes individuais em cada caixa ou em cada prateleira, luz vertical nas paredes laterais, empilhamento dos monotubes (todas técnicas raras de se encontrar aqui)...
Em relação a umidade e ventilação, podemos discutir a implementação de umidificadores no ambiente e não ligados diretamente as caixas, podemos também discutir a utilização de climatizadores para trocas gasosas automatizadas sem a necessidade de abrir e balançar individualmente cada caixa... Enfim, vendo por fora, pensamos que é simples produzir em larga escala, mas a verdade é que, se realmente fosse, muitas pessoas daqui o fariam...
Sem dúvida (e sem hipocrisia) é tentadora a ideia de uma vida com renda garantida pelo cultivo dos Cubensis, mas não vejo esse como sendo o melhor caminho por todas as consequências negativas que isso pode trazer para o grupo e para a medicina sagrada em si.

A discussão saudável é sempre válida e respeito muito seus pontos de vista. Sem dúvida acompanharei o seu tópico. Abraços!

Por fim, eu só peço que tiremos a "medicina sagrada" da discussão sobre a moralidade, já que nem todos tem essa visão... E se basear em crenças pra argumentar sobre tudo isso é meio forçado demais e até uma espécie de fanatismo ao meu ver.

No mais, uma discussão como essa é sempre muito interessante. Abraços, eu chapa heheh.
Quando vi o post pela primeira vez fiquei maravilhado, pela forma de otimizar espaços e recursos e por pensar numa produção automatizada de maior escala.
Venho lendo muito os fóruns internacionais e realmente lá tem muita discussão quase diária sobre isso, principalmente no quesito técnicas, eficácias, resultados.
Vejo muitos posts lá com um objetivo de grande quantidade de produção, como você bem disse, e isso leva essas pessoas a repensarem as formas de se produzir desenvolvendo novas pesquisas e novos métodos, o que acaba por auxiliar também os outros que não buscam esses mesmos fins.
Hehe, fico feliz que tenha curtido. Os cultivos em larga escala só tem a agregar em relação a técnicas e conhecimento no mundo dos cogumelos. E, cada vez mais, devemos nos inspirar em quem está a nossa frente nessa área, adaptar a nossa realidade e, por fim, crescermos como comunidade.
Além disso, o que fará quando de fato surgirem problemas com autoridades ou mesmo em relação à saúde de pessoas que adquiriram seus produtos?
Bom, procuro sempre orientar todas as pessoas sobre o assunto, pois a informação salva e é maior forma de reduzir danos (e não esconder). Por isso, pretendo, em um futuro próximo, até produzir um material sobre cogumelos/psicodélicos a fim de ser uma fonte de informação confiável e acessível a todos que desejem conhecer mais sobre os psicodélicos. Inclusive, essa é uma das maiores lacunas do meio, ao meu ver, a falta de uma fonte de informação completa, resumida, organizada e acessível.
Além disso, em relação às autoridades, creio ser inevitável a necessidade de esclarecimentos e, para isso, vem o estudo e a construção e organização das informações junto a advogados para se resguardar juridicamente.
Acho que o pessoal do fórum foi muito generoso em colocar algumas questões dessas pra você, e as respostas que você formulou devem ter te ajudado já a pensar um pouco sobre isso. Mas ainda pode ser importante refletir mais. Não leve as críticas como ofensas, e sim pelo seu potencial de gerar reflexões e serem transformativas.
Cara, eu tava pensando nisso hoje de manhã. Não importa o quanto a gente pense ou estude sobre algo. Quando nos questionarem, sempre vai surgir alguma pergunta que vai nos fazer pensar e assumir que há pontos que faltavam ser analisados hehe. Então sim, agradeço a todos pelas mensagens, ainda que haja discordância.
@yuriblackd , acho que a pinagem não teve a ver com o papel alumínio não. Mas pode explicar melhor esse lance de selar o terrário com papel alumínio?

Sobre compra e venda...
Cara, eu realmente acho que não fui muito claro lá em cima. Na fabricação dos monotubes, revesti o interior das caixas com saco de lixo a fim se servir como uma espécie de "fumê" pra luz não entrar pela lateral, fazendo surgir "side pins".
No entanto, por acidente, eu rasguei o último saco que possuia e uma das caixas não teve esse revestimento.
Após fazer os mono, eu dobrei o excesso de saco na parte superior do substrato, deixando abafado. Assim, teoricamente, aqueles substratos teriam um aporte reduzido de ar ali.
Já em relação a caixa sem saco, o substrato não foi abafado com nd na superfície. A única coisa que fiz foi fechar a tampa da caixa (assim como as demais), e todas as bordas com papel alumínio, fazendo uma espécie de "vedação", isolando o ar de dentro da caixa.
Resumindo, teoricamente, a caixa sem saco teve acesso a uma maior quantidade de ar que as demais, e, justamente por isso, levantei o questionamento de talvez essa reserva extra de oxigênio ter sido benéfica
Pois é, @yuriblackd. Vou te indicar dois tópicos que tratam sobre o tema no fórum, que não tem um tópico central sobre isso:
Vou dar uma lida e já agradeço ai pela recomendação.
Aqui no fórum, a visão prevalente é de que os cogumelos não devem ser vendidos. Eu discordo. Mas é natural que seja assim aqui, porque nosso ambiente prevalente é da santidade dos cogumelos.
Poisé, o mais comum é a defesa da não comercialização. O que me deixa intriga é a imposição da "ideia da santidade dos cogumelos" em uma discussão sobre moral e legislação. E eu defendo que a crença/espiritualidade de uns não está acima da liberdade individual de outros, mas infelizmente essa é a realidade.
Gente, o intuito desse post é de ser um diário de cultivo. Acho a discussão extremamente produtiva e justa e não levo como ofensa, respondendo de antemão...
De fato, acho esse debate de tamanha valia e até me proponho a continuar essa conversa em outro tópico na aba correta, se vocês tiverem interesse. Mas pelo fato de o foco não ser esse, vou responder a todos individualmente uma vez mais e atualizar o cultivo.

Pra ser bem sincero, eu particularmente não sou muito fã do sabor dos cogumelos comestíveis, mas devo admitir que também penso bastante em iniciar em escala comercial também. Os trabalhos com cultivos em geral são muito atrativos e ajudam a me distrair da minha atividade profissional principal que não vem ao caso.

E, no sistema em que vivemos, isso não acontece com todos e em todo momento? O ser humano não quer se ver bem, quer se ver melhor do que os seus pares. O bem estar individual, simplesmente, não basta em meio às engrenagens sociais do sistema capitalista, como vc mesmo citou... Então, mais especificamente no caso dos cogumelos, (e digo mais: no caso de qualquer outra substância que altere o estado de consciência) os questionamentos, os maus olhares e os descontentes sempre existirão.
O álcool, por exemplo, existe há milhares de anos e foi interpretado de diversas formas durante a história (inclusive como um líquido sagrado), mas até hoje existem pessoas que o veem negativamente, que são contra a comercialização e produção e que tem certo preconceito em relação aos que fazem uso dessa bebida. Infelizmente, nem Jesus agradou a todos, e, com certeza, não o faremos com os cogumelos.

Bom, a gente sabe como a mídia é e sabe como influencia a opinião pública. Infelizmente, uma parte obscura dos meios de comunicação está preocupada com a propagação de (des)informações e não com compromisso coma verdade... Mas sabe como combatemos isso? com informação de verdade, com estudos, pesquisas, atingindo o máximo de pessoas possíveis, nem que seja de boca em boca.
Em relação às possíveis "merdas astronômicas", eu particularmente não conheço estudo publicado ou notícia que relate overdose por uso de Psilocybe cubensis. Posso estar enganado, mas, se houver, é um numero ridiculamente baixo, e todos nós sabemos disso, seja por experiência própria, seja pela leitura dos mais diversos artigos que atestam uma relativa segurança na ingestão (tanto ao próprio indivíduo, quanto a terceiros).
Então, novamente: desinformação se combate com informação.

Bom, eu discordo parcialmente disso. Eu creio que a exposição social é importante as pesquisas/descobertas também. Acontece que de pouco vale um conhecimento descoberto se não existirem pessoas que o propaguem, se não existirem simpatizantes ou ativistas que pouco a pouco mudam a opinião pública e que pouco a pouco tornam aquilo mais visível e a informação mais acessível.
E eu pretendo atuar nessas duas frentes. Inclusive sou acadêmico de uma das áreas que você sitou e tento fazer minha parte, expondo a cultura dos psicodélicos a diversos professores que atuam em pesquisas e estimulando o lançamento de projetos relacionados. Posso não mudar o mundo assim, mas a minha parte estarei fazendo.

Bom, quando me referi ao "proibicionismo", não quis dizer literalmente que é inevitável haver a proibição, mas sim que é inevitável surgir a ideia de se proibir no legislativo (essa ideia SIM é inevitável). Além disso, não quis dizer, também, literalmente, que a Psilocina/Psilocibina é diferente das demais substâncias, inclusive sabemos que psilocibina, DMT e LSD são substância extremamente semelhantes quimicamente e farmacologicamente falando. Me referi aos contextos sociais (tráfico/crime organizado) diferentes em que os cogumelos estão inseridos, quando comparados às drogas ilicitas, como maconha, cocaína, crack e sintéticos.

Exatamente, mas, antes da regulamentação, a comercialização da Ayahuasca estava inserida em um contexto extremamente parecido com os dos cubensis, inclusive sendo resguarda por viés religioso.
Além disso, ao meu ver, o monopólio da Ayahuasca com os templos é uma extrema forma de exploração, principalmente, quando chamamos um pagamento de "energia de troca" ou contribuição"... Recentemente fui aprovado em um estágio "remunerado" em uma instituição de saúde do meu Estado. De acordo com o edital, todo aprovado tem direito a remuneração, mas somos obrigados a assinar um termo "doando" todo o recebido, caso contrário não entramos no estágio... Os templos funcionam da mesma forma: não é pago, mas sem contribuição você não participa kkkkkkkkkk. Enfim, essa é outra discussão...

Não são, mas nosso país é abençoado em grande parte do território com um clima tropical e com um dos maiores rebanhos do mundo... Resumindo, um berçário para cubensis. Ser a favor da proibição de cogumelos no Brasil é tão absurdo quanto querer proibir o jumento no nordeste, o vira lata "caramelo" em muitas cidades do brasil ou o mar de banhar a costa.

Fato, sempre houve e sempre haverá uma demanda crescente, mas a questão é a seguinte: em que velocidade? Sem os e-shops será que a comunidade estaria do mesmo tamanho atualmente? Eu duvido pq uma grande parte dos indivíduos (talvez a maioria) teve o seu primeiro contato a partir desses e-shops.

Que surgiu em um contexto MUITO MUITO diferente do da comunidade brasileira... foi fruto de uma comunidade psicodélica bem mais aberta e liberal. Então, usar esse exemplo pra argumentar a favor do que vc defende é meio contraditório.

Sim, concordo em partes. A preparação e um ambiente ideal são importantíssimos, mas lembre-se de que nem todos veem os cogumelos como você vê (com viés medicinal e espiritual). Muitas pessoas utilizam apenas com fins recreativos e isso não faz o uso delas inferior ou superior ao seu. Mais do que qualquer coisa, devemos respeitar a liberdade individual. Devemos entender que os indivíduos devem ser livres para praticar o que bem entenderem com seus próprios corpos, não ultrapassando o direito coletivo.

A dimensão ampliada por si só engloba diversas técnicas não usais com o fim de manter as condições ideais para a pinagem. Em relação a luz, podemos discutir a utilização de luzes individuais em cada caixa ou em cada prateleira, luz vertical nas paredes laterais, empilhamento dos monotubes (todas técnicas raras de se encontrar aqui)...
Em relação a umidade e ventilação, podemos discutir a implementação de umidificadores no ambiente e não ligados diretamente as caixas, podemos também discutir a utilização de climatizadores para trocas gasosas automatizadas sem a necessidade de abrir e balançar individualmente cada caixa... Enfim, vendo por fora, pensamos que é simples produzir em larga escala, mas a verdade é que, se realmente fosse, muitas pessoas daqui o fariam...


Por fim, eu só peço que tiremos a "medicina sagrada" da discussão sobre a moralidade, já que nem todos tem essa visão... E se basear em crenças pra argumentar sobre tudo isso é meio forçado demais e até uma espécie de fanatismo ao meu ver.

No mais, uma discussão como essa é sempre muito interessante. Abraços, eu chapa heheh.

Hehe, fico feliz que tenha curtido. Os cultivos em larga escala só tem a agregar em relação a técnicas e conhecimento no mundo dos cogumelos. E, cada vez mais, devemos nos inspirar em quem está a nossa frente nessa área, adaptar a nossa realidade e, por fim, crescermos como comunidade.

Bom, procuro sempre orientar todas as pessoas sobre o assunto, pois a informação salva e é maior forma de reduzir danos (e não esconder). Por isso, pretendo, em um futuro próximo, até produzir um material sobre cogumelos/psicodélicos a fim de ser uma fonte de informação confiável e acessível a todos que desejem conhecer mais sobre os psicodélicos. Inclusive, essa é uma das maiores lacunas do meio, ao meu ver, a falta de uma fonte de informação completa, resumida, organizada e acessível.
Além disso, em relação às autoridades, creio ser inevitável a necessidade de esclarecimentos e, para isso, vem o estudo e a construção e organização das informações junto a advogados para se resguardar juridicamente.

Cara, eu tava pensando nisso hoje de manhã. Não importa o quanto a gente pense ou estude sobre algo. Quando nos questionarem, sempre vai surgir alguma pergunta que vai nos fazer pensar e assumir que há pontos que faltavam ser analisados hehe. Então sim, agradeço a todos pelas mensagens, ainda que haja discordância.

Cara, eu realmente acho que não fui muito claro lá em cima. Na fabricação dos monotubes, revesti o interior das caixas com saco de lixo a fim se servir como uma espécie de "fumê" pra luz não entrar pela lateral, fazendo surgir "side pins".
No entanto, por acidente, eu rasguei o último saco que possuia e uma das caixas não teve esse revestimento.
Após fazer os mono, eu dobrei o excesso de saco na parte superior do substrato, deixando abafado. Assim, teoricamente, aqueles substratos teriam um aporte reduzido de ar ali.
Já em relação a caixa sem saco, o substrato não foi abafado com nd na superfície. A única coisa que fiz foi fechar a tampa da caixa (assim como as demais), e todas as bordas com papel alumínio, fazendo uma espécie de "vedação", isolando o ar de dentro da caixa.
Resumindo, teoricamente, a caixa sem saco teve acesso a uma maior quantidade de ar que as demais, e, justamente por isso, levantei o questionamento de talvez essa reserva extra de oxigênio ter sido benéfica

Vou dar uma lida e já agradeço ai pela recomendação.

Poisé, o mais comum é a defesa da não comercialização. O que me deixa intriga é a imposição da "ideia da santidade dos cogumelos" em uma discussão sobre moral e legislação. E eu defendo que a crença/espiritualidade de uns não está acima da liberdade individual de outros, mas infelizmente essa é a realidade.
E não me entendam mal, não que eu n tenha essa visão da santidade... Mas, nem mesmo entre os que acreditam, a opinião é homogênea..
Pelo menos na venda, tem a chance do comprador ter acesso a alguma informação mais elevada e rever sua postura antes do uso, e controle de dosagem (porque compram por peso).
Além de que há maior controle em relação a qualidade dos cogumelos... há quem vá nos pastos sem nem saber o que está procurando e acaba comendo cogumelos tóxicos... Sem falar que nem todos moram em área rural com fácil acesso aos cogumelos.
Enfim, semana retrasada enviei um carimbo pra uma amiga de um amigo que teve contato com os cogumelos comprados e então resolveu cultivar. E isso também é muito comum. Minha visão sobre venda? Espalha a palavra do cogumelo. Eu faria? Não, eu espalho de graça. Acho errado quem faz? Não, porque essa é uma decisão religiosa.
Parabéns pelo pensamento cara. Resumiu tudo em um comentário imparcial e nem deixou de violar seu viés religioso.
Bem, eu disse isso aqui, mas acho legal focarmos no diário dele e não no debate sobre vendas ou não
Por fim, deixemos esse assunto terminado hehe. Se quiserem debater em um tópico no local correto, estarei a disposição.
 
Última edição:
Gente, o intuito desse post é de ser um diário de cultivo. Acho a discussão extremamente produtiva e justa e não levo como ofensa, respondendo de antemão...
De fato, acho esse debate de tamanha valia e até me proponho a continuar essa conversa em outro tópico na aba correta, se vocês tiverem interesse. Mas pelo fato de o foco não ser esse, vou responder a todos individualmente uma vez mais e atualizar o cultivo.

Pra ser bem sincero, eu particularmente não sou muito fã do sabor dos cogumelos comestíveis, mas devo admitir que também penso bastante em iniciar em escala comercial também. Os trabalhos com cultivos em geral são muito atrativos e ajudam a me distrair da minha atividade profissional principal que não vem ao caso.

E, no sistema em que vivemos, isso não acontece com todos e em todo momento? O ser humano não quer se ver bem, quer se ver melhor do que os seus pares. O bem estar individual, simplesmente, não basta em meio às engrenagens sociais do sistema capitalista, como vc mesmo citou... Então, mais especificamente no caso dos cogumelos, (e digo mais: no caso de qualquer outra substância que altere o estado de consciência) os questionamentos, os maus olhares e os descontentes sempre existirão.
O álcool, por exemplo, existe há milhares de anos e foi interpretado de diversas formas durante a história (inclusive como um líquido sagrado), mas até hoje existem pessoas que o veem negativamente, que são contra a comercialização e produção e que tem certo preconceito em relação aos que fazem uso dessa bebida. Infelizmente, nem Jesus agradou a todos, e, com certeza, não o faremos com os cogumelos.

Bom, a gente sabe como a mídia é e sabe como influencia a opinião pública. Infelizmente, uma parte obscura dos meios de comunicação está preocupada com a propagação de (des)informações e não com compromisso coma verdade... Mas sabe como combatemos isso? com informação de verdade, com estudos, pesquisas, atingindo o máximo de pessoas possíveis, nem que seja de boca em boca.
Em relação às possíveis "merdas astronômicas", eu particularmente não conheço estudo publicado ou notícia que relate overdose por uso de Psilocybe cubensis. Posso estar enganado, mas, se houver, é um numero ridiculamente baixo, e todos nós sabemos disso, seja por experiência própria, seja pela leitura dos mais diversos artigos que atestam uma relativa segurança na ingestão (tanto ao próprio indivíduo, quanto a terceiros).
Então, novamente: desinformação se combate com informação.

Bom, eu discordo parcialmente disso. Eu creio que a exposição social é importante as pesquisas/descobertas também. Acontece que de pouco vale um conhecimento descoberto se não existirem pessoas que o propaguem, se não existirem simpatizantes ou ativistas que pouco a pouco mudam a opinião pública e que pouco a pouco tornam aquilo mais visível e a informação mais acessível.
E eu pretendo atuar nessas duas frentes. Inclusive sou acadêmico de uma das áreas que você sitou e tento fazer minha parte, expondo a cultura dos psicodélicos a diversos professores que atuam em pesquisas e estimulando o lançamento de projetos relacionados. Posso não mudar o mundo assim, mas a minha parte estarei fazendo.

Bom, quando me referi ao "proibicionismo", não quis dizer literalmente que é inevitável haver a proibição, mas sim que é inevitável surgir a ideia de se proibir no legislativo (essa ideia SIM é inevitável). Além disso, não quis dizer, também, literalmente, que a Psilocina/Psilocibina é diferente das demais substâncias, inclusive sabemos que psilocibina, DMT e LSD são substância extremamente semelhantes quimicamente e farmacologicamente falando. Me referi aos contextos sociais (tráfico/crime organizado) diferentes em que os cogumelos estão inseridos, quando comparados às drogas ilicitas, como maconha, cocaína, crack e sintéticos.

Exatamente, mas, antes da regulamentação, a comercialização da Ayahuasca estava inserida em um contexto extremamente parecido com os dos cubensis, inclusive sendo resguarda por viés religioso.
Além disso, ao meu ver, o monopólio da Ayahuasca com os templos é uma extrema forma de exploração, principalmente, quando chamamos um pagamento de "energia de troca" ou contribuição"... Recentemente fui aprovado em um estágio "remunerado" em uma instituição de saúde do meu Estado. De acordo com o edital, todo aprovado tem direito a remuneração, mas somos obrigados a assinar um termo "doando" todo o recebido, caso contrário não entramos no estágio... Os templos funcionam da mesma forma: não é pago, mas sem contribuição você não participa kkkkkkkkkk. Enfim, essa é outra discussão...

Não são, mas nosso país é abençoado em grande parte do território com um clima tropical e com um dos maiores rebanhos do mundo... Resumindo, um berçário para cubensis. Ser a favor da proibição de cogumelos no Brasil é tão absurdo quanto querer proibir o jumento no nordeste, o vira lata "caramelo" em muitas cidades do brasil ou o mar de banhar a costa.

Fato, sempre houve e sempre haverá uma demanda crescente, mas a questão é a seguinte: em que velocidade? Sem os e-shops será que a comunidade estaria do mesmo tamanho atualmente? Eu duvido pq uma grande parte dos indivíduos (talvez a maioria) teve o seu primeiro contato a partir desses e-shops.

Que surgiu em um contexto MUITO MUITO diferente do da comunidade brasileira... foi fruto de uma comunidade psicodélica bem mais aberta e liberal. Então, usar esse exemplo pra argumentar a favor do que vc defende é meio contraditório.

Sim, concordo em partes. A preparação e um ambiente ideal são importantíssimos, mas lembre-se de que nem todos veem os cogumelos como você vê (com viés medicinal e espiritual). Muitas pessoas utilizam apenas com fins recreativos e isso não faz o uso delas inferior ou superior ao seu. Mais do que qualquer coisa, devemos respeitar a liberdade individual. Devemos entender que os indivíduos devem ser livres para praticar o que bem entenderem com seus próprios corpos, não ultrapassando o direito coletivo.

A dimensão ampliada por si só engloba diversas técnicas não usais com o fim de manter as condições ideais para a pinagem. Em relação a luz, podemos discutir a utilização de luzes individuais em cada caixa ou em cada prateleira, luz vertical nas paredes laterais, empilhamento dos monotubes (todas técnicas raras de se encontrar aqui)...
Em relação a umidade e ventilação, podemos discutir a implementação de umidificadores no ambiente e não ligados diretamente as caixas, podemos também discutir a utilização de climatizadores para trocas gasosas automatizadas sem a necessidade de abrir e balançar individualmente cada caixa... Enfim, vendo por fora, pensamos que é simples produzir em larga escala, mas a verdade é que, se realmente fosse, muitas pessoas daqui o fariam...


Por fim, eu só peço que tiremos a "medicina sagrada" da discussão sobre a moralidade, já que nem todos tem essa visão... E se basear em crenças pra argumentar sobre tudo isso é meio forçado demais e até uma espécie de fanatismo ao meu ver.

No mais, uma discussão como essa é sempre muito interessante. Abraços, eu chapa heheh.

Hehe, fico feliz que tenha curtido. Os cultivos em larga escala só tem a agregar em relação a técnicas e conhecimento no mundo dos cogumelos. E, cada vez mais, devemos nos inspirar em quem está a nossa frente nessa área, adaptar a nossa realidade e, por fim, crescermos como comunidade.

Bom, procuro sempre orientar todas as pessoas sobre o assunto, pois a informação salva e é maior forma de reduzir danos (e não esconder). Por isso, pretendo, em um futuro próximo, até produzir um material sobre cogumelos/psicodélicos a fim de ser uma fonte de informação confiável e acessível a todos que desejem conhecer mais sobre os psicodélicos. Inclusive, essa é uma das maiores lacunas do meio, ao meu ver, a falta de uma fonte de informação completa, resumida, organizada e acessível.
Além disso, em relação às autoridades, creio ser inevitável a necessidade de esclarecimentos e, para isso, vem o estudo e a construção e organização das informações junto a advogados para se resguardar juridicamente.

Cara, eu tava pensando nisso hoje de manhã. Não importa o quanto a gente pense ou estude sobre algo. Quando nos questionarem, sempre vai surgir alguma pergunta que vai nos fazer pensar e assumir que há pontos que faltavam ser analisados hehe. Então sim, agradeço a todos pelas mensagens, ainda que haja discordância.

Cara, eu realmente acho que não fui muito claro lá em cima. Na fabricação dos monotubes, revesti o interior das caixas com saco de lixo a fim se servir como uma espécie de "fumê" pra luz não entrar pela lateral, fazendo surgir "side pins".
No entanto, por acidente, eu rasguei o último saco que possuia e uma das caixas não teve esse revestimento.
Após fazer os mono, eu dobrei o excesso de saco na parte superior do substrato, deixando abafado. Assim, teoricamente, aqueles substratos teriam um aporte reduzido de ar ali.
Já em relação a caixa sem saco, o substrato não foi abafado com nd na superfície. A única coisa que fiz foi fechar a tampa da caixa (assim como as demais), e todas as bordas com papel alumínio, fazendo uma espécie de "vedação", isolando o ar de dentro da caixa.
Resumindo, teoricamente, a caixa sem saco teve acesso a uma maior quantidade de ar que as demais, e, justamente por isso, levantei o questionamento de talvez essa reserva extra de oxigênio ter sido benéfica

Vou dar uma lida e já agradeço ai pela recomendação.

Poisé, o mais comum é a defesa da não comercialização. O que me deixa intriga é a imposição da "ideia da santidade dos cogumelos" em uma discussão sobre moral e legislação. E eu defendo que a crença/espiritualidade de uns não está acima da liberdade individual de outros, mas infelizmente essa é a realidade.


Além de que há maior controle em relação a qualidade dos cogumelos... há quem vá nos pastos sem nem saber o que está procurando e acaba comendo cogumelos tóxicos... Sem falar que nem todos moram em área rural com fácil acesso aos cogumelos.

Parabéns pelo pensamento cara. Resumiu tudo em um comentário imparcial e nem deixou de violar seu viés religioso.

Por fim, deixemos esse assunto terminado hehe. Se quiserem debater em um tópico no local correto, estarei a disposição.

boa ideia de abrir um tópico sobre o assunto. Vamos trocando ideias! abraço!
 
Colega @yuriblackd
Nos seus testes, percebe se monotubs desse tamanho geram mais calor (pela própria atividade de um micélio maior) dentro da caixa? Ou seja, a temperatura interna fica maior do que ficaria, por exemplo, caso fosse um terrário shotgun com bolos, ou ainda, um mini mono?

aqui está muito frio e não tem previsão de aumentar, tenho pensado que pode ser interessante caso seja afirmativa a questão anterior, pra não ter que usar aquecedor externo.

Abs
 
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