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Completo Primeiro cultivo na Caatinga

Diário de cultivo completo.
Olá amigos desta maravilhosa página!
Começo desde já agradecendo por todo o conteúdo daqui, local do qual tirei todas as informações necessárias para cultivar meninos mágicos. Queria me apresentar junto com o meu diario de cultivo. O post estiver no local errado, peço desculpas e para que ele seja movido para o local correto.
Meu apelido vem das minhas crises de insônia frequentes. A foto é do avatar é Absolem, personagem de Alice no País das Maravilhas. Tinha o mesmo conhecimento com os cogumelos quanto o resto da população: já havia ouvido falar muito de quem tomou e não voltou. Um dia, comprei um exterco para uma área verde, aqui em casa, e eis que me nascem uns pequenos pãezinhos de queijo. Já sabia do azulamento característico, ao machucar. Eram Panaeolus Cyanenses. Tive uma trip magnífica e resolvi cultivá-los logo depois, ao descobrir essa página. Adquiri seringas de Golden Teacher, tindalizei milho de pipoca e inoculei em 06/02/2016.
P_20160206_083155.jpg
Deixei os copos no escuro, dentro do guarda-roupas, e no dia 28 eles estavam assim:P_20160228_223954.jpg
Infelimente um dos copos foi totalmente contaminado e devidamente descartado. Outro estava parcialmente contaminado e ficou em observação. P_20160302_092632.jpg
Felizmente os meninos veceram a guerra micelial.
Acabei cirugiando o bolo e usei o spawn para um casing de meio litro com pf tek. Outro bolo também foi usado de spawn. Infelimente perdi as fotos do casing. Infelimente também ambos os casings foram contaminados por falta de um bom selo de vermiculita.
Como tinha pouco a perder, fiz uma grande cirurgia em ambos, sucedido de um cold dunk e um grosso roll de vermiculita no dia 03/04.
P_20160403_173335.jpg
E eis o fruto de tanta dedicação!
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O terceiro copo eu deixei em um terrario de pote de maionese grande. Infelizmente ele azulou e não deu nada. Farei um roll de vermiculita nele também e vou esperar o que dá.
P_20160403_173524.jpg
Agora é só produzir bons carimbos!
 

Anexos

  • P_20160311_074703.jpg
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    70.4 KB · Visualizações: 66
Agradecimento em especial a @Malahov, que foi quem mais me ajudou aqui. Minha primeira tentativa foi uma falha cultura liquida.P_20160202_085519.jpg
Pode ser que ainda tente um dia novamente, mas o spawn de grãos é o que achei mais viável.
Essa é a foto do último pan que nasceu aqui.P_20160105_081932.jpg Nessa época eu mal sabia o que era um carimbo estéril. Esse foi mais para confirmar a espécie.P_20160105_182303.jpg

Uma dúvida: há diferenças de potências, de acordo com o tipo de cultura, tipo milho ou FAI?
 
Uma dúvida: há diferenças de potências, de acordo com o tipo de cultura, tipo milho ou FAI?
Nada que seja consistente o suficiente para se afirmar. Também há variação mesmo entre cogumelos de um mesmo cultivo, mas também não é muito perceptível.

Só não se recomenda que sejam utilizados grãos ricos em lipídios (óleos) e arroz branco, que atrapalham o desenvolvimento saudável do micélio (e posterior frutificação). Basta conseguir bons cogumelos, grandes e numerosos, e não há que se preocupar com potência.
 
Nada que seja consistente o suficiente para se afirmar. Também há variação mesmo entre cogumelos de um mesmo cultivo, mas também não é muito perceptível.

Li aqui no fórum que a potência dos cogumelos está relacionada à concentração de psilocina e psilocibina distribuída por sua massa total. O que nos remete à ideia de um ponto "preferencial" para a colheita dos frutos (quando o véu está prestes a se romper). Entretanto, confesso notar diferenças morfológicas dos frutos que pinam em bulk para os frutos que pinam em um bolo de FAI convencional.
No cultivo do @Tiger (https://teonanacatl.org/threads/1-cultivo-brasil.12363/), por exemplo, observei que os frutos fotografados são mais encorpados do que os que eu costumo obter no meu cultivo com a strain Gandarela. E, embora seja um equívoco atribuir essa diferença somente ao substrato, já que existem mais variáveis a serem consideradas (como p.ex. o tropismo dos frutos – atarraxados – devido à origem da fonte de iluminação, a strain cultivada, condições do terrário, etc.), fico com a impressão de que o substrato onde o miscélio se desenvolve (considerando também as diferenças que passam por, desde a quantidade e qualidade dos nutrientes, até a permeabilidade desse substrato) é sim um fator discrepante para começarmos a pensar na potência dos cogumelos.
 
Última edição:
1-cultivo-brasil.12363/), por exemplo, observei que os frutos fotografados são mais encorpados do que os que eu costumo obter no meu cultivo com a strain Gandarela.
Está comparando maçãs com laranjas. Não dá para comparar nem a morfologia entre diferentes substratos, se a própria strain é diferente (aliás, a morfologia é a principal diferença entre strains). Sem falar no restante das condições de cultivo.

Comparação válida só se você fizer isolamento em BDA e depois usar o mesmo micélio para inocular os diferentes substratos ao mesmo tempo, e frutificá-los nas mesmas condições. Porque mesmo uma seringa ou carimbo de esporos irá conter genéticas razoavelmente variadas, que se refletem na variedade da morfologia dos frutos.

Sobre o ponto de colheita, geralmente se recomenda colher logo antes da abertura do véu porque neste ponto os frutos já não irão crescer tanto. Também se evita a esporulação no terrário, e chapéus ainda pequenos e fechados também são bem mais fáceis de se consumir que chapéus abertos e grandes, de gosto amargo.

Em relação à potência creio que o mais fácil seja simplesmente não se preocupar. Colha todos os cogumelos e vá misturando tudo, quando for consumir terá uma idéia da potência média de uma dose.
Maior ou menor concentração de psilas em cogumelos individuais não irá fazer você ter uma trip melhor ou pior, porque você pode simplesmente consumir uma dose maior (ou menor) dos seus cogumelos.

Por outro lado, ficar se preocupando com isso é porta para bad trip (pensamentos do tipo "não está batendo", "devia ter tomado mais", "é muito forte vou ficar louco para sempre" etc. durante a trip).
 
Infelizmente não consegui pôr a imagem de pé...
Algumas estirpes apresentaram fissuras, mas sem azulamento. Não foram machucadas.
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O que pode ser? Mudei o bolo de posição, uma vez. Girei em sentido contrário. Espero que não sejam bactérias.
 
Infelizmente não consegui pôr a imagem de pé...
Algumas estirpes apresentaram fissuras, mas sem azulamento. Não foram machucadas.

O que pode ser? Mudei o bolo de posição, uma vez. Girei em sentido contrário. Espero que não sejam bactérias.
Vire o bolo de cabeça para baixo, assim a foto sai certa :D

Fissuras na estipe pode ser excesso de umidade no bolo (bolo molhado) ou falta de umidade no ar ambiente (os frutos ressecam, ficam fibrosos e racham). E também podem ser bactérias, mas verifique esses dois fatores primeiro.
 
Gostei da cirurgia.... Esse é o espírito, não desistir nunca hahaha

Parabéns!
 
E olha hoje!
:D
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Fiz a colheita na hora que o primeiro abriu o véu. Me falaram que quando eles esporulam ficam amargos. Infelizmente cometi um erro. Queria carimbar, mas, enquanto colhia percebi que as lamelas ainda estavam muito claras, então deixei dois dos maiores ainda no bolo, para ver se eles esporulam, até amanhã.
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