Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

O que fazer para resguardar a legalidade dos cogumelos?

Essa questão vem à minha cabeça. Hoje o cogumelo é permitido, mas amanhã pode vir a ser proibido após algum escândalo sensacionalista, ou algo do gênero. Na verdade, as perspectivas são boas ao se pensar no cogumelo em si (meio de uso como chá, encontrado na forma que é usado em toda a natureza sem controle, e outros fatores) e como é estabelecido como enteógeno, algo que as autoridades levam em conta e por isso o fungo é atualmente permitido e tende a assim permanecer. Mas ao se pensar em como a mídia infelizmente trata o assunto de forma sempre a mais ruidosa e marrom possível, as perspectivas não são das melhores. E o maior dano é causado por aqueles que abusam e chamam a atenção da mídia e da sociedade de forma extremamente negativa.

O momento das pessoas começarem a se organizar em defesa do cogumelo é antes que ocorra alguma proibição. Hoje a comunidade cogumeleira/micoenteógena já se organiza para fins de informação de cultivo, segurança, pesquisa, etc. Há muita informação, e isso é um ponto incrivelmente favorável. Mas, em algum momento, será melhor sair da postura de apenas olhar o que os poderes públicos decidem, como se não fosse possível contribuirmos para a melhoria do Bem Comum da forma em que acreditamos: que o cogumelo salva vidas. Ora, "para o triunfo do mal basta que os bons fiquem de braços cruzados" - com o perdão do clichê. Assim, não se recomenda ficar apenas parado e realmente contar que o Universo sempre vai defender o cogumelo, enquanto outros enteógenos ingressam na lista de proscritos.

Claro que isso aqui não é opinião formal de nenhum fórum, comunidade, nem nada. É apenas um tópico relacionado a cogumelos em seu aspecto jurídico, em que se pergunta: o que os usuários de cogumelos podem fazer para impedir que estes sejam proibidos no futuro, e assim assegurar pesquisas de saúde sobre os cogumelos, bem como resguardar o seu uso enteógeno/religioso/espiritual/curativo e a liberdade de transportá-los dentro do Território Nacional sem embaraços?

Talvez alguns pensem que seja desnecessário falar sobre isso agora, já que é permitido. No entanto, o fato de ser legalizado permite justamente uma atuação mais livre e legítima, o que aumenta as chances da ANVISA de criar um grupo multidisciplinar para estudar a micoenteogenia, ou algo nesse sentido, porque desconheço como seria o procedimento completo. É um pouco do princípio pelo qual é melhor agir enquanto não se tem as mãos atadas.

Eis o que penso:

A) Creio que um passo interessante seja usar uma expressão ou palavra que se refira ao uso dos cogumelos de forma séria, que exclua qualquer referência a entretenimento com cogumelos. A finalidade prática é afastar a imagem que a sociedade tem do uso do cogumelo como diversão. As pessoas que gostam de usar pra se divertir já chamam atenção demais, enquanto os órgãos públicos precisam ser convencidos da seriedade do uso do cogumelo, sem brincadeiras. Bem, pode-se dizer que ocorre com o cogumelo um pouco do problema da cannabis: fama como algo nada religioso ou sério, por ser o equivocado uso de entretenimento o mais divulgado na mídia e pelas pessoas. Eu, por exemplo, só fui descobrir o lado espiritual dos cogumelos aqui na comunidade. Só pessoas ligadas à enteogenia sabem que cogumelos são tão poderosos. Agora, o senso comum, 95% da população brasileira, tem que cogumelo é apenas "coisa de doidão", posição preconceituosa mas prevalente.

Micoenteogenia, que significa usar cogumelos para fins enteógenos, espirituais, religiosos ou curativos, é a palavra que eu adotei. Ela se remete exclusivamente a cogumelos psicotrópicos consumidos in natura * - o que exclui qualquer outra substância, composto, planta ou fungo. Também rejeita totalmente a ideia de uso de cogumelos para diversão, fuga, bem como rejeita qualquer paralelo com a ideia de drogas, ou de qualquer outra noção nesse sentido. Restringe-se ao uso elevado ou curativo. É uma palavra inequívoca e de compreensão intuitiva. Assim, o objetivo é alcançado: uma única expressão inclui o uso espiritual dos cogumelos e exclui o uso para fins de diversão. Se houver outra melhor, por favor citem.
Críticas do tipo "não crie novos conceitos" devem ser feitas a Sócrates (filósofo grego), que inventou o conceito de conceito e desde então a Humanidade vem usando com sucesso :D. A intenção dessa palavra nova é apenas afastar a imagem popular de entretenimento ligado ao cogumelo, e não restringir você de se declarar ou não se declarar o que quiser, falar que você é isso, que não é nada, que é aquilo, aquilo outro, ou te restringir, ou nos restringir, ou isolar, sufocar, enfim. Se você não é nada, você não é nada. Acredite, essa palavra nova não irá jogá-lo na parede e sufocá-lo, gritando na sua mente "micoenteogenista" até você ficar sufocado porque apareceu uma nova palavra que você considera desnecessária. Ah, sim, achar desnecessária é uma opinião válida. Alegar terrorismo conceitual não. Falar que a ideia não tem futuro também é válido. Já alegar terrorismo conceitual...​
Enfim, o objetivo da palavra é facilitar a defesa daqueles que usam enteologicamente os cogumelos, e fortalecer uma identidade espiritual mais forte do uso de cogumelos, a fim de se tornar tangível a ihtiyaç kredisi başvurusu nível argumentativo em uma demanda perante os órgãos públicos. Se você discorda, não use. Mas os benefícios da "reprogramação linguística" existem, não apenas dentro da nossa mente, mas também na postura de terceiros perante aquilo que é dito, justamente pela forma como é dito. Por isso, um passo fundamental contra o preconceito e a desinformação.​

B) Criação de uma associação com caráter nacional a fim de poder peticionar aos órgãos público, tanto perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para fins de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ou outra ação de controle concentrado de constitucionalidade, como para atuação perante a ANVISA, para a instauração de um Grupo Multidisciplinar de Trabalho sobre Cogumelos, ou como for o procedimento necessário. Formada a associação, seria criado um site próprio, pois tal associação não tem nenhuma relação com a comunidade CM.

C) Identificação e coordenação dos grupos que usam cogumelos dentro de uma estrutura clássica de religião: rito, Igreja, ministros (xamãs), etc. Apesar de que o uso enteógeno ultrapassa o conceito de religião, a existência de uma "religião típica" ajudaria muito na causa. Nessa hipótese, igualmente seria criado um site próprio, uma vez que a comunidade CM não tem relação com nenhuma espécie de religião, credo ou doutrina. Aqui também serão interessantes eventuais religiões estrangeiras de uso de cogumelo.

--------------------------

E vocês, o que pensam?


*In natura significa forma de consumo natural, como fazer um chá ou comer diretamente o cogumelo, sem purificação, concentração ou isolamento de substâncias.
No fim das contas, o potencial medicinal e terapeutico dos cogumelos passa em grande medida à sua qualidade enteógena, são aspectos do mesmo efeito, mas as pessoas dão mais ou menos credibilidade a um mesmo fato dependendo das palavras e do tom utilizados para descrevê-lo.
 
Última edição:
Realmente, o tom utilizado se torna um fator muito decisivo na credibilidade do assunto. Além do mais se tratando de um assunto não muito corriqueiro...
 
Eae galera, vim depositar umas ideias também.

Entendo que o que vocês chamam de uso enteógeno é essa perninha mística que algumas substâncias tem e que parecem relacionadas a contextos místicos, xamânicos e espirituais. Embora a utilização dessas substâncias, possam modificar nossas ideias e de fato alterar a forma como se percebe o mundo, é extremamente provável que boa parte dos que estão no fórum chegaram aqui após de apenas ter experimentado como uso recreativo, ou seja, absolutamente fora de um contexto místico. Com os efeitos na percepção, tendemos a modificar nossa forma de enxergar o mundo e assim entramos em contato com essa espiritualidade. Eu não acho que devamos enxergar esse uso apenas recreativo como algo de "segunda estirpe" ou menos relevante do que as práticas em contextos xamanicos, acho que são usos apenas diferentes, mas ambos tem o mesmo objetivo que é ter experiências que não se têm no cotidiano.

Na década de 60, o lsd teve um impacto tão grande na cultura que acabou sendo proibido. Seu acesso, e o de substâncias semelhantes, permaneceu restrito por tanto tempo que era difícil conseguir autorização até para estudo em laboratório de universidade. Químicos e farmacêuticos de plantão devem saber. As vezes é mais fácil ir lá no campus de humanas e comprar do que conseguir autorização da ANVISA. A partir da década de 90, começaram a brotar alguns achados importantes com essas substâncias o que levou ao panorama atual onde temos uma corrida para o desenvolvimento de medicações voltadas para tratamento de quadros psiquiátricos relacionados a ansiedade e depressão. A ketamina por exemplo, tem sido amplamente pesquisada e já é dado como certo que dentro nos próximos 5 anos teremos uma spray intranasal para depressão com efeitos no humor quase imediatos. Ela faz efeito em cerca de duas hora, mais ou menos. As medicações atuais demoram pelo menos 5 semanas para iniciarem algum efeito positivo para o paciente, sendo que os efeitos adversos começam quase que imediatamente.

Alguns estudos envolvendo LSD, por exemplo, tem mostrado resultados interessantíssimos inclusive na redução e consumo de outras substâncias.

Honestamente, dado o contexto social que vivemos hoje (governos conservadores por todo o mundo, um avanço geral do totalitarismo em diferentes culturas), acredito que logo, logo teremos um novo desabrochar da psicodelia. Mas o que será dessas substâncias após esse tempo, honestamente eu não sei.

Assim como eu sei não por quanto tempo a ayhuasca se manterá permitida se um certo candidato da extrema direita se eleger. Ele e uma bancada evangélica me parecem o início do fim para essa comunidade.

Acho que cabe a nós nos organizarmos em grupos que cultivem boas práticas de utilização, inclusive potencializando experiências positivas e cuidando das experiências negativas. Se os outros quiserem enxergar isso como religião, não me parece um problema. Vale lembrar que nem todas as religiões cultuam uma divindade ou ser superior. Se olharmos para Buda por exemplo, ele é um mentor e sua religião defende um conjunto de práticas comportamentais como forma de viver uma vida plena.

Já somos um coletivo de pessoas unidas por um interesse em comum.

A questão é temos coragem para defender esse interesse em público?

OBS: a provocação vale pra mim também. Eu não sei se tenho essa coragem não viu...
 
Os usos das substâncias psicodélicas (é assim que eu chamo) são basicamente três: medicinal/terapêutico, cerimonial/religioso, e recreativo/lúdico. No entanto, sabemos que as fronteiras entre esses tipos de usos não são estanques, se misturam, e a gente nunca vai conseguir impor um uso que seria o "certo".
Estrategicamente, como já falaram a Priscillocibina e o WoD, o caminho para a plena legalização dos cogumelos no Brasil passa por afirmar seu potencial medicinal/terapêutico. Quando temos cientistas, psiquiatras e psicólogos afirmando isso as coisas ficam mais fáceis. Gostemos ou não, a ciência moderna goza de grande prestígio, quando dizemos que algo é "comprovado cientificamente" as pessoas tendem a concordar. Esse é um movimento que já está acontecendo, existe a Associação Psicodélica do Brasil ((sem título)), que defende a plena legalização de todos os psicodélicos, incluindo aí os cogumelos, acho que a questão é somar junto.

Tem esse pequeno documentário
View: https://www.youtube.com/watch?v=ey8raFI6Y6A
... que é excelente para conscientizar as pessoas sobre os psicodélicos... mostrei pra meus pais e eles até ficaram com vontade de tomar uns cogus hehe
 
Bom post com boas opiniões, apesar de que achei exageradas as críticas a quem abriu o tópico.

Vale ressaltar que, mesmo que um leigo queira aproximar-se a uma substância enteógena com propósito recreativo, a seriedade e a importância desta prática se impõem em questão de poucos minutos, quando numa dose adequada. É um absurdo que existam pessoas que utilizem cogumelos e, ao fazer menção aos seus efeitos, digam que ficaram "muito loucos", "fritaram" e outras idiotices. Daí a necessidade de que sua utilização se dê, inicialmente, numa dosagem minimamente apropriada, ou seja, uma dose plena - para que não hajam dúvidas de que o cogumelo aproxima o ser humano à realidade, e não o afasta da mesma. Apenas quem o utiliza em doses ínfimas poderia tratar seus efeitos como "alucinações".

Como não somos, na maioria, pessoas de influência política, o melhor que podemos fazer é tratar o assunto com propriedade na vida diária. Uma vez escrevi um texto bem curtinho justamente sobre esse assunto. Se quiser lê-lo, clique aqui.
 
Uma vez escrevi um texto bem curtinho justamente sobre esse assunto. Se quiser lê-lo, clique aqui.

Mt bom seu texto!
Bastante pertinente.

É um absurdo que existam pessoas que utilizem cogumelos e, ao fazer menção aos seus efeitos, digam que ficaram "muito loucos", "fritaram" e outras idiotices.

Acredito que algumas pessoas, por diversos motivos relacionados a set e setting, não conseguem compreender a experiência... e por isso se referem a ela em termos mais inadequados.
 
Olá,

Então já que o assunto se fala sobre a legalidade ou não, primeiramente isso é muito dependente
de pessoas ligadas diretamente a economia farmacêutica e/ou política.

Alguém ganha com isso? alguém paga o imposto? podemos ganhar com isso? de que forma?
um exemplo é sobre a planta cannabis. Foi proibida e agora começa a ser liberada, quando proibida
o tráfico enriquece o traficante, que diretamente ou indiretamente ajuda alguém no aspecto político,
eu ganho aqui, vc ganha ali, prende meia dúzia pra alguns advogados ganharem, outros pra licitação
penitenciária, etc.. etc...

E quando for liberada? quem irá ganhar? a farmácia, sem sombra de dúvidas, culturalmente um país
onde é aceita as facilidades e a cultura de muitos familiares impedem um cultivo próprio, então ficará
mais fácil recolher imposto e um jurídico ganhando em cima.

Sobre o beneficio sobre as pessoas que um tratamento ou estudo pode ocasionar, o governo, a anvisa,
ninguém se importa, caso se importassem não estaríamos no atual cenário social e econômico que
nos encontramos.

Pesquisando eu encontrei alguns links que acredito que condiz com o que está sendo discutido aqui
segue o primeiro de 17/05/2016 postado no G1

> Cogumelos alucinógenos podem tratar depressão profunda, diz estudo

Tá certo que várias pessoas são leigas, mas podia ser psicoativo né?!
É o alucinógeno né?! é aquele que deixa loucão né?!
Fica complicado dai.



Segundo link o qual eu acho que é o mais "cabreiro" esse foi publicado em 24/05/2017 postado no O Globo
> Cogumelo mágico é a droga recreativa mais segura, aponta estudo - Jornal O Globo

Sou obrigado a rir, eu caço bastante cogumelos e tinha um colega que as vezes frequentava os chás,
onde um dia questionei pq o mesmo participava, ele respondeu " por recreação", não convidei mais.
Sinceramente eu fiquei triste por ele, porque isso é muito mais além do que recreação.

Voltando ao assunto, diz que a taxa de pessoas que procuram pronto socorro sob efeito de psilocibina
é 5X menos de quem procura sob o uso de cocaína. Tem até um gráficozinho que vc seleciona a droga e
aparece o índice.

E se um dia for proibido os CM?
Haverá uma policia caçadora de cogumelos?
"Cada dia do verão, a cada chuva, nós estaremos lá, os caça cogumelos"
Será que esse será o slogan da police?
Quem se apta ai para ser um caça cogumelos? kkkkkkkkkkkkkk

Grande Abraços!
Fiquem bem!
 
Então gente, navegando pelo fórum vi esse post aqui. E ao ler a postagem do psicosurf foi verificar a lei 11.343, citada.

Não queria espalhar a bad que isso meu deu, mas vamos lá: a verdade é que há base legal pra intervenção sob o cultivo. Olha esse pedaço da lei:

Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Mesmo o p. cubensis não estando na lista de "vegetais" proibidos da Anvisa, a lei acima dá margem para proibir o cultivo, pois a psilocina e psilobicina são.


Olá,
Voltando ao assunto, diz que a taxa de pessoas que procuram pronto socorro sob efeito de psilocibina
é 5X menos de quem procura sob o uso de cocaína. Tem até um gráficozinho que vc seleciona a droga e
aparece o índice.

Aqui você tá discutindo a segurança da substância. Sem dúvida psilocina é muito mais segura que o alcóol por exemplo. Você pode morrer de beber álcool, de comer cogus, assim como pode morrer de tomar vitamina C. Uma substância é segura quando a quantidade ingerida é tão grande que inviabiliza isto. No caso dos cogus, estudos em ratos sugerem uma quantidade próxima de 1.7kg para letalidade humana.

Mesmo a maconha é absolutamente mais segura em termo de dose letal, mas menos segura que os cogus, pois ela tem efeitos adversos bem conhecidos de uso contínuo a médio e longo prazo.

Enfim, meu ponto é: não se trata de segurança. Acho que os elementos econômicos pesam mais do que qualquer outra coisa nesses assuntos.
 
Segundo link o qual eu acho que é o mais "cabreiro" esse foi publicado em 24/05/2017 postado no O Globo
> Cogumelo mágico é a droga recreativa mais segura, aponta estudo - Jornal O Globo

Sou obrigado a rir, eu caço bastante cogumelos e tinha um colega que as vezes frequentava os chás,
onde um dia questionei pq o mesmo participava, ele respondeu " por recreação", não convidei mais.
Sinceramente eu fiquei triste por ele, porque isso é muito mais além do que recreação.

A mera menção ao "uso recreativo de cogumelos" me deixa abismado. A dosagem que uma pessoa deve utilizar para ter uma experiência apenas "divertida", em se tratando de cogumelos psilocibínicos, deve ser praticamente irrisória. Não consigo sequer imaginar um cenário para o uso do teonanacatl em que esta atividade não seja vista como um evento unicamente de aprendizagem, evolução e conexão à essência da vida. Mesmo que a pessoa se aproxime ao cogumelo com intenções recreativas, a sua importância e seriedade avassaladoras se impõem de imediato.
 
Aqui você tá discutindo a segurança da substância. Sem dúvida psilocina é muito mais segura que o alcóol por exemplo. Você pode morrer de beber álcool, de comer cogus, assim como pode morrer de tomar vitamina C. Uma substância é segura quando a quantidade ingerida é tão grande que inviabiliza isto. No caso dos cogus, estudos em ratos sugerem uma quantidade próxima de 1.7kg para letalidade humana.

1,7kg bahhh me lembrou uma vez que fiz um chá com 26 cubensis grandes.
tenho que contar nas experiências o que aconteceu depois.
sorte que tava perto de casa, mas demorei várias horas pra conseguir sair de dentro
da mata a noite. kkkkk



Enfim, meu ponto é: não se trata de segurança. Acho que os elementos econômicos pesam mais do que qualquer outra coisa nesses assuntos.

Estamos de acordo!

A mera menção ao "uso recreativo de cogumelos" me deixa abismado.

É complicado, tomara que a viagem mostre a pessoa a realidade sobre o universo, e o interior de cada indivíduo, tlvz mude na trip!
:p
Abraços!
 
Última edição por um moderador:
Back
Top