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Problemático Domesticação de Pan Cyans

Diário de cultivo problemático.
Olá pessoal!

Aqui está meu primeiro diário de cultivo.

O objetivo é cultivar Panaeolus Cyanescens selvagens que coletei e posteriormente ou fazer clonagem ou carimbar. Quero ver onde vai dar.

Coletei 2 Panaeolus Cyanescens hoje (11/4) pela manhã num pasto bovino no final de uma trilha na mata no interior do Rio de Janeiro.

Aproveitei o final das chuvas pesadas com um belo dia de sol. Nunca havia encontrado cogumelos neste pasto, mas desta vez encontrei.

Levei 2 exemplares comigo e em casa carimbei usando o método tradicional de carimbar em folha de alumínio. O carimbo é totalmente preto, como do Panaeolus.

Como é um carimbo de um selvagem talvez use placas petri caso tenha problemas com contaminantes.

Nos lugares em que cortei azulou bastante, confirmando serem Panaeolus.

O próximo passo será fazer uma seringa de esporos, que postarei em breve...
 

Anexos

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Última edição:
Fala Galera!

Hoje realizei o procedimento da confecção da seringa de esporos a partir do carimbo que tirei ontem.

Também esterilizei grãos de trigo na PP para inocular amanhã com a seringa.

___________________________________________

-Primeiro eu esterilizei uma seringa que iria reaproveitar para fazer a seringa de esporos. Deixei ela submersa em água fervente durante vinte minutos

totalmente desmontada, e depois mais 10 minutos montada com um pouco de água dentro.

Descartei a água e pus uma nova pra ferver, que suguei e descartei umas quatro ou 5 vezes na pia.

Deixei ela esfriando e enquanto isso preparei os grãos de trigo.

-Fervi os grãos durante 3 minutos em água potável, depois os deixei num escorredor para que a umidade em excesso se evaporasse.

Fiquei mexendo com a colher ate os grãos ficarem secos ao toque porém levemente úmidos por causa da fervura.

-Preparei quatro copos de 250ml com os grãos já secos e os fechei com alumínio e fita crepe.

Anteriormente eu limpei os copos e após preencher os copos com os grãos passei álcool nas bordas dos copos antes de fechar com o alumínio.

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-Coloquei panos no fundo da PP e pus os copos em cima.

Quando eu vou esterilizar na minha PP eu coloco algumas talheres de aço em volta para que os copos não

se movam demais durante o processo.

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-Deixei os copos na pressão durante aproximadamente 70 minutos,

deixei alguns minutos a mais por que minha panela já é velha e não pega mais tanta pressão.

-Depois que a seringa esfriou eu preparei minha Still Air Box, uma caixa-de-ar-parado.

Limpei e passei álcool na caixa toda por dentro e por fora. Depois eu pus os

objetos necessários para a confecção da seringa dentro da caixa passando álcool neles também.

Em seguida eu deixei a caixa fechada durante 15 minutos para que

qualquer partícula em suspensão na caixa assentasse.

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Logo em seguida realizei o procedimento necessário para a confecção da seringa.

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-Deixarei a seringa e os grãos descansando até amanhã. Assim os grãos esfriam e os esporos se hidratam para a inoculação.

Utilizei poucos esporos na seringa então

ficou bastante clara, creio que não perca, no entanto, sua eficiência.

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Amanhã irei descrever o processo de inoculação. Obrigado!
 

Anexos

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Fala pessoal!

Realizei o procedimento de inoculação com a seringa de esporos nos potes de grãos que preparei ontem no final do dia.

Ficaram mais de 12 horas descansando, tanto os potes de grãos quanto a seringa de esporos.

Preparei minha caixa-de-ar-parado passando álcool por dentro e por fora,

depois eu passei álcool tanto nos copos quanto na seringa e os pus nas caixa, começando em cima e terminando em baixo,

da parte de trás da caixa pra parte da frente.

Depois eu passei álcool por dentro, tanto nas paredes quanto nos objetos que coloquei dentro.

Deixei a caixa fechada por 15 minutos para todo o ar no interior assentar.

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Depois disso eu esterilizei a ponta da seringa com fogo e passei álcool num pote que inoculei logo em seguida.

Repeti o processo com cada copo.

Gastei a seringa de 10 ml inteira nos 4 copos, dividindo entre 2,5 ml pra cada copo.

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Os potes inoculados eu fechei com duas camadas de fita microporo.

No processo de colonização os deixarei em cima do armário, pegando temperatura e luz ambientes.

A temperatura do meu quarto gira em torno dos 28 graus nos dias de sol.

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Postarei atualizações regulares da colonização.

Agradeço!
 
Massa demais! Panaeolus é um lindo cogumelo, certamente muitos cultivadores gostariam de aumentar a coleção com um brinquedo desse, rs.

Quando novamente voltar a fazer um carimbo de selvagens sugiro carimbar por 6 horas cada píleo, dessa forma possíveis competidores alojados nas branquias iram cair. Os últimos esporos podem ter uma superfície de contato mais limpa e menos poluída.

Ouvi comentários sobre pessoas que adicionam peróxido de hidrogênio (água oxigenada) em água destilada para ajudar no combate de bactéria simbionte.

Inclusive gosto muito de diluir esporos com detergente neutro de qualquer marca. Uso uma gota para duzentos ml de água destilada e não fica espumoso. A superfície de contato incrivelmente aumenta consideravelmente.

Por fim, ótimo trabalho! Estarei acompanhando, fico animado em ver membros ativos e produtivos. Abraço!
 
Olá @Micelidium, Obrigado!

Obrigado pelas Dicas também! se este cultivo der certo na hora que eu for clonar algum fruto eu pretendo utilizar a água oxigenada diluída em água destilada para evitar contaminantes. Quero tirar carimbos limpos também assim que puder.

Até agora não consegui nenhuma pista visual se tem micélio crescendo nos potes, mas também não tem sinais de contaminação. Se necessário eu repito o processo com o resto dos esporos que tenho dos 2 carimbos que tirei e tento de outra maneira. De qualquer jeito ainda ta cedo demais pra conseguir ver. Vou esperar mais.

Interessante sua técnica do detergente, também não conhecia ela. talvez eu experimente mais tarde.
 
Última edição:
Olá a todos,

Hoje é o quarto dia depois da inoculação.

Ontem de manha notei que um dos copos mostrou micélio se desenvolvendo! Até agora é o único.

Esperei ele crescer um pouco mais para tirar foto e postar.

Irei numerar os potes conforme a ordem na qual aparecer a germinação e o desenvolvimento do micélio.

Até agora nenhum sinal de contaminação.
 

Anexos

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Olá galera!

Depois de uma semana e 2 dias da inoculação o pote se encontrava assim:

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Nenhum dos outros potes apresentou desenvolvimento de micélio.

Um dos potes contaminou, mas não o que mostrou micélio.

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Como o micélio do pote cresceu num ritmo bem lento, comparado a outras experiências que tive com o fungo,
e como os outros potes não mostraram desenvolvimento de micélio, imaginei que o meio no qual tentei germinar os esporos não tenha sido adequado,
talvez pela preparação dos grãos.

Optei então por transferir alguns desses grãos colonizados para placas petri a fim de acelerar o processo de obtenção de semente do panaeolus selvagem.

Segue então o procedimento que realizei:

Primeiramente limpei minhas placas petri e deixei pra secar.

Enquanto isso preparei o meio de cultura que escolhi para a tarefa. Me inspirando neste diário do fórum: Completo - Diário do ebinary - Cultivo no capim ,optei por utilizar palha como meio de cultura.

Peguei um punhado de palha e cortei o menor possível. Após isso eu pasteurizei por 10min a 75 graus célsius.

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Deixei esfriar e passei álcool nas 3 placas petri que iria utilizar, em seguida eu coloquei a palha nas placas e fechei com papel celofane.

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Em seguida eu deixei as placas petri no forno, depois que chegou em torno dos 100 graus desliguei o forno. usei um termômetro à laser para fazer esta medição.

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Enquanto as placas esfriavam eu comecei a preparar a minha SAB.

Coloquei o pote, um prato e 2 colheres na SAB, passei álcool em tudo e deixei fechado por 15 min para deixar o ar assentar.

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Depois eu pus as placas petri, passei álcool nos objetos de novo.

Abri o pote, retirei os grãos e os transferi para as placas.

Durante o processo passei álcool nas superfícies envolvidas.

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Logo em seguida envolvi as placas com papel celofane e as pus na mesma condição da colonização dos copos,
pegando luz e temperatura ambiente em cima do meu armário.

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Agradeço a todos! Postarei atualizações em breve.
 
Última edição:
Finalmente o micélio está se desenvolvendo bem. Acho que os grãos ficaram muito secos.

24 Horas após a transferência dos grãos para as placas:

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48 Horas após transferência:

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72 Horas:

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96 Horas:

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Hoje:

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Quando tiverem 100% colonizados irei transferir o micélio para um substrato estilo bulk e posteriormente fazer casing.

Até!
 
Última edição:
Olá a todos.
Fiquei ausente por duas semanas aproximadamente sem poder dar continuidade nos cultivos.
Hoje, no entanto, encontrei o tempo que precisava.

Eu transferi a palha colonizada de duas placas petri para um pote com um substrato composto de 50% palha e 50% esterco bovino seco.

Primeiramente eu processei a palha e a bosta secando ao sol e depois triturando.
Depois a deixei pasteurizando a 75 graus aproximadamente durante 1 hora.

Deixei o substrato num escorredor até ele esfriar completamente e drenar o excesso de água.

As placas Petri, nestas duas semanas acabaram secando muito. O micélio, no entanto parecia vivo. Utilizar palha como meio de cultura para placas petri é ideal para ser utilizado a curto prazo.

Elas estavam assim antes de eu fazer a transferência:

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Depois que o substrato esfriou eu peguei dois potes de sorvete e os limpei e depois passei álcool 70.
Um eu mantive fechado e no outro eu pus o substrato
E seguida os pus na minha SAB junto com as duas placas petri que escolhi para a transferência.
Passei álcool em tudo e esperei 10 min pro ar assentar.

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Depois eu coloquei uma camada de substrato no fundo do pote vazio
Logo e seguida esvaziei uma das placas petri espalhando a palha colonizada.

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Coloquei mais uma camada de substrato em cima e logo em seguida mais uma camada de palha colonizada.

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fechei com mais uma camada de substrato e em seguida pus a tampa. Fechei com fita crepe. Furei a tampa em 5 pontos diferentes coloquei fita microporo.

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Dos potes com grãos que inoculei todos contaminaram, então foi bom ter retirado o primeiro micélio que brotou. Num dos potes, no entanto, o micélio resolveu brotar do nada, tomou conta de tudo e passou por cima do contaminante. Caso a transferência das placas pro substrato não der certo ainda terei acesso à micélio isolável.

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Vou deixar o pote com o substrato fechado por 5 dias e só depois vou abrir pra checar se o micélio esta se desenvolvendo.
Em breve postarei atualizações

Até!
 
Olá!!

Depois de uma semana e pouco monitorando o pote do ultimo post eu conclui que o micélio não se desenvolveu. No quinto dia ele até estava presente no meio do substrato, mas ele não ganhou força nos últimos dias e tem um outro micélio crescendo no substrato que parece contaminante.

Então o micélio do Pan não colonizou a tempo. Decidi então fazer um novo isolamento a partir do copo de grãos que colonizou totalmente.
Apesar de ele estar contaminado, creio que consigo isolar micélio saudável.
Inicialmente o micélio passou por cima do contaminante, mas depois o contaminante revidou. O contaminante ficou isolado num canto do copo e do outro lado tinha micélio rizomórfico que tentei retirar para isolamento.
Vou reiniciar o processo de isolamento em placa petri usando palha novamente, só que dessa vez um pouco diferente e atento a não deixar secar demais antes de transferir para o novo substrato. Então vamos lá.

Sempre que eu trabalho com capim seco ou bosta de cavalo seca eu noto que eles soltam um pozinho bem fino. Resolvi então conseguir o máximo desse pó para utilizar como meio de cultura nas placas petri.
Primeiro eu peguei um punhado de palha e cortei manualmente o menor possível com a tesoura. Depois joguei a palha no liquidificador e bati por uns 2 minutos.
Depois passei a palha batida na peneira e juntei as menores partículas num pote. As particular maiores e mais fibrosas eu descartei. Juntei o pó de palha num copo e adicionei água e fui misturando até a palha chegar ao ponto em que ela solta algumas gotas ao ser espremida. Fechei o copo com plastico e amarrei.
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Em seguida pus o copo no microondas e de 15 em 15 segundos fui esquentando ela até ela passar dos 75 graus. deixei mais 10 segundos.
Deixei o copo de lado.

Em seguida higienizei as placas petri. Depois de as secar as envolvi em alumínio e pus no forno até passar dos 130 graus e deixei por uns 20 minutos.
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Enquanto a palha e as placas esfriavam eu preparei a minha SAB. Limpei ela inteira, depois passei álcool por dentro e deixei o ar assentar por 30min.
Depois peguei tudo o que precisava para fazer a transferência dos grãos para as placas e passei álcool. Em seguida pus na SAB. usei 3 colheres, uma grande uma longa e outra pequena. Usei uma placa petri cuja tampa tinha quebrado :(
Depois que estava tudo na SAB passei álcool em tudo de novo.
Em seguida eu tirei as placas do alumínio e retirei a tampa de plástico do copo com a palha.
Com a colher pequena eu preenchi as placas com a palha (uma placa ficou com menos do que as outras).
Em seguida eu retirei o copo da palha e a colher pequena da SAB.

O próximo passo era retirar os grãos colonizados com o micélio rizomórfico de maneira que eu não mexesse nos grãos contaminados pra não espalhar os esporos deles pela SAB.
O copo estava nas seguintes condições:
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A minha sorte era que o contaminante estava meio que isolado de um lado do copo e o micélio que eu queria estava do lado contrário ao do contaminante.
Decidi então retirar o micélio desta área:

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Para conseguir retirar esse micélio sem mexer no contaminante eu peguei a colher grande e empurrei os grãos para um lado e a mantive firme enquanto eu retirava os grãos que queria do fundo com a colher longa. Em seguida eu pus a colherada de grãos na placa petri sem tampa. Consegui fazer o procedimento de maneira que o contaminante ficou intacto no lugar. Depois fechei e retirei da SAB o copo com os grãos. Passei álcool em todas a placas petri e em volta dos objetos também.
Depois abri placa por placa e com a colher fui colocando os grãos nas placas, passando álcool nela depois de cada procedimento.
Finalmente retirei as placas e as fechei com papel celofane.
Enfim as deixei nas mesmas condições de colonização que antes, em cima do armário pegando luz e temperatura ambiente.

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O substrato do pote de sorvete que não deu certo eu vou reutilizar, vou deixar secar ao sol e usar outro dia.

É isso galera! Até mais!
 
Hoje é o quarto dia após a transferência dos grãos para isolamento nas placas petri.

Até agora esta tudo indo bem, sem sinais claros de contaminantes. Apenas o micélio de uma das placas tem uma mancha um pouco mais branca do que o resto, Não tenho certeza se é contaminante, por causa do umidade não da pra ver direito, estou de olho nela.

De resto, todas as placas estão indo muito bem.

Assim que o micélio se espalhar mais eu vou transferir ele para algum substrato ou fazer uma nova transferência de isolamento caso contamine geral.

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Última edição por um moderador:
Ontem dia 28 eu transferi o micélio de 3 placas para 3 meios diferentes.
Primeiro eu peguei um punhado de palha e cortei o menor possível com uma tesoura.
Logo em seguida eu pasteurizei a cerca de 80 graus por uma hora.
Deixei a palha de lado para que perca a umidade em excesso e esfrie.
Enquanto isso preparei um pote de grãos de trigo.
Lavei um pote de vidro, deixei secar.
Fervi os grãos durante 5 min e deixei secar no escorredor.
Depois passei álcool no pote e coloquei os grãos, passei álcool nas bordas de novo e na tampa.
Fechei o pote e o pus na PP por 80 min. Depois deixei a PP esfriar com o pote dentro.

Em seguida eu Preparei minha SAB.
Lavei ela e depois coloquei todas as coisas que iria utilizar dentro dela.
Como fiz 2 procedimentos diferentes, um de inoculação de grãos e outro de inoculação de palha eu deixei a palha primeiramente fora da SAB (dentro de uma meia dentro da panela fechada onde foi pasteurizada)
Deixei dentro da SAB apenas os grãos, as placas, duas colheres (uma grande pra palha e outra pequena pras placas) e um pote de cerâmica pra palha.

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Passei álcool em tudo e deixei a SAB parada e fechada por 30min ate o ar assentar.
Depois eu passei álcool em tudo de novo antes de começar o procedimento.
Em seguida eu abri tanto o pote com grãos tanto a placa petri e com a colher pequena joguei a cultura dentro do pote com grãos e fechei. Não tirei foto das 3 placas, mas elas estavam mais ou menos na mesma condição:

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Logo em seguida eu pus a palha dentro do pote de cerâmica e coloquei na SAB também duas sacolinhas plasticas.
Com a colher grande eu dividi a palha nas sacolinhas, deixando uma com mais e outra com menos.
Passei álcool nas placas e na colher e em seguida eu transferi o conteúdo das duas placas para as sacolas.
Fechei as sacolas, cortei o excesso delas acima do nó que fiz e pus elas dentro de outras sacolas pra deixar incubar.
Não fiz furos nem no pote de grãos nem nas sacolas, vou observar os primeiros dias de crescimento e depois vou fazer os furos.

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Deixei tanto os grãos quanto as sacolas em cima do armário, pegando temperatura e luz ambiente.

Até mais!
 
Hoje é o quinto dia após a transferência do micélio das 3 placas pros seus respectivos meios.

As duas transferências para as sacolas de palha não deram certo, tive o mesmo problema do pote de sorvete, o micélio ta lá mas não coloniza direito. Eu suspeito que tenho que deixar o substrato perder mais umidade ainda. creio que seja excesso de umidade. Farei mais testes em algum outro momento.
O pote de grãos está indo bem, houve um bom desenvolvimento do micélio e até agora sem sinais claros de contaminação.
Hoje eu fiz um furo no pote com uma tesoura.

Passei álcool em tudo, higienizei as mãos, a tesoura, fiz o furo e depois cobri com uma camada de algodão depois uma camada de filtro de café e então firmei com fita crepe. Notei que quando fiz o furo tinha pressão dentro do pote, então vazou ar pra fora em vez de pra dentro e imediatamente eu cobri o furo com um pano com álcool antes de fechar com o algodão e o filtro.

Aqui estão algumas fotos do pote e do filtro:

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Até mais!
 
Última edição:
Já fiz a experiência em cultivar pan em out, mas não gostei dos resultados houve um ataque de lesmas.
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Olá. Tive que deixar este diário de lado por um tempo pq estava tentando outras coisas e tive pouco tempo. Basicamente o ultimo pote que fiz também contaminou.

Creio que a placa petri necessitava de mais repiques e transferências antes de transferir para os grãos. Eu, no entanto, não desisti da domesticação.

Fiz um outdoor com os grãos: os enterrei num vaso com composto orgânico. De vez em quando dou uma regada com um spray de pressão.

Pretendo recomeçar todo o processo a partir da seringa de esporos com o resto que sobrou dos carimbos dos selvagens que colhi. Estou esperando mais contaminação, só que dessa vez pretendo ficar mais tempo trabalhando com as placas. Se o outdoor der frutos vou carimbar e tentar o cultivo a partir daí.

Até!
 
Voltei! depois de um tempão ocupado com outras coisas resolvi voltar a fazer outra tentativa com esta domesticação.
Peguei o que restou dos carimbos e fiz uma nova seringa de esporos. Como se trata do mesmo carimbo dos cultivos acima tenho quase 100% de certeza que vai contaminar, só que desta vez não vou experimentar com palha para fazer o isolamento em placa petri, vou recorrer ao meio agar mesmo. Fiz o procedimento da seringa na mesma SAB deste post.
Esfrego tudo com uma solução de 10% de água sanitária e depois de 20 min parada esfrego tudo de novo. Durante o processo da confecção esfrego tudo com uma solução de 70% de álcool (eu mesmo fiz a diluição do álcool 92 para 70 usando regra de 3 e uma balança e um copo medidor)

OS grãos eu preparei fervendo por 7 minutos e depois deixei secar naturalmente até não ficar molhado ao toque. Esterilizei os grãos 50min na pp (sem vedar antes de colocar na pp, apenas o copo de vidro fechado com 2 camadas de alumínio e um elástico que foi vedado assim q retirado da pp com fita isolante)

A inoculação fiz dentro da SAB repetindo todo o processo de sanitizar com água sanitária e álcool.

Em breve postarei atualizações da colonização.

Obrigado!

ps: não gastei a seringa toda, usei apenas 2 ml pro copo, farei outros potes de grãos depois.
 
Boa sorte @Kvasir

Estamos na torcida!
 
Talvez vc possa fortalece-lo numa cultura líquida de água com dextrose primeiro.
Mais prático, vc replica mais vezes em uma serie de amostras e vai selecionando.
Faz em paralelo pra ver o que da.
Te digo uma coisa meu amigo, os pans são de chato cultivo/dom msm. Tem culturas já "domesticas" até de Amsterdã e mesmo assim dão trabalho. Muitos das antigas assim como eu tem a humilde opinião que ñ vale o trabalho.
Mesmo assim é mto bacana suas tentativas.
 
Ola @Deseroy ! Obrigado pelas dicas, vou tentar fazer o que você comentou da cl para ver se nessa alternativa funciona também. Tenho mls suficientes na seringa ainda p inocular vários bolos, vou gastar um ml numa cl. Só não tenho dextrose, será que com açúcar orgânico eu consigo o mesmo efeito ou a chance de contaminação é maior?

Sobre a dificuldade de cultivar os pans, não é meu primeiro cultivo de pans. Na real meu primeiro cultivo foi de pans selvagens que coletei (mas jogaram meus carimbos fora) num pasto, foram também os primeiros que achei.
Fiquei bem triste de ter perdido os carimbos, foi meu primeiro cultivo. Algum parente sumiu com eles achando q era lixo sei la. Foi um cultivo difícil, mas deu certo, levei um tempão pra conseguir.
Nesta postagem aqui eu dei o mole de tentar experimentar coisas que nunca tinha feito antes, mas como já consegui cultivar os pans uma vez, vou ver se repito o cultivo o mais próximo possível do que tinha feito antes. Quero muito recuperar a domesticação que tinha perdido. Se desta vez eu não conseguir vou voltar pro pasto encontrar outros pans e tentar de novo, nem q o diário leve 2 anos hauahauahauh
 
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