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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Problemático Carimbo Psilocybe Cubensis – Cambodian

Diário de cultivo problemático.
Preparação da solução com os esporos.
Para hidratar os esporos usei água mineral fervida num vidrinho fechado na panela de pressão por meia hora. Deixei esfriar e utilizei seringa de 10ml esterilizada, agulha esterilizada, luvas, máscara e ambiente sem vento todo limpo com álcool.
Utilizei a metade do carimbo e deixei hidratar na geladeira por três dias (na seringa fechada com a agulha e tampa da agulha).
Erros: Não mexi na seringa por este período o que fez com que os esporos colassem no interior da seringa.

Preparo do milho de pipoca (substrato para a solução inoculada)
1º dia - Numa panela de pressão fechada fervi por 10 minutos 500gr de milho e um litro de água. Deixei esfriar por 24hs.
2º dia – Aqueci até ferver e deixei repousar mais 24hs.
3º dia – Aqueci até ferver, desliguei, deixei esfriar, passei para escorredor, cobri com um prato e deixei na geladeira por 24hs para secar o milho.

Esterilização total
Espalhei o milho sobre uma toalha limpa e sequei bem.
Distribuí em dois vidros de 500ml, cobri com duas folhas de papel alumínio com pequeno furo no meio, que apertei bem junto ao vidro e mais uma terceira sem furo e com uma borda levemente levantada (saída da pressão nos vidros).

Inoculação do milho.
Cobri parte de uma mesa com um vidro que desinfetei co m álcool, sempre usando máscara. Usei um local sem corrente de ar, deixei a panela aberta fora da área desinfetada, pois esta usei somente para utilizar com o manejo esterilizado. Abri o papel alumínio da seringa com as mãos desinfetadas com álcool, troquei a agulha por uma nova esterilizada. Calcei as luvas, retirei os vidros da panela e coloquei sobre a mesa, abri a primeira tampa de papel de alumínio, bati levemente na seringa para soltar os esporos e injetei em vários furos 5ml de solução no primeiro, e 5ml de solução no segundo vidro.
Fechei com a terceira folha de alumínio, passei fita crepe em torno, apertando bem.
Coloquei na panela de pressão com água até a metade dos vidros, deixei ferver por 90 minutos em fogo baixo, desliguei e deixei esfriar completamente.
Erros – 1º deveria ter injetado somente 2ml de solução. Ficou muito molhado.
- 2º Como não mexi na seringa os esporos não se soltaram da parede interna, tanto que o primeiro vidro apesar dos 5ml de solução ficou sem ser colonizado. Somente o segundo vidro recebeu os esporos, mesmo assim acredito que a maior parte deve ter ficado colada no êmbolo e dentro da agulha.

Incubação.
A temperatura ambiente aqui é de 28º a noite e chega a 31º durante o dia. Eu guardei os vidros naturalmente dentro de uma caixa num quarto fechado sem mexer na temperatura ambiente.
Resultado: O 1º vidro não deu sinal de vida em 15 dias, apenas suou muito nos primeiros dias depois normalizou mas nada brotou.
O 2º vidro demorou 8 dias para dar sinal de vida e agora no 15º apresenta 50% de colonização.

Não sei se espero mais...

Pretendo fazer o cultivo em terrario, numa estufa controlada, com substrato bulk, vermiculite e farinha de conchas do mar.
 
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Preparo do Bulk

Dividi o vidro de Spawn colonizado em três partes para poder testar 03 diferentes substratos busks.
Usei vasos usados para plantas, sem furos, de plástico. Preenchi todos eles com camadas, modificando apenas a mistura com o esterco bovino curtido, hidratado e pasteurizado entre 70º a 80º por duas horas. Deixei esfriar naturalmente de um dia para o outro. Proporção do bulk: 02 litros de bulk bem seco e esfarelado, 01 litro de água.

A farinha de conchas marinhas lavei com várias águas e posteriormente deixei de molho com cloro por 24 hs escorrendo bem numa peneira.

Na hora de preencher os vasos misturei a farinha de conchas com o esterco, numa proporção de um litro de farinha para os três de bulk seco que misturado com a água deu muito mais.

A vemiculite tambem deixei de molho em água com cloro por 24 horas, depois escorri bem. Proporção: 03 litros de vermiculite, 02 litros de água, duas colheres de café de cloro.

Trabalhei com camadas.

1º vaso – uma porção de vermiculite no fundo do vaso, duas de bulk sobre o qual espalhei com cuidado o Spawn, cobrindo com fina camada de vermiculite.

2º vaso – uma porção de vermiculite no fundo uma porção de bulk misturado com uma porção de igual proporção de milho de pipoca esterilizado, espalhei o Spawn e cobri com vermiculite. (a pipoca havia sobrado da inoculação)

3º vaso – Uma porção de vermiculite no fundo do vaso, uma porção de bulk misturado a outra de igual tamanho de gergelim torrado e esterilizado, espalhei o Spawn e cobri com vermiculite. (o gergelim foi resultado de um erro na hora de fazer comida japonesa).

Estúfa Terrario

Como eu preparei um terrário estufa numa dispensa desativada medindo 115cm por 100cm. Criei vários dispositivos para controlar o ambiente.
A temperatura ambiente já é naturalmente de 28 a 30º.
A umidade relativa do ar aqui é de 70 a 75º, então a corrigi colocando panos molhados com água e cloro no chão e ligando o quanto necessário um Umificador de ambiente ultra-sônico com ionizador. (Comprei em casa de produtos médicos). O medidor de temperatura e umidade tambem.
A estufa tem porta sanfonada de plástico o que deixa uma luminosidade mínima penetrar.

Corrida Micelial

Estas fotos são do 3º dia na estufa.
O vaso misturado com milho de pipoca está visivelmente na frente desta corrida, diminuí um pouco a quantidade de vermiculite que cobria os outros.
Acho que deveria ter misturado o spawn com o substrato bulk, mas fiquei com medo de danificar as hifas, me pareceu tudo muito sensível.
 
O esquema tá legal, mas esse umidificador aí será um vetor para contaminantes. Principalmente porque o bulk ainda não está 100% colonizado. Então sugiro que remova esse umidificador por enquanto e coloque um filme plástico ou papel alumínio cobrindo os vasos, faça alguns furos e deixo-os em ambiente limpo com pouca circulação de ar. Acredito que em uma semana estarão 100% colonizados, prontos para frutificarem.
 
Dando continuidade ao meu Diário de Cultivo
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Preparo do Bulk

Dividi o vidro de Spawn colonizado em três partes para poder testar 03 diferentes substratos busks.

Usei vasos usados para plantas, sem furos, de plástico. Preenchi todos eles com camadas, modificando apenas a mistura com o esterco bovino curtido, hidratado e pasteurizado entre 70º a 80º por duas horas. Deixei esfriar naturalmente de um dia para o outro. Proporção do bulk: 02 litros de bulk bem seco e esfarelado, 01 litro de água.

A farinha de conchas marinhas lavei com várias águas e posteriormente deixei de molho com cloro por 24 hs escorrendo bem numa peneira.

Na hora de preencher os vasos misturei a farinha de conchas com o esterco, numa proporção de um litro de farinha para os três de bulk seco que misturado com a água deu muito mais.

A vemiculite tambem deixei de molho em água com cloro por 24 horas, depois escorri bem. Proporção: 03 litros de vermiculite, 02 litros de água, duas colheres de café de cloro.

Trabalhei com camadas.

1º vaso – uma porção de vermiculite no fundo do vaso, duas de bulk sobre o qual espalhei com cuidado o Spawn, cobrindo com fina camada de vermiculite.

2º vaso – uma porção de vermiculite no fundo uma porção de bulk misturado com uma porção de igual proporção de milho de pipoca esterilizado, espalhei o Spawn e cobri com vermiculite. (a pipoca havia sobrado da inoculação)

3º vaso – Uma porção de vermiculite no fundo do vaso, uma porção de bulk misturado a outra de igual tamanho de gergelim torrado e esterilizado, espalhei o Spawn e cobri com vermiculite. (o gergelim foi resultado de um erro na hora de fazer comida japonesa).


Estúfa Terrario

Como eu preparei um terrário estufa numa dispensa desativada medindo 115cm por 100cm. Criei vários dispositivos para controlar o ambiente.

A temperatura ambiente já é naturalmente de 28 a 30º.

A umidade relativa do ar aqui é de 70 a 75º, então a corrigi colocando panos molhados com água e cloro no chão e ligando o quanto necessário um Umificador de ambiente ultra-sônico com ionizador. (Comprei em casa de produtos médicos). O medidor de temperatura e umidade tambem.

A estufa tem porta sanfonada de plástico o que deixa uma luminosidade mínima penetrar.

Corrida Micelial

Estas fotos são do 3º dia na estufa.

O vaso misturado com milho de pipoca está visivelmente na frente desta corrida, diminuí um pouco a quantidade de vermiculite que cobria os outros.



O esquema tá legal, mas esse umidificador aí será um vetor para contaminantes. Principalmente porque o bulk ainda não está 100% colonizado. Então sugiro que remova esse umidificador por enquanto e coloque um filme plástico ou papel alumínio cobrindo os vasos, faça alguns furos e deixo-os em ambiente limpo com pouca circulação de ar. Acredito que em uma semana estarão 100% colonizados, prontos para frutificarem.

Grata, até agora tudo bem. 5º dia. esta colonizando legal, mas como fiz camadas e não misturei percebi que a "coisa" vai precisar de mais um tempo para se infiltrar para baixo. Vou seguir seu conselho...
 
Última edição por um moderador:
Adoro fazer experiências... mas vou me conter pois dei uma titica geral. A superfície parece legal, mas o vaso com gergelim e o com pipoca estão cheios de larvas (tapurus).
No que usei somente o esterco parece que não contaminou.
Acho que vou induzir todos a frutificarem, assim ainda me resta uma chance. Somente vou isolar o vaso aparentemente não infectado.
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Vou esfriar, iluminar levemente a estufa
e colocar oxigênio pra dentro, vamos ver no que vai dar.
Estou lendo, mas cada um faz de um jeito, hoje dá certo e na próxima vez já não dá... Entendo que é por isso mesmo que é preciso diminuir o máximo possível as variantes.
 
Novas experiências são sempre legais e bem vindas na micologia, desde que carreguem algum fundamento, fora isso é melhor seguir o de praxe. Boa sorte por ae :)
 
Confesso: estraguei meu cultivo com minhas experiências. Ainda resta vida nos vasos mas eu já perdi as esperanças, depois de tantas mudanças e adaptações já me perdi nesta aventura.
Mas estou com outro vidro de spawn colonizando legal, nele aplicarei o que aprendi neste... Não vou desistir.
Só não encerro ente diário por que ainda não os joguei fora, coisa que pelo andar do fungo deve acontecer em 5 dias no máximo.
 
Ressuscitaram!
Já tinha dado tudo por perdido por isso coloquei os vasos na varanda perto de outras plantas e apenas mantive sua umidade para ver no que vai dar.
Hoje percebi que voltaram a reagir.
Mas depois de tantos erros me perdi e já não sei mais como continuar.
Os furos eu fiz para observar a umidade, e é dentro deles que percebo nova atividade.
O que faço agora? Aqui estava chovendo muito, por isso a umidade relativa do ar estava bem alta, mas já baixou para 75º e a temp. esta por volta dos 32ºC.
- Pensei em colocar o vaso bem no fundo da geladeira por 24hs e depois molhar bem e recolocar onde estavam.
- Como sei quando estão prontos para pinar?
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Ressuscitaram!
Já tinha dado tudo por perdido por isso coloquei os vasos na varanda perto de outras plantas e apenas mantive sua umidade para ver no que vai dar.
Hoje percebi que voltaram a reagir.



Então continua a fazer a mesma coisa.

Mantenha a umidade e espere.

Se eles conseguiram mesmo se recuperar vão pinar no tempo certo. Não vai adiantar nada alimentar a ansiedade e inventar de novo algo que prejudique o cultivo.
 
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