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Amanitas muscaria: o portal para a sala especial

OrionHash

Hifa
Cadastrado
22/06/2019
5
12
24
Olá! Tive minha primeira real experiência com os sagrados A. Muscaria, graças aos deuses e aos elementais que habitam os pinheiros e os próprios fungos rs

O encontro: Eles me encontraram, durante uma caminhada de rotina perto do lugar aonde moro, e a doidera já começa aí. Há mais de 3 anos eu ia a caça num corredorzinho de pinheiros que tem próximo de uma mata aonde sempre caminho, e nunca tive a felicidade de encontrá-los. Ia lá bater carteira todo outono e inverno, a cada quedinha de temperatura e nada. Até que parei de procurar e foi aí que eles me encontraram. Como ia dizendo, caminhava alguns metros antes de entrar no corredor de pinheiros e como já não tinha mais expectativas mais em encontrá-los, foi surreal eu ter pensado EXATAMENTE neles alguns metros antes de dobrar a "esquininha" que faz a divisão entre mata nativa e os pinheiros. Foi instantâneo, eu pensei vagamente, chapado de ganja, ouvindo musica: "Esse clima tá bom pra amanitas" e 2 segundos depois meus olhos esbarraram com o vermelho vivo e explosivo dos sagrados. Eu fiquei uns 30 minutos explodindo de felicidade e quase chorei de emoção hihih. Pedi a devida licença, colhi 6 chapéus e deixei outros 7 que estavam em completa simbiose com os pinheiros.
Sequei-os no método do corredor de vento, sem sílica e demorou 4 dias para secarem quase que cracker dry. Secaram bem, com um cheiro doce e característico fungico, bem parecido com os amados cubensis. A cor se manteu em boa parte, se transformando num laranja "metálico", uma coisa realmente estonteante bela.

Muito inspirado pelo método de mastigação e os rituais dionisicos @Mortandello hihih, decidi que ia come-los. Fiquei receoso pois eu enjoo muito fácil com gostos excêntricos 😆, e ia provavelmente vomitar no 2° chapéu, e acabei encontrando o método do Fred Muscaria:

( Minha Forma De Cosumir Meus Amanitas )

Eu me surpreendi muito com essa essência venenosa dos amanitas e entendi perfeitamente que se trata de um ritual de morte. O veneno há de ser ingerido e é a alma da experiência também, descarboxilar em forno e afins se tornou um crime pra mim agora, graças aos relatos dos amigos mais experientes do fórum.

Preparo: Esquentei a água sem deixar ferver e deixei em infusão por 20 minutos, 4 chapéus, cor final alaranjada, nada concentrada como o do Fred rsrs, mas ainda sim muito bela. Deixei um chapéu para experimentação e despacho inicial, como a óstia sagrada.

O ritual: Fui para um pico aqui perto que tenho muito carinho, alto, cerradinho e com pedras para acomodação. A vista é fantástica. Eram 16 horas e comecei meus trabalhos espirituais de preparação e depois de findado me sentei em minha pedra favorita e mastiguei o primeiro e maior chapéu enquanto o sol caia no horizonte. O gosto é TERRÍVEL 😅 e agradeci infinitamente minha intuição ao preferir a infusão. Consegui terminar de mascar e fui direto pro líquido com os outros 4 Amanitas. Eram 2 copos numa garrafa, tomei tudo em 2 minutos, gosto nada agradável e bem mais "amargo" que os cubensis e pans, na minha opinião. Entrei em meditação, eram 16:40.

img_20210616_220425_982-jpg.200617
A experiência: A brincadeira começou muito rápido, muito antes do que imaginava! 20 min após de terminar a garrafa, já me sentia extremamente relaxado e num torpor delicioso, como se estivesse em meditação por horas! Acredito que esse seja um dos efeitos iniciais do envenenamento mas na hora não me toquei, apenas delirava em êxtase, estava derretendo junto com o pôr do sol, que inclusive, era da mesma cor que o corpo dos amanitas, vermelho alaranjado intenso! Sentia um sol dentro de mim me derretendo em cores, olhava pro horizonte e me fundia com tudo, estava pleno e imerso no agora eterno.
A brincadeira durou pouco, depois de apenas 10 minutos nesse estado eu literalmente APAGUEI e não lembro de nada, muito vagamente que em momentos antes de apagar estava completamente relaxado. Eu deitei atrás da pedra onde estava e tinha estendido meu pano. Acordei exatamente as 19:19. É aí que as coisas ficam mais difíceis de serem colocadas em palavras, mas tentarei ser fiel ao que senti e experimentei ao máximo, mesmo que seja completamente irredutível a meros sentidos. Era como se eu estivesse num sono eterno, no reino onírico, numa "sala especial", outra dimensão, algo totalmente fora do que concebo como realidade. Era como um sonho. Nesse sonho eu não tinha corpo, não tinha forma, sentidos e tão pouco estímulos físicos. Eu era consciência e alma navegando no vazio. Era tão denso e infinito como Deus. Nunca antes havia estado nesse lugar e, pequeninas sensações de vez em quando desabrochavam, como acontecimentos desconexos em sonhos, mas não eram acontecimentos, eram sensações. Elas ficaram mais fortes quando levemente fui acordando e conforme minhas estruturas mentais despertavam, como o ego, eu caia numa dualidade irreversível em que pensava: "isto está realmente acontecendo?" "Não, é apenas um sonho." "A existência é um sonho." "Calma... ISSO tá acontecendo!" Acordei.
ISSO REAOMENTE TA ACONTECENDO!
Meus sentidos voltaram muuuito aos poucos, não entendia absolutamente nada, era como se tivesse passado uma eternidade no vazio e nada físico fizesse sentido. Era como se tivesse morrido. Tateei para ver se encontrava meu celular. Minha consciência ia cada vez mais se aflorando, junto com o ego e afins.
Achei o celular. 19:19. Ainda não entendia nada, e uma sensação de extremo desespero tomou conta de mim (acredito eu que seja a volta do ego e das estruturas carnais tentando se manter vivas), senti uma vontade estridente de acabar com a experiência e "voltar ao normal". Não dava. Tava no ápice da força. Tava imerso num oceano de Mucimol, o sol, já havia ido há tempos e o que restava era a escuridão abrasadora, a luz fraca do celular e uma danca extremamente psicodélica de sentidos dormentes, cabeça chapada e corpo imerso no choque entre dimensões. A única coisa que pensava era: "Caralho eu tô absurdamente louco. Que doidera!
Que doidera!
Que doidera do caralho!"
A lua me acalmava, foi meu porto seguro para segurar esse choque inicial. Eu olhava pra ela e me abrigava na luz. A coisa foi se potencializando e, como o tempo deixou de existir eu imaginei que eu não ia voltar, ia morrer de fato. Morte por horas a fio. O meu grande erro nessa experiência foi tentar conduzir e ter controle sobre a força. Fui tomado pelo ego e pelo instinto de sobrevivência. Os amanitas observavam tudo a meia sombra, com um leve sorrisinho em suas auras: "Resista filho! Veja como a vida é sagrada! "
A lua se apagava em nuvens e eu corria desesperado pra luz do celular, clamando pela força, pedindo misericórdia do meu corpo tênue e sem forma, queria a vida de volta! Queria a vida! Vida! Vida! E o que tinha eram gritos e a guerra infernal entre entidades sombrias, externas e internas. Tive uma epifania de que o mal estava tentando me corromper e definitivamente me levar daqui. Toda Santa vez que pensava isso o pico ventava, um vento forte e gelado, morcegos sobrevoavam, as árvores gemiam! Nessas horas eu sentia muita vontade de me enraizar em mim, e era o que tentava fazer. Depois de 1:30h nesse estado, tentei escrever e relatar o que tava acontecendo pra ver se me concentrava em algo tátil. Foi um completo desastre! 😅 A minha escrita saiu esquizofrênica, com letras repetidas e palavras completamente bizarras, mal conseguia concluir uma frase. O terror cessou um pouco e tive insigths legais, como de estar imerso num eterno dejavu, aonde tinha certeza que tudo que havia de acontecer já estava acontecendo e de que tudo era eterno. Pensei também num grande amor que tenho por uma pessoa e derreti em emoções. Todas essas doideras foram registradas e o tempo corria sem pretensão. A força diminui do seu ápice gradualmente e me sentia mais confiante, me levantei pra mijar e não conseguia andar ainda, era como se estivesse bebado, abaixei as calças e fiquei pelado, cai da pedra, tropecei umas 500 vezes num espaço de 20 metros 😆
Liguei pra uma amiga, as 22:00 da noite, e ela se divertiu muito, nos divertimos. O tempo se diluiu e quando vi eram 2hrs da manhã, já estava 80% sóbrio, me levantei e voltei pra casa. Foi uma das experiências mais intensas de toda a minha vida, diferente de tudo, realmente uma sala espacial e especial. Considero-me um sobrevivente e que conheci o vazio que está depois da vida, uma experiência pós-morte e que o ego, coitado... O ego é apenas... O ego. Uma frágil estrutura. Em níveis como esse, ele se desfaz feito areia no deserto, não aguentou 20 minutos de brincadeira com os mestres amanitas hihih
Nos dias seguintes reinou uma sensação de plenitude e "pós meditação", uma visão de extremo valor para a vida, a verdadeira riqueza que temos!! Eternamente grato aos professores que nos ensinam de muito bom grado e que nos auxiliam através dessa jornada psicodélica! Papais noel's ah seus danadinhos, vocês me pagam! Hihih

(Tomei 2 chapéus que encontrei denovo e a viagem foi derretimento onirico e êxtase continuo, durante as 4 horas de experiencia! Dessa vez sem mascar nem "infusar", apenas engoli! 😅)
Tô devidamente apaixonado pelos muscarinos amanitas! Que venham mais experiências!
 

Anexos

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Que relato da hora! Consegui sentir o poder dos Amanitas daqui!
Faz tempo que estou pensando em sair procurar alguns mas nunca fiz, esse relato fez a vontade voltar!
 
Que relato da hora! Consegui sentir o poder dos Amanitas daqui!
Faz tempo que estou pensando em sair procurar alguns mas nunca fiz, esse relato fez a vontade voltar!
Que massa! Fico feliz que meu relato tenha tocado dessa forma. Boa temporada de busca pra ti, espero que eles te encontrem!
 
Mano me diverti muito vendo seu posto até dei umas risadas, baixa XP .
Tô guardando uns cubensis pra ter uma assim (bem assim não pq cada experiência é única mais quero volta nesse patamar) eles ensinam muita coisa.
Vlw pelo relato nunca soube como se usa os amanitas e tbm tinha muito medo deles por conta do veneno depois vou pesquisar mais sobre o consumo, mais até aqui o seu foi um ponto bom
 
Vlw mano!! Fico feliz que tenha lhe dado uma luz. Não vai se arrepender dos amanitas, quando for a hora vai haver o encontro e esteja de cintos apertados pra uma viagem bem intensa!! A pesquisa aprofundada alguns dias antes do ritual foi de MT importância pra mim.. esse fórum salva demais!!
 
Olá! Tive minha primeira real experiência com os sagrados A. Muscaria, graças aos deuses e aos elementais que habitam os pinheiros e os próprios fungos rs

O encontro: Eles me encontraram, durante uma caminhada de rotina perto do lugar aonde moro, e a doidera já começa aí. Há mais de 3 anos eu ia a caça num corredorzinho de pinheiros que tem próximo de uma mata aonde sempre caminho, e nunca tive a felicidade de encontrá-los. Ia lá bater carteira todo outono e inverno, a cada quedinha de temperatura e nada. Até que parei de procurar e foi aí que eles me encontraram. Como ia dizendo, caminhava alguns metros antes de entrar no corredor de pinheiros e como já não tinha mais expectativas mais em encontrá-los, foi surreal eu ter pensado EXATAMENTE neles alguns metros antes de dobrar a "esquininha" que faz a divisão entre mata nativa e os pinheiros. Foi instantâneo, eu pensei vagamente, chapado de ganja, ouvindo musica: "Esse clima tá bom pra amanitas" e 2 segundos depois meus olhos esbarraram com o vermelho vivo e explosivo dos sagrados. Eu fiquei uns 30 minutos explodindo de felicidade e quase chorei de emoção hihih. Pedi a devida licença, colhi 6 chapéus e deixei outros 7 que estavam em completa simbiose com os pinheiros.
Sequei-os no método do corredor de vento, sem sílica e demorou 4 dias para secarem quase que cracker dry. Secaram bem, com um cheiro doce e característico fungico, bem parecido com os amados cubensis. A cor se manteu em boa parte, se transformando num laranja "metálico", uma coisa realmente estonteante bela.

Muito inspirado pelo método de mastigação e os rituais dionisicos @Mortandello hihih, decidi que ia come-los. Fiquei receoso pois eu enjoo muito fácil com gostos excêntricos 😆, e ia provavelmente vomitar no 2° chapéu, e acabei encontrando o método do Fred Muscaria:

( Minha Forma De Cosumir Meus Amanitas )

Eu me surpreendi muito com essa essência venenosa dos amanitas e entendi perfeitamente que se trata de um ritual de morte. O veneno há de ser ingerido e é a alma da experiência também, descarboxilar em forno e afins se tornou um crime pra mim agora, graças aos relatos dos amigos mais experientes do fórum.

Preparo: Esquentei a água sem deixar ferver e deixei em infusão por 20 minutos, 4 chapéus, cor final alaranjada, nada concentrada como o do Fred rsrs, mas ainda sim muito bela. Deixei um chapéu para experimentação e despacho inicial, como a óstia sagrada.

O ritual: Fui para um pico aqui perto que tenho muito carinho, alto, cerradinho e com pedras para acomodação. A vista é fantástica. Eram 16 horas e comecei meus trabalhos espirituais de preparação e depois de findado me sentei em minha pedra favorita e mastiguei o primeiro e maior chapéu enquanto o sol caia no horizonte. O gosto é TERRÍVEL 😅 e agradeci infinitamente minha intuição ao preferir a infusão. Consegui terminar de mascar e fui direto pro líquido com os outros 4 Amanitas. Eram 2 copos numa garrafa, tomei tudo em 2 minutos, gosto nada agradável e bem mais "amargo" que os cubensis e pans, na minha opinião. Entrei em meditação, eram 16:40.

img_20210616_220425_982-jpg.200617
A experiência: A brincadeira começou muito rápido, muito antes do que imaginava! 20 min após de terminar a garrafa, já me sentia extremamente relaxado e num torpor delicioso, como se estivesse em meditação por horas! Acredito que esse seja um dos efeitos iniciais do envenenamento mas na hora não me toquei, apenas delirava em êxtase, estava derretendo junto com o pôr do sol, que inclusive, era da mesma cor que o corpo dos amanitas, vermelho alaranjado intenso! Sentia um sol dentro de mim me derretendo em cores, olhava pro horizonte e me fundia com tudo, estava pleno e imerso no agora eterno.
A brincadeira durou pouco, depois de apenas 10 minutos nesse estado eu literalmente APAGUEI e não lembro de nada, muito vagamente que em momentos antes de apagar estava completamente relaxado. Eu deitei atrás da pedra onde estava e tinha estendido meu pano. Acordei exatamente as 19:19. É aí que as coisas ficam mais difíceis de serem colocadas em palavras, mas tentarei ser fiel ao que senti e experimentei ao máximo, mesmo que seja completamente irredutível a meros sentidos. Era como se eu estivesse num sono eterno, no reino onírico, numa "sala especial", outra dimensão, algo totalmente fora do que concebo como realidade. Era como um sonho. Nesse sonho eu não tinha corpo, não tinha forma, sentidos e tão pouco estímulos físicos. Eu era consciência e alma navegando no vazio. Era tão denso e infinito como Deus. Nunca antes havia estado nesse lugar e, pequeninas sensações de vez em quando desabrochavam, como acontecimentos desconexos em sonhos, mas não eram acontecimentos, eram sensações. Elas ficaram mais fortes quando levemente fui acordando e conforme minhas estruturas mentais despertavam, como o ego, eu caia numa dualidade irreversível em que pensava: "isto está realmente acontecendo?" "Não, é apenas um sonho." "A existência é um sonho." "Calma... ISSO tá acontecendo!" Acordei.
ISSO REAOMENTE TA ACONTECENDO!
Meus sentidos voltaram muuuito aos poucos, não entendia absolutamente nada, era como se tivesse passado uma eternidade no vazio e nada físico fizesse sentido. Era como se tivesse morrido. Tateei para ver se encontrava meu celular. Minha consciência ia cada vez mais se aflorando, junto com o ego e afins.
Achei o celular. 19:19. Ainda não entendia nada, e uma sensação de extremo desespero tomou conta de mim (acredito eu que seja a volta do ego e das estruturas carnais tentando se manter vivas), senti uma vontade estridente de acabar com a experiência e "voltar ao normal". Não dava. Tava no ápice da força. Tava imerso num oceano de Mucimol, o sol, já havia ido há tempos e o que restava era a escuridão abrasadora, a luz fraca do celular e uma danca extremamente psicodélica de sentidos dormentes, cabeça chapada e corpo imerso no choque entre dimensões. A única coisa que pensava era: "Caralho eu tô absurdamente louco. Que doidera!
Que doidera!
Que doidera do caralho!"
A lua me acalmava, foi meu porto seguro para segurar esse choque inicial. Eu olhava pra ela e me abrigava na luz. A coisa foi se potencializando e, como o tempo deixou de existir eu imaginei que eu não ia voltar, ia morrer de fato. Morte por horas a fio. O meu grande erro nessa experiência foi tentar conduzir e ter controle sobre a força. Fui tomado pelo ego e pelo instinto de sobrevivência. Os amanitas observavam tudo a meia sombra, com um leve sorrisinho em suas auras: "Resista filho! Veja como a vida é sagrada! "
A lua se apagava em nuvens e eu corria desesperado pra luz do celular, clamando pela força, pedindo misericórdia do meu corpo tênue e sem forma, queria a vida de volta! Queria a vida! Vida! Vida! E o que tinha eram gritos e a guerra infernal entre entidades sombrias, externas e internas. Tive uma epifania de que o mal estava tentando me corromper e definitivamente me levar daqui. Toda Santa vez que pensava isso o pico ventava, um vento forte e gelado, morcegos sobrevoavam, as árvores gemiam! Nessas horas eu sentia muita vontade de me enraizar em mim, e era o que tentava fazer. Depois de 1:30h nesse estado, tentei escrever e relatar o que tava acontecendo pra ver se me concentrava em algo tátil. Foi um completo desastre! 😅 A minha escrita saiu esquizofrênica, com letras repetidas e palavras completamente bizarras, mal conseguia concluir uma frase. O terror cessou um pouco e tive insigths legais, como de estar imerso num eterno dejavu, aonde tinha certeza que tudo que havia de acontecer já estava acontecendo e de que tudo era eterno. Pensei também num grande amor que tenho por uma pessoa e derreti em emoções. Todas essas doideras foram registradas e o tempo corria sem pretensão. A força diminui do seu ápice gradualmente e me sentia mais confiante, me levantei pra mijar e não conseguia andar ainda, era como se estivesse bebado, abaixei as calças e fiquei pelado, cai da pedra, tropecei umas 500 vezes num espaço de 20 metros 😆
Liguei pra uma amiga, as 22:00 da noite, e ela se divertiu muito, nos divertimos. O tempo se diluiu e quando vi eram 2hrs da manhã, já estava 80% sóbrio, me levantei e voltei pra casa. Foi uma das experiências mais intensas de toda a minha vida, diferente de tudo, realmente uma sala espacial e especial. Considero-me um sobrevivente e que conheci o vazio que está depois da vida, uma experiência pós-morte e que o ego, coitado... O ego é apenas... O ego. Uma frágil estrutura. Em níveis como esse, ele se desfaz feito areia no deserto, não aguentou 20 minutos de brincadeira com os mestres amanitas hihih
Nos dias seguintes reinou uma sensação de plenitude e "pós meditação", uma visão de extremo valor para a vida, a verdadeira riqueza que temos!! Eternamente grato aos professores que nos ensinam de muito bom grado e que nos auxiliam através dessa jornada psicodélica! Papais noel's ah seus danadinhos, vocês me pagam! Hihih

(Tomei 2 chapéus que encontrei denovo e a viagem foi derretimento onirico e êxtase continuo, durante as 4 horas de experiencia! Dessa vez sem mascar nem "infusar", apenas engoli! 😅)
Tô devidamente apaixonado pelos muscarinos amanitas! Que venham mais experiências!
Que relato incrível! Parabéns, me diverti lendo e me imaginando na mesma situação.
 
Mano tive a minha segunda experiência de amanita faz 3 dias eu fiquei exatamente igual você, me identifiquei com o seu relato, incrível os efeitos sobre essa viagem preso dentro de um looping na sua própria mente, a sensação de ficar preso em um looping da criação do mundo e tudo que foi criado e de receber o privilégio de ver o quanto a vida é sagrada, a viagem é brutal e tensoooo demais eu super entendi você, um efeito totalmente dissociativo tem que ter a mente forte, os Amanitas destrói fortemente o ego 🍄❤️
 
Mano tive a minha segunda experiência de amanita faz 3 dias eu fiquei exatamente igual você, me identifiquei com o seu relato, incrível os efeitos sobre essa viagem preso dentro de um looping na sua própria mente, a sensação de ficar preso em um looping da criação do mundo e tudo que foi criado e de receber o privilégio de ver o quanto a vida é sagrada, a viagem é brutal e tensoooo demais eu super entendi você, um efeito totalmente dissociativo tem que ter a mente forte, os Amanitas destrói fortemente o ego 🍄❤️
Que foda velho!!! Eles são muito além...
 
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