- 26/02/2009
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Eram aproximadamente 3 da tarde. Escolhi curtir essa experiência apenas com a minha mulher, seguindo o conselho do Mortadello de que a sua mulher + cogumelos + amigos não é uma boa combinação.
Colhi os cogumelos com cautela, lavei-os e cortei a parte que continha um pouco de micélio e vermiculita encrostada e os coloquei em um prato, eram 14 cogumelos sendo 8 gigantes, 4 médios e 2 pequenos. Concordei com minha mulher de que iriamos comer os cogumelos todos ou até que ficassemos satisfeitos.
Fomos para o quarto do meu apartamento, deitamos na cama acompanhados do prato de cogumelos e uma lata de leite condensado. Peguei um cogumelo que era o maior de todos, com um caule grosso e carnudo, cujo depois do corte azulava demais, ficou muito azul mesmo.
Acendi um fininho para relaxar, fumo bom, bem verdinho e soltinho, então mergulhei o cogumelo no leite condensado juntamente com minha mulher e começamos a come-los na ordem dos maiores para os menores. Logo de cara nota-se o gosto peculiar deles que vem do líquido, um pouco enjoativo mas não chega a ser ruim, apenas um sabor/textura/consistencia novo.
Saboreamos lentamente os cogumelos, que ao todo foram 4 para mim e 3 para ela, logo após ficarmos satisfeitos nos deitamos na cama e como 2 cabaços idiotas começamos a tentar identificar alguma mudança na mente, na forma de pensar ou algum efeito físico-sensorial.
Por volta das 3:30/40 começamos a perceber que as cores da televisão ficavam um pouco borradas, e questionávamos se era o começo do efeito, bem sutil por sinal.
As 4:00 acredito eu, começou uma leve confusão e desentendimento entre eu e minha mulher. Não sabiámos direito como conversar e não conseguiamos disntinguir se estávamos de fato sobre efeito dos cogumelos ou não, pois a confusão aumentava quanto mais tentávamos entrar num acordo sobre o que estávamos sentindo ou que estava acontecendo.
Começou então a confusão EXTREMA dos sentidos, em um segundo eu podia ver, entender e ouvir absolutamente tudo o que acontecia no cruzamento da esquina do meu prédio em que 2 avenidas sendo uma de 6 vias e outra de 10 se cruzam. Estava dentro de todos os apartamentos próximos aos meus, escutava as crianças brincando, chorando, gritando. Podia sentir o que a pessoa que estava na ambulância estava sentindo, via a vida dela se esvaindo naquela ambulância sem que as pessoas a volta pudessem fazer nada. Aconteciam acidentes na rua e podia presenciar o que todos os envolvidos sentiam...
Minha mulher estava sofrendo muito pois estava na mesma situação que eu, pertubadasso eu levantei bem confuso, as vezes perdia o equilibrio e fui cambaleando para a sala, deitei no sofá e via muitas pessoas na minha casa, sentia presença de muita gente, sentia que estavam em cima de mim, que passavam a mão na minha cara, enfiavam o dedo no meu olho, alguns enquanto eu ficava deitado totalmente transtornado pelos acontecimentos e a encorporação quase total dos acontecimentos ao redor de mim, ficavam debruçados sobre mim me olhando com cara, ora de dó, surpresa, nojo, alguns riam,outros sussurravam coisas. Nessa que eles começaram a sussurrar coisas, derrepente eu ouvia suas vozes tambem, sussurravam coisas nos meus ouvidos, gritos, conversas...
__ Tenho uma cracterística muito forte em mim de nunca perder a idéia de que eu tomei alguma coisa antes consciente daquilo, o sentimento de que você vai ficar louco para sempre reina na sua mente, você sente tudo e é frágil como uma criança, incapaz de interagir normamente com o meio, você não suporta a quantidade de informações que seu cérebro está recebendo e começa a entrar num estado um pouco psicótico. Consigui manter o foco que havia tomado os cogus conscientes e sabia que isso poderia ocorrer, foi quando decidi levantar e andar no meio dessas pessoas e ir até o quarto com minha mulher.
Chegando lá ela estava completamente transtornada e passando muito mal, eu lacrimejava e meu nariz jorrava uma coriza infernal, começei a vazar por todos os lados, muita vontade de urinar e ela idem. Fomos ao banheiro completamente confusos, não sabiamos o que fazer nem como fazer e a coisa foi descendo o nível, a vazamento de secreções em mim era incrível, estava literalmennte com um fluxo de lágrimas e coriza saindo do meu nariz mas não conseguia me limpar. Caidos no chão com vários pedaços de papel higienico sujos e nós completamente lavados de catarro, comecei a ficar com uma ansia terrível e vomitei com muita força no vaso, sentia coisas saindo de mim, sentia sujeira e lembrei logo daquele processo que falam sobre Huasca. Era uma coisa parecida, sabia o que estava tirando de mim e parece que tinha não só coisas como tóxicos e alimentos, mas coisas sobre mim mesmo, sobre meu bem estar, coisas ruins que eu me proporcionava.
Ficamos naquele limbo desgraçado rolando no chão do banheiro todos sujos, nus, pensando e sentiando o drama de ser um nóia, um viciado em crack ou heroína que se sujeita a tudo e se implica a situações como aquela em troca de um prazer irreal e vazio.
Não tinhamos condições de cuidar de nós mesmos e fracassávamos em tentar cuidar um do outro. Não conseguiamos mais nos entender de forma alguma, então voltamos para o quarto após conseguir com muito esforço se limpar e começamos uma conversa de louco em que podiamos ver tudo e fazer tudo, a força do nosso pensamento criava a realidade, era uma espécia de mágica ligada ao pensamento, mas era intríseco, era natural. Eu entendia os peixes e sentia como era prazeiroso ser um peixe amarelo que nadava no oceano, como eles sentiam a temperatura da agua e como era delicioso poder respirar debaixo d'gua. Eu era aquele peixe, eu entendia aquele peixe, eu me perguntava porque não podia respirar debaixo d'gua também, era tão simples pra mim, era pular na agua e começar a respirar, eu não iria morrer afogado.
Foi quando a sensação de intoxicação bateu forte em nos 2 e o que estava forte ficou mais forte ainda, caimos no vazio, eu e ela viamos a terra entrar em colapso e mundo ser destruído o sol e as galaxias junto com o universo inteiro sendo engolido para o vazio absoluto, nos perdemos no nada e ela ficou presa no vazio total, ela chorava e dizia que estava tudo perdido, tudo vai virar o vazio, eu compartilhava do mesmo mas falava insistentemente para ela que sabiamos que o fim de tudo era vazio mas que estavamos aqui e temos que pelo menos viver o resto da vida ou simplesmente se matar, joguei na cara dela se ela tinha se arrependido de tomar cogumelos e não estava gostando da idéia de ficar louca pra sempre. Nessa hora ela mergulhou num abismo de bad em que tudo perdeu o sentido para ela, ficou jogada na cama apenas com os olhos abertos e sentia raiva de mim por eu não estar na cabeça dela e saber o que ela sabia.
Eu sentia frio mas não conseguia fechar as janelas e nem conseguia me vestir, ficamos com muita dificudade jogados compartilhando alguns pensamentos e se estranhando muito, definitivamente não nos entendiamos e ela sentia raiva de mim por isso, mas eu também não podia ir a lugar algum pois estava totalmente desorientado.
Vi muita dor, muito sofrimento, o mundo rachando em 2, coisas se destruindo e muita renovação. Fui para fora do tempo e entrei em algum lugar que era fora do espaço e fora do tempo, minha mulher sempre estava em sintonia comigo.
Aos poucos a viajem foi baixando e ficamos apenas confusos, com o tempo e ainda ganhando muitos conhecimentos fomos tendo capacidade de se vestir e tomar um banho, no total as 8:30 da noite já estavámos em boas condições.
A minha opnião sobre o mágicos é a mesma que tinha em mente antes de usa-lo. Cogumelo-ferramenta. Senti uma lavada no meu corpo, minha mente estava de filtro limpos e renovados. A bad ensina demais, foi tudo bad mas a experiência foi uma da mais proveitosas da minha vida. Vou tomar cogumelos em outras ocasiões em doses experimentais e então regularei a dosagem para uma trip adequada ao ambiente =]
Colhi os cogumelos com cautela, lavei-os e cortei a parte que continha um pouco de micélio e vermiculita encrostada e os coloquei em um prato, eram 14 cogumelos sendo 8 gigantes, 4 médios e 2 pequenos. Concordei com minha mulher de que iriamos comer os cogumelos todos ou até que ficassemos satisfeitos.
Fomos para o quarto do meu apartamento, deitamos na cama acompanhados do prato de cogumelos e uma lata de leite condensado. Peguei um cogumelo que era o maior de todos, com um caule grosso e carnudo, cujo depois do corte azulava demais, ficou muito azul mesmo.
Acendi um fininho para relaxar, fumo bom, bem verdinho e soltinho, então mergulhei o cogumelo no leite condensado juntamente com minha mulher e começamos a come-los na ordem dos maiores para os menores. Logo de cara nota-se o gosto peculiar deles que vem do líquido, um pouco enjoativo mas não chega a ser ruim, apenas um sabor/textura/consistencia novo.
Saboreamos lentamente os cogumelos, que ao todo foram 4 para mim e 3 para ela, logo após ficarmos satisfeitos nos deitamos na cama e como 2 cabaços idiotas começamos a tentar identificar alguma mudança na mente, na forma de pensar ou algum efeito físico-sensorial.
Por volta das 3:30/40 começamos a perceber que as cores da televisão ficavam um pouco borradas, e questionávamos se era o começo do efeito, bem sutil por sinal.
As 4:00 acredito eu, começou uma leve confusão e desentendimento entre eu e minha mulher. Não sabiámos direito como conversar e não conseguiamos disntinguir se estávamos de fato sobre efeito dos cogumelos ou não, pois a confusão aumentava quanto mais tentávamos entrar num acordo sobre o que estávamos sentindo ou que estava acontecendo.
Começou então a confusão EXTREMA dos sentidos, em um segundo eu podia ver, entender e ouvir absolutamente tudo o que acontecia no cruzamento da esquina do meu prédio em que 2 avenidas sendo uma de 6 vias e outra de 10 se cruzam. Estava dentro de todos os apartamentos próximos aos meus, escutava as crianças brincando, chorando, gritando. Podia sentir o que a pessoa que estava na ambulância estava sentindo, via a vida dela se esvaindo naquela ambulância sem que as pessoas a volta pudessem fazer nada. Aconteciam acidentes na rua e podia presenciar o que todos os envolvidos sentiam...
Minha mulher estava sofrendo muito pois estava na mesma situação que eu, pertubadasso eu levantei bem confuso, as vezes perdia o equilibrio e fui cambaleando para a sala, deitei no sofá e via muitas pessoas na minha casa, sentia presença de muita gente, sentia que estavam em cima de mim, que passavam a mão na minha cara, enfiavam o dedo no meu olho, alguns enquanto eu ficava deitado totalmente transtornado pelos acontecimentos e a encorporação quase total dos acontecimentos ao redor de mim, ficavam debruçados sobre mim me olhando com cara, ora de dó, surpresa, nojo, alguns riam,outros sussurravam coisas. Nessa que eles começaram a sussurrar coisas, derrepente eu ouvia suas vozes tambem, sussurravam coisas nos meus ouvidos, gritos, conversas...
__ Tenho uma cracterística muito forte em mim de nunca perder a idéia de que eu tomei alguma coisa antes consciente daquilo, o sentimento de que você vai ficar louco para sempre reina na sua mente, você sente tudo e é frágil como uma criança, incapaz de interagir normamente com o meio, você não suporta a quantidade de informações que seu cérebro está recebendo e começa a entrar num estado um pouco psicótico. Consigui manter o foco que havia tomado os cogus conscientes e sabia que isso poderia ocorrer, foi quando decidi levantar e andar no meio dessas pessoas e ir até o quarto com minha mulher.
Chegando lá ela estava completamente transtornada e passando muito mal, eu lacrimejava e meu nariz jorrava uma coriza infernal, começei a vazar por todos os lados, muita vontade de urinar e ela idem. Fomos ao banheiro completamente confusos, não sabiamos o que fazer nem como fazer e a coisa foi descendo o nível, a vazamento de secreções em mim era incrível, estava literalmennte com um fluxo de lágrimas e coriza saindo do meu nariz mas não conseguia me limpar. Caidos no chão com vários pedaços de papel higienico sujos e nós completamente lavados de catarro, comecei a ficar com uma ansia terrível e vomitei com muita força no vaso, sentia coisas saindo de mim, sentia sujeira e lembrei logo daquele processo que falam sobre Huasca. Era uma coisa parecida, sabia o que estava tirando de mim e parece que tinha não só coisas como tóxicos e alimentos, mas coisas sobre mim mesmo, sobre meu bem estar, coisas ruins que eu me proporcionava.
Ficamos naquele limbo desgraçado rolando no chão do banheiro todos sujos, nus, pensando e sentiando o drama de ser um nóia, um viciado em crack ou heroína que se sujeita a tudo e se implica a situações como aquela em troca de um prazer irreal e vazio.
Não tinhamos condições de cuidar de nós mesmos e fracassávamos em tentar cuidar um do outro. Não conseguiamos mais nos entender de forma alguma, então voltamos para o quarto após conseguir com muito esforço se limpar e começamos uma conversa de louco em que podiamos ver tudo e fazer tudo, a força do nosso pensamento criava a realidade, era uma espécia de mágica ligada ao pensamento, mas era intríseco, era natural. Eu entendia os peixes e sentia como era prazeiroso ser um peixe amarelo que nadava no oceano, como eles sentiam a temperatura da agua e como era delicioso poder respirar debaixo d'gua. Eu era aquele peixe, eu entendia aquele peixe, eu me perguntava porque não podia respirar debaixo d'gua também, era tão simples pra mim, era pular na agua e começar a respirar, eu não iria morrer afogado.
Foi quando a sensação de intoxicação bateu forte em nos 2 e o que estava forte ficou mais forte ainda, caimos no vazio, eu e ela viamos a terra entrar em colapso e mundo ser destruído o sol e as galaxias junto com o universo inteiro sendo engolido para o vazio absoluto, nos perdemos no nada e ela ficou presa no vazio total, ela chorava e dizia que estava tudo perdido, tudo vai virar o vazio, eu compartilhava do mesmo mas falava insistentemente para ela que sabiamos que o fim de tudo era vazio mas que estavamos aqui e temos que pelo menos viver o resto da vida ou simplesmente se matar, joguei na cara dela se ela tinha se arrependido de tomar cogumelos e não estava gostando da idéia de ficar louca pra sempre. Nessa hora ela mergulhou num abismo de bad em que tudo perdeu o sentido para ela, ficou jogada na cama apenas com os olhos abertos e sentia raiva de mim por eu não estar na cabeça dela e saber o que ela sabia.
Eu sentia frio mas não conseguia fechar as janelas e nem conseguia me vestir, ficamos com muita dificudade jogados compartilhando alguns pensamentos e se estranhando muito, definitivamente não nos entendiamos e ela sentia raiva de mim por isso, mas eu também não podia ir a lugar algum pois estava totalmente desorientado.
Vi muita dor, muito sofrimento, o mundo rachando em 2, coisas se destruindo e muita renovação. Fui para fora do tempo e entrei em algum lugar que era fora do espaço e fora do tempo, minha mulher sempre estava em sintonia comigo.
Aos poucos a viajem foi baixando e ficamos apenas confusos, com o tempo e ainda ganhando muitos conhecimentos fomos tendo capacidade de se vestir e tomar um banho, no total as 8:30 da noite já estavámos em boas condições.
A minha opnião sobre o mágicos é a mesma que tinha em mente antes de usa-lo. Cogumelo-ferramenta. Senti uma lavada no meu corpo, minha mente estava de filtro limpos e renovados. A bad ensina demais, foi tudo bad mas a experiência foi uma da mais proveitosas da minha vida. Vou tomar cogumelos em outras ocasiões em doses experimentais e então regularei a dosagem para uma trip adequada ao ambiente =]