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A primeira bad

Reconheço que meu comentário sobre o Animus não fez sentido. Nem as análises psicológicas em geral, foi apenas um exercício filosófico. Havia tomado muito café ou mate e achava que entendia mais do que entendia. Acontece com frequência.

Hehe

É sempre bom fazer exercícios filosóficos, e o erro faz parte ne.

Ja que vc se interessa, tem bastante coisa do Jung na internet, alguns vídeos no youtube de entrevista com ele e tal, q é rapidim de baixar (se for o caso).

Eu tb adooooro gastar onda falando de Jung, qlq coisa tamo ae XD
 
Já leu o Livro Tibetano dos Mortos ? O Tio Jung comenta e explica esse livro
Faz muito tempo que lí , mas lembro de algo como
"... reconheça a luz branca como sendo sua divindade tutelar..."
Eu ví uma luz branca mas tive medo de ser o fim e me refugiei na música e qdo tava lá escondido , me veio uma outra lembrança do livro
"...a música é o último dos impedimentos ..."
Vish nem sei pq escrevi isso ...kkk nada a ver. Kkk

Ainda não li, Speise!!! Mas preciso ler!
Vi muitos comentarios sobre ele, incluindo do Jung e Joseph Campbell, vi docs e tal... mas ler que é bom ainda n li.

Mano... ja vi essa luz branca... mas n foi com cogu não. A chave pra entrar na luz (q era um tubao de luz branca na minha frente) era silenciar a mente... mas no set/setting q eu tava nao rolava de jeito nenhum. Entrei por uns milesimos de segundos, mas ai minha mente voltava a tagarelar e eu saia. Admiti que nao estava preparada naquele dia e nao entrei na luz...

"A música é o último dos impedimentos" .... se o limiar entre matéria e energia é a vibração, e a música é também vibração... faz bastante sentido mesmo.

Pode não ser óbvio, mas achei que teve a ver seu comentário haha
E foi bom ter me lembrado do livro dos mortos :D
 
Fiquei curiosa pra saber o que vc responderia às mesmas perguntas ;)
Hehe... Então vamos lá!

Para recontextualizar, as perguntas foram em relação à consciência:
Priscillocibina disse:
E me veio a sensação de “o ego pode até ser dissolvido, a mente não... mesmo quando eu deixar de ser quem sou , ainda estarei dentro da minha mente” (ao menos da minha consciência... mas creio que também da inconsciência).
Dá para escrever um livro sobre a relação entre corpo, mente e consciência, sob qualquer ponto de vista seja filosofia, neuropsiquiatria ou puramente metafísico.
Vou adiantar dizendo que você está certa em que a mente estará sempre por aí mesmo, só a consciência é que não.

Isso porque somos feitos de corpo e mente, embora nem sempre estejamos conscientes.

acordado <> dormindo
consciente <> inconsciente​

Mas além disso, a nossa consciência tem alguns estágios, que vão além de estar ou não estar consciente (razão das perguntas). E há mais coisas (ou menos?), para além de estar consciente ou inconsciente. Para ambos também é necessário estar vivo, e para estar vivo, em primeiro lugar, é preciso existir.

consciente <> dormindo <> morto <> não existente​

E o sono é um tanto mais complicado do que simplesmente estar dormindo...

acordado <> em alfa <> sono REM <> sono profundo <> sono delta​

É no sono REM em que ocorrem os sonhos, e muitas pessoas em algum momento experimentam sonhos lúcidos, embora a maioria não se lembre, ou não se dê conta.

sonho lúcido <> sonho não lúcido​

Estar acordado e consciente também vai um pouco além de simplesmente "estar" consciente, embora os vários estágios não sigam bem uma ordem definida. Como você bem notou, é possível estar mais ou menos consciente de uma coisa ou outra, conforme a situação.

no aqui e no agora <> autoconsciente <> focado em um objeto <> prestando atenção em outra coisa <> pensando <> distraído <> sonhando acordado <> desligado
Juntando tudo, entre respirar fundo e se sentir "no presente" e partir dessa para a melhor, estamos conscientes e inconscientes várias vezes, mesmo enquanto estamos dormindo, ou acordados.

Por exemplo, durante um sonho comum, mesmo que pareça bem real, você não percebe que está sonhando. Se perceber, se torna um sonho lúcido. E às vezes enquanto acordados estamos no "automático", tanto que até esquecemos de onde estamos, mesmo enquanto fazemos alguma coisa que requer atenção, por exemplo, trabalhando, dirigindo, lavando a louça etc.

Sobre os dois extremos da consciência, enquanto acordados, são do que tratam alguns exercícios de meditação, por exemplo budistas... Manter a mente limpa e os pensamentos em branco, sem sequer prestar atenção aos sentidos; ou estar plenamente consciente, dos sentidos, corpo e tudo o mais, mas não pensar em nada, e evitar pegar no sono.

Agora, a pergunta do milhão... (ou um milhão de perguntas):
O que acontece com a consciência, quando tomamos cogumelos?
Onde está a consciência durante a trip, se é que estamos conscientes?,

Na outra direção, há algo para além, "mais consciente" do que estar plenamente consciente?

consciência normal > "alto" > sentidos aguçados > percepção aguçada > sinestesia > autosugestão > consciência do ego > multiplicidade > conexão ao universo > perda da individualidade > morte do ego > amnésia > inconsciência
 
Obrigada pela resposta, @Salaam`aleik ! Foi bastante importante pra me fazer pensar sobre algumas coisas.

Tô fritando aqui pra entender mais sobre isso, hehehe. Andei lendo umas coisas nessas ultimas semanas, aceito indicações de leitura, praticas ou documentários.

Bom, juntando as coisas que você disse com as coisas que tenho lido e experienciado, me parece necessário diferenciar/definir algumas coisas.

Consciência
: Muito dificil de conceituar, mas podemos inferir algumas de suas caracteristicas:

- possui diferentes camadas, ou estágios; e como você bem observou transitamos pelo espectro de consciencia-inconsciencia o tempo todo.

- a Atenção/Concentração é o mecanismo pelo qual dirigimos/alteramos a consciência. (Dá pra fazer uma analogia com “ver e olhar”; “ver” é um mecanismo complexo que envolve muitas questãs subjetivas para além das fisicas; “olhar” é um mecanismo físico que utilizamos para “ver”)

- Podemos entrar em Estados Não comuns de consciência a partir da concentração (entrando em transe), a partir da indução por substâncias, ou experiencias de quase-morte, parto essas coisas.

Mente: Também muito dificil de definir, rsrs. Então vamos ver algumas das características da mente (ao menos como a percebo até agora):

- Mente individual – envolve a psiqué, a dualidade consciente/inconsciente, e toda a estrutura de personalidade do indivíduo. Intrinsecametne relacionada ao corpo e às inter-relações.

Consciente e inconsciente fazem parte do mesmo continuum. O inconsciente não é apenas um “off”, ele inclusive tem bastante autonomia, influenciando (e muito) o comportamento das pessoas; ele também está intimamente conectado com o inconsciente coletivo.

- Mente coletiva – relacionada à cultura e ao inconsciente coletivo junguiano. É de onde provém os arquétipos e símbolos, que internalizamos na mente individual através das diferentes formas de mitos.

A mente individual e coletiva funcionam de maneira dialética, ou seja, uma influenciando a outra concomitantemente.

Até ai ainda é uma visão “mundana” de “Mente”. O que acontece com ela(s) depois que a gente morre é um mistério que muitas tradições se esforçam pra compreender. Nós dois concordamos que a “mente” ainda estará por ai, mas sob qual forma ainda é um mistério pra mim (que talvez só seja sanado quando eu morrer msm :p).

Pode ser que exista também uma mente maior que precede e coexiste com essas mentes individual e coletiva "mundanas”, como desconfio que exista, mas ai eu nem me arrisco a falar nada, tô penando ainda pra entender o básico hehe

Você diz que a dualidade “consciente-inconsciente” deixa de existir, que no caso tô chamando de “mente individual” , (que deve também deixar sua conexão com a mente coletiva humana-terrestre... ou será que não?). Ai cheguei nessa outra barreira de perguntas:

- Então essa mente que continua existindo após a morte não seria consciente?

- Precisamos necessariamente da matéria para sermos conscientes?

- A mente pode não ser consciente? A consciência é uma condição da mente? Ou a consciência é condição da matéria?

Agora, a pergunta do milhão... (ou um milhão de perguntas):
O que acontece com a consciência, quando tomamos cogumelos?

Talvez você já conheça o Stanislav Grof, ele tem uma vasta experiência com sessões de terapia psicodélica, respiração holotrópica, é um dos principais estudiosos sobre Estados não-ordinários de consciência (ENOC).

Se seguirmos o raciocínio dele, quando tomamos cogumelos entramos em estados “não-ordinários” de consciência, ou seja, vivenciamos estados da consciência que não costumamos perceber, ou “entrar” normalmente.

Algumas pessoas falam em expansão da consciência, outras em alteração... tem toda uma discussão sobre qual termo seria melhor pra definir o que acontece.

Onde está a consciência durante a trip, se é que estamos conscientes?,

Onde está a consciência durante a trip? Assim como nos estados ordinários, ela também pode estar em vários níveis.

O Stanislav Groff faz uma análise da “cartografia da consciencia” a partir da observação dos seus pacientes em estados não-ordinarios de consciência. Ele conseguiu notar padrões e sistematizou esse conhecimento. No final aqui vou transcrever uma parte do livro onde ele fala sobre isso.

Se a gente entende que entra em estados não-ordinários de consciência, quer dizer que estamos conscientes, mas de maneira não usual, ou seja, a consciência não está imersa na percepção egoica do dia a dia, mas ampliada para outros níveis.

Acho que a não-consciência (não sei nem se da pra chamar de inconsciencia nesse caso) induzida por alguma substância estaria mais próxima de uma bebedeira daquelas que a pessoa não lembra nada no dia seguinte, ou mesmo de um coma alcoolico (não sei – nem quero saber – como são as overdoses de outras substâncias, mas com o álcool a sensação é de apagamento dos sentidos e da sua capacidade de pensar, de perceber o que está acontecendo ao redor, e de funcionar (falar, andar, etc. A pessoa vira uma plasta).

Coma alcoolico é tipo um “nem lá, nem cá”, pode ser que a pessoa esteja na beirinha da morte por ter abusado de seu próprio corpo físico. O físico continua funcionando minimamente (circulação, respiração e tal), mas a capacidade da pessoa de perceber/entender o que que tá acontecendo (consciência) simplesmente não está lá, ou está de maneira muitissimo limitada. (Pra onde foi a conciencia? - talvez isso confirme sua visão de que a dualidade consciencia-inconsciencia deixam de existir quando a pessoa morre).

Com o cogu a gente não passa neeem perto desse tipo de inconsciência. A atenção ou a consciência podem não estar focadas no Ego, mas estão focadas em algum lugar, e a gente fica bastante aberto a essas “informações” que conseguimos acessar nos estados não-ordinários de consciência. Talvez por isso a sensação de estar “mais desperta” que o normal, ainda que lembremos pouco quando voltamos ao nível de consciência egoica comum. Enquanto que uma bebedeira aproxima a gente de um estado “bem menos desperto” que o normal, beirando o anulamento do corpo, dos sentidos, e da percepção.

Na outra direção, há algo para além, "mais consciente" do que estar plenamente consciente?

Carai, essa ai deu nó na minha cabeça!
O que seria isso? Uma consciência simultânea de todas as “camadas” de consciência? Deve ser no mínimo orgástico isso ai, hahahahaha

consciência normal > "alto" > sentidos aguçados > percepção aguçada > sinestesia > autosugestão > consciência do ego > multiplicidade > conexão ao universo > perda da individualidade > morte do ego > amnésia > inconsciência

Adorei o botãozin de spoiler, hehe

Essa “amnésia” que você tá falando é da gente esquecer a maior parte das coisas depois das trips com quantidade maior de substancia? Se sim, é bem diferente da amnésia alcoolica, por exemplo.

Creio que a amnésia “psicodelica” seria mais devido à condição da nossa memória “egoica” não conseguir gravar o tanto de informação que a gente tem acesso em estados alterados; enquanto que a amnésia alcoolica seria uma não criação de memória, já que seus sentidos estão extremamente embotados e você n consegue perceber mt coisa. A primeira é por excesso de informação percebida; a segunda por falta.

E essa “inconsciencia” a partir do psicodélico seria o que? Voltarmos para o estado comum-egoico de consciência?

Talvez eu descubra no dia em que tomar uma quantidade maior de cogu, hehehe. Até hoje esse ai foi o máximo, ainda tô tateando as possibilidades de psiconavegação.

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Pedacinhos do Livro “A tempestuosa busca do Ser” do Stanislav Grof.
Destaquei onde ele fala sobre as 3 categorias de experiências em Estados não-ordinários de consciência: Experiências biográficas; Experiências peri-natais; Experiências transpessoais.

Acho que é bastante útil para nós, que gostamos de navegar com os cogus, entendermos mais sobre as nossas experiências.
Tem o livro em PDF disponível aqui: A Tempestuosa Busca do Ser - Download - Stanislav Grof.

Quando a psique inconsciente é ativada, as primeiras experiências que ficam prontamente acessíveis são reminiscências de eventos que aconteceram na vida das pessoas após o nascimento. Enquanto o processo permanece nesse nível, várias questões do passado emocionalmente não-resolvidas emergem para a consciência e tornam-se o conteúdo da experiência. É sabido através da Psiquiatria tradicional que a aproximação desse nível de consciência é importante para o trabalho terapêutico. Essa área tem sido cuidadosamente explorada e mapeada por terapeutas biograficamente orientados. No entanto, é importante notar que questões biográficas não-resolvidas são
necessariamente limitadas a traumas psicológicos.” (p.192)


[…]
Assim como os estados incomuns de consciência se intensificam, as experiências passam tipicamente da biografia pós-nascimento para dois aspectos críticos da vida humana: seu começo e seu fim. No nível perinatal, a morte e o renascimento estão intimamente entrelaçados, o que parece refletir o fato de que o nascimento humano é um evento difícil e de risco de vida em potencial.” (p.193)

[...]
Quando o material de nível perinatal do inconsciente emerge para a consciência, as pessoas envolvidas ficam preocupadas com a morte. Podem ser tomadas por um medo intenso dela, imaginar coisas relacionadas com a morte e ficar convencidas de que suas vidas estão de fato ameaçadas biologicamente. Essas experiências se alternam ou coincidem com uma luta extraordinária para nascer ou para libertar-se a si próprias de uma forma de confinamento realmente incômoda. Nessa situação, as pessoas podem reviver o trauma do nascimento biológico. Porém, esse processo também pode ser sentido como um nascimento espiritual — uma poderosa abertura mística e a religação com o Divino."

"Essas experiências são freqüentemente entremeadas com motivos mitológicos do inconsciente coletivo, que C. G. Jung descreveu como arquétipos. Alguns deles podem ser figuras de divindades representando a morte e o renascimento; outros retratam o além e o inferno ou, ao contrário, o paraíso e os reinos celestiais. O simbolismo concreto associado com esses temas arquetípicos podem ser extraídos de qualquer cultura do mundo e não estão, de modo algum, limitados ao conhecimento intelectual anterior da pessoa sobre as áreas envolvidas. Assim, o nível perinatal do inconsciente representa a interface entre a pessoa e o inconsciente coletivo.” (p. 193, 194)


[…]
Além dos domínios biográficos e perinatais da psique localiza-se o campo transpessoal. Este é um termo moderno para uma ampla variedade de estados que estão em outros contextos referidos como espirituais, místicos, religiosos, mágicos, parapsicológicos ou paranormais. No passado, toda essa área foi assunto de muitas más interpretações e de distorções bárbaras.” (p.199)

[…]
Estamos comumente limitados em nossa percepção do mundo pelos limites as nossas impressões e pela configuração do meio. Não podemos ver barcos além do horizonte ou objetos dos quais estejamos separados por uma parede sólida. E impossível para nós observar e ouvir a interação das pessoas em localidades distantes. Não podemos sentir o gosto da comida que não esteja em nossa boca, sentir o cheiro de umaflor se o vento o estiver soprando para longe de nós ou sentir a textura de objetos sem tocá-los. Com nossos sentidos comuns podemos vivenciar o que está acontecendo aqui e agora — na nossa localização geográfica momentânea e no momento presente.

Nos estados transpessoais da mente, todas essas limitações parecem ser transcendidas. Podemos nos sentir como uma atividade energética ou um campo de consciência que não está confinado a um recipiente físico. Isso pode se desenvolver mais para a identificação com a consciência de outras pessoas, com grupos de indivíduos ou até mesmo com toda a humanidade. O processo pode se estender além dos limites humanos e incluir vários animais, plantas e até materiais inorgânicos e acontecimentos. Parece que tudo o que possa ser vivenciado no dia-a-dia como um objeto tem, nos estados incomuns de consciência, um complemento correspondente numa experiência subjetiva. O que comumente percebemos como elementos separados de nós — como pessoas, animais, árvores e pedras preciosas — podemos, na verdade, transformar e identificar num estado transpessoal.” (p.199-200)

[...]
Observamos muitos casos em que pessoas que estão passando por uma identificação com vários animais fizeram descobertas espantosas para seu comportamento psicológico instintivo, para hábitos específicos ou até representaram em movimentos espontâneos as danças dos animais para fazer a corte. Essa informação estava, em geral, muito longe dos seus conhecimentos nas áreas envolvidas. De vez em quando, novas informações podem emergir das experiências de identificação com plantas ou processos inorgânicos na natureza. ”

É até mais espantoso que as pessoas que estão em estados incomuns "visitem" vários reinos arquetípicos e encontrem seres mitológicos morando lá, e possam, com freqüência, trazer de volta informações que podem ser verificadas pela pesquisa na mitologia das culturas correspondentes. Observações desse tipo levaram Carl Gustav Jung, há muitos anos, a idéia do inconsciente coletivo e da suposição de que cada pessoa é capaz, em certas circunstâncias, de obter acesso a toda herança cultural da humanidade.” (p,203)

[...]
As experiências transpessoais associadas com emoções positivas, como as sensações de unicidade com a humanidade e a natureza, estados de unidade cósmica, encontros com divindades bem-aventuradas e união com Deus têm um papel especial no processo de cura e transformação. Enquanto várias experiências dolorosas e difíceis purificam a psique e abrem o caminho para experiências mais agradáveis, os estados extáticos e unitivos representam a verdadeira essência da cura real.” (p.204)
 
Que belas palavras, você tem um dom poético nas resenhas torna a leitura convidativa.

Eu só tive bad com acido e dmt, mais estou esperando/forçando uma com os cogumelos, eu acredito que isso é um mal necessário na mente de um explorador, é como chegar na parte mais arriscada do precipício, e olhe lá se não cair pra voltar em seguida.

Obrigado por compartilhar seu relato, acredito que muitos ainda estão enrustidos em se abrirem na questão das bad's, estamos na escola da vida e a meta é aprender.
Boas vibrações!!!
 
Última edição por um moderador:
Adorei o relato e a forma como colocou a bad trip.

“o ego pode até ser dissolvido, a mente não... mesmo quando eu deixar de ser quem sou , ainda estarei dentro da minha mente

Também penso algo assim.

Pensei "ó a bad que vc queria" hehehe

Kkkk chegou!

dualidade é necessária

Eu diria que é uma fase necessária na evolução do espírito.

Muitas vezes é suficiente simplesmente estar ali para o outro, aberta à uma escuta respeitosa

Sim, e muito.

Caso “set” e “setting” estejam bem estabelecidos a “peia” pode até ser bem forte, mas a preparação do contexto de uso (ritual, religioso ou não) funciona como um ordenador psiquico, um direcionamento de foco, e por isso um certo tipo de proteção-psi.

Por isso a importância de ir criando ritual. Minha liturgia com Pink Floyd estabelece com o sacramento do cogumelo o ritual que rege com muito mais tranquilidade a experiência. Há mais conforto.

adooooro gastar onda falando de Jung

Jung e a sincronicidade, primeiro passo pra Humanidade superar a ideia de acaso.
 
Como eu não tinha visto esse topico ainda ?! Muito bacana as ideias !

1o lembrei do hino do seu Luiz, que ele fala que o 1 gerou o 2, e o 3 todas as coisas. Genial .
Aí o outro companheiro falou sobre morte do ego. Que ele acha um termo egoico. Pq muitagente se ilude nessa , e o ego é sorrateiro ! Lembrei então da parábola de Jesus, o rabino rezava no templo , obrigado senhor , por Que eu não sou como os pecadores , eu guardo a lei, eu faço minhas obrigações e guardo o sábado. E o pecador do lado de fora , não se atrevia nem a entrar e batia no peito chorando, senhor me perdoa! Sei que não mereço mas tem piedade de mim!
E segundo Jesus, o segundo voltou pra casa justificado, o primeiro não.
 
Quando você sonha, está inconsciente ou consciente?

Antes de responder a essa pergunta, vamos deixar claro o que é a consciência.

Consciência é simplesmente a ação de perceber. Embora a palavra “consciência” seja um substantivo e não um verbo, a consciência em si mesma não é uma coisa, não é uma substância, é uma ação. Dizer “eu tenho consciência da cadeira” é o mesmo que dizer “eu percebo a cadeira” ou “eu conheço a cadeira”.

Dito isso, é correto afirmar que, durante o sonho, nós estamos conscientes. Afinal, para que haja o sonho, é necessário haver a percepção do sonho, é necessário que estejamos conscientes do sonho.

Durante o sonho, tem consciência de que o que está vivendo, é um sonho?

Na maioria dos casos não há a consciência de que é um sonho, mas mesmo assim há a consciência do sonho. Portanto, há consciência.

E enquanto dorme, mas não sonha, tem consciência?

Nós dizemos que no sono profundo não há nada, mas como nós sabemos que não há nada? É porque há a consciência de não haver nada. Se de fato não houvesse a consciência no sono profundo, nós nem ao menos poderíamos falar sobre ele, não poderíamos falar nem que não há nada nem que há alguma coisa.

Na verdade, quem diz que no sono profundo não há nada é um pensamento, e de fato para o pensamento não há nada lá, porque no sono profundo não há pensamentos, não há nenhum sujeito, não há nenhum objeto, não há tempo.

O que acontece com a consciência, quando tomamos cogumelos?

Não acontece nada, oras. Quando você usa cogumelos, a única coisa que muda são os fenômenos percebidos pela consciência, mas a consciência em si, que é o perceber desses fenômenos, permanece completamente inalterada.

A consciência já estava presente antes de você tomar cogumelos, está presente durante a experiência com cogumelos e continua presente depois que a experiência chega ao fim.

A consciência está presente em todas as experiências, tanto nas ordinárias como nas extraordinárias. Aliás, como poderia haver uma experiência sem consciência? Como pode haver uma experiência sem a percepção dessa experiência? Se não há a consciência da experiência, então simplesmente não está havendo experiência alguma. A consciência é aquilo que torna toda experiência possível, é o espaço em que tudo surge e desaparece, é o fator comum a toda experiência.

Mesmo quando dizemos que ficamos inconscientes, como durante uma bebedeira, eu deixo a pergunta: será que você estava inconsciente mesmo, ou você apenas não se lembra do que aconteceu e do que experienciou? Você consegue se lembrar do que almoçou há exatos 50 dias? Imagino que não, certo? Mas isso quer dizer que você estava inconsciente nesse período?

Aliás, com o sono profundo é a mesma coisa: nós não nos lembramos de nada e, portanto, dizemos que estávamos inconscientes.

Onde está a consciência durante a trip, se é que estamos conscientes?

Durante a pira do cogumelo a consciência está no mesmo lugar de sempre: em todos os lugares e em lugar nenhum.

Digo em todos os lugares porque não é a consciência que está localizada neste espaço tridimensional, mas, pelo contrário, é o espaço tridimensional que surge e está localizado na consciência.

E digo em lugar nenhum porque não existem lugares, apenas parecem existir. E como poderia a consciência estar localizada em algum lugar, se ela não é um objeto? A consciência é anterior ao surgimento dos lugares. Por acaso você é capaz de apontar algum lugar e dizer “ali está a consciência”? A consciência não pode nem ao menos ser vista, já que ela é o próprio ver.

E pra finalizar: nós não estamos conscientes, nós somos consciência. E o que é a consciência? É o vazio aberto.
 
Última edição:
Antes de responder a essa pergunta, vamos deixar claro o que é a consciência.

Consciência é simplesmente a ação de perceber. Embora a palavra “consciência” seja um substantivo e não um verbo, a consciência em si mesma não é uma coisa, não é uma substância, é uma ação. Dizer “eu tenho consciência da cadeira” é o mesmo que dizer “eu percebo a cadeira” ou “eu conheço a cadeira”.

Dito isso, é correto afirmar que, durante o sonho, nós estamos conscientes. Afinal, para que haja o sonho, é necessário haver a percepção do sonho, é necessário que estejamos conscientes do sonho.



Na maioria dos casos não há a consciência de que é um sonho, mas mesmo assim há a consciência do sonho. Portanto, há consciência.



Nós dizemos que no sono profundo não há nada, mas como nós sabemos que não há nada? É porque há a consciência de não haver nada. Se de fato não houvesse a consciência no sono profundo, nós nem ao menos poderíamos falar sobre ele, não poderíamos falar nem que não há nada nem que há alguma coisa.

Na verdade, quem diz que no sono profundo não há nada é um pensamento, e de fato para o pensamento não há nada lá, porque no sono profundo não há pensamentos, não há nenhum sujeito, não há nenhum objeto, não há tempo.



Não acontece nada, oras. Quando você usa cogumelos, a única coisa que muda são os fenômenos percebidos pela consciência, mas a consciência em si, que é o perceber desses fenômenos, permanece completamente inalterada.

A consciência já estava presente antes de você tomar cogumelos, está presente durante a experiência com cogumelos e continua presente depois que a experiência chega ao fim.

A consciência está presente em todas as experiências, tanto nas ordinárias como nas extraordinárias. Aliás, como poderia haver uma experiência sem consciência? Como pode haver uma experiência sem a percepção dessa experiência? Se não há a consciência da experiência, então simplesmente não está havendo experiência alguma. A consciência é aquilo que torna toda experiência possível, é o espaço em que tudo surge e desaparece, é o fator comum a toda experiência.

Mesmo quando dizemos que ficamos inconscientes, como durante uma bebedeira, eu deixo a pergunta: será que você estava inconsciente mesmo, ou você apenas não se lembra do que aconteceu e do que experienciou? Você consegue se lembrar do que almoçou há exatos 50 dias? Imagino que não, certo? Mas isso quer dizer que você estava inconsciente nesse período?

Aliás, com o sono profundo é a mesma coisa: nós não nos lembramos de nada e, portanto, dizemos que estávamos inconscientes.



Durante a pira do cogumelo a consciência está no mesmo lugar de sempre: em todos os lugares e em lugar nenhum.

Digo em todos os lugares porque não é a consciência que está localizada neste espaço tridimensional, mas, pelo contrário, é o espaço tridimensional que surge e está localizado na consciência.

E digo em lugar nenhum porque não existem lugares, apenas parecem existir. E como poderia a consciência estar localizada em algum lugar, se ela não é um objeto? A consciência é anterior ao surgimento dos lugares. Por acaso você é capaz de apontar algum lugar e dizer “ali está a consciência”? A consciência não pode nem ao menos ser vista, já que ela é o próprio ver.

E pra finalizar: nós não estamos conscientes, nós somos consciência. E o que é a consciência? É o vazio aberto.


Minha consciência se expande, porque eu começo a perceber muitas coisas que eu não estava percebendo antes .
 
Minha consciência se expande, porque eu começo a perceber muitas coisas que eu não estava percebendo antes .

Você fala “minha consciência” como se a consciência fosse uma propriedade sua e como se cada um tivesse uma consciência só sua. Existe apenas uma consciência e ninguém é dono dela. Essa pessoa que você acredita ser é apenas um entre os muitos pontos de vista que surgem na consciência.

E a consciência não pode se expandir, pois expansão significa aumento, e para que algo aumente isso primeiro tem que ter um tamanho, e a consciência não possui nenhum tamanho. A consciência é sem forma, ou seja, ela não tem nenhum contorno, nenhum limite; portanto, ela não pode ter nenhuma medida. E como algo sem medida pode aumentar de tamanho? E do mesmo modo que a consciência não pode se expandir, ela não pode se contrair. Ela é imutável.

A única coisa que muda é o conteúdo da consciência (isto é, os fenômenos por ela percebidos). Quando a consciência passa a perceber coisas que não percebia antes, isso não significa que ela sofreu alguma alteração. Só o que sofreu alteração foi o conteúdo do qual ela está consciente. Aquilo que percebe uma única coisa não é diferente ou menor do que aquilo que percebe um milhão de coisas. A percepção é a mesma em ambos, no primeiro caso ela percebe pouca coisa e no segundo, muita. Aquilo que é percebido muda; o puro fato de perceber, não. A consciência é o fato de perceber.

E lembrando que os fenômenos percebidos pela consciência não se resumem apenas aos objetos físicos, mas também incluem pensamentos, sentimentos e sensações.

E esses fenômenos não são algo distinto e separado da consciência. Na verdade, eles são a própria consciência. Afinal, um objeto não é nada além do que a percepção que você tem desse objeto. Uma cadeira, por exemplo, é apenas uma forma que a consciência assume temporariamente, é uma manifestação da consciência. Mas a consciência em si, na sua forma imanifesta, ou seja, na sua ausência de forma, não pode sofrer nenhuma mudança.
 
Você fala “minha consciência” como se a consciência fosse uma propriedade sua e como se cada um tivesse uma consciência só sua. Existe apenas uma consciência e ninguém é dono dela. Essa pessoa que você acredita ser é apenas um entre os muitos pontos de vista que surgem na consciência.

E a consciência não pode se expandir, pois expansão significa aumento, e para que algo aumente isso primeiro tem que ter um tamanho, e a consciência não possui nenhum tamanho. A consciência é sem forma, ou seja, ela não tem nenhum contorno, nenhum limite; portanto, ela não pode ter nenhuma medida. E como algo sem medida pode aumentar de tamanho? E do mesmo modo que a consciência não pode se expandir, ela não pode se contrair. Ela é imutável.

A única coisa que muda é o conteúdo da consciência (isto é, os fenômenos por ela percebidos). Quando a consciência passa a perceber coisas que não percebia antes, isso não significa que ela sofreu alguma alteração. Só o que sofreu alteração foi o conteúdo do qual ela está consciente. Aquilo que percebe uma única coisa não é diferente ou menor do que aquilo que percebe um milhão de coisas. A percepção é a mesma em ambos, no primeiro caso ela percebe pouca coisa e no segundo, muita. Aquilo que é percebido muda; o puro fato de perceber, não. A consciência é o fato de perceber.

E lembrando que os fenômenos percebidos pela consciência não se resumem apenas aos objetos físicos, mas também incluem pensamentos, sentimentos e sensações.

E esses fenômenos não são algo distinto e separado da consciência. Na verdade, eles são a própria consciência. Afinal, um objeto não é nada além do que a percepção que você tem desse objeto. Uma cadeira, por exemplo, é apenas uma forma que a consciência assume temporariamente, é uma manifestação da consciência. Mas a consciência em si, na sua forma imanifesta, ou seja, na sua ausência de forma, não pode sofrer nenhuma mudança.

Em nenhum momento estou contestando nada que você diz, eu apenas coloco minha experiência. Você disse q a consciência é a perceção, e que não muda. Bom a minha muda. Só isso mesmo. Agora você disse muitas outras coisas na minha opinião bem confusas.
 
Última edição:
Você disse q a consciência é a perceção, e que não muda. Bom a minha muda.

As coisas que você percebe estão sempre mudando. Mas o fato de que você está sempre percebendo não muda.

Quando você olha para o mundo você vê que os objetos estão sempre mudando e se movimentando. Mas o espaço no qual os objetos estão muda e se move? Os objetos que estão no espaço mudam e se movem, mas o espaço em si nunca sofre nenhuma mudança e nenhum deslocamento.

A consciência é o espaço no qual tudo surge e some, inclusive o espaço. Ela é o pano de fundo de toda experiência; as experiências estão sempre mudando, mas o pano de fundo permanece sempre o mesmo. O nosso problema é que damos muita atenção para a experiência, mas ignoramos o pano de fundo no qual ela ocorre. Toda a nossa atenção está voltada aos objetos, e não ao espaço em que eles estão contidos.

Agora você disse muitas outras coisas na minha opinião bem confusas.

O que exatamente?
 
As coisas que você percebe estão sempre mudando. Mas o fato de que você está sempre percebendo não muda.

Quando você olha para o mundo você vê que os objetos estão sempre mudando e se movimentando. Mas o espaço no qual os objetos estão muda e se move? Os objetos que estão no espaço mudam e se movem, mas o espaço em si nunca sofre nenhuma mudança e nenhum deslocamento.

A consciência é o espaço no qual tudo surge e some, inclusive o espaço. Ela é o pano de fundo de toda experiência; as experiências estão sempre mudando, mas o pano de fundo permanece sempre o mesmo. O nosso problema é que damos muita atenção para a experiência, mas ignoramos o pano de fundo no qual ela ocorre. Toda a nossa atenção está voltada aos objetos, e não ao espaço em que eles estão contidos.



O que exatamente?


Pra te ser sincero acho que não entendi o ponto da questão.
 
Pra te ser sincero acho que não entendi o ponto da questão.

É porque entender tal ponto não é o ponto da questão eis que nem questão de fato existe mas apenas a suma certeza de que não há ponto que já não tenha sido dado. :)

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E meu sonho é ver no que daria um debate do eloquente @morpheu com o enigmático @Mexicouts, mas acho que nunca verei... :(

(Abs ao Mexicouts que eu trouxe na conversa sem ele ter se pronunciado só pra fazer a brincadeira)

(Abs ao Morpheu tb)

(Abs ao Tucum tb)

(Abs pra minha esposa que eu amo)

(Abs pra vc que me lê)
 
É porque entender tal ponto não é o ponto da questão eis que nem questão de fato existe mas apenas a suma certeza de que não há ponto que já não tenha sido dado.


É... essas coisas ai assim acho que não entendo mesmo irmão! Rs

Forte abraço!
 
- Precisamos necessariamente da matéria para sermos conscientes?

Não. Na verdade é o contrário. É a matéria que depende da consciência. Nós só achamos que a matéria existe porque temos consciência dela. A consciência percebe a matéria, mas a matéria não percebe a consciência. Se não houvesse a percepção da matéria, nós nem ao menos estaríamos falando sobre ela. A consciência é muito mais fundamental do que a matéria. Para ser mais exato, a consciência é o próprio fundamento da matéria, e não o contrário, como pensa o senso comum.

Geralmente as pessoas acham que a consciência é produto da matéria, mas ninguém até hoje conseguiu explicar como que da matéria surge a consciência. É apenas um pressuposto falso que é tido como certo, embora ninguém tenha uma evidência disso. Ninguém nunca encontrou a consciência dentro do cérebro de um ser vivo. Mas todo mundo que já viu um cérebro só conseguiu vê-lo porque estava consciente de estar vendo um cérebro. Ou seja, o cérebro é apenas um objeto que aparece na consciência e para a consciência.

Aliás, em última instância, nem existe matéria. Ninguém nunca viu a matéria. Tudo o que nós vemos são formas; nós dizemos que as formas estão preenchidas com uma substância que nós chamamos de matéria, mas ninguém nunca encontrou essa matéria fundamental, a matéria-prima de todas as formas. A matéria é apenas uma suposição, um conceito abstrato.

A consciência é uma condição da mente?

Não. Assim como a consciência é o fundamento da matéria, também a consciência é o fundamento da mente. Afinal, a mente é o intelecto, o pensamento. E o pensamento é percebido pela consciência, não é a consciência que é percebida pelo pensamento. Os pensamentos estão sempre mudando, e o que é isso que percebe que os pensamentos estão sempre mudando? É a pura percepção, a consciência. Os pensamentos mudam, mas aquilo que percebe a mudança dos pensamentos não muda junto com eles. Quando um pensamento chega ao fim, outro surge. Mas a consciência não desaparece quando um pensamento chega ao fim nem aparece quando outro pensamento é iniciado; a consciência é aquilo que testemunha o início e o fim dos pensamentos.

A propósito, não existe mente. É apenas uma ficção.
 
Última edição:
Ótimo relato cara, obrigado pelo compartilhamento. Mtos ensinamentos li por aqui :)))
 
Eu nunca tive bad trip, até ontem/hoje.
Te entendo tanto!

Mas a bad trip me desnudou, arrancou minha pele vivo. Mostrou que eu vivia um personagem que eu criei pra enfrentar a vida e que vinha me afastando das pessoas que amo.

Depois de ontem estou com medo de voltar aos cogumelos, foram 5g de desidratados. Vi o prédio vizinho se aproximando da minha janela e ouvi as conversas de pessoas nos outros prédios, coisa que não se houve normalmente.

Te entendo tanto!
 
Eu nunca tive bad trip, até ontem/hoje.
Te entendo tanto!

Mas a bad trip me desnudou, arrancou minha pele vivo. Mostrou que eu vivia um personagem que eu criei pra enfrentar a vida e que vinha me afastando das pessoas que amo.

Depois de ontem estou com medo de voltar aos cogumelos, foram 5g de desidratados. Vi o prédio vizinho se aproximando da minha janela e ouvi as conversas de pessoas nos outros prédios, coisa que não se houve normalmente.

Te entendo tanto!


Ainda tá recente , e provavelmente você ainda não digeriu totalmente a viajem.

Vejo muito a galera tomando em casa, em apartamento , não que seja ruim , mas vejo a diferença da cultura cogumeleira hoje pra quando eu era novo e conheci eles. O jeito que eu conheci sempre foi tomar na natureza . Já tomei em casa sim muitas vezes , mas uma dose alta , gira muita energia e com certeza um apartamento em um predio não não é o lugar ideal pra viajar de verdade, a pesar de que quando tem que ser mesmo e a pessoa tem que ter a revelação pouco importa o lugar .... acontece mesmo.
 
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