Tropisms in the Mushroom Psilocybe cubensis
Edmond R. Badham
Mycologia, Vol. 74, No. 2. (Mar. - Apr., 1982), pp. 275-279.
Stable URL:
http://links.jstor.org/sici?sici=0027-5514(198203/04)74:2<275:TITMPC>2.0.CO;2-9
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Achei essa experiência muito bacana, traduzi algumas partes mais relevantes (na minha opinião) do inglês. Tese na íntegra em anexo.
O crescimento dos cogumelos Psilocybe cubensis, foi estudado em um túnel de vento sob condições controladas de: velocidade do vento, umidade, temperatura e luz. A estirpe do basidiocarpo cresceu em direção ao vento no momento próximo a formação de esporos. Quando girado (rotarizado) com o longo eixo da estirpe perpendicular ao vento, os frutos cresceram retos para cima (verticalmente). Quando o processo de esporulação era iniciado um processo de curvatura era visto, um geotropismo 'negativo'. O interessante da análise foi que em exemplares 'mutantes' (os que não produziam esporos) não foi verificado o fenômemo.
A iniciação e desenvolvimento de muitos cogumelos são controlados por estímulos do ambiente (Reijnders, 1963; Taber, 1973; Manachére, 1980).
Muitos cientistas alegam a existência de um hormônio involvido no tropismo (Gruen, 1963; Hagimoto, 1963).
O experimento foi feito com arroz integral esterilizado em autoclave.
Low Speed Wind Tunnel: (a máquina onde foram feitos os experimentos):
Ilustração da experiência:
Algumas discussões do autor:
Quando as primórdias do cogumelo entre Fase 1 e Fase 2 (FIG. 2) são colocados no túnel de vento o crescimento da estirpe é dirigido para o fluxo de ar (Fig. 2A, 0-24 h). Se as culturas são giradas perpendicular ao vento, o crescimento é para cima (Fig.2b, 0-24 h). Esse crescimento ocorre em um fotoperíodo de 12 h ou na escuridão, em basiodicarpos férteis ou estéreis, e em culturas em que os basidiocarpos foram colocados na câmara com as estirpes dirigidas longe do vento.
Cogumelos na Fase 2 mostram uma resposta de tropismo diferente. Com as 12h de fotoperíodo
um geotropismo negativo é expresso em basidiocarpos férteis, isto é, o píleo vira para cima na direção do vento e abre com as lamelas de frente para para baixo (Fig. 2A, 24-48 h).
Isto ocorre quando a luz incidente parte de cima ou abaixo das culturas.
Curiosamente esta curvatura não ocorre em estirpes estéreis. (Fig. 2c, 2448 h) ou na ausência de luz (formação de esporos é mínima).
O resultado disto poderia ser que o lado de que recebe mais vento da estirpe seria exposto a um maior efeito de secagem do que o lado de protegido do vento. Este efeito da secagem ou por evaporação é uma função de pelo menos quatro fatores: do vento, umidade, luz e temperatura.
Tal diferencial pode ocasionar as células da estipe a crescer em taxas diferentes, resultando
na curvatura.
Uma explicação alternativa é que os cogumelos estejam respondendo a força do vento.
Se o mecanismo de alongamento da estirpe envolve um gradiente de demanda por evaporação,
a luz poderia ter uma influência substancial sobre este tropismo, por aquecer a superfície do cogumelo e aumentar a evaporação da água ou de outros gases.
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Edmond R. Badham
Mycologia, Vol. 74, No. 2. (Mar. - Apr., 1982), pp. 275-279.
Stable URL:
http://links.jstor.org/sici?sici=0027-5514(198203/04)74:2<275:TITMPC>2.0.CO;2-9
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Achei essa experiência muito bacana, traduzi algumas partes mais relevantes (na minha opinião) do inglês. Tese na íntegra em anexo.
O crescimento dos cogumelos Psilocybe cubensis, foi estudado em um túnel de vento sob condições controladas de: velocidade do vento, umidade, temperatura e luz. A estirpe do basidiocarpo cresceu em direção ao vento no momento próximo a formação de esporos. Quando girado (rotarizado) com o longo eixo da estirpe perpendicular ao vento, os frutos cresceram retos para cima (verticalmente). Quando o processo de esporulação era iniciado um processo de curvatura era visto, um geotropismo 'negativo'. O interessante da análise foi que em exemplares 'mutantes' (os que não produziam esporos) não foi verificado o fenômemo.
A iniciação e desenvolvimento de muitos cogumelos são controlados por estímulos do ambiente (Reijnders, 1963; Taber, 1973; Manachére, 1980).
Muitos cientistas alegam a existência de um hormônio involvido no tropismo (Gruen, 1963; Hagimoto, 1963).
O experimento foi feito com arroz integral esterilizado em autoclave.
Low Speed Wind Tunnel: (a máquina onde foram feitos os experimentos):
Ilustração da experiência:
Algumas discussões do autor:
Quando as primórdias do cogumelo entre Fase 1 e Fase 2 (FIG. 2) são colocados no túnel de vento o crescimento da estirpe é dirigido para o fluxo de ar (Fig. 2A, 0-24 h). Se as culturas são giradas perpendicular ao vento, o crescimento é para cima (Fig.2b, 0-24 h). Esse crescimento ocorre em um fotoperíodo de 12 h ou na escuridão, em basiodicarpos férteis ou estéreis, e em culturas em que os basidiocarpos foram colocados na câmara com as estirpes dirigidas longe do vento.
Cogumelos na Fase 2 mostram uma resposta de tropismo diferente. Com as 12h de fotoperíodo
um geotropismo negativo é expresso em basidiocarpos férteis, isto é, o píleo vira para cima na direção do vento e abre com as lamelas de frente para para baixo (Fig. 2A, 24-48 h).
Isto ocorre quando a luz incidente parte de cima ou abaixo das culturas.
Curiosamente esta curvatura não ocorre em estirpes estéreis. (Fig. 2c, 2448 h) ou na ausência de luz (formação de esporos é mínima).
O resultado disto poderia ser que o lado de que recebe mais vento da estirpe seria exposto a um maior efeito de secagem do que o lado de protegido do vento. Este efeito da secagem ou por evaporação é uma função de pelo menos quatro fatores: do vento, umidade, luz e temperatura.
Tal diferencial pode ocasionar as células da estipe a crescer em taxas diferentes, resultando
na curvatura.
Uma explicação alternativa é que os cogumelos estejam respondendo a força do vento.
Se o mecanismo de alongamento da estirpe envolve um gradiente de demanda por evaporação,
a luz poderia ter uma influência substancial sobre este tropismo, por aquecer a superfície do cogumelo e aumentar a evaporação da água ou de outros gases.
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