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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Insider

Eterno Corujão
Cultivador confiável
18/11/2005
1,067
94
37
A pergunta é bem simples pros psiconautas...
A morte do ego....

Eu pessoalmente nao saberia dizer, tive uma xp de uns 6gr de cogumelos secos e experienciei algo no minimo bem perto de desencarnar meu corpo, mas nao sei se cheguei a morrer.
 
Acho que já
 
Conheco pessoalmente um ou dois grandes amigos psiconautas aqui do fórum que já ingeriram doses heróicas, passando a barreira das 20g de cogumelos cultivados secos. A tripp é inexplicável, indescritível.

Mesmo assim, fica a curiosidade em saber o que rola em uma dose maior. Não recomendo para quem ainda não tem muita bagagem, é preciso subir as escadas da consciência pouco a pouco para não se perder.
 
Já cheguei ao ponto de não saber quem eu era!!!

Mas não posso afirmar isso!!!!
 
(cogumelos)Tive momentos de esquecer totalmente que eu tinha um corpo humano,pra mim a única coisa que existia eram dois olhos flutuando...pra mim so o que eu via era o que existia,eu não sabia que eu existia,não sabia se era alguma coisa.

A cerca de um mês e meio atraz eu tive uma expêriencia com Ayahusca,achei que ia morrer não literalmente,mas morrer de verdade.É dificil vc começar a pensar que so tem poucas horas de vida,e ter quase a certeza que esta deixando o mundo e que não vai mas conseguir fazer mas as coisas que vc gosta e de ver as pessoas q vc gosta.Vou parar dde falar o q morrer de verdade significa pra mim pra não ficar um poste emotivo de mas... 8 horas com essa sensação foi dificil pra mim.Não foram so pensamentos de morte,o fisico tbm ja não mas resistia as puxadas de luz que os 3 copos cheios me proporcionaram.

Meu maior prazer foi saber que esse não era meu dia...Essa experiência me deu a capacidade de recomeçar mas uma vez.

Vixe,fiquei balançado aqui. LUZ A TODOS!
 
Morri uma vez só. Foi forte e me recordo bem.

Engraçado é que morri envenenado.
 
eu ja morri, mas eu nunca morro nesta vida.
quem morre sao os outros.
mas eu ja morri, em mim.
mas nesta vida nao.
 
Parece coisa do arnaldo antunes isso.
Curti, morta!:pos:

--

Me lembra quando eu morri num sonho, porque eu morri e não acordei. Fiquei um tempo lá naqueles braços brancos da morte tentando recordar da minha vida, como nos filmes. Só me lembrei da minha queda, que foi lenta, leve e morna.

Depois acordei e suspirei - não sei até hoje se de alívio ou de saudade.
 
se morte significa transformação,morremos o tempo inteiro
eu entendo o samsara como ciclo de morte e nascimento,mas ocorrendo o tempo inteiro na nossa mente
então,logo,morremos varias vezes e nascemos varias vezes
 
esses dias me acelerei no tempo.
vi o cavalo de ferro batendo ao meu lado, acelerado.
ultrapassei-o, um segundo a frente acordei.
tive que espera-lo chegar ate eu pra me mover novamente.
 
Ja ressucitei varias vezes, mas teve varias vezes,
q penssei q chegou minha horar onde não sentia mas,
meu corpo, mas a mente na imençidão profunda como se te vessi
em coma profundo, e acorda no outro dia e penssar estou vivo e
começar a rir da situção, e muito louco essas parada de ressurreição paranormal.

Paz e luz.
 
O cara tá falando da morte do ego, e vocês estão falando de todos os outros tipos de morte.

Duvido que quem toma psicodélicos não tenha passado por isso.
 
Wow to vendo que nao sao poucos os psiconautas q ja chegaram a esse ponto hehe.. Ainda espero por chegar la um dia, mas tudo no seu momento claro...

O cara tá falando da morte do ego, e vocês estão falando de todos os outros tipos de morte.

Duvido que quem toma psicodélicos não tenha passado por isso.

Bom depende PowerToch... eu não saberia te dizer se passei por isso... não é qualquer um que se atreve a chegar lá, uma dose alta como diz o muilok, é uma dose heroica, eu mal passei dos 6 gramas secos, não sei oq q aconteceria aos 20 gramas, mas com certeza não é qualquer um que já experimento psicodélicos q também já experimentaram isso... tem muita gente q toma psicodélicos por muitos anos, mas sempre em doses muito mais baixas...

Existe uma grande diferença entre, loucura e insanidade... eu quando comecei a tomar psicodélicos, eu queria ficar louco... mas a loucura pra mim era só esse nível aonde ainda existem milhões de pensamentos e sensações que estamos interligando constantemente com o mundo exterior, então acho que o estado de insanidade já não existe ou quase não existe essa interligação com o mundo físico, é quase pura introspecção, não é assim?

Alguém poderia descrever algo do que acontece nesse estado insano? realmente não da pra lembrar de nada?

Um abraco a todos.
 
Alguém poderia descrever algo do que acontece nesse estado insano? realmente não da pra lembrar de nada?
minha esposa bebeu 650 ml de shampoo de morango.
depois arrotou bolinhas de sabao de mil cores.
 
E aih insider..
O Castaneda sintetiza mto bem o que acontece nesse estado: ele diz que existe o universo do tonal e do nagual. Na realidade, esses dois mundos existem paralelamente, ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Nós estamos constantemente percebendo os dois planos, só que selecionamos um para nos lembrarmos. Ver o mundo nagual significa enxergar a energia vital que se esconde por trás de tudo. A "percepção nagual" nos permite observar as linhas energéticas da terra, os pontos de maior poder. Através dela, as pessoas são vistas com os ovos luminosos, de aproximadamente dois metros e meio de altura, que constituem os corpos divididos em dois: o lado direito, o tonal, e o lado esquerdo, o nagual.
Tendo em mente essa dicotomia, pode-se dizer que a experiência se divide entre estados de cosncientização normal - onde mantemos a primeira atenção, do lado direito - e estados de elevada conscientização - onde somos possuídos pela segunda atenção do lado esquerdo.
A percepção do nagual, que Castañeda denominava intensidade, se dá num só bloco, constituindo uma massa de detalhes que não podem ser separados, e cria uma verdadeira parede ao redor das experiências. A dificuldade de alcançar a memória da percepção intensa numa base linear impede a lembrança dessa mesma pecepção na realidade ordinária.
Lembrar seria juntar os lados direito e esquerdo englobando duas formas distintas de percepção num todo uno. Reorganizar a intensidade numa sequência linear implicaria, portanto, consolidar a totalidade do eu.
Se for possível reorganizar a intensidade de forma linear, a vida ganhará a duração de milênios, já que na experiência intensa o tempo inexiste. Ela se dá instantaneamente e nós a vivenciamos com o corpo e não com o intelecto.
O nagual está em nós e em todo o universo, podendo ser percebido de diferentes maneiras. Um artifício muito antigo para se chegar a esse tipo de percepção é o uso de enteógenos, talvez a única forma de contato do homem ocidental com seu lado esquerdo.
Através das alterações químicas que produz em nosso organismo, essas substâncias possibilitam a passagem para a segunda atenção, modificando a nossa forma de percepção. Dependendo do tipo, essa passagem se dá com maior ou menor força. As leves - canabis e haxixe - apenas aguçam a nossa percepção do tonal, enquanto que as psicodélicas possibilitam experiências de um outro plano - o plano do nagual.
Os seres humanos são dotados de um poder pessoal - a energia representada na forma dos ovos luminosos, que precisa ser alimentada com mais energia constantemente. As atitudes de cada ser humano, durante toda a sua vida, aumentam ou diminuem esse poder. A fixação exagerada na primeira atenção diminui o poder pessoal, e certamente por isso a maioria dos seres humanos é vazia.
Os feiticeiros são os seres com maior poder pessoal, capazes de lidar com os dois lados da existência, conhecedores da totalidade; em suma, pessoas que conseguem um domínio maior dos diversos aspectos do mundo em sua volta.
Um mundo povoado de seres estranhos, feiticeiros e entidades deconhecidas constitui visão perturbadora para o homem médio civilizado. esses senhores, não muito raramente, costumam soltar brilhantes exclamações do tipo "bobagem, onde já se viu um homem poder voar", depois é claro, de uma minunciosa leitura da obra de Castañeda.
Supondo-se agredidos em sua segurança, esboçam como primeira reação o desprezo. Assim conseguem conservar a sua ordem de mundo, apegando-se à racionalidade sem nem ao menos procurar entender a proposta de Castañeda.
A leitura de sua obra é, no mínimo, proveitosa para um balanço de nossos valores, fazendo com que paremos para pensar em nossas relações com o mundo, ele sugeriu que as explicações racionais talvez não sejam suficientes.
E não se trata de abandonarmos a capacidade de organizar o mundo, que Castañeda por sinal considera assombrosa, através do raciocínio. Trata-se, ao contrário, de abrirmos um leque de possibilidades de percepção diferentes mas tão validas e importantes como o pensamento racional.
O próprio Castañeda alertou par a dificuldade de se ter contato com o nagual: um encontro que depende de muita energia pessoal, a qual só podemos desenvolver com muito trabalho. A realização desse encontro certamente viria modificar por completo nossas vidas, trazendo remédios para angústias antigas e situando-nos muito melhor no universo que nos rodeia. No entanto, levando em conta os obstáculos, seria bom se pelo menos pudéssemos entender que a razão não é uma ordem inerente ao universo, mas simplesmente a maneira que encontramos de organizar o universo caótico da percepção.
 
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