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Um luz sobre esporos

  • Criador do tópico Mauricio
  • Data de início
M

Mauricio

Visitante
Esporos de carimbos antigos são difíceis de germinarem apenas por hidratação.
Vamos procurar técnicas alternativas para viabilizar esses carimbos.
O documento anexo abre uma porta para entender a formação e composição do endósporo. Esses são os que tentamos eliminar nos nossos cultivos.

No documento encontramos:
A composição química dos endósporos:
camadas mais externas: ácido murâmico, lactanas, alaninas
Sugere que precisamos quebrar essa capa

Germinação dos esporos
ativação: física e química

Será que a ativação química se aplica a basidiósporos?

Porém o esporo do Psilocybe Cubensis é um basidiósporo.
Qual a composição da camada externa (capa) desse esporo?
Será quitina como aparece no documento?
Como ativar a germinação?

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Quitinases são hidrolíticas enzimas que quebram as ligações glicosídicas na quitina. Como quitina é um componente das paredes celulares dos fungos e exoesqueléticas elementos de alguns animais (incluindo vermes e artrópodes), quitinases são geralmente encontrados em organismos que, ou necessitam de remodelar seu próprio quitina ou dissolver e digerir a quitina de fungos ou animais.

Função

Como a celulose, a quitina é um biopolímero abundante que é relativamente resistente à degradação. Não é normalmente digerido por animal, embora certos peixes são capazes de digerir a quitina. Atualmente, é assumido que a digestão de quitina por animais requer simbiontes bacterianos e fermentações prolongadas, semelhante à da celulase digestão pelos ruminantes.No entanto, quitinases foram isolados a partir dos estômagos de certos mamíferos, incluindo seres humanos. atividade de quitinase também pode ser detectado em seres humanos de sangue e, possivelmente, a cartilagem. Tal como na planta quitinases este pode estar relacionado com a resistência do patógeno.

O significado clínico

Quitinases humanos podem estar relacionados com alergias e asma tem sido associada a níveis de expressão de quitinase melhoradas.
Quitinases humanos pode explicar a ligação entre algumas das alergias mais comuns ( ácaros da poeira , esporos de mofo - ambos os quais contêm quitina) e vermes ( helmintos ) infecções, como parte de uma versão da hipótese da higiene (vermes têm aparelhos bucais quitinosos para segurar a parede intestinal). Finalmente, a ligação entre as quitinases e ácido salicílico em plantas está bem estabelecida -. ​​Mas existe uma ligação hipotéticas entre o ácido salicílico e alergias nos seres humanos

Presença em alimentos

Quitinase ocorre naturalmente em muitos alimentos comuns.Trata-se de pelo menos uma causa do fenômeno da reação cruzada em látex-fruta síndrome .Bananas, castanhas, abacate, kiwi, mamão e tomate, por exemplo, contêm níveis significativos de quitinase.


Se pusermos um desses alimentos em água quente, por alguns minutos, para ter quitase, esterilizar, esfriar e depois inocular esporos antigos ajudaria a germinar?
 

Anexos

  • esporos II.pdf
    499.1 KB · Visualizações: 33
  • 45_fungos.pdf
    4.8 MB · Visualizações: 52
PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A PRODUÇÃO DE POLÍMEROS DE QUITOSANA COM GRAUS DE ACETILAÇÃO CONTROLADOS

RESUMO
A quitinase (poli (1,4-(N-acetil-beta-D-glicosamina)) glicanohidrolase, EC 3.2.1.14) é uma enzima produzida por uma grande variedade de plantas como mecanismo de defesa contra ataques de insetos e fungos. Essa enzima utiliza quitina como substrato produzindo oligossacarídeos biologicamente ativos de diferentes tamanhos, com aplicações na indústria de alimentos, indústria farmacológica e nos processos de tratamento de água. A quitina (um homopolímero formado por monômeros de N-acetil-D-glucosamina (GlcNAc) ligados entre si por ligações do tipo beta-1,4) é encontrada principalmente no exoesqueleto de artrópodes, em celenterados, nematóides, protozoários e moluscos, e na parede celular de muitos fungos. O objetivo desse trabalho foi purificar a quitinase de uva e utilizá-la para a produção de oligômeros de N-acetilglicosamina. A enzima foi purificada de extrato bruto de uva, que foi tratado com sulfato de amônio a 80% de saturação, o precipitado foi ressuspenso em tampão acetato, submetido à diálise e posteriormente filtrado. A análise da fração purificada por SDS-PAGE 12,5% apresentou duas cadeias peptídicas principais de 24 e 31kDa, que corresponde as duas isoformas da quitinase de uva. A atividade quitinase na preparação foi determinada com o uso do substrato sintético quitina azure, da Sigma. Os ensaios apresentaram que a enzima possui valores ótimos de pH e temperatura de 3,0 e 42°C, respectivamente. A quitinase parcialmente purificada será testada quanto a sua capacidade de hidrolisar quitina cristalina purificada de casca de camarão e uma preparação comercial de quitina de carapaça de caranguejo.




Será que um suco de uva esterilizado 5 minutos em panela de pressão e inoculado com esporos antigos germinaria esses esporos ?
 

Anexos

  • LaidsonGomes.pdf
    316.6 KB · Visualizações: 179
Última edição por um moderador:
Bastante interessante porque eu fiz umas seringas com um carimbo que recebi q nada de germinarem, já fazem duas semanas rsrsrs só que enzimas se desnaturam com calor, pode ser que ao aquecer os suco de uva as enzimas percam sua funcionalidade

Offtopic: nos slides do 45fungos, aquele sanduiche mofado não está contaminado, é uma bolsa plástica com uma mancha verde impressa que é vendida na internet para evitar que engraçadinhos comam seus lanches.
indisp.png
 
CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS

PAREDE CELULAR
A parede celular de um fungo, como a de bactérias, fica do lado imediatamente externo da
membrana limitante do citoplasma e, em algumas leveduras, está envolvida por um
polissacarídeo capsular externo. Contudo, ao contrário das bactérias, cujas paredes celulares
freqüentemente contêm unidades estruturais como se fossem tijolos, as paredes celulares dos
fungos parecem ser entrelaçadas.
Polímeros de hexoses e hexosaminas constituem os elementos estruturais fundamentais da
parede dos fungos. Em muitos bolores e leveduras, a principal macromolécula estrutural da
parede é a quitina, que é constituída de resíduos de N-acetil-glicosamina. Esses são ligados
entre si por ligações β-1,4-glicosídicas, como os resíduos de glicose em celulose, o principal
material da parede celular de plantas superiores.
A quitina também é o principal material estrutural do esqueleto dos crustáceos. Por isso essa
substância representa, em nível molecular, um exemplo interessante de evolução convergente,
em que organismos pouco relacionados desenvolveram, presumivelmente por uma seqüência
evolucionária independente, estruturas semelhantes ou idênticas para servir as necessidades
semelhantes.
Nas leveduras, a extração da parede celular com álcalis, a quente, resulta numa glicana
insolúvel, formada de resíduos de D-glicose ligados em β-1-6 com ramificações ligadas em β-
1,3 surgindo a intervalos freqüentes (a glicana assemelha-se a celulose em sua insolubilidade e
rigidez). Um polissacarídeo solúvel adicional é a manana, um polímero de D-manose ligado em
α-1,6, com ramificações α-1,2 e -1,3). Do mesmo modo que nas bactérias, os polissacarídeos da
parede celular dos fungos são sintetizados de vários nucleotídeos de açúcares (UDP-N-acetilglicosamina, GDP-manose, etc.). A quitina-sintetase está ligada a membrana celular. In vitro, ela
necessita de um iniciador, que deve conter pelo menos seis ou sete resíduos conectados, como
acontece na quitina. Um antibiótico nucleotídico a poloxina D, é um inibidor seletivo da quitinasintetase. Ele inibe a incorporação de 14C-glicosamina na parede celular de Neurospora crassa,
o que resulta num aumento do acúmulo de uridina-difosfato-Nacetil- glicosamina.
As paredes de várias leveduras contém complexos de polissacarídeos com proteínas ricas em
resíduos de cistina e a redução reversível de ligações –S–S– tem sido implicada na formação
de brotos. Em algumas leveduras, lipídeos contendo fósforo e nitrogênio também são
abundantes na parede (até 10% do peso seco).
As paredes celulares dos fungos podem ser digeridas por enzimas contidas nos sucos
digestivos do caracol Helix pomatia. Esses sucos contém mais de 30 atividades enzimáticas
conhecidas, incluindo glucanase, quitanase e mananase. Foram também isoladas, de amostras
de solo, bactérias que produzem enzimas líticas para essas paredes pela aplicação da técnica
de enriquecimento com paredes celulares purificadas, como fonte de carbono. Como nas
bactérias, a digestão das paredes das leveduras e dos bolores em solução hipertônica produz
protoplastos viáveis. Também se produzem protoplastos pelo crescimento em meios que inibem
a síntese da parede celular. Os protoblastos de leveduras são deficientes em algumas das
hidrolases das células intatas, como invertase e β-fructosidase. Essas observações sugerem
que, assim como nas bactérias, as enzimas secretadas estão localizadas no espaço
periplasmático.
 

Anexos

  • Fungos_caracteriscas.pdf
    421.9 KB · Visualizações: 16
Se pusermos um desses alimentos em água quente, por alguns minutos, para ter quitase, esterilizar, esfriar e depois inocular esporos antigos ajudaria a germinar?


Creio que o esporo tem um local específico para germinar em um dos polos, não?

A impressão que dá é que tem uma camada externa menos espessa nesse local de onde germina a hifa.
 
Pessoal vem usando carvão ativado (o comercial de farmácia) pra promover uma melhora na germinação.
Sobre o carvão, eu vinha usando no agar, é dito que ele basicamente retira as toxinas do meio, que dificultam a germinação de esporos velhos, e há indícios fortes de que esporos velhos se estressam mais facilmente no meio.

Muita muita clareza não tenho, mas, na minha opinião, no momento, o que temos de mais concreto é o uso de carvão ativado para esse fim (germinar mais facilmente esporos velhos), juntamente com o uso de Rhodotorula.

Our experiments show the benefit of Rhodotorula not only on spore
germination, but also on the development of young mycelia. Zone E (only
Rhodotorula) has 3 times the percentage of young mycelia as zone C (only
charcoal) and 6 times that zone D (without supplements). The beneficial effect of
the Rhodotorula is higher when activated charcoal is present on the medium.

É um levedo, mas ainda não encontrei para comprar. Motivo pelo que estacionei no carvão ativado. O colega KarapanA, andou usando e gostou dos resultados. Não com finalidade de reanimar esporos velhos mas para melhorar o meio agar.

BlRRAUX & FRIES (1981) consider that during autoclaving, a chemically
unidentified inhibitor is formed in the agar, inhibiting the spore germination in
many ectomycorrhizal fungi; the presence of activated charcoal or pretreatment of
the agar plate with charcoal usually counteracts the effect.

No meu ponto de vista, a chave para um bom carimbo é a maneira como ele é armazenado. Há cultivadores que resgataram carimbos de 3 anos, fazendo somente uma simples seringa (hidratando).

Pra quem se interessa, estudem os PDFs em anexo que se aprofundam no assunto: "germinação de esporos velhos".
 

Anexos

  • activated charcoal.pdf
    700.2 KB · Visualizações: 26
  • activated charcoal1.pdf
    60.1 KB · Visualizações: 21
Última edição por um moderador:
Venho realizando alguns ensaios:
Para germinar esporos antigos, ao inves de preparar CL 5/100 glicose/agua que geralmente desenvolvem contaminacao apos um tempo, melhor raspar esporos em agua, depois de 10 dias hidratando, agitar o potinho, puxar 5 ml numa seringa e despejar noutro potinho esse sim com CL 5/100 glicose/agua.
Esporos antigos ou muito secos demoram mais hidratar, entao estando em CL de glicose, qualquer contaminante desenvolve primeiro. Consegui germinar alguns carimbos.
 
Venho realizando alguns ensaios:
Para germinar esporos antigos, ao inves de preparar CL 5/100 glicose/agua que geralmente desenvolvem contaminacao apos um tempo, melhor raspar esporos em agua, depois de 10 dias hidratando, agitar o potinho, puxar 5 ml numa seringa e despejar noutro potinho esse sim com CL 5/100 glicose/agua.
Esporos antigos ou muito secos demoram mais hidratar, entao estando em CL de glicose, qualquer contaminante desenvolve primeiro. Consegui germinar alguns carimbos.
Eu venho fazendo esse mesmo procedimento camarada, e tenho tido resultados satisfatórios!
Estou hidratando os esporos por cerca de 14 dias em temperatura ambiente e no escuro, somente depois desse periodo, repasso esses esporos a cultura liquida (2/100, glicose-agua) .Estou conseguindo germinar esporos bem antigos com essa técnica.
 
Pessoal vem usando carvão ativado (o comercial de farmácia) pra promover uma melhora na germinação.
Sobre o carvão, eu vinha usando no agar, é dito que ele basicamente retira as toxinas do meio, que dificultam a germinação de esporos velhos, e há indícios fortes de que esporos velhos se estressam mais facilmente no meio.

Muita muita clareza não tenho, mas, na minha opinião, no momento, o que temos de mais concreto é o uso de carvão ativado para esse fim (germinar mais facilmente esporos velhos), juntamente com o uso de Rhodotorula.

Você tem mais detalhes sobre o uso de carvão ativado ?
Pode ser usado no preparo de seringa ?
Qual o percentual para uma seringa de 20 ml ?
Quanto tempo a seringa esporos/carvão deve ficar hidratando ?
Inocula esporos/carvão no substrato ou filtra o carvão ?
 
Gostei desse tópico, na minha opinião não deveríamos chamar de "esporo velho", acredito que seja melhor chamar de "esporo em latência".
Certamente há métodos para retirá-los da latência que é uma forma de defesa do organismo. Qual é a época do ano em que os cubensis mais se desenvolvem? O que acontece com o clima nessa época? Acho que essas duas perguntas devem ser a chave para a solução.
 
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