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Será o fim do umidificador ultrassônico?

Supernaut

Cogumelo maduro
Cadastrado
23/03/2006
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Sou iniciante no cultivo,porem apos 2 tentativas frustradas(devido a inexperiencia e very very poorman terrarium´s) decidi investir um pouco e dessa vez comprei uma bomba de ar, termostato e termohigrometro,porem a bomba de ar foi ligada com uma mangueira conectada a uma pedra porosa de forma conica que o vendedor me mostrou por acaso e resolvi testar ela faz com que o ar passe por seus poros resultando na formação de microbolhas dentro do recipiente com agua, ela se mostrou eficiente até demais(isso com bomba em low) em prover a umidade necessária após menos de poucos minutos a umidade ia pra casa do caralho 100% e ficava tudo suado tanto que tive que restringir a boca do recipiente com agua.Será que este é o fim do umidificador ultrassônico caro que é o cão? sendo que gastei R$30,00na bomba com duas velocidades e mais 5 na pedra porosa e mangueira. Acho que nem tem porque de ter argila expandida ou perlita no fundo não é?
 
Acho que cada caso é um caso.

Já observei setups assim, e no caso a umidade não foi suficiente. Outras vezes vi aqui no fórum relatos de grande sucesso com esse setup, inclusive o seu.

Não sei se a umidade relativa do ambiente de fato influi muito na umidade interna do terrário, ou se o próprio tamanho do terrário influi numa umidificação suficiente, mas sei que em algumas situações o poorman's não funciona tão bem.

O umidificador não serve só para se ter uma umidificação controlada, serve tb para os preguiçosos não se preocuparem muito com o terrário. :p: A autonomia e a limpeza são maiores, na minha opinião.
 
Já usei as três formas de prover umidade aos bolos ou casing no terrário.

A bomba, com pedra porosa no recipiente com água, lança muitas gotículas
que saturam rapidamente o ambiente deixando tudo molhado e com a falsa impressão de que umidificou na verdade molhou tudo.

O ultrasonico produz uma névoa mais fina, melhor aproveitada pelos bolos.
Mas sem um controle de tempo deixa tudo molhado também.

A perlita é a mais eficaz dos três. Ela provém a umidade necessária, funcionando como um tampão, mantendo a umidade num nível estável.
Você coloca perlita no terrário e não se preocupa em ligar ou desligar, com está muito ou pouco úmido. A umidade é mantida e controlada sem intervenção externa.
 
A perlita tbm não é solução ideal pq é um pouco mais complicado de conseguir acertar o "ponto" de umidade.

Outro argumento a favor é q muitos ultrassônicos tem um filtro na entrada de ar do compressor, leia isso como "injeção de ar limpo e úmido no terrário", não é infinito, mas os primeiros anos tem garantia.

Muito certamente a melhor técnica vai ser o q funcionar melhor para vc...
 
Fala Cygnus X 1

Uma pergunta, talvez cabe aqui.

É possivel, ou como fazer, uma entrada de ar isenta de microorganismos ?

Utilizo um cooler fazendo a exaustão de ar.
A entrada se faz por orifícios protegidos com 4 camadas de manta acrilon.
Um produto sintético usado como foro em edredom.
Mesmo assim após 2 flush os casing contaminaram a partir da superfície.
Acredito que os microorganismos vieram com a corrente de ar.
 
E também:

Como refrigerar o terrário (baixar a temperatura no interior do terrário).

Sem ter que colocar vasilhas com gelo no interior.
Isso porque abrir e fechar para as trocas exporiam os bolos e casing.

Quando ligo o exaustor, coloco a mão na saída, e sinto o ar quente saindo.
Calculo que esteja acima de 33º C

Improvissei panos sobre a tampa enxargados com água gelada.
Alguma sugestão mais eficiente ?

Obrigado
 
Sim é possível fazer uma entrada de ar livre de microorganismos, um pré-filtro bem grosso depois na sequência um filtro HEPA 90% ou 99%, são caros, talvez seja melhor usá-los pra fazer uma capela laminar ou glovebox.

Sem esses aparatos fica muito difícil. Nem sei se é realmente necessário, o cultivo PF é para ser bem rápido, não devem existir esperanças muito grandes quanto ao tempo de vida dos bolinhos, o esquema é fazê-los e tirar dois bons flushes, o resto vem de brinde. Os microorganismos não vem do ar, eles estão em TUDO, é inevitável. A imunidade do fungo é sua aliada, na grande parte das vezes. Sabe-se q o cubensis gosta de bastante oxigênio, isso quer dizer q ele respira muito, então vc precisa reciclar o ar conforme ponto ótimo (número de vezes por hora : checar stamets), quando tem pouco O2 ou muito CO2 ele fica estagnado, o ambiente fica quente, a umidade relativa aumenta e por fim proliferam os contaminantes; não quer dizer exatamente q esses ultimos gostam do ambiente quente, úmido e CO2, muito pelo contrário; o q eles realmente gostam são de fungos com imunodeficiência, tendo isso eles conseguem se proliferar melhor do q os hospedeiros nas condições referidas. No caso de uma PFtek simples é comum ter contaminantes por causa dessa condição fraca na troca de ar dos terrários pequenos. Isso é um problema razoável, mas se vc fizer rapidamente a frutificação os contaminantes não pesam muito na produtividade final. Essa associação entre entrada de ar no terrário e contaminar mais rápido não é tão precisa assim, vc injeta O2 mas perde umidade q tbm influi na imunidade do fungo dependendo do momento do seu ciclo de vida. Nesse sentido a técnica ideal seria um umidificador com entrada de ar filtrada fluindo pra dentro do terrário conforme especificações (como é utilizado por produtores profissionais, ver stamets).

A melhor forma de refrigerar o terrário é pela ciclagem do ar, se vc está usando exaustor tem q considerar mais ou menos o volume e formato do terrário para fazer uma entrada de ar em um lugar estratégico, do tamanho preciso e considerando q o filtro da entrada e do exaustor vão diminuir um pouco a eficiência para q o exaustor realmente funcione, se não estiver funcionando entre uma faixa razoável de precisão ele não vai ciclar o ar direito e tbm vai ter o problema do próprio exaustor jogando ar pra dentro, o cálculo exato é complicado, precisa de informações como a potência do exaustor, mas não é impossível. Fora isso as medidas do tipo potes com gelo são muito ineficientes, pra funcionarem adequadamente teriam q ser trocadas 2 vezes por dia e tem q ter uma quantidade razoável de gelo.

Se vc tá com problemas permanentes de temperatura, busque linhagens q gostam de calor como a Equador ou South American PES, não sei se gostam de calor, mas são mais tolerantes e mais eficientes q outras linhagens.
 
Já que foi falado no problema da contaminação fiquei preocupado, queria saber se é indicado colocar kiboa(pode prejudicar o crescimento dos cogus mesmo que seja 0.5ml para uns 400ml de agua?) ou água oxigenada(será que é eficaz?) no lugar da agua que fica o borbulhador? E como é este tal filtro hepa? quanto custa? estou pensando em envolver a bomba com ele por fora de um cubo de arame e a bomba dentro, de modo que ofereça grande área e não ofereça muita resistencia para a bomba.Agradeço pela ajuda!
 
Se for comprar filtro HEPA faça o que o Cygnus falou: monte uma câmara de fluxo lâminar (tem alguns projetos na net para montar uma) ou então compre logo uma profissional por R$10.000,00 :p: . O HEPA filtra partículas de 0.3 microns.

Um filtro HEPA de 60x40cm tá saindo por cerca de R$500,00.

Pra quem tem dinheiro sobrando rola de fazer um esquema para o terrário, mas eu acho exagero e um desperdício para quem tem o orçamento apertado.
 
Supernaut,me interessei pelo seu método de terrário,mas naum entendii direito, que recipiente com água é esse? É água no fundo do próprio terrário, ou em um recipiente dentro do terrário?Outra coisa,quanto foi o termohigrômetro e termostato?Onde comprou?
 
Usar Kiboa não é uma boa idéia pq o cloro evapora e o fungo respira, portanto vc pode esperar um enfraquecimento do último.
 
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