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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Relato de experiências passadas e expectativa com o uso de enteógenos

Foi importante ler o teu relato! Mesmo propósito! Não confio na medicina convencional pra tratar problemas da mente.
Quanto as doses maiores seria isso. Eu tive muita mudança com doses até 2 gramas, pouco menos. Compreendi muita coisa mas percebo que a mudança interna permanente tem seu tempo. Decidi já fazer uso de doses maiores mas ainda não fiz. Ia fazer neste final de semana que passou mas acabei decidindo por não fazer. Fiquei um dia sem e depois permaneci nas microdoses.

Tenho nesses últimos dias, desde meu último relato feito uso dessas microdoses sem pesar pois não adquiri a balança ainda. Acredito que deva estar usando de forma correta essas doses pequenas pois sinto um leve bem estar sem me impossibilitar de fazer as atividades do dia a dia e me abalo menos com os problemas. Senti um aumento da minha disposição e que o efeito se prolonga por um dia mais. Me sinto mais calma também e com mais boa vontade.

Já senti que é hora de encarar uma dose maior. Estou esperando o momento certo mas não sei se poderei fazer acompanhada.

Obrigada! ^_^


Meu conselho é, se possível, ter alguém acompanhando, mas se não der, que pelo menos você tenha alguém para entrar em contato caso sinta necessidade (por telefone, whatsapp...), mas só para você ficar mais calma mesmo, talvez te desse mais segurança. Mas como vc já tomou algumas vezes não acho que seja imprescindível (até pq às vezes acontece de a pessoa que está te acompanhando de alguma forma interferir na sua viagem, mesmo sem ter a intenção).
 
Olá <3

Vim deixar o meu relato.

Decidi escrever hoje porque pode ser que esqueça depois.

Decidi então comer 2 gramas de cogumelo seco. Só tinha uma vez feito uso de 2 gramas que foi quando usei da primeira vez. Estava receosa por causa do ambiente e por estar sozinha. Queria entendimento, clareza pra algumas coisas que tem me acontecido, mas não estava focando em nada específico, me entreguei e confiei. Aceitei que estava escolhendo essa experiência e deixei o cogumelo agir.

Onde moro tem muito barulho da vizinhança e tinha receio que isso fosse atrapalhar, mas foi especial, conseguia separar os barulhos externos e ficar em paz com isso. Decidi fechar as janelas pra ter mais privacidade, caso eu quisesse me locomover para os outros cômodos e não ficar tensa com janela aberta.

Desta vez tive menos visuais que das primeiras vezes e da outra vez que fiz uso da mesma dosagem. Houve visuais mas de forma bem mais branda. Talvez eu já tenha criado uma certa resistência?

Senti como se tivesse algo ou alguém me guiando. Não sei se era eu de uma forma mais consciente e esclarecida mas não parecia ser. Senti como se fosse alguém me puxando, me cobrando, me mostrando como agir, como sentir. Senti uma gratidão enorme. Agradeci diversas vezes por estar sentindo tanta clareza, tanto amor, tanta paz. Por ter esta oportunidade.

Me senti em completa paz. Desta vez senti paz do começo ao fim, nada atrapalhou, algo como se fosse o nirvana que tanto se fala. Eu estava sentada em um momento na posição de lótus, havia um pouco de luz entrando pelas frestas da janela, coloquei incenso antes de começar, me cerquei de plantas, estava muito bonito o ambiente visualmente e com coisas que me faziam bem. Coloquei esta música, que normalmente coloco
View: https://www.youtube.com/watch?v=NTH3QiPVaH4
. Neste momento escutava muitos pássaros, é como se eu estivesse em um mundo dos sonhos. A paz estava na minha mente. Som de vento, pássaros, folhas, natureza e paz.

Me senti como se fosse uma planta. Me movimentava como uma planta, de forma lenta, é como se dançasse. meu cabelo caía como se fossem folhas e flores pendentes, nada forçado por mim. Meu corpo se movimentava como um alongamento, uma dança. Sinto dor em algumas partes do corpo e é como se estivesse alongando essas partes. Mas é literalmente como se eu tivesse incorporado como planta. Me falta palavras pra explicar. É como se fosse eu e esse outro ser dentro de mim e esse outro ser era uma planta. Mas é como se estivesse me mostrando que somos iguais, viemos do mesmo lugar.

E isso foi muito bom. Me senti muito bem. Foi literalmente um exercício. Pois fiquei de pé me movimentando na maior parte do tempo. E me senti exausta depois.

Se eu conseguir descrever de forma melhor ou lembrar de algo posteriormente volto aqui pra contar.

Mas basicamente a experiência durou umas 5 horas. No fim fui sentindo uma paz enorme, uma calma, uma confiança incrível. O que eu entendi, *senti*, foi que temos que ir puxando nosso caráter, nos cobrando pra evoluir como civilização, pra chegar em patamares mais altos. Algo assim. Daí não sei se estava me condicionando a esse entendimento ou não mas é o que senti. Temos que ir nos moldando, mudança interna. Entendi que é bem exigente pra que essa mudança ocorra, porque tem que ser compreendida na raiz. Tem que ser realmente entendida e sentida pra haver a mudança e ser vivenciada de forma automática. Temos a teoria, um vislumbre mas pra haver a mudança ela deve ser compreendida, sentida, daí aquela *virtude* se torna mais clara e fácil de assimilar e colocar em prática.

Mas é isso. Senti que essa *cobrança* me deu paz. Me mostrou como lidar com o sentimento de injustiça. Basicamente não tem o que fazer a não ser procurar manter a paz. O externo vai sempre estar em conflito, dores, tragédia, injustiças de diversas formas. Então não tem o que fazer, isso existe e vai continuar acontecendo. O negócio é aprender a encontrar a paz interna pra lidar da melhor forma com esse externo em constante conflito e tentar se moldar pra poder ajudar o todo da melhor forma e assim merecer a paz. Entendi que temos que perdoar nossa história... abraçar a história e entrar em paz com ela.

Foi isso...

Depois me deu vontade de comer. Comi frutas, verdura, sopa, chocolate e café que é minha droga desde os 11 anos de idade :coffee: Foi um presente me alimentar e tomar o café. Me senti muito bem.

Pretendo deixar um tempo pra assimilar bem essa experiência. Quando e se sentir que há necessidade de uma nova experiência vejo como farei, se doses mais altas. Mas senti que 2g foi bastante forte. E tive calma e tranquilidade pra levar bem o processo. Sei que não é sempre assim e nem sempre é tão *suave*.

Quanto as microdoses estava fazendo uso anteriormente mas parei por uma semana, pouco menos. Senti que ajudou em uns dias, ajudou principalmente na minha disposição e isso foi bem importante pras tarefas do dia a dia, mas me deixou bastante sensível e emotiva, então não sei se irei continuar com elas. Vamos ver.

:coffee::feliz:
 
Um relato que me faz até esquecer porque enrolo pra próxima viagem. Me faz ter vontade de retornar logo aos cogumelos e tudo de bom que podem me proporcionar em termos de paz interior. Enche de esperança e faz ressaltar como também pode vir tranquilo o beneficio dos meninos santos. Obrigado.

Desta vez tive menos visuais que das primeiras vezes e da outra vez que fiz uso da mesma dosagem. Houve visuais mas de forma bem mais branda. Talvez eu já tenha criado uma certa resistência?

Não é isso. Primeiro, cada experiência varia de uma pra outra. Segundo, acredito que quando usamos os cogumelos com funções elevadas os efeitos vão gradualmente se focando naquilo que almejamos, e aos poucos os visuais perdem espaço para as reflexões - mas sem haver supressão. É aquilo, não dá pra impor um caminho logo de começo, melhor deixar rolar, porque não controlamos o rio, mas devagar aprendemos a seguir melhor certas opções para inclinar o barquinho, mesmo sem notar.


Onde moro tem muito barulho da vizinhança e tinha receio que isso fosse atrapalhar, mas foi especial, conseguia separar os barulhos externos e ficar em paz com isso.

Que coisa boa. Me fez lembrar que nas primeiras ondas eu aprendi a absorver a energia da cidade, suas baixas vibrações e conviver com este âmbito e praticar alguma caridade ou apenas me fortalecer. Depois quando passei a botar som, aos poucos passei a evitar a influência da cidade durante os efeitos, exceto quando tive Êxtase em Respirar.

Talvez seja hora de tentar reavaliar a energia da cidade, não mais em contato tenso com energias baixas, mas sim buscando o lado bom que possa haver. Ou tentar apenas me desligar la de fora, como você fez, e aumentar meu foco interior.

Senti que essa *cobrança* me deu paz. Me mostrou como lidar com o sentimento de injustiça. Basicamente não tem o que fazer a não ser procurar manter a paz. O externo vai sempre estar em conflito, dores, tragédia, injustiças de diversas formas. Então não tem o que fazer, isso existe e vai continuar acontecendo. O negócio é aprender a encontrar a paz interna pra lidar da melhor forma com esse externo em constante conflito e tentar se moldar pra poder ajudar o todo da melhor forma e assim merecer a paz. Entendi que temos que perdoar nossa história... abraçar a história e entrar em paz com ela.

A paz interior, única felicidade realmente possível neste mundo, a capacidade de não se abalar com os revezes da vida. :anjo:

Isso que você diz no fim dos parágrafos é um dos maiores poderes dos cogumelos. Quando pensamos em algo traumático que vem a tona na viagem, dependendo do momento, são refeitas as sinapses da dor e mágoa, permitindo ao espírito a escolha da superação até então restrita pela matéria. É um dos efeitos "6 anos de psicoterapia em 6 horas", que eu senti em especial superando mágoas da minha criação (xp 18).

café que é minha droga desde os 11 anos de idade :coffee:

:LOL:

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E é isso. Parabéns pela experiência e pelo relato. :)
 
Obrigada! Exatamente isso. Ele *tratou* exatamente do que precisava tratar em mim e isso me deu paz. É como se me mostrasse a linha de pensamento pra superar o sentimento de injustiça. Foi um vislumbre de como agir.

Tem um fato interessante que hoje de manhã percebi e acho bem importante citar aqui. Fazia dias que eu estava com determinada dor. Dias e era bem desconfortável e eu já estava pronta pra ir no médico. Pois bem. Desde a experiência de ontem não tive mais. Essa dor vinha principalmente de noite e estava super incômoda. Ontem pela primeira vez em dias não tive. O motivo não sei, mas parou. Desconfio que aqueles alongamentos e torções do corpo eram pra isso. Eu identificava lugares no corpo que estava com algum problema e alguma dor e parecia que o corpo trabalhava nisso. Acredito que fiquei horas nesse processo, não sei dizer pois não estava ciente do tempo, eram movimentos super lentos mas me sentia bem fazendo eles. Só sei que a dor passou por enquanto :feliz:

Quanto a cidade a falta de privacidade e barulhos externos já me atrapalharam. Pois se você quiser chorar muito acaba todo mundo escutando e você não pode controlar naquele momento isso. Mas ontem quando me dava vontade de chorar, momentos em que eu sentia o que era uma enorme gratidão, queria chorar, era um choro de agradecimento, de perceber finalmente algo, e é como se me instruíssem, "relaxa, respira, tenta ficar estável, pro sentimento bom e pro ruim, pra ter mais equilíbrio...". Então eu respirava fundo e conseguia manter o foco em vez de entrar na emoção muito forte.

Então acabei não chorando tanto como de outras vezes que vinha um choro bom, mas era um choro. Foi super importante conseguir lidar com esses barulhos externos, foi o que determinou a experiência bem sucedida eu acho. Mas também acho que ela focou exatamente nisso. Era pra ensinar parece. Acho que é o que fazem na meditação, não?

Me sinto muito bem. Penso que tenho que dar esse tempo agora. Mas é incrível a ausência da dor que eu sentia antes. Não tenho nem palavras, só a agradecer pelo cogumelo e seja o que for que me ajudou nisso.:feliz::coffee:
 
interessante que conforme os shrooms vão se tornando mais populares comece a pipocar relatos como esse e seilah a descrição dos sintomas lembra um pouco da minha tia que morreu com esquizofrenia
achei que valia a pena compartilhar

Eu só acho que a gente tem que tomar cuidado com essas pessoas que ficam se diagnosticando. Se para um profissional da saúde já é difícil dar um diagnóstico, muito menos um leigo vai saber fazer isso bem. O problema é que se cria depois o estigma e saem por aí falando que microdoses podem levar à esquizofrenia, quando tudo que se tem é um relato de um adolescente que nem se quer foi a uma consulta com um psicólogo ainda.
 
Concordo, mas se for pensar todos benefícios que relatam no nosso forum também são anedóticos e nem por isso se sai falando que eles são inúteis

Bom lembrar que adolescentes tem o cérebro ainda em desenvolvimento onde o risco é muito maior

Aposto que uma pesquisa no Google deve mostrar pelo menos alguns estudos de caso relacionando psicodélicos com problemas psiquiátricos em adolescentes
 
Última edição:
Se alguém vier neste forum dizendo o que o cara do reddit disse, podes ter certeza que vou responder com longos textos criticando a atitude dele.

Uma coisa são anedotas de como microdoses estão ajudando a lidar com ansiedade, etc, que são coisas subjetivas e apenas o próprio indivíduo pode descrever, mas falar que desenvolveu um quadro esquizofrênico, que é um diagnóstico médico que apenas um especialista pode dar, e mesmo assim com muita dificuldade, e que isso foi por conta da psilocibina (ainda mais quando ele tomou várias outras drogas ao mesmo tempo), aí acho bem problemático.
 
bom, só postei esse relato aleatório pra mostrar que são bem comuns de se ver, eu não fico "procurando" casos pra afirmar um argumento lol

mas também ja li sim outros de quem tinha sido diagnosticado por médico(no bluelight IIRC)

não acho que esse post do reddit de ontem seja um caso de full blown schizo porém todo experimento é válido e as observações dele são interessantes

se mais gente tivesse auto-consciencia poderia se evitar varias doenças, pois médico receitando paracetamol pra herpes não falta, ainda mais no huezil

é uma profissão que logo vai ser substituída por AI's como 99% das outras
 
Bom dia

bom, só postei esse relato aleatório pra mostrar que são bem comuns de se ver, eu não fico "procurando" casos pra afirmar um argumento lol

mas também ja li sim outros de quem tinha sido diagnosticado por médico(no bluelight IIRC)

não acho que esse post do reddit de ontem seja um caso de full blown schizo porém todo experimento é válido e as observações dele são interessantes

se mais gente tivesse auto-consciencia poderia se evitar varias doenças, pois médico receitando paracetamol pra herpes não falta, ainda mais no huezil

é uma profissão que logo vai ser substituída por AI's como 99% das outras


Agradeço pela preocupação. Temos que tomar cuidado com nossos corpos e mente, fazer uma auto análise, concordo. Mas acho que aqui tem que tomar cuidado realmente porque pode apenas facilitar que a pessoa fique paranoia com algo sem necessidade. Se essa preocupação veio porque citei anteriormente que escutei barulhos sob o uso do cogu e achei que fosse alguém, isso não significa doença alguma. Estava sob efeito, tinha pouco conhecimento e experiência e o barulho que os vizinhos de cima faziam arrastando móvel ou com pé teve esse efeito. Naquele momento eu estava em uma "bad", escutando com muito mais nitidez todos os barulhos, como bem sabemos que é assim quando estamos sob efeito, e não soube diferenciar e entender o que era. Hoje já sei. Tanto que na minha última experiência citei que consegui separar o barulho externo da experiência e isso fez toda diferença pra mim. Realmente fazer uso do cogu na cidade é complicado, acho que dificulta bastante, mas não é impossível. Tem que aprender a lidar com isso e tentar ficar calma.

Acho importante que colocam essa questão na mesa, pra cuidarmos e ficarmos atentos. E é importante pra quem chega. Mas novamente, tomem cuidado, pois isso pode gerar paranoia e desestimular também.
Acho que o cogu pode ajudar muito, talvez não seja necessário tanto o uso dele a medida que a pessoa for melhorando. Sinto cada vez menos vontade de fazer uso seguido como quando iniciei. Sempre foi com o propósito de crescimento, de me sentir melhor e ser melhor. Não uso com outra finalidade. E acho que nesse sentido ajuda.
Então tem que cuidar não deixar o pessoal noiado com essa doença. A própria pessoa sabe. Esse relato do link que tu citou eu achei fraquinho. A pessoa teve aquela experiência mas falta coisa ali.
De qualquer forma, novamente agradeço pela preocupação.

Essa questão fez eu refletir sobre outras coisas que inclusive vou voltar a pesquisar aqui no fórum ver se tem relatos a respeito. Que é a mediunidade. E caso ela exista, como quem tem essa sensibilidade pode ser confundido ou confundir isso com uma doença qualquer... e no fim isso acabar atrapalhando esse processo pra quem tem esse "algo a mais", esse "sentido a mais"... foi o questionamento que me veio com esse tipo de relato. Talvez nem doença seja.

Bom, sabemos o que sabemos, certo? Temos conhecimento até onde nos é permitido dentro da nossa visão, sentidos. O cachorro não fala, não sabe que pode pedir um pedaço de presunto. Ele se comunica e pede na medida que consegue, mas não fala e nem sabe que a fala existe ou tem consciência da existência da fala. Isso não tira o fato de que nós, seres humanos, na sua grande maioria, temos esse instrumento que é a fala. Independente do cachorro não ter consciência da fala e não poder falar, isso não tira o fato real de que nós podemos falar. Para nós isso é real.

O que quero dizer com isso é que não sabemos ou temos conhecimento do que mais é possível e permitido no universo. Sabemos o que sabemos. Isso não impede que existam coisas "a mais" que são ignoradas por nós e que estão fora do nosso alcance como **espécie**. Simplesmente não sabemos, não temos acesso. E de repente dentro das leis do universo simplesmente não é para sabermos ainda. Talvez estamos aqui ainda apenas para enfrentar problemas dia após dia e aprender a lidar com eles. E é esse o nosso lugar e papel dentro desse contexto maior, seja lá qual for ele.
E dessa forma, pode ser mesmo que existam muitas coisas que simplesmente ignoramos e será assim. E **talvez**, os cogus podem até nos dar um vislumbre desse algo a mais. Disso não sabemos. Mas sabemos que ele muda sim nossa percepção e muito.

Eu sou uma pessoa que não acredita assim tão fácil em qualquer coisa. Por isso o cogu chegou na minha vida talvez, porque fé eu não tinha, havia perdido. E ainda tenho muitas dúvidas. Rótulos nos limitam bastante, mas eu seria o que chamam de agnóstica. Só acredito se ver. Não considero que as visões com o cogu provem algo mas também não descarto essa possibilidade. Uma das lições que tive com isso foi que tenho que ter a mente mais aberta, e que isso leva ao conhecimento e sabedoria e ajuda de forma prática.

Nesse sentido, pode existir pessoas que vêem coisas.

Quanto a mediunidade, existe esse conceito e há pessoas que relatam casos e experiências referentes a isso. Sem uso de substâncias, ter essa visão a mais. Agora, se isso é verdade ou não, não sei. Mas o próprio cogu me trouxe esse entendimento que pode haver mais e muito mais. E sendo assim, será mesmo que não existe a possibilidade de desenvolver essa habilidade de forma natural? E esse questionamento me veio com o fato de citarem tanto a esquizofrenia. Na verdade essa *doença* foi definida como tal, uma doença ocidental. Li uma vez, não lembro se alguma tribo, que via os que chamamos de doentes mentais na verdade como pessoas com essa sensibilidade maior e tratavam essa questão de outra forma. Tentando beneficiar o grupo com essa visão diferente do outro, o acolhendo e não tentando *apagar a doença* ou o problema, pois não seria visto como tal. Apenas somos condicionados a ver tudo que foge do *normal* (imposto socialmente por uma minoria), com a necessidade de corrigir e como um problema. Sendo que pode não ser um. Nesse caso, talvez a mediunidade exista e deve ser acolhida e analisada. Não descartar nenhuma hipótese e não dar tudo como doença e descartar ou querer corrigir e apagar.

Quis trazer essa reflexão. E lembrar que o cogu pode ajudar pessoas com depressão. E que essas pessoas são bem sensíveis. No momento que se coloca mais nóia e preocupações pra elas, pode somente atrapalhar. De repente o caminho é realmente fazer essas pessoas se auto analisarem em vez de dar o susto e cortar pela raiz a ajuda que o cogu ou qualquer experiência possa trazer. Acho mais válido sugerir auto análise, tempo do tratamento com cogu. Mas a própria pessoa saberá o que fazer. Eu tive esse entendimento, mas talvez uma pessoa mais jovem ou com um contexto de vida mais problemático não vá ter. Talvez nesses casos o uso de forma recreativa não seja recomendado e deva ser levado mais a sério, assim como tudo na vida.


Com relação a tratamento médico... Os que diferem são os que tem por si só uma mente mais aberta e mais sensibilidade de forma geral, além do conhecimento da medicina tradicional, que eu acho tão manipulada que dá até um desânimo de tratar qualquer doença dentro desse molde e na forma que esse sistema está funcionando.

Por isso acho que talvez tenhamos que encarar as *doenças* de outra forma e a própria morte também. Em alguns casos simplesmente aceitar e acolher, e não correr contra a corrente e onde ela quer nos levar. Mas isso é uma reflexão minha e não estou dizendo que doenças não devem ser tratadas mas talvez vistas de outra forma.

Eu só acho que a gente tem que tomar cuidado com essas pessoas que ficam se diagnosticando. Se para um profissional da saúde já é difícil dar um diagnóstico, muito menos um leigo vai saber fazer isso bem. O problema é que se cria depois o estigma e saem por aí falando que microdoses podem levar à esquizofrenia, quando tudo que se tem é um relato de um adolescente que nem se quer foi a uma consulta com um psicólogo ainda.

Também acho.:coffee:
 
Última edição:
"bad trip" é uma definição meio dualista, como se a pessoa vivesse num mundo bi-dimensional e não tivesse controle da mente, a verdade é que vc é responsavel por como se sente em relação ao mundo externo, começa na mente sim mas sua interação/atitude frente aos bad feelings é o que vai determinar o rumo da "bad trip"

Eu acho q psicodélicos não são feitos pra pessoas fracas, isso de evitar um assunto pra não magoar o miguxo é papo de maconheiro e só atrasa as coisas IMHO

Creio que isso não me torne menos sensivel aos efeitos, pelo contrário

sobre mediunidade eu acredito sim, tenho um amigo que foi em rituais de Ayahuasca que por coincidencia é médico, e os relatos de telepatia/mediunidade durante o ritual são bem intrigantes

Abs.
 
"bad trip" é uma definição meio dualista, como se a pessoa vivesse num mundo bi-dimensional e não tivesse controle da mente, a verdade é que vc é responsavel por como se sente em relação ao mundo externo, começa na mente sim mas sua interação/atitude frente aos bad feelings é o que vai determinar o rumo da "bad trip"

Eu acho q psicodélicos não são feitos pra pessoas fracas, isso de evitar um assunto pra não magoar o miguxo é papo de maconheiro e só atrasa as coisas IMHO

Creio que isso não me torne menos sensivel aos efeitos, pelo contrário

sobre mediunidade eu acredito sim, tenho um amigo que foi em rituais de Ayahuasca que por coincidencia é médico, e os relatos de telepatia/mediunidade durante o ritual são bem intrigantes

Abs.

Quanto a bad trip também vejo dessa forma, por isso coloquei entre aspas...

Não compartilho da ideia de que existem pessoas fortes e fracas. E muito menos definir pra quem é feito o uso de psicodélico.

Quanto a magoar não citei essa palavra. Você entendeu assim.

Sobre a mediunidade, falei sobre quem diz ter essa sensibilidade sem uso de substâncias. Mas sem descartar essa possibilidade, só que também não apenas ela.
 
Você tem controle da sua mente?
se alguem me falar que tomei uma droga que pode causar esquizofrenia eu não vou surtar, assumi os riscos quando decidí usar, isso é ter controle da mente??

agora se essa info fosse omitida de mim e fosse pego de surpresa ai sim seria uma droga
 
se alguem me falar que tomei uma droga que pode causar esquizofrenia eu não vou surtar, assumi os riscos quando decidí usar, isso é ter controle da mente??


Não vi bem a relação entre "eu não vou surtar" e "assumi os riscos".

De qualquer forma, mesmo que você se garanta nas doses de cogumelos que costuma tomar, não creio que isso seja ter controle da mente.

Você pode mudar de humor conforme queira, por exemplo?
 
obrigado denada

Acho até que você está perdendo tempo cultivando cogumelos, se controla tão bem assim a mente.
E qual a relação entre "controlar" a mente e cultivar cogumelos?

o que eu disse é que podemos controlar como nos sentimos em relação ao mundo externo, que não devemos ser escravos de premissas e nos vitimizar

o que vc parece entender do que eu disse é que eu sou o oráculo do matrix
 
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