- 02/05/2012
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Boa existência, caros seres humanos, extraterrenos, extradimensionais e seres de luz!
Ontem eu estava em um super banho purificador e inspirador, e ao contrário dos meus ancestrais símios, eu não estava chapado, sendo únicamento regulado pelos meus convencionais neurotransmissores endógenos velhos de guerra. Então me surge a idéia: porque os P. cubensis morrem?
No decorrer dos meus cultivos, todos bulk, todas as vezes lá pelo quinto ou sexto flush o micélio contaminou com o peralta duende verde (Trichoderma harzianum), ou algum parecido, mas isso é irrelevante. Será que se não houvesse contaminante os flushes continuariam até os nutrientes acabarem? E se mais nutrientes fossem adicionados, de forma estéril?
Essa pegunta permaneceu até o fim do banho, e quando sai, lembrei de como estava frio, e numa iluminação me lembrei dos Amanitas. Perto da minha casa tem um lago cercado de pinheiros, e é infalível, todo inverno no pé de uma determinada árvore a chapéuzinho vermelho está lá. Geralmente, consigo contar até uns 8, e apesar de nunca ter experimentado, sempre vou lá fotografar esta maravilha da natureza. O que isso tem a ver com a pergunta original?! Ora, os Amanitas não morrem! Enquanto as condições forem favoráveis, os chapeludos aparecem, depois que começa a esquentar eles somem, mas o micélio continua lá, enterrado e fazendo sua rotineira simbiose, permeado na terra forrada de palha aciculiforme, vivinho da silva!
Também lembrei de como o álcool é produzido. SE NÃO ME ENGANO, na indústria do álcool são usados tanques enormes, chamados fermentadores, onde vivem culturas líquida de Saccharomyces cereviseae, e o álcool é escorrido continuamente por baixo, enquanto mais nutrientes são continuamente adicionados por cima. Se não me engano também, para o fungo não sair junto com o álcool, ele fica preso numa espécie de gelatina, feita de alginato de sódio, que consegue ser retida num filtro. Mas o que chama a atenção aqui é o fato de o fungo produzir continuamente, e não em forma de ciclos, o que interessa para o humano. Enquanto o fungo vive feliz em condições perfeitas ali, o humano extrai o que te interessa, numa simbiose criada, que nunca existiria naturalmente se não fosse a racionalidade humana.
Então vem ao caso: o que aconteceria se desde a inoculação até o bulk, todo o processo fosse estéril, feito em uma câmara de fluco laminar vertical, e entre os flushes, uma substância nutritiva estéril fosse introduzida no substrato do bulk de P. cubensis? Teriamos flushes indefinidamente, sem ter que passar pelos delicados, custosos, caros e chatos processos de confecção de carimbos, confecção da seringa, hidratação dos esporos, preparação e esterilização dos grãos, inoculação, a incubação dos potes, o aniversário, a pasteurização do bulk, a reincubação, para enfim se chegar na fase em que os cogumelos são finalmente colhidos. Será que todas estas etapas poderiam ser feitas apenas uma vez, para que conseguíssemos cogumelos para a vida toda, e como tem menos etapas em que o micélio não está 100%, tem menos risco de contaminação? Todo esse processo seria feito uma vez, e o que teria que ser feito seria basicamente a colheita, a esterilização de novos nutrientes, e a introdução destes no bulk, em uma capela de fluxo laminar. Alguém tem idéias disto ou viajei demais? Se essa pergunta tem uma resposta óbvia demais, me desculpem, não estou nem perto de ser um expert em micologia, nem um iniciante eu sou direito, só sigo as receitas já testadas, e faço, mas não custa sonhar
Ontem eu estava em um super banho purificador e inspirador, e ao contrário dos meus ancestrais símios, eu não estava chapado, sendo únicamento regulado pelos meus convencionais neurotransmissores endógenos velhos de guerra. Então me surge a idéia: porque os P. cubensis morrem?
No decorrer dos meus cultivos, todos bulk, todas as vezes lá pelo quinto ou sexto flush o micélio contaminou com o peralta duende verde (Trichoderma harzianum), ou algum parecido, mas isso é irrelevante. Será que se não houvesse contaminante os flushes continuariam até os nutrientes acabarem? E se mais nutrientes fossem adicionados, de forma estéril?
Essa pegunta permaneceu até o fim do banho, e quando sai, lembrei de como estava frio, e numa iluminação me lembrei dos Amanitas. Perto da minha casa tem um lago cercado de pinheiros, e é infalível, todo inverno no pé de uma determinada árvore a chapéuzinho vermelho está lá. Geralmente, consigo contar até uns 8, e apesar de nunca ter experimentado, sempre vou lá fotografar esta maravilha da natureza. O que isso tem a ver com a pergunta original?! Ora, os Amanitas não morrem! Enquanto as condições forem favoráveis, os chapeludos aparecem, depois que começa a esquentar eles somem, mas o micélio continua lá, enterrado e fazendo sua rotineira simbiose, permeado na terra forrada de palha aciculiforme, vivinho da silva!
Também lembrei de como o álcool é produzido. SE NÃO ME ENGANO, na indústria do álcool são usados tanques enormes, chamados fermentadores, onde vivem culturas líquida de Saccharomyces cereviseae, e o álcool é escorrido continuamente por baixo, enquanto mais nutrientes são continuamente adicionados por cima. Se não me engano também, para o fungo não sair junto com o álcool, ele fica preso numa espécie de gelatina, feita de alginato de sódio, que consegue ser retida num filtro. Mas o que chama a atenção aqui é o fato de o fungo produzir continuamente, e não em forma de ciclos, o que interessa para o humano. Enquanto o fungo vive feliz em condições perfeitas ali, o humano extrai o que te interessa, numa simbiose criada, que nunca existiria naturalmente se não fosse a racionalidade humana.
Então vem ao caso: o que aconteceria se desde a inoculação até o bulk, todo o processo fosse estéril, feito em uma câmara de fluco laminar vertical, e entre os flushes, uma substância nutritiva estéril fosse introduzida no substrato do bulk de P. cubensis? Teriamos flushes indefinidamente, sem ter que passar pelos delicados, custosos, caros e chatos processos de confecção de carimbos, confecção da seringa, hidratação dos esporos, preparação e esterilização dos grãos, inoculação, a incubação dos potes, o aniversário, a pasteurização do bulk, a reincubação, para enfim se chegar na fase em que os cogumelos são finalmente colhidos. Será que todas estas etapas poderiam ser feitas apenas uma vez, para que conseguíssemos cogumelos para a vida toda, e como tem menos etapas em que o micélio não está 100%, tem menos risco de contaminação? Todo esse processo seria feito uma vez, e o que teria que ser feito seria basicamente a colheita, a esterilização de novos nutrientes, e a introdução destes no bulk, em uma capela de fluxo laminar. Alguém tem idéias disto ou viajei demais? Se essa pergunta tem uma resposta óbvia demais, me desculpem, não estou nem perto de ser um expert em micologia, nem um iniciante eu sou direito, só sigo as receitas já testadas, e faço, mas não custa sonhar