- Raças
- Golden Halo
- Inoculação
- 10/03/2024
- Inoculação via
- Carimbo, solução multi-esporos
- Assepsia (Inoculação)
- SAB
- Aniversário
- 10/04/2024
- Terrário
- Caixa organizadora
- Técnicas
- PF TEK, carimbo, solução de multi-esporos
- Substratos
- Vermiculita
Farinha de arroz integral (FAI)
Olá! Esse é o resultado de mais de 5 meses de tentativas, entre erros, acertos, problemas com fornecedor, além de uma luta contra o clima da minha cidade. Estou fazendo esse cultivo junto ao meu companheiro @Lyan.
A técnica escolhida foi a de PF TEK, por ser a menos complicada para iniciantes. Todo o processo foi feito visando minimizar ao máximo a possibilidade de contaminações, então pode ser que alguns passos aqui tenham sido um pouco exagerados. Preferimos pecar pelo excesso.
- Vermiculita fina
- Farinha de arroz integral (comprei o arroz e triturei no liquidificador mesmo)
Fiz 5 copos de 190ml e usei a proporção clássica de 2 partes de vermiculita/1 parte de FAI/1 parte de água (o ponto do bolo: ao apertar moderadamente, gotículas caiam). Fechei os copos com duas camadas de papel alumínio e vedei com fita isolante, e coloquei mais uma terceira camada de papel alumínio por cima, como lacre, para ser retirada hora da inoculação. Esterilizei os bolos em uma panela de pressão comum, de 4,5l, por cerca de 1h - deixei o nível da água pouco acima da metade dos bolos. Também esterilizei um pote com água e uma colher de chá para facilitarem a inoculação junto ao carimbo de esporos.
Inoculação (10/03)
- SAB (caixa organizadora + papel filme)
- Seringa de 10ml + agulha tamanho 25x7 (a preta) estéreis
- Isqueiro
- Fita microporosa
- Luvas nitrílicas + máscara
- Lysoclin (desinfetante) e álcool 70º
- Carimbo de Golden Halo
A inoculação foi feita no banheiro de casa, previamente lavado por completo, do teto ao chão. Coloquei uma mesa de plástico (aquelas de bar) no banheiro e passei o Lysoclin nela e nas paredes. A SAB foi improvisada com uma caixa organizadora, que futuramente servirá como terrário, e papel filme. Ela também foi devidamente limpa com o Lysoclin e álcool 70º. Fora isso, também houve o devido preparo na higiene pessoal, roupas limpas, luvas e máscara na hora de realizar o procedimento.
Partindo para a inoculação de fato, raspei cerca de meio centímetro do carimbo e misturei em 100ml de água esterilizada, num pote adaptado com tampa de frasco de penicilina, para criar a solução multi-esporos. Organizei os bolos e outros utensílios dentro da SAB, retirei a camada de lacre de papel alumínio, e inoculei cada copo com cerca de 1,5ml a 2ml de solução ao todo, em dois lados opostos. Queimei a ponta da seringa a cada copo, até ficar incandescente (esperava em torno de 5seg para voltar a inocular), e cobri os furos com fita microporosa.
*Posteriormente, devido a uma ameaça de formigas na minha casa que já destruíram outros cultivos em colonização, cobri os furos com fita isolante.
- Termômetro LCD
Para a colonização, deixei os copos em uma caixa de papelão. Moro em Natal/RN, e aqui a temperatura média de dia fica em torno de 30ºc a 33ºc. Por ser uma cidade litorânea, a umidade é bem alta, o que deixa a sensação em até 34/35ºc. Segundo algumas leituras, a temperatura ideal para a colonização fica entre 24-28ºc, então colocava garrafinhas congeladas na caixa durante o dia para diminuir o calor. Não sei se é a estratégia ideal, pois percebi condensação de água nas paredes dos bolos, o que pode tirar a umidade do meio deles. Por volta do dia 10/04, quando o primeiro bolo completou a colonização, parei de resfriar os outros bolos com as garrafinhas, pois queria testar se isso estaria ajudando ou atrapalhando o crescimento do micélio.
Dos cinco bolos, dois eclodiram por volta do 10º dia, e mais dois por volta do 20º dia. Até hoje, 22/04, um quinto bolo segue sem nenhum sinal, então irei descartá-lo.


*Esse foi o primeiro bolo a eclodir. Essas fotos são de 06/04, 26 dias após a inoculação com solução multi-esporos.


*Esse é um dos dois últimos bolos a eclodir. Percebi que o bolo encolheu, e ele criou esse micélio algodoado entre o bolo e a parede do copo. Segundo algumas opiniões, esse líquido âmbar pode ser da metabolização do micélio. Eu chuto que também pode ter a ver com o estresse do calor.
- Bandeja plástica
- Pulverizador de água
O primeiro bolo concluiu a colonização no dia 10/04, exatamente um mês após a inoculação. O bolo foi colocado submerso em água por volta de 8h, e daí foi para o terrário enrolado em vermiculita, com luz indireta da janela. Coloquei cerca de um dedo de água no fundo do terrário e pulverizei as paredes. Nos primeiros 4 dias coloquei garrafinhas de água gelada dentro do terrário, mas isso estava roubando toda a umidade dele. Conversando com outros cultivadores sobre isso, decidimos deixar o terrário sem as garrafinhas, o que levou a uma temperatura média de 32/34º durante o dia dentro da caixa. Sendo assim, a gente abanou a caixa por pelo menos 6-8 vezes ao dia, pois o calor ali dentro estava surreal
. *O segundo bolo foi aniversariado dia 15/04.
Seguimos com o processo de manter as paredes bem molhadas para a fase de pinagem, e abanar sempre que a temperatura estava muito extrema.


*Ambos os bolos continuaram a desenvolver micélio no terrário, e o primeiro apresentou essa coloração cinza/azulada. A pessoa que nos cedeu o carimbo disse que teve uma experiência parecida com a strain, então descartamos a possibilidade de contaminação por hora.
A partir do dia 19/04 em diante tivemos a brilhante ideia de colocar água gelada no fundo do terrário para controlar a temperatura, e parece que foi uma decisão muito acertada. Ontem, 21/04, apareceram pins no primeiro bolo (42 dias após inoculação)!

*Essa foto é de hoje, 22/04. Nasceram dois nas laterais do bolo, e alguns embaixo, então viramos ele.
Acreditamos que até o final desse mês vamos estar colhendo os primeiros frutos, depois de quase 6 meses de tentativas! Vou continuar atualizando esse tópico, pois ainda temos um bolo em fase de pinagem e mais dois que ainda seguem na colonização.
Também posso fazer uma atualização contando o que deu errado em nossas outras tentativas, mas vou verificar as regras do fórum para saber se esse é o local adequado.
Obrigada a você que leu até aqui! Conto com seus comentários, dicas e críticas. Tudo é muito bem-vindo.
A técnica escolhida foi a de PF TEK, por ser a menos complicada para iniciantes. Todo o processo foi feito visando minimizar ao máximo a possibilidade de contaminações, então pode ser que alguns passos aqui tenham sido um pouco exagerados. Preferimos pecar pelo excesso.
Material e métodos usados
Substrato e esterilização- Vermiculita fina
- Farinha de arroz integral (comprei o arroz e triturei no liquidificador mesmo)
Fiz 5 copos de 190ml e usei a proporção clássica de 2 partes de vermiculita/1 parte de FAI/1 parte de água (o ponto do bolo: ao apertar moderadamente, gotículas caiam). Fechei os copos com duas camadas de papel alumínio e vedei com fita isolante, e coloquei mais uma terceira camada de papel alumínio por cima, como lacre, para ser retirada hora da inoculação. Esterilizei os bolos em uma panela de pressão comum, de 4,5l, por cerca de 1h - deixei o nível da água pouco acima da metade dos bolos. Também esterilizei um pote com água e uma colher de chá para facilitarem a inoculação junto ao carimbo de esporos.
Inoculação (10/03)
- SAB (caixa organizadora + papel filme)
- Seringa de 10ml + agulha tamanho 25x7 (a preta) estéreis
- Isqueiro
- Fita microporosa
- Luvas nitrílicas + máscara
- Lysoclin (desinfetante) e álcool 70º
- Carimbo de Golden Halo
A inoculação foi feita no banheiro de casa, previamente lavado por completo, do teto ao chão. Coloquei uma mesa de plástico (aquelas de bar) no banheiro e passei o Lysoclin nela e nas paredes. A SAB foi improvisada com uma caixa organizadora, que futuramente servirá como terrário, e papel filme. Ela também foi devidamente limpa com o Lysoclin e álcool 70º. Fora isso, também houve o devido preparo na higiene pessoal, roupas limpas, luvas e máscara na hora de realizar o procedimento.
Partindo para a inoculação de fato, raspei cerca de meio centímetro do carimbo e misturei em 100ml de água esterilizada, num pote adaptado com tampa de frasco de penicilina, para criar a solução multi-esporos. Organizei os bolos e outros utensílios dentro da SAB, retirei a camada de lacre de papel alumínio, e inoculei cada copo com cerca de 1,5ml a 2ml de solução ao todo, em dois lados opostos. Queimei a ponta da seringa a cada copo, até ficar incandescente (esperava em torno de 5seg para voltar a inocular), e cobri os furos com fita microporosa.
*Posteriormente, devido a uma ameaça de formigas na minha casa que já destruíram outros cultivos em colonização, cobri os furos com fita isolante.
Colonização
- Caixa de papelão- Termômetro LCD
Para a colonização, deixei os copos em uma caixa de papelão. Moro em Natal/RN, e aqui a temperatura média de dia fica em torno de 30ºc a 33ºc. Por ser uma cidade litorânea, a umidade é bem alta, o que deixa a sensação em até 34/35ºc. Segundo algumas leituras, a temperatura ideal para a colonização fica entre 24-28ºc, então colocava garrafinhas congeladas na caixa durante o dia para diminuir o calor. Não sei se é a estratégia ideal, pois percebi condensação de água nas paredes dos bolos, o que pode tirar a umidade do meio deles. Por volta do dia 10/04, quando o primeiro bolo completou a colonização, parei de resfriar os outros bolos com as garrafinhas, pois queria testar se isso estaria ajudando ou atrapalhando o crescimento do micélio.
Dos cinco bolos, dois eclodiram por volta do 10º dia, e mais dois por volta do 20º dia. Até hoje, 22/04, um quinto bolo segue sem nenhum sinal, então irei descartá-lo.


*Esse foi o primeiro bolo a eclodir. Essas fotos são de 06/04, 26 dias após a inoculação com solução multi-esporos.


*Esse é um dos dois últimos bolos a eclodir. Percebi que o bolo encolheu, e ele criou esse micélio algodoado entre o bolo e a parede do copo. Segundo algumas opiniões, esse líquido âmbar pode ser da metabolização do micélio. Eu chuto que também pode ter a ver com o estresse do calor.
Aniversário e frutificação
- Terrário (caixa organizadora)- Bandeja plástica
- Pulverizador de água
O primeiro bolo concluiu a colonização no dia 10/04, exatamente um mês após a inoculação. O bolo foi colocado submerso em água por volta de 8h, e daí foi para o terrário enrolado em vermiculita, com luz indireta da janela. Coloquei cerca de um dedo de água no fundo do terrário e pulverizei as paredes. Nos primeiros 4 dias coloquei garrafinhas de água gelada dentro do terrário, mas isso estava roubando toda a umidade dele. Conversando com outros cultivadores sobre isso, decidimos deixar o terrário sem as garrafinhas, o que levou a uma temperatura média de 32/34º durante o dia dentro da caixa. Sendo assim, a gente abanou a caixa por pelo menos 6-8 vezes ao dia, pois o calor ali dentro estava surreal

Seguimos com o processo de manter as paredes bem molhadas para a fase de pinagem, e abanar sempre que a temperatura estava muito extrema.


*Ambos os bolos continuaram a desenvolver micélio no terrário, e o primeiro apresentou essa coloração cinza/azulada. A pessoa que nos cedeu o carimbo disse que teve uma experiência parecida com a strain, então descartamos a possibilidade de contaminação por hora.
A partir do dia 19/04 em diante tivemos a brilhante ideia de colocar água gelada no fundo do terrário para controlar a temperatura, e parece que foi uma decisão muito acertada. Ontem, 21/04, apareceram pins no primeiro bolo (42 dias após inoculação)!


*Essa foto é de hoje, 22/04. Nasceram dois nas laterais do bolo, e alguns embaixo, então viramos ele.
Acreditamos que até o final desse mês vamos estar colhendo os primeiros frutos, depois de quase 6 meses de tentativas! Vou continuar atualizando esse tópico, pois ainda temos um bolo em fase de pinagem e mais dois que ainda seguem na colonização.
Também posso fazer uma atualização contando o que deu errado em nossas outras tentativas, mas vou verificar as regras do fórum para saber se esse é o local adequado.
Obrigada a você que leu até aqui! Conto com seus comentários, dicas e críticas. Tudo é muito bem-vindo.