- 11/05/2023
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olá! tenho 19 anos e ontem tomei cogumelo pela primeira vez, depois de pesquisar bastante e me preparar por alguns dias. inicialmente eu achei que não ia fazer efeito, tomei 3g (sim, eu sei que é muito, mas como eu não sentia efeito fui tomando aos poucos...) em intervalos de 1h e não senti nada, pasme!, só fui sentir os efeitos 5h depois de ter tomado o primeiro grama (e 2h depois do terceiro grama). tinha caído no sono sem esperanças de que ia bater, e acordei de repente sentindo uma leveza estranha no corpo e alucinações visuais. a viagem durou 4 horas. fiquei impressionada com minha calma, o quanto eu consegui controlar a mim mesma e não ceder à ansiedade do novo (já tinha tido experiências horríveis de bad trip com maconha e isso me gerou uma grande ansiedade, ataque de pânico, etc). senti um orgulho muito forte de mim mesma e se repetia como um mantra na minha cabeça: "achar a ternura que existe em mim...". sentia ternura concentrada nas minhas mãos, padrões florais na minha pele.
senti uma forte beleza nas coisas mais simples da vida, sentia como tudo é doce e terno, inclusive eu.
minha intenção ao tomar cogumelo desde o início tinha sido definida por mim como: >sentir segurança em mim mesma e encontrar a paz< (tenho depressão e ansiedade), e posso dizer que funcionou maravilhosamente. eu nunca senti tanta paz, eu chorava de alegria, chorava e chorava de alegria sem ter nenhum motivo, tudo que eu pensava era bom e tudo era terno.
então percebi que nunca tinha sentido paz na minha vida, nunca tinha chorado de alegria, e pela primeira vez pude me amar e sentir um orgulho profundo de mim mesma e de tudo que caminhei.
senti uma conexão muito forte com a lua. uns dias atrás, aleatoriamente, uma frase me veio à cabeça: "beber as lágrimas da lua". achei interessante e anotei, mas não sabia o que significava. ontem, durante a viagem, eu me conectei com essa ideia. eu não parava de pensar "eu sou a lua, eu sou a lua, eu sou a lua", e chorava de alegria e bebia minhas lágrimas, sentia o gosto delas e não era ruim, e pensava que estava bebendo as lágrimas da lua, lágrimas de alegria, pela primeira vez eu floresci. eu chorava de alegria, eu bebia minhas lágrimas, e as lágrimas eram da lua, porque eu era a lua.
sentia uma fusão entre o eu e as outras pessoas, meus amigos, as pessoas que importam para mim, amigos de infância. pensava "eu sou a lua, tu, nós somos a lua, eu sou criança, tu é criança, a lua é doce, tu é doce, eu sou doce".
senti pela primeira vez como o silêncio é perfeito, é maravilhoso, e todos os sons cabem dentro do silêncio. não sentia necessidade alguma de ouvir música durante a viagem, mas quando ouvi foi bom. fiquei ouvindo em loop a música "sweet tides" do thievery corporation, e me identifiquei e senti profundamente a letra. "It took so long, for me to realize How strong your heart is And all this time, my mind was working In strange ways Looking back on the days, just wanna be free Through the love in your eyes". era como eu falando comigo mesma. eu ria e sorria ao pensar como todo esse tempo minha mente funcionava de maneiras tão estranhas, achava engraçado como eu era tão humana e complicava tudo. minha mente estava profundamente blindada. eu tentava pensar coisas ruins (sim, eu tento me autossabotar, sou meio maluca) e simplesmente não conseguia, nada podia estragar aquela paz, nada podia me causar medo,nada.
pensava sobre as pessoas mais importantes da minha vida e conseguia ler a alma delas e o papel delas na minha vida. tudo que eu me perguntava, minha mente tinha a resposta imediata. "o que é ser homem, o que é ser mulher?"... por que eu mudei da água para o vinho quando tinha 12 anos? o que é o homem para mim? descobri o que é ser mulher e me senti mulher pela primeira vez, e percebi que esse é um mistério muito simples.
para uma pessoa perturbada pela depressão como eu, o cogumelo foi um portal para a paz, pela primeira vez na vida, o dia mais feliz da minha vida. chorei como nunca, de alegria.
aprendi muito com essa experiência. o cogumelo não agiu como eu tinha planejado, ele demorou, se escondeu e depois apareceu, eu me frustrei e desisti, e depois fui abençoada com a graça dessa paz, muito diferente do planejado e ainda assim exatamente o que eu precisava. porque eu preciso aprender a não querer controlar tudo, as coisas vão vir do seu jeito e quando puderem.
senti uma forte beleza nas coisas mais simples da vida, sentia como tudo é doce e terno, inclusive eu.
minha intenção ao tomar cogumelo desde o início tinha sido definida por mim como: >sentir segurança em mim mesma e encontrar a paz< (tenho depressão e ansiedade), e posso dizer que funcionou maravilhosamente. eu nunca senti tanta paz, eu chorava de alegria, chorava e chorava de alegria sem ter nenhum motivo, tudo que eu pensava era bom e tudo era terno.
então percebi que nunca tinha sentido paz na minha vida, nunca tinha chorado de alegria, e pela primeira vez pude me amar e sentir um orgulho profundo de mim mesma e de tudo que caminhei.
senti uma conexão muito forte com a lua. uns dias atrás, aleatoriamente, uma frase me veio à cabeça: "beber as lágrimas da lua". achei interessante e anotei, mas não sabia o que significava. ontem, durante a viagem, eu me conectei com essa ideia. eu não parava de pensar "eu sou a lua, eu sou a lua, eu sou a lua", e chorava de alegria e bebia minhas lágrimas, sentia o gosto delas e não era ruim, e pensava que estava bebendo as lágrimas da lua, lágrimas de alegria, pela primeira vez eu floresci. eu chorava de alegria, eu bebia minhas lágrimas, e as lágrimas eram da lua, porque eu era a lua.
sentia uma fusão entre o eu e as outras pessoas, meus amigos, as pessoas que importam para mim, amigos de infância. pensava "eu sou a lua, tu, nós somos a lua, eu sou criança, tu é criança, a lua é doce, tu é doce, eu sou doce".
senti pela primeira vez como o silêncio é perfeito, é maravilhoso, e todos os sons cabem dentro do silêncio. não sentia necessidade alguma de ouvir música durante a viagem, mas quando ouvi foi bom. fiquei ouvindo em loop a música "sweet tides" do thievery corporation, e me identifiquei e senti profundamente a letra. "It took so long, for me to realize How strong your heart is And all this time, my mind was working In strange ways Looking back on the days, just wanna be free Through the love in your eyes". era como eu falando comigo mesma. eu ria e sorria ao pensar como todo esse tempo minha mente funcionava de maneiras tão estranhas, achava engraçado como eu era tão humana e complicava tudo. minha mente estava profundamente blindada. eu tentava pensar coisas ruins (sim, eu tento me autossabotar, sou meio maluca) e simplesmente não conseguia, nada podia estragar aquela paz, nada podia me causar medo,nada.
pensava sobre as pessoas mais importantes da minha vida e conseguia ler a alma delas e o papel delas na minha vida. tudo que eu me perguntava, minha mente tinha a resposta imediata. "o que é ser homem, o que é ser mulher?"... por que eu mudei da água para o vinho quando tinha 12 anos? o que é o homem para mim? descobri o que é ser mulher e me senti mulher pela primeira vez, e percebi que esse é um mistério muito simples.
para uma pessoa perturbada pela depressão como eu, o cogumelo foi um portal para a paz, pela primeira vez na vida, o dia mais feliz da minha vida. chorei como nunca, de alegria.
aprendi muito com essa experiência. o cogumelo não agiu como eu tinha planejado, ele demorou, se escondeu e depois apareceu, eu me frustrei e desisti, e depois fui abençoada com a graça dessa paz, muito diferente do planejado e ainda assim exatamente o que eu precisava. porque eu preciso aprender a não querer controlar tudo, as coisas vão vir do seu jeito e quando puderem.