- 28/05/2009
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Se entregue e viva entre os deuses. Resista e enfrente a ira dos demos.
Ninguém nos chamou àquele reino, àquela força. Ela não está lá para brincadeiras. Se adentramos naqueles mundos temos que respeitar suas regras. Lá nosso intelecto e nossa razão não tem vez, a linguagem é outra, a interação é outra. Temos que nos render, soltar e cair como folha ao vento. A força nos leva, nos conduz.
A origem das bads, o medo. De ir, de soltar, de perder o controle, de morrer, de não mais voltar. Inferno, umbral, a bad é isso dentro de nós.
Também percebo que há um caminho das pedras, um modus operandi. Alguns o tem por natureza, outros o descobrem com o tempo.
Nascemos nesse mundo babando e cagando nas calças, sem caminhar, falar, interagir. Hoje nos viramos tranquilamente por aqui. Mas lá somos crianças e temos que aprender tudo de novo, mas de uma maneira diferente.
Um coisa que peguei na última: o estado mortício da bad, fechado, cercado em nossa volta, congela nossa mente naquilo. É preciso um esforço tremendo para sair daquele estado. Mas não é pensar em sair, verbalizar, pedir, orar, rezar, chorar, nada disso, é um agir puro e simples, como vemos em Castaneda, o intento, uma vontade ativa, uma ação sem um pensar. Não é pensar em agir, não é nem agir, é ser a ação. Uma força motivadora que nos lança para fora naquela cristalização mental ruim, que rasga aquela casca que circunda nossa mente, que nos põe fora.
Não estou dando a receita da felicidade como se fosse o expert desse saber, isso foi minha observação prática na última. Percebi no momento e me esforcei para aplicar quando uma bad se aproximava. Preciso repetir, fazer novas observações e reforçar. Se servir para alguém como referencial teórico, que bom, o propósito desse fórum é justamente esse, compartilhar informações que possam ajudar os outros que estão no mesmo caminho.
