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Fornecedores de Cogus em Micro dosagens

kooboo

Esporo
Membro Ativo
15/11/2022
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Há algum tempo atrás diversos fornecedores vendiam cogus em cápsulas de 0,2g ou 200mg.
Notei que esse comércio desapareceu da internet. Houve alguma alteração legal para que esse produto sumisse do mercado?
 
Valeu Texugo.
Li em partes. É lamentável que a nossa justiça e burocratas encarem os cogumelos como tráfico, curandeirismo, viagem e blábláblá, deixando de lado todo o poder curativo e benéfico descrito em tantos trabalhos de pesquisas feitos em laboratórios sérios em diversos países. É uma ignorância imensa. Ano que vem meu desejo é entrar para a pesquisa e poder contribuir para que haja legalidade do uso terapeutico (pelo menos!!!!).
 
Valeu Texugo.
Li em partes. É lamentável que a nossa justiça e burocratas encarem os cogumelos como tráfico, curandeirismo, viagem e blábláblá, deixando de lado todo o poder curativo e benéfico descrito em tantos trabalhos de pesquisas feitos em laboratórios sérios em diversos países. É uma ignorância imensa. Ano que vem meu desejo é entrar para a pesquisa e poder contribuir para que haja legalidade do uso terapeutico (pelo menos!!!!).

É que tem uma diferença muito grande aí.
A justiça e a polícia só fazem o papel, na maioria das vezes por denuncia de outros cidadãos.

A substância está na lista, sem entrar em qualquer mérito de opinião por aí...

A culpa seria da Anvisa como um todo.
Por mais que possa falar de estudos (que todos são preliminares), ansiolíticos, antidepressivos e etc também tem a venda restrita aqui, pelo abuso de substâncias do tipo.

É que cultivar em casa é tão simples, tão rápido e tão barato que não causa nem preocupação esse tipo de coisa.
Se algum médico brasileiro te recomendar cogumelos, ele está indo contra legislação do próprio CFM, de apenas poder indicar substâncias totalmente testadas e comparadas com remédios comuns.

E psicólogo não pode indicar nem remédio, de qualquer forma...

A coisa mais ética e moral, pra quem busca tratamento com cogumelo, é cultivar por conta própria e tomar por próprio risco, nas dosagens e frequência que achar melhor.
Não vai ser preso por isso, nem investigado e ainda se acontecer, vai falar que é pra uso próprio.

Agora qualquer pessoa vender cápsulas de microdose e afirmar que vai curar doenças mentais, é sim charlatanismo e curandeirismo.
Se fosse tão simples assim...
Uma comparação simples é que cocaína também te faz sentir com mais energia, menos depressão, durante o efeito.
Mas depois é o contrário.

Obviamente, eu não acho que cogumelo seja a mesma coisa.
Mas eu acho que qualquer cura com cogumelo depende muito mais da saúde mental da pessoa, de conhecimento sobre psicologia, psiquiatria, moral e ética.
E a maioria de quem busca cura com cogumelo não tem esse conhecimento prévio.
Tendo pessoas externas também não adianta, contratar um médico pra ser seu sitter só é útil pra caso você tenha algum problema de saúde no meio.

Eu acho que uma ótima frase pro cogumelo é aquela famosa "a verdade te libertará".
A maior parte das pessoas que eu conheci e faziam o uso de cogumelo pra "saúde mental" não foram curadas da depressão.
Mas quase todos passaram a ignorar a causa delas, se sentindo mais feliz no dia a dia, mas mantendo o problema.
Isso não é cura, nem tratamento.

Eu conheci muita gente aqui no fórum. Os que realmente tinham distúrbios de personalidade, o cogumelo agravou a situação e muito....

Sabe, minha opinião é que o cogumelo abre os teus olhos, apenas. Você melhorar é totalmente dependente de você.
Por exemplo, você pode estar vivendo em uma casa suja, um emprego que voce odeia, casado com alguém que você não suporta. O cogumelo não vai limpar tua casa, achar outro emprego ou melhorar o casamento, ele vai te mostrar o que te causa depressão, mudar a tua vida é totalmente dependente de você.
Ou você vai gostar dos fractais, da sensação de corpo leve e vai acabar aturando uma vida merda só pra final de semana sentir os efeitos de cogumelo, isso também não é cura.

E isso eu tô falando sobre dosagens normais.
Microdose pra mim não faz muito sentido... Qual a diferença de usar uma sertralina ou benzo? Se for pra tomar todo dia pro resto da vida.

As pesquisas sobre psilocibina, ibogaína, lsd e o resto pra saúde mental não é novidade. Não estão descobrindo agora, só ganharam atenção novamente.
O problema mesmo é que não tem padrão nos resultados, quem escolhe participar é quem já acredita no "poder" do cogumelo, isso tem muito impacto na pesquisa em si.
Os efeitos dependerem de cada "consciência" é muito arriscado pra usar como medicina.

Mas como falei... Sou total a favor de usar pra tratar problemas, desde que seja decisão individual, experimental.
Não confio que uma relação de comércio, de profissional e paciente possibilite os efeitos do cogumelo em si.
Infelizmente, é algo muito mais individual e solitário do que só tomar e esperar que alguém te cure utilizando um roteiro.

Sendo bem direto, eu só confiaria em alguém/médico ser meu "sitter" se essa pessoa fosse imortal e tivesse todo o conhecimento do mundo.
Se ela não sabe nem de onde viemos, o que é a vida e a morte... Seria como ouvir um padre pregando uma religião e não ciência.
Agora, se eu quisesse "tratar" minha depressão, arrumar uma fratura de osso, triglicerídeos e etc... Aí eu procuraria um profissional.

Pessoalmente, acho que é muito mais ego dos profissionais, até dos "xamãs" e qualquer pessoa que tente fazer uma pregação sobre a substância que não faz ideia de como funciona.
Não que eu não ache que consigam um dia.
Mas parece muito mais inteligente pesquisar o mecanismo de ação, o que causa e o efeito e etc, antes de começar a receitar para as pessoas.
Enfim, não importa o que eu penso, fica aí só pra reflexão.

Mesmo os "tutorias" de microdosagem não tem base. Os dias em que tomar, pausa e etc são basicamente chute.
Meu único conselho seria tentar criar disciplina e determinação pra resolver a vida e depois ter trip de cogumelos completa.
Ou fazer metas do que fazer antes da trip, tipo arrumar a casa, arranjar um emprego e etc...

Não que seja fácil, mas até agora as únicas pessoas que eu conheci e que melhoraram com os cogumelos foi assim.
Abriram os olhos sobre a própria vida e se esforçaram pra conseguir organizar ela.
Quem só ficou tomando todo dia, toda semana ou todo mês, mas não se esforçou, foi só ladeira abaixo.
 
Penso por um outro aspecto. O Cogumelo Juba de Leão é comercializado em cápsulas para tratamento de alguns distúrbios (não estou dizendo que funciona ou não) mas ele só conseguiu esse reconhecimento de maneira rápida por não ser alucinógeno.

Se tirarmos o componente alucinógeno do P.Cubensis, já estaria liberado há muito tempo ou haveria muito mais estudos.

Sobre a atuação no cérebro, em doses altas, é conhecida a forma como ele age, reduzindo a DMN e abrindo espaço para novas conexões, e neste caso, quer a pessoa crie um propósito ou não, ele agirá. E sim, ter um propósito e acompanhamento psicológico ajudará em muito num trato de ansiedade ou depressão. Pesquisas apontam a eficácia até mesmo para o trato de TOC. (e reitero mais uma vez, a vasta maioria das pesquisas sérias possuem acompanhamento psicológico).

Sobre micro doses - pelo que sei até o momento as pesquisas seguem, porém, paira uma dúvida - efeito real ou efeito placebo? Creio que essa mesma pergunta poderia ser feita sobre o juba de leão e tantas outras substâncias.

Na minha visão o melhor caminho é quebrar o paradigma de que é droga nociva, proibida ou os cambaus que a Anvisa e burocratas dizem ser, e houvesse dois caminhos: 1) Orientação sobre o uso responsável, benefícios, riscos, set & setting. 2) Que houvesse um verdadeiro incentivo à pesquisa como tratamento para o potencial curativo do cogumelo em relação à depressão, ansiedade, TOC etc.

Sim, sei que o uso mal orientado pode prejudicar à pessoa. Por isso a importância da orientação sobre o uso responsável.

E sobre as micro ou mini doses, terapia psicolítica, prefiro aguardar resultados de mais pesquisas.
 
"Sobre a atuação no cérebro, em doses altas, é conhecida a forma como ele age, reduzindo a DMN e abrindo espaço para novas conexões, e neste caso, quer a pessoa crie um propósito ou não, ele agirá"

É que não faz sentido a frase reduzir DMN... Ele reduz a atividade?
Você tem o estudo?


Esse é o mais específico que tenho aqui.
Com dois grupos brigando sobre inibição ou excitação.


Depois tem essa revisão de estudos sobre diversos psicodélicos e DMN


" problem of inferring psychological processes or cognition from patterns of activation via neuroimaging technologies is known as reverse inference. It is not entirely clear as to whether alterations in DMN activity and connectivity are merely a by-product or epiphenomenon of psychedelics or if they play a mediating role in psychedelics’ specific psychological effects and therapeutic benefit. Thus, researchers should be tentative in drawing causal conclusions from correlative evidence"

"There is, however, currently no direct evidence or clinical trials that show how micro-dosing modulates the DMN, and this should be explored in subsequent research. This can illuminate how much DMN modulation (and its potential downstream benefits) is dependent on the rich subjective experience associated with larger doses of psychedelics."

Traduzindo pra quem não souber inglês.

Existem dúvidas se a "alteração da cabeça nos exames" é causada pelo alucinógeno de forma direta ou se ela é reflexo dos "efeitos" e experiência da trip.

Enfim, esse não é o foco

É que o cubensis é proibido por ter risco de ser droga de abuso e causar ou agravar problemas, o juba de Leao não tem esse problema.
Se for placebo ou não, não é responsabilidade deles.


Alguém que comeu juba de leão não faria isso.
Eu sou um consumidor frequente de cubensis hahaha não tô falando contra.
Mas confesso que gosto do atual estado de "semi legal".
Não acho que tenha que ser de fácil acesso pra comprar em tabacaria ou farmácia.
Mas ainda é fácil o suficiente pra conseguir cultivar, caçar ou até comprar ainda...
Quem quer consegue fácil, quem não sente a necessidade, nem sabe que existe.

Sobre a parte de pesquisa eu concordo.
Aí você tem um presidente que mês passado corta 116 milhões da Capes.
Quem vai fazer pesquisa então? No Brasil que não vai ser...
Sem ninguém pra pagar ou trabalhar de graça, vai levar décadas pra definir algo de verdade...

Você faz psicologia, certo?
A ponto de curiosidade minha, você acha que problemas como depressão, TOC e ansiedade tenham causas externas ou internas? Nesse caso, o remédio seria uma substância ou "desatar o nó"?
Até onde iria a capacidade do cubensis?

Não é uma pergunta armadilha ou pra julgar hahaha, só ter uma nova perspectiva mesmo.
 
Alguns estudos sobre a relação entre psilocibina e DMN - Psilocybin for treatment-resistant depression: fMRI-measured brain mechanisms - Scientific Reports


Sobre este caso - Piloto de folga que tentou desligar motores de avião em voo nos EUA diz que havia consumido cogumelos psicodélicos
O problema é a droga ou o piloto? Se ele tivesse zolpidem ou um litro de vodka antes do voo, o problema seria a droga ou a irresponsabilidade do sujeito de ingerir drogas antes de executar um trabalho que leva consigo a responsabilidade sobre vidas?
Com todo o respeito à sua opinião, mas o problema aí é A PESSOA, não a droga. Embora isso pode e será usado como argumento por proibicionistas.

Sobre a parte de pesquisa eu concordo.
Aí você tem um presidente que mês passado corta 116 milhões da Capes.
Quem vai fazer pesquisa então? No Brasil que não vai ser...
Sem ninguém pra pagar ou trabalhar de graça, vai levar décadas pra definir algo de verdade...

Bom, acho que a última vez que a educação e pesquisa recebeu apoio foi no governo da Dilma. O governo passado foi um desastre na área de educação. Sobre o atual ainda aguardo melhoras, mas, vamos nos ater da discussão política, o ponto é que a pesquisa pode advir por dois caminhos - público, do qual não podemos esperar muito esse ano, e do privado. Ambos necessitam de aprovação para ocorrer, o fato é na gringa a pesquisa tem rolado - MAPS, Compass Pathway, JHU e outras nos EUA, além das canadenses, suiças, britânicas e holandesas (que me veem a memória agora) que desenvolvem estudos ou drogas a partir dos cogumelos.
O fato é que enquanto os outros pesquisam e desenvolvem, o Brasil se agarra ao conservadorismo e proibicionismo dos anos 70.

Você faz psicologia, certo?
A ponto de curiosidade minha, você acha que problemas como depressão, TOC e ansiedade tenham causas externas ou internas? Nesse caso, o remédio seria uma substância ou "desatar o nó"?
Até onde iria a capacidade do cubensis?

Não é uma pergunta armadilha ou pra julgar hahaha, só ter uma nova perspectiva mesmo.

Ambos os fatores influenciam. É interessante notar que a psicologia sempre vai olhar o sujeito, a história e a forma com a qual elabora e dissolve o conflito. Já a psiquiatria vai observar a doença, a forma como o cérebro responde aos estímulos. Podemos dizer que a psiquiatria está interessada em observar a 'química' do cérebro. Quando se fala em depressão, eu particularmente, acredito que a química precisa de medicação. Porém, a que se considerar que o pensamento disfuncional trabalha de forma a colaborar com a alteração química. Portanto, o trabalho conjunto é o ideal.
Sobre o TOC tem que observar os aspectos sobre a sua origem - advem de traumas ou problemas neurológicos? Portanto a resposta não é simples, há também necessidade de trabalho em equipe. Enquanto a medicação atua no cérebro, a terapia atua na ressignificação do trauma e hábitos.
Ansiedade tem vários níveis, e é perfeitamente normal ao ser humano (e qualquer animal), o ponto é quando ela se torna disfuncional, e aí, mais uma vez torna-se necessário olhar a atuação conjunta.
A substância resolve o sintoma, a terapia entra naquilo que você chamou de "desatar o nó".
Onde o cubensis entra nisso tudo -
As pesquisas (e aí basta dar uma olhadinha no PUBMED) tem sido muito direcionadas a casos graves onde nenhuma medicação das big pharmas se mostrou eficaz. A atuação da psilocina é pesquisada em vários aspectos - a subjetividade da droga, a experiência mística, o efeito farmacológico, o set, o setting e a matrix, etc.
Dentre as pesquisas que li até hoje, os pesquisadores não conseguem dissociar o poder de tratamento (e cura) da parte psicodélica da substância do acompanhamento psicológico do paciente. Eu entendo que a droga em si tem o seu poder, desde que usada de forma orientada e acompanhada.
 
O problema é a droga ou o piloto? Se ele tivesse zolpidem ou um litro de vodka antes do voo, o problema seria a droga ou a irresponsabilidade do sujeito de ingerir drogas antes de executar um trabalho que leva consigo a responsabilidade sobre vidas?
Com todo o respeito à sua opinião, mas o problema aí é A PESSOA, não a droga. Embora isso pode e será usado como argumento por proibicionistas
.

O problema dos estados unidos ter tiroteios em escola é a liberação de arma ou as pessoas?
Eu não estou falando que o problema é o cogumelo, mas uma pessoa com Zolpidem não faria isso, nem com álcool, nem com maconha.
Com lsd já seria possível e outras drogas dissociativas.

Todo mundo que já teve trip de cogumelo sabe a diferença dos efeitos.
Nas minhas trips, eu fico deitado, dentro de casa.
Quando eu vou no bar, bebo litros e ainda sim continuo interagindo, curtindo.

Querendo ou não, o cogumelo causa alucinações não só visuais, mas auditivas, sensoriais e mudança nos pensamentos.

O piloto não estava trabalhando, ele era um passageiro.

Sendo consumidores "conscientes" a gente não tem que defender que não é algo impactante, que é algo leve e tranquilo.
Imagino que a maioria do pessoal que consome com frequência já passou pela fase "nunca mais eu como esse negócio" e 1 mês depois tá tendo trip de novo.
No sentido de ter experiências tão fortes ou tão ruins que dá vontade de largar tudo.

Eu nunca me senti no inferno com outras substâncias, nunca senti que tinha morrido ou que estava sonhando, a não ser com cogumelo.

Mesmo assim eu continuo com o consumo frequente. Por decisão minha.

"fato é que enquanto os outros pesquisam e desenvolvem, o Brasil se agarra ao conservadorismo e proibicionismo dos anos 70."
Quando eu estava tendo aula de medicinas alternativas, lembro que tinha uma "portaria" da Anvisa que qualquer remédio que fosse pesquisado lá fora e comprovado a eficiência deveria ser autorizado o uso aqui no Brasil, mesmo sem estudos próprios do Brasil ou da Anvisa.
Mas ficou lá de enfeite, não utilizam essa cláusula haha
Na prática mesmo com milhares de estudos lá fora, a Anvisa precisa aprovar.
Nessa parte podemos concordar... Que nosso método não é baseado em ciência, mas autoridade do órgão.

tem sido muito direcionadas a casos graves onde nenhuma medicação das big pharmas se mostrou eficaz
Eu concordo com todo o restante.
Mas as medicações psiquiátricas se provaram eficientes nas pesquisas delas, se não, não seriam utilizadas. Não é?
Se desacredirarmos de algumas pesquisas, como decidimos em qual acreditar?

As mesmas pesquisas sobre alucinógenos também são feitas pela "big pharma".
Buscando lucro.

Assim como na pesquisa dos antidepressivos convencionais por exemplo, as primeiras sempre tem resultados milagrosos.
Quanto mais tempo passa, maior o grupo controle, menos eficiente parecem ficar.
Principalmente pelos primeiros grupos dos estudos serem pessoas com experiência.
Pessoa que já consumiam cogumelos antes do estudo.

Enfim, eu nem lembro o que a gente tava conversando hahaha
 
O problema dos estados unidos ter tiroteios em escola é a liberação de arma ou as pessoas?
Eu não estou falando que o problema é o cogumelo, mas uma pessoa com Zolpidem não faria isso, nem com álcool, nem com maconha.
Com lsd já seria possível e outras drogas dissociativas.

Problema social, cultural e diversos outros paradigmas que não são o objeto dessa discussão, mas a minha opinião é - A CULPA é sempre de quem aperta o gatilho. Com uma coparticipação de quem achou sensato dar uma arma para aquela pessoa.
Sobre o Zolpidem, poxa meu caro, tem casos e mais casos de pessoas que fizeram besteiras inacreditáveis sobre o efeito do Zolpidem. O Fantástico fez uma reportagem sobre isso um ou dois anos atrás, e só aumentou o coro dos casos clínicos que já acompanhei. Sim, uma pessoa no efeito de álcool, cocaína, fármacos poderia sim derrubar um avião. Mas voltando ao caso do piloto - O cara toma um chá de cogumelo e vai pilotar... e a culpa é do cogumelo? Não, né. O cara toma whisky e cheira cocaína, e vai dirigir na autoestrada, a culpa é de quem assumiu o risco de estar sob efeito de drogas e fazer algo.

Todo mundo que já teve trip de cogumelo sabe a diferença dos efeitos.
Nas minhas trips, eu fico deitado, dentro de casa.
Quando eu vou no bar, bebo litros e ainda sim continuo interagindo, curtindo.
Cogu é melhor se usado assim. Quem me pergunta sobre como usar, sempre digo - Evite interações que possam causar qualquer tipo de stress, pois o cogu amplifica tanto o bem estar quanto a ansiedade.

Quando eu estava tendo aula de medicinas alternativas, lembro que tinha uma "portaria" da Anvisa que qualquer remédio que fosse pesquisado lá fora e comprovado a eficiência deveria ser autorizado o uso aqui no Brasil, mesmo sem estudos próprios do Brasil ou da Anvisa.
Mas ficou lá de enfeite, não utilizam essa cláusula haha
Na prática mesmo com milhares de estudos lá fora, a Anvisa precisa aprovar.
Nessa parte podemos concordar... Que nosso método não é baseado em ciência, mas autoridade do órgão.

Falaram isso sobre as vacinas também, que poderiam ser liberadas a partir de pesquisas de outras agências. Também "sonhei" que seria assim com cannabis e outros. Fica so no sonho.

Eu concordo com todo o restante.
Mas as medicações psiquiátricas se provaram eficientes nas pesquisas delas, se não, não seriam utilizadas. Não é?
Se desacredirarmos de algumas pesquisas, como decidimos em qual acreditar?
Neste caso eu estava dizendo que as medicações se mostraram ineficazes para aquele indivíduo.
A Austrália liberou o tratamento com psilocibina com essa premissa - Já tentou de tudo e não deu certo? - Ok, toma esse comprimido agora.
As medicações das big pharmas tem sim sua eficácia. A depressão que passei durante anos, só foi embora com o uso de fluoxetina, e às vezes, em casos bem esporádicos tomo um ansitec. Mas o resultado conseguido com o cogumelo não se compara.

As mesmas pesquisas sobre alucinógenos também são feitas pela "big pharma".
Buscando lucro.

A maldita busca pela poder do capital. Maria Sabina tava lá de boa, e resolveram encapsular os meninos dela....

Enfim, eu nem lembro o que a gente tava conversando hahaha
Comecei perguntando sobre fornecedores de cogus em cápsulas de 200mg.... kkkkkk
 
Também "sonhei" que seria assim com cannabis e outros.


O CBD está liberado.

Cannabis? Cannabis não é remédio. Para mim só começou a ser citada nessa lista porque quem quer usar recreativamente achou legal usar isso como argumento. Se a pessoa acredita ou não nisso é outro papo. Tem alguns que acreditam. Já teve um que veio me apresentar uma lista de efeitos benéficos da cannabis onde tinha de tudo. Curava desde unha encravada até cancer. Só faltava trazer a pessoa amada de volta em 7 dias.
 
Última edição:
O CBD está liberado.

Cannabis? Cannabis não é remédio. Para mim só começou a ser citada nessa lista porque quem quer usar recreativamente achou legal usar isso como argumento. Se a pessoa acredita ou não nisso é outro papo. Tem alguns que acreditam. Já teve um que veio me apresentar uma lista de efeitos benéficos da cannabis onde tinha de tudo. Curava desde unha encravada até cancer. Só faltava trazer a pessoa amada de volta em 7 dias.
Meu caro, tive que grifar essa frase. Sabe o que é interessante? Eu fumei um beck em 2015 e nunca mais.
A sua frase deu me entender que no seu JULGAMENTO eu sou uma pessoa que quer usar cannabis recreativamente. Se esse foi o seu pensamento ao escrever isso, errou RUDE.
Eu não fumo, não uso e não tenho nenhum tesão por maconha. Mas se tem uma coisa que defendo abertamente é o direito do outro de fumar tabaco, beber álcool, fumar maconha e se quiser pode até tomar banho de guarda chuva.
Eu tenho um amigo que é rasta. Sim, o cara segue os ensinamentos religiosos e leva o negócio a sério, para ele a maconha é um instrumento de conexão espiritual, assim como para outras pessoas a ayahuasca é um instrumento de conexão espiritual. Dentre os meus clientes, alguns fumam para relaxar, e para um especificamente que tem TDAH, ele nota uma diferença substancial no pensamento e na ansiedade quando fuma.
Tem estudos sobre a cannabis em diversos aspectos, não sou especialista no tema, mas sei que há estudos que falam tanto do contexto social quanto da saude mental dos usuários (com enfoque positivo), eu até tenho um livro que foi distribuído pelo Conselho Regional de Psicologia de MG. (Cannabis em Pauta - relatos da Comissão de Orientação em Psicologia em Tratamentos com Cannabis Terapêutica - que apesar do "terapêutica no nome, aborda também sobre a maconha). Livro publicado em 2022.
Então, tem a sua crença, e tem uma série de estudos por aí que destoam dessa crença.
O que eu vejo que é que uma forma de conseguirmos espaços e avanços para eliminar preconceitos sobre drogas psicodélicas, incluindo nosso amado cogumelo, cabe sim apoiar até quem luta pelo uso da Cannabis recreativa.
 
Mas se tem uma coisa que defendo abertamente é o direito do outro de fumar tabaco, beber álcool, fumar maconha e se quiser pode até tomar banho de guarda chuva.


Eu também defendo isso. Defendo até o direito de espalhar listas miraculosas e falsas sobre os benefícios da maconha. Só não tenho ilusões sobre o efeito da mesma.

A minha experiência com usuários de cannabis deve ser algo diferente da sua. Eu costumava ter contato, anos atrás, com uma turma onde o uso da mesma era disseminado. Vários usuários chegaram ao ponto de fumar algumas vezes por dia. Era um de manhã para acordar, outro no meio da manhã para conseguir trabalhar direito, outro digestivo após o almoço, mais ao longo da tarde/noite. Isso no caso dos que trabalhavam. Boa parte não trabalhava ou vivia de bicos, onde qualquer hora era hora de fumar.

Quando tinha seca no mercado eles ficavam fissurados. E queriam convencer os outros que não estavam dependentes. Uma vez eu disse a um deles: quer provar que não é dependência? Pare por 7 dias, a partir de AGORA. Antes da explosão de indignação ele chegou a tremer só de pensar no assunto.

Cannabis é diferente do cogumelo e de outros psicoativos por poder ser usada todo dia e continuar fazendo efeito. E para mim boa parte dos efeitos de diminuição da ansiedade vem na verdade da dependência. Conheço gente que falava que fumava por causa desse e daquele problema, mas eu conheci a pessoa antes e ela não tinha os tais problemas antes de começar o uso frequente. Vários psicoativos podem jogar o usuário em um mundo de fantasia, mas esses de uso diário viram rapidamente uma muleta, um escape.

Eu conheci gente que fuma e mesmo assim é produtiva e consegue cuidar da vida sem maiores transtornos? Sim. Mas por ironia o maior exemplo que conheço não pode ter cannabis em casa porque ele mora com uma pessoa que simplesmente fuma tudo que acha pela frente. E essa pessoa tem bordeline e outros transtornos indefinidos. Quando fuma ela tem ataques raivosos e paranoicos, bem desagradáveis para quem presencia.

Eu frequentei um grupo de ayahuasca por anos, onde boa parte das pessoas fumavam, e vi usuários surtarem. Não vou dizer todos, porque não fiz levantamento formal, porém mais de 90% dos casos de surto "com ayahuasca" envolvia usuários frequentes de cannabis.

Não vejo necessidade de fazer campanha conjunta de informações sobre cogumelos e cannabis. São substâncias diferentes.
 
'Surto' pode acontecer com quem toma antidepressivo, ansiolítico. Com quem não toma nada. Com quem bebe. Os 'surtos' não tem a ver com o uso de alguma substância química, mas com a condição mental do sujeito que 'surta'. Eles ocorrem porque o sujeito tem predisposição a ter 'surto' psicótico. Mas sim, uma substância pode ser mesmo o gatilho pra desencadear 'surtos' em alguém predisposto a isso. A perda de um emprego ou problemas afetivos podem causar um surto. A perda de sinal do celular pode causar o surto. Considero um erro incentivar seja quem for a consumir esta ou aquela substância. Você não sabe os efeitos que a substância vai ter naquela pessoa. Pode ser que dê ruim, muito ruim. Seja a substância 'legal' ou 'ilegal'.
 
Os 'surtos' não tem a ver com o uso de alguma substância química, mas com a condição mental do sujeito que 'surta'. Eles ocorrem porque o sujeito tem predisposição a ter 'surto' psicótico.


Esse tipo de conversa tende a estimular comportamentos irresponsáveis.

É claro que alguma predisposição para ter um surto é necessária. O interessante é que embora em algumas pessoas essa predisposição seja provável, em outras ninguém diria a priori que ela existia. Então não tem como saber em parte dos casos.

E se a pessoa tem predisposição e vai fundo nos psicoativos que provocam surto, imagine só o que acontece? Ela aumenta muito a chance de ter um surto. Já se ela se abstém ...
 
Esse tipo de conversa tende a estimular comportamentos irresponsáveis.

É claro que alguma predisposição para ter um surto é necessária. O interessante é que embora em algumas pessoas essa predisposição seja provável, em outras ninguém diria a priori que ela existia. Então não tem como saber em parte dos casos.

E se a pessoa tem predisposição e vai fundo nos psicoativos que provocam surto, imagine só o que acontece? Ela aumenta muito a chance de ter um surto. Já se ela se abstém ...
"Mas sim, uma substância pode ser mesmo o gatilho pra desencadear 'surtos' em alguém predisposto a isso." Como você pode ler na mensagem eu disse isso. Longe de estimular comportamento irresponsável deixei claro que "Considero um erro incentivar seja quem for a consumir esta ou aquela substância. Você não sabe os efeitos que a substância vai ter naquela pessoa. Pode ser que dê ruim, muito ruim. Seja a substância 'legal' ou 'ilegal'." Aconselho a antes de criticar apressadamente, ler toda a mensagem dos participantes.
 
Aconselho a antes de criticar apressadamente, ler toda a mensagem dos participantes.

Eu li toda a mensagem.

Já que é época de conselhos talvez você pudesse pensar em não se contradizer na mesma mensagem, já que ao mesmo tempo que escreveu que:

Os 'surtos' não tem a ver com o uso de alguma substância química, mas com a condição mental do sujeito que 'surta'.

Escreveu logo a seguir:

Mas sim, uma substância pode ser mesmo o gatilho pra desencadear 'surtos' em alguém predisposto a isso.


E eu respondi a primeira parte porque, nesse casos, há quem só leia o que interessa. Vão ler e interpretar literalmente "Os 'surtos' não tem a ver com o uso de alguma substância química, mas com a condição mental do sujeito que 'surta'", como se não tivessem outros fatores envolvidos.
 
Eu li toda a mensagem.

Já que é época de conselhos talvez você pudesse pensar em não se contradizer na mesma mensagem, já que ao mesmo tempo que escreveu que:



Escreveu logo a seguir:




E eu respondi a primeira parte porque, nesse casos, há quem só leia o que interessa. Vão ler e interpretar literalmente "Os 'surtos' não tem a ver com o uso de alguma substância química, mas com a condição mental do sujeito que 'surta'", como se não tivessem outros fatores envolvidos.
Verdade. Há quem leia só o que lhe interessa. E essa pessoa vai fazer o que lhe dá na telha, ignorando nossos alertas.
 
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