Boa tarde a todos!
Estou iniciando aqui meu primeiro diário, de meus 2 primeiros cultivos.Já adiantando, estes cultivos sofreram diversas adversidades e não deram certo(mas ainda não deu totalmente errado), mas contém algumas técnicas e informações que valem ser citadas para a aprendizagem de todos.
Desde 2005 penso em realizar o cultivo, e leio e aprendo aos poucos desde então.Agora em 2008 percebi que poderia cultivar.
Foram até agora 2 cultivos ainda em andamento, mas sem muito sucesso, dividos em:
Esporos selvagens - 1
Esporos de Golden Teacher - 2
Comecei pelos esporos selvagens, por ser uma opção mais fácil e com menos risco em caso de erros.Depois recebi os GT que ainda estão sendo cultivados.Vou explica-los separadamente , e logo abaixo:
1- Selvagens
Método: Bolo PF
Raça/Strain: Esporos selvagens
Origem: Natureza à um amigo, e depois à mim.
Início
Decidi iniciar o cultivo após as férias de Julho.Não marquei datas exatas pois o objetivo principal era a experiência.Li um pouco e conversei bastante sobre, claro que ainda sei de pouco, mas o suficiente para conseguir iniciar o cultivo.
Os esporos
Chegaram em uma folha de cadern
rapaz que coletou pegou o estrume seco de vaca com os cogumelos em cima, que morreram.Ele pegou um maior e fez o print em uma folha de caderno.Acredito que de um modo bem rústico.
A seringa
Seringas estéreis, água mineral.Os esporos foram raspados com faca , onde foi passado álcool e depois fogo, esperando esfriar para raspar.
Todo o procedimento foi feito estando uma boca do fogão acesa entre o preparador de seringas e os materiais.Depois a seringa foi coberta com papel alumínio e deixada na geladeira por 1 dia completo.
O bolo
Aqui começa de verdade o experimentalismo. Como alguns já devem ter vivenciado, vermiculita pode não ser tão fácil de se achar, e esse foi meu caso.Pesquisei um pouco e decidi testar um método utilizando areia para gatos.Essa tal areia para gatos é na verdade argila expandida, como diz a embalagem.Parecem pedrinhas, e à primeira vista parecia ideal.Os copos utilizados foram 2 de requeijão e 2 de nutella(dos menores).Eu possuía alguns de whiskey, mas achei melhor guardar para algo mais certo.
Para montar o substrato foi utilizado a seguinte proporção de ingredientes:
¼ farinha de arroz integral levemente moída no liquidificador
¼ água mineral
2/4 Putz.
PUTZ?hhahahahaha
Putz é a marca de areia para gatos que utilizei.Espero não ter problemas citando o nome da marca hahahaha.
Enfim, o primeiro equívoco acontece agora, na mistura de ingredientes. Sem saber o que estava fazendo, meu amigo que ajudou e participou integralmente em todos os processos acabou compactando o bolo, como uma massa de bolo mesmo.Tivemos que descompactar tudo depois pois a água estava acabando.Mas depois descobri que o ocorrido não mudou em nada, pois tentei fazer novamente esse modelo de bolo para outra experiência com os GT´s e a consistência foi a mesma.Foi posto um selo de Putz por baixo e por cima dos bolos.
Os bolos foram cobertos com 3 folhas de papel alumínio, fervidos em panela de pressão por quase uma hora, e depois de cerca de 8 horas esfriando foram inoculados.Os furos foram tampados com fita adesiva.Assim que saíram da panela de pressão os papeis alumínio foram colados ao copo com fita adesiva.
O desenvolvimento
Passaram-se duas semanas até que o primeiro copo de nutella deu sinal de vida, e um primórdio de micélio apareceu.A colonização foi muito lenta, talvez devido à baixa temperatura, acredito que em variou muito, em torno de 10-30 graus celsius.Os copos foram mantidos dentro de uma caixa de isopor e acredito que a oscilação de temperatura tenha sido amenizada.
Os dois copos de requeijão não deram sinal de vida e mantiveram-se assim por cerca de um mês.
Um dos copos de requeijão apresentou contaminação depois de um tempo, como dará para ver em algumas fotos.
O que aconteceu foi que os copos de nutella acabaram contraindo contaminações depois, um deles foi infectado quando tentei dar o cold shock, e o outro já estava comprometido.Perdi os dois depois de um tempo
Os copos de requeijão mantiveram-se sem nada por um mês e meio.De repente um deles cresceu espantosamente, uma espécie de micélio que parecia mais gasoso e cinza, e dominou todo o copo.Deixei ali um bom tempo e acabei enterrando depois, tinha muita cara de contaminante.Ele colonizou muito bem o copo todo e atravessou até o selo de Putz que havia em cima dos bolos.
O último copo de requeijão surpreendentemente começou a se desenvolver depois de muito tempo, acredito que quase dois meses, e ficou muito bonit coloquei na luz e tive a impressão de seu crescimento cessar e ele ficar mais “fraco”.Aniversariei e este se encontra no terrário neste momento, mas não está com uma aparência muito boa.
Resultados e conclusões
Quando fui tentar fazer uma cirurgia no copo de nutella percebi o que estava ocorrendo: o bolo virou uma PEDRA, e a dificuldade para o tirar do copo foi imensa, tive que usar uma faca, e o barulho desta arranhando a parede do copo demonstrava o quão rígido estava o bolo.Ao cortar um pedaço para tentar tirar o contaminante, o interior estava praticamente intacto, nada parecia ter crescido ali.
Portanto esta argila expandida não serviu para substrato e não recomendo de forma alguma ser utilizada como único substrato em um bolo.Antes de achar a vermiculita, tentei fazer outros bolos, mais carinhosamente, e o resultado foi o mesmo: Uma pedra.
O curioso disso tudo é como apesar de ter demorado, um dos copos colonizou relativamente bem, e acho que a minha pequena esperança foi recompensada.Mas vale marcar aqui que aprendi muito com essa tentativa, e que foi divertido apesar de tudo.
2 – Esporos GT
Método: Bolo PF
Raça/Strain: Esporos de Golden Teacher
Origem: Amigo
Início
Desta vez me preparei melhor.Achei a tal da vermiculita, em um lugar chamado “Casa do impermeabilizante”.Foi curioso como foi ao acaso, eu estava procurando outras coisas, e quando li o nome do lugar me lembrei que li em um fórum gringo(acredito que foi no Shroomery) que a vermiculita também era utilizada em isolamento acústico.Entrei lá, meu sócio de cultivo não estava acreditando, até tirou uma com minha cara, falando que não tinha cabimento achar ali.Enfim meus caros, ele esperou no carro e eu entrei:
-Boa tarde, vocês trabalham com vermiculita?
-Sim.Quanto vai precisar?
Voltei com aquele sorrisão aberto, e contei que ali existia vermiculita.Meu amigo mal acreditou, estávamos há mais de um mês procurando e eu fui achar logo ali, daquele jeito, sem querer.Achou que era piada, afinal brincávamos entre nós que vermiculita não existia, era uma grande lenda.Enfim, achei e só vendiam em sacos de 100litros, utilizados não para isolamento e sim para diminuir o peso da argamassa em construções.
Paguei os 23 reais e levei para casa um enorme saco de 100litros de vermiculita.E a propósito, quem estiver no Paraná, não encontrar e tiver precisando, estou disposto a compartilhar.
E para ajudar, um amigo conseguiu me fornecer um carimbo de GT.Iniciei assim o cultivo.
Esporos
Os esporos são datados de março de 2005, e ainda não sei se isso interfere no desenvolvimento dos esporos.Um print um pouco menor que o selvagem, mas bem denso, a seringa ficou bem escura.
Seringa
Utilizei o mesmo método dos esporos selvagens.O problema veio nas geladeiras, onde ficou bem mais exposto que antes devido ao excesso de manuseio, acredito.Uma seringa ficou 2 dias e foi inoculada, sobrando metade.Essa metade ficou mais 5 dias, e foi inoculada em outra parte dos bolos.Outra seringa foi feita e ficou 3 dias na geladeira, e foi inoculada junto com a metade da primeira, que ficou 7 dias.
Bolo
Foram utilizados 3 tipos de bolo.
- 2/4 vermiculita , ¼ de aveia preparada , ¼ água mineral
- Aveia integral, pura
- ½ Vermiculita ½ Farinha de arroz integral , completando com água até umedecer bem
Foram feitos selos de vermiculita embaixo e em cima.Foram utilizados copos de whiskey, nutella, e um ou outro mais diferente.
Primeiro foram feitos simultaneamente os copos de aveia, pura e com vermiculita.8 copos, sendo 2 com aveia pura e o resto com vermiculita.Foram inoculados simultâneamente.
Para constar, foram feitos 9 copos;um de nutella não coube na panela e ficou de fora.O esqueci por um canto, e quando lembrei dele, 2 semanas depois, ele era um carnaval de microorganismos.O enterrei bem longe.
Desenvolvimento
Um copo de aveia já contaminou logo no segundo dia, e foi descartadutros 3 copos foram contaminados pelo, provavelmente, mesmo contaminante, uma espécie de micélio escuro, e foram enterrados.Sobraram 3 copos que cresceram muito vagarosamente.Dois deles não apresentam nada até hoje, cerca de 2-3 semanas após a inoculação.
Os 5 copos de arroz foram todos contaminados, e ainda não apresentam sinal de desenvolvimento.Acredito em uma grande falha minha, e estou revendo todo o processo e melhorando minha técnica.Já achei muitos erros e estou aprendendo a não comete-los novamente.
Para o desenvolvimento, dividi os potes em 2 tipos de incubadoras:Uma parte , agora 4 copos, estão comigo em casa dentro de uma caixa de isopor com um aquecedor de aquário de 10watts, 5 litros de água e de acordo com o termômetro, está variando de 24-28 graus.Abro quase todo dia para conferir, e parece-me constante.
Tive um grave problema no início com essa incubadora.Para não deixar os potes direto na água, os guardei em sacos herméticos, e então coloquei-os na água.Com o tempo um certo cheio de chulé me incomodou e joguei um pouco de álcool e desinfetante na água dentro do isopor.O desastre foi que o saco deve ter corroído e a água entrou nele e um dos bolos que não estava muito bem fechado inundou com aquela água.Surpreendentemente ele apresenta sinais de desenvolvimento, com o micélio mais azulado, mas claramente muito umidificado, quase inundado eu diria.Depois do ocorrido, peguei um tapwear(assim que se escreve?) coloquei sal grosso no fundo para evitar o acúmulo de água e agora eles ficam lá, boiando na água.
A outra parte ficou em uma estufa de uma entidade estadual, e a maioria apresentou contaminação e agora só restam 4 potes lá, sendo um bem esquisitão.Ela mantém a temperatura á 25.6 graus.
Resultados e Conclusões
O desenvolvimento em aveia pura não pareceu dar certo.Posso ter errado o ponto da aveia.O desenvolvimento está muito vagaroso e tive problemas com contaminações que estão sendo sanados.Com esse cultivo aprendi que o processo de esterelização é vital para o desenvolvimento e que deve ser tomada muita atenção com esse processo.Meu problema maior foi com as seringas na geladeira, tenho certeza.
Ocorreram diversas adversidades nesse cultivo, e inclusive minha câmera que utilizava para tirar as fotos, foi roubada.Estava dentro do carro na minha bolsa, e abriram o carro e levaram apenas a minha velha bolsa de colegial, única coisa dentro do carro, e ainda por azar, pois não deixo nada dentro do carro, ficou apenas aquele dia.E me deixaram um belo preju.Ah, o carro estava DENTRO do prédio da minha namorada.
Enfim, adversidades de lado, como a situação engraçada do meu saco hermético desfeito e um pré-dunk acidental em um dos 3 únicos bolos que estavam bons, ocorreu um fato muito curioso nesse cultivo:
Um dia depois que inoculei os potes, deixei um parte em uma casa, e outros 2 levei comigo, porque o dia estava realmente frio e eu pensei que ia achar algum jeito de os aquece-los em casa.Não obtive nada muito interessante, então um deles eu apenas deixei enrolado nas roupas que estava usando e ficou no meu quarto ao meu lad outro pote, eu tinha achado ele muito bonito, e botei muita fé nele.Estava cerca de 10 graus ou menos lá fora, e dentro de casa ainda estava frio.
O que vou contar agora vão fazer muitos rir, mas pode servir pra refletir:
Era um sexta-feira e no sábado eu não ia fazer nada.Não tive nem dúvidas, coloquei o potinho em meu bolso da jaqueta, que era muito fino e ele ficou colado em mim, na minha barriga.Fiquei um bom tempo no computador, e quando fui dormir fiz o mesmo esquema das roupas e deixei-o bem perto.Cuidei dele.
De todos os outros bolos, esse foi o único que se desenvolveu limpo, e está indo bem agora, apesar de muito vagarosamente. Cusiosamente, apenas metade dele desenvolveu;tenho certeza de ter feito pelo menos 4 furos eqüidistantes em cada bolo.Seria onde o potinho ficou encostado em mim? O outro bolo que se desenvolveu bem é o que aconteceu o probleminha com o saco hermético,e foi o das roupas, o outro que trouxe para casa.
Há um terceiro bolo na outra incubadora, mas ele está um pouco esquisito não sei ainda se é contaminante, preciso esperar mais para ter certeza.
Agora, dá pra parar pra refletir: Será que foi coincidência dos 14 copos que fiz, o melhor deles ser o único que tive um certo...afeto?
Bom, pode ser, mas vale a pensa pensar sobre isso.
Abraços á todos e bons cultivos!
Gostaria de agradecer:
-Primeiramente o Manel, meu amigo e companheiro de pesquisas e cultivo que me ajudou integralmente em todos os processos.
- A república Humirdade por ceder o local e dar um certo apoio aos processos.
- Minha namorada que me ajudou em muitos processos e se interessou, me ajudou e apoiou.E eu perdôo o ciúmes dela de nossos amigos fungicos.
- Ao Maringá, por todo o conhecimento repassado, assim como os esporos.Agradeço também a sua boa vontade e consideração.
- A Casa do Impermeabilizante, que fez o que parecia imaginação virar realidade.
- Todos que apoiaram, contribuíram e me fizeram seguir em frente; a CM com a sua biblioteca bem feita, aos fóruns, e todas as pessoas de boa vontade que encontrei, como vendedores ou internautas, na vida real ou virtual.
Obs: não citei o terrário, pois o cultivo ainda está em processo, e por só ter um bolo lá dentro, ainda não o finalizei.
Obs2: As poucas fotos anexarei abaixo, são do primeiro cultivo.Eu tinha mais, mas como expliquei, minha câmera foi extraviada.
Estou iniciando aqui meu primeiro diário, de meus 2 primeiros cultivos.Já adiantando, estes cultivos sofreram diversas adversidades e não deram certo(mas ainda não deu totalmente errado), mas contém algumas técnicas e informações que valem ser citadas para a aprendizagem de todos.
Desde 2005 penso em realizar o cultivo, e leio e aprendo aos poucos desde então.Agora em 2008 percebi que poderia cultivar.
Foram até agora 2 cultivos ainda em andamento, mas sem muito sucesso, dividos em:
Esporos selvagens - 1
Esporos de Golden Teacher - 2
Comecei pelos esporos selvagens, por ser uma opção mais fácil e com menos risco em caso de erros.Depois recebi os GT que ainda estão sendo cultivados.Vou explica-los separadamente , e logo abaixo:
1- Selvagens
Método: Bolo PF
Raça/Strain: Esporos selvagens
Origem: Natureza à um amigo, e depois à mim.
Início
Decidi iniciar o cultivo após as férias de Julho.Não marquei datas exatas pois o objetivo principal era a experiência.Li um pouco e conversei bastante sobre, claro que ainda sei de pouco, mas o suficiente para conseguir iniciar o cultivo.
Os esporos
Chegaram em uma folha de cadern
rapaz que coletou pegou o estrume seco de vaca com os cogumelos em cima, que morreram.Ele pegou um maior e fez o print em uma folha de caderno.Acredito que de um modo bem rústico.A seringa
Seringas estéreis, água mineral.Os esporos foram raspados com faca , onde foi passado álcool e depois fogo, esperando esfriar para raspar.
Todo o procedimento foi feito estando uma boca do fogão acesa entre o preparador de seringas e os materiais.Depois a seringa foi coberta com papel alumínio e deixada na geladeira por 1 dia completo.
O bolo
Aqui começa de verdade o experimentalismo. Como alguns já devem ter vivenciado, vermiculita pode não ser tão fácil de se achar, e esse foi meu caso.Pesquisei um pouco e decidi testar um método utilizando areia para gatos.Essa tal areia para gatos é na verdade argila expandida, como diz a embalagem.Parecem pedrinhas, e à primeira vista parecia ideal.Os copos utilizados foram 2 de requeijão e 2 de nutella(dos menores).Eu possuía alguns de whiskey, mas achei melhor guardar para algo mais certo.
Para montar o substrato foi utilizado a seguinte proporção de ingredientes:
¼ farinha de arroz integral levemente moída no liquidificador
¼ água mineral
2/4 Putz.
PUTZ?hhahahahaha
Putz é a marca de areia para gatos que utilizei.Espero não ter problemas citando o nome da marca hahahaha.
Enfim, o primeiro equívoco acontece agora, na mistura de ingredientes. Sem saber o que estava fazendo, meu amigo que ajudou e participou integralmente em todos os processos acabou compactando o bolo, como uma massa de bolo mesmo.Tivemos que descompactar tudo depois pois a água estava acabando.Mas depois descobri que o ocorrido não mudou em nada, pois tentei fazer novamente esse modelo de bolo para outra experiência com os GT´s e a consistência foi a mesma.Foi posto um selo de Putz por baixo e por cima dos bolos.
Os bolos foram cobertos com 3 folhas de papel alumínio, fervidos em panela de pressão por quase uma hora, e depois de cerca de 8 horas esfriando foram inoculados.Os furos foram tampados com fita adesiva.Assim que saíram da panela de pressão os papeis alumínio foram colados ao copo com fita adesiva.
O desenvolvimento
Passaram-se duas semanas até que o primeiro copo de nutella deu sinal de vida, e um primórdio de micélio apareceu.A colonização foi muito lenta, talvez devido à baixa temperatura, acredito que em variou muito, em torno de 10-30 graus celsius.Os copos foram mantidos dentro de uma caixa de isopor e acredito que a oscilação de temperatura tenha sido amenizada.
Os dois copos de requeijão não deram sinal de vida e mantiveram-se assim por cerca de um mês.
Um dos copos de requeijão apresentou contaminação depois de um tempo, como dará para ver em algumas fotos.
O que aconteceu foi que os copos de nutella acabaram contraindo contaminações depois, um deles foi infectado quando tentei dar o cold shock, e o outro já estava comprometido.Perdi os dois depois de um tempo
Os copos de requeijão mantiveram-se sem nada por um mês e meio.De repente um deles cresceu espantosamente, uma espécie de micélio que parecia mais gasoso e cinza, e dominou todo o copo.Deixei ali um bom tempo e acabei enterrando depois, tinha muita cara de contaminante.Ele colonizou muito bem o copo todo e atravessou até o selo de Putz que havia em cima dos bolos.
O último copo de requeijão surpreendentemente começou a se desenvolver depois de muito tempo, acredito que quase dois meses, e ficou muito bonit
coloquei na luz e tive a impressão de seu crescimento cessar e ele ficar mais “fraco”.Aniversariei e este se encontra no terrário neste momento, mas não está com uma aparência muito boa.Resultados e conclusões
Quando fui tentar fazer uma cirurgia no copo de nutella percebi o que estava ocorrendo: o bolo virou uma PEDRA, e a dificuldade para o tirar do copo foi imensa, tive que usar uma faca, e o barulho desta arranhando a parede do copo demonstrava o quão rígido estava o bolo.Ao cortar um pedaço para tentar tirar o contaminante, o interior estava praticamente intacto, nada parecia ter crescido ali.
Portanto esta argila expandida não serviu para substrato e não recomendo de forma alguma ser utilizada como único substrato em um bolo.Antes de achar a vermiculita, tentei fazer outros bolos, mais carinhosamente, e o resultado foi o mesmo: Uma pedra.
O curioso disso tudo é como apesar de ter demorado, um dos copos colonizou relativamente bem, e acho que a minha pequena esperança foi recompensada.Mas vale marcar aqui que aprendi muito com essa tentativa, e que foi divertido apesar de tudo.
2 – Esporos GT
Método: Bolo PF
Raça/Strain: Esporos de Golden Teacher
Origem: Amigo
Início
Desta vez me preparei melhor.Achei a tal da vermiculita, em um lugar chamado “Casa do impermeabilizante”.Foi curioso como foi ao acaso, eu estava procurando outras coisas, e quando li o nome do lugar me lembrei que li em um fórum gringo(acredito que foi no Shroomery) que a vermiculita também era utilizada em isolamento acústico.Entrei lá, meu sócio de cultivo não estava acreditando, até tirou uma com minha cara, falando que não tinha cabimento achar ali.Enfim meus caros, ele esperou no carro e eu entrei:
-Boa tarde, vocês trabalham com vermiculita?
-Sim.Quanto vai precisar?
Voltei com aquele sorrisão aberto, e contei que ali existia vermiculita.Meu amigo mal acreditou, estávamos há mais de um mês procurando e eu fui achar logo ali, daquele jeito, sem querer.Achou que era piada, afinal brincávamos entre nós que vermiculita não existia, era uma grande lenda.Enfim, achei e só vendiam em sacos de 100litros, utilizados não para isolamento e sim para diminuir o peso da argamassa em construções.
Paguei os 23 reais e levei para casa um enorme saco de 100litros de vermiculita.E a propósito, quem estiver no Paraná, não encontrar e tiver precisando, estou disposto a compartilhar.
E para ajudar, um amigo conseguiu me fornecer um carimbo de GT.Iniciei assim o cultivo.
Esporos
Os esporos são datados de março de 2005, e ainda não sei se isso interfere no desenvolvimento dos esporos.Um print um pouco menor que o selvagem, mas bem denso, a seringa ficou bem escura.
Seringa
Utilizei o mesmo método dos esporos selvagens.O problema veio nas geladeiras, onde ficou bem mais exposto que antes devido ao excesso de manuseio, acredito.Uma seringa ficou 2 dias e foi inoculada, sobrando metade.Essa metade ficou mais 5 dias, e foi inoculada em outra parte dos bolos.Outra seringa foi feita e ficou 3 dias na geladeira, e foi inoculada junto com a metade da primeira, que ficou 7 dias.
Bolo
Foram utilizados 3 tipos de bolo.
- 2/4 vermiculita , ¼ de aveia preparada , ¼ água mineral
- Aveia integral, pura
- ½ Vermiculita ½ Farinha de arroz integral , completando com água até umedecer bem
Foram feitos selos de vermiculita embaixo e em cima.Foram utilizados copos de whiskey, nutella, e um ou outro mais diferente.
Primeiro foram feitos simultaneamente os copos de aveia, pura e com vermiculita.8 copos, sendo 2 com aveia pura e o resto com vermiculita.Foram inoculados simultâneamente.
Para constar, foram feitos 9 copos;um de nutella não coube na panela e ficou de fora.O esqueci por um canto, e quando lembrei dele, 2 semanas depois, ele era um carnaval de microorganismos.O enterrei bem longe.
Desenvolvimento
Um copo de aveia já contaminou logo no segundo dia, e foi descartad
utros 3 copos foram contaminados pelo, provavelmente, mesmo contaminante, uma espécie de micélio escuro, e foram enterrados.Sobraram 3 copos que cresceram muito vagarosamente.Dois deles não apresentam nada até hoje, cerca de 2-3 semanas após a inoculação.Os 5 copos de arroz foram todos contaminados, e ainda não apresentam sinal de desenvolvimento.Acredito em uma grande falha minha, e estou revendo todo o processo e melhorando minha técnica.Já achei muitos erros e estou aprendendo a não comete-los novamente.
Para o desenvolvimento, dividi os potes em 2 tipos de incubadoras:Uma parte , agora 4 copos, estão comigo em casa dentro de uma caixa de isopor com um aquecedor de aquário de 10watts, 5 litros de água e de acordo com o termômetro, está variando de 24-28 graus.Abro quase todo dia para conferir, e parece-me constante.
Tive um grave problema no início com essa incubadora.Para não deixar os potes direto na água, os guardei em sacos herméticos, e então coloquei-os na água.Com o tempo um certo cheio de chulé me incomodou e joguei um pouco de álcool e desinfetante na água dentro do isopor.O desastre foi que o saco deve ter corroído e a água entrou nele e um dos bolos que não estava muito bem fechado inundou com aquela água.Surpreendentemente ele apresenta sinais de desenvolvimento, com o micélio mais azulado, mas claramente muito umidificado, quase inundado eu diria.Depois do ocorrido, peguei um tapwear(assim que se escreve?) coloquei sal grosso no fundo para evitar o acúmulo de água e agora eles ficam lá, boiando na água.
A outra parte ficou em uma estufa de uma entidade estadual, e a maioria apresentou contaminação e agora só restam 4 potes lá, sendo um bem esquisitão.Ela mantém a temperatura á 25.6 graus.
Resultados e Conclusões
O desenvolvimento em aveia pura não pareceu dar certo.Posso ter errado o ponto da aveia.O desenvolvimento está muito vagaroso e tive problemas com contaminações que estão sendo sanados.Com esse cultivo aprendi que o processo de esterelização é vital para o desenvolvimento e que deve ser tomada muita atenção com esse processo.Meu problema maior foi com as seringas na geladeira, tenho certeza.
Ocorreram diversas adversidades nesse cultivo, e inclusive minha câmera que utilizava para tirar as fotos, foi roubada.Estava dentro do carro na minha bolsa, e abriram o carro e levaram apenas a minha velha bolsa de colegial, única coisa dentro do carro, e ainda por azar, pois não deixo nada dentro do carro, ficou apenas aquele dia.E me deixaram um belo preju.Ah, o carro estava DENTRO do prédio da minha namorada.
Enfim, adversidades de lado, como a situação engraçada do meu saco hermético desfeito e um pré-dunk acidental em um dos 3 únicos bolos que estavam bons, ocorreu um fato muito curioso nesse cultivo:
Um dia depois que inoculei os potes, deixei um parte em uma casa, e outros 2 levei comigo, porque o dia estava realmente frio e eu pensei que ia achar algum jeito de os aquece-los em casa.Não obtive nada muito interessante, então um deles eu apenas deixei enrolado nas roupas que estava usando e ficou no meu quarto ao meu lad
outro pote, eu tinha achado ele muito bonito, e botei muita fé nele.Estava cerca de 10 graus ou menos lá fora, e dentro de casa ainda estava frio.O que vou contar agora vão fazer muitos rir, mas pode servir pra refletir:
Era um sexta-feira e no sábado eu não ia fazer nada.Não tive nem dúvidas, coloquei o potinho em meu bolso da jaqueta, que era muito fino e ele ficou colado em mim, na minha barriga.Fiquei um bom tempo no computador, e quando fui dormir fiz o mesmo esquema das roupas e deixei-o bem perto.Cuidei dele.
De todos os outros bolos, esse foi o único que se desenvolveu limpo, e está indo bem agora, apesar de muito vagarosamente. Cusiosamente, apenas metade dele desenvolveu;tenho certeza de ter feito pelo menos 4 furos eqüidistantes em cada bolo.Seria onde o potinho ficou encostado em mim? O outro bolo que se desenvolveu bem é o que aconteceu o probleminha com o saco hermético,e foi o das roupas, o outro que trouxe para casa.
Há um terceiro bolo na outra incubadora, mas ele está um pouco esquisito não sei ainda se é contaminante, preciso esperar mais para ter certeza.
Agora, dá pra parar pra refletir: Será que foi coincidência dos 14 copos que fiz, o melhor deles ser o único que tive um certo...afeto?
Bom, pode ser, mas vale a pensa pensar sobre isso.
Abraços á todos e bons cultivos!
Gostaria de agradecer:
-Primeiramente o Manel, meu amigo e companheiro de pesquisas e cultivo que me ajudou integralmente em todos os processos.
- A república Humirdade por ceder o local e dar um certo apoio aos processos.
- Minha namorada que me ajudou em muitos processos e se interessou, me ajudou e apoiou.E eu perdôo o ciúmes dela de nossos amigos fungicos.
- Ao Maringá, por todo o conhecimento repassado, assim como os esporos.Agradeço também a sua boa vontade e consideração.
- A Casa do Impermeabilizante, que fez o que parecia imaginação virar realidade.
- Todos que apoiaram, contribuíram e me fizeram seguir em frente; a CM com a sua biblioteca bem feita, aos fóruns, e todas as pessoas de boa vontade que encontrei, como vendedores ou internautas, na vida real ou virtual.
Obs: não citei o terrário, pois o cultivo ainda está em processo, e por só ter um bolo lá dentro, ainda não o finalizei.
Obs2: As poucas fotos anexarei abaixo, são do primeiro cultivo.Eu tinha mais, mas como expliquei, minha câmera foi extraviada.
