mas agora é algo constante, quero dizer, toda vez que tomo os cogus, parece que os cogus dos meus cultivos são diferentes dos que os que eu coletava, no sentido de que com doses baixas, sem muitos efeitos já é possível sentir essa entidade.
Os cogumelos que você colhia, você secava para consumir, ou os consumia frescos? Faz o mesmo com os do seu cultivo? O processo de secagem conserva mais a psilocibina, outros alcaloides que também influem na viagem se perdem. Tente fazer um chá de frescos e conservar no congelador até a próxima experiência, e veja se vai fazer diferença
. Eu sinto, mas ainda não se explicar direito.
Também pode ser algo próprio dos cogumelos que você caçava que era especialmente bom pra você. Você também pode tentar caçá-los e domesticá-los
.
Gostaria de saber o porque essa presença parece não gostar quando tomo os cogumelos, parece ficar incomodada e então fica rondando dentro do estúdio e na última vez atormentando minha mãe. Que tipo de entidade vocês acham que pode ser? Ou o que está querendo?
Vamos lá, já que você perguntou, cada um que responda segundo suas crenças, e eu sou kardekumbandista-cogumeleiro
.
Pelo comportamento apresentado me parece um espírito mesmo, e não uma entidade inorgânica dessas que são próprias das experiências psicodélicas. Observe que ele conseguiu influir no ânimo da sua mãe, o que é um indicador que não é algo apenas da sua cabeça, e também indica que não é uma entidade inorgânica, que normalmente não afetam quem não está na presença direta deles.
O interesse dele, seja por maldade ou não, seja intencionalmente ou não, é te atrapalhar no seu caminho com os cogumelos. Me parece que ele tem alguma ligação com você, e que não acredita ou não quer que você melhore. E, por alguma razão, ele viu no seu caminho com a psilocibina algo que vai contra os interesses dele em relação a você. Afetar a sua mãe foi uma forma de perturbar profundamente a sua
trip, para que começasse a pensar em desistir da enteogenia com psicodélicos.
Eu tive algo parecido antes da minha
experiência na cachoeira, onde eu sabia que conseguiria dar um golpe forte nas alucinações auditivas que em certo nível simbólico para minha melhor compreensão identifiquei como obre de um "demônio". Ocorre que esse espírito que tirava proveito das alucinações auditivas que eu provoquei em mim com a
cannabis fez de tudo, de tudo pra eu não ir pra cachoeira. Mas, felizmente, consegui ir, ele
nem ousou ir pra lá junto comigo pra que eu o encarasse de frente, e me deixou livre para que minha mente se recuperasse enormemente desse problema, mas sem conseguir enviá-lo a um local de luz para tratá-lo, como ocorreu na
Igreja do Chamamento do Capeta (4ª experiência).
Bem, o fato é que os cogumelos fazem extremamente bem à pessoa, e isso pode contrariar espíritos que eventualmente estejam conectados por um débito de
karma às nossas vidas e que não queiram que superemos nossos vícios e falhas profundamente arraigadas em nosso ser, que talvez jamais poderiam ser tratadas sem a enteogenia, em especial a psilocibina. Apenas nos vendo sofrer e sofrer e sofrer e sofrer sem conseguir sair do buraco já lhes faz feliz, enquanto não aprenderem a seguir a luz em suas vidas.
Enfim, seu caminho é esse, e talvez ele não queira vê-lo ir pra frente em alguma coisa que antes ele sabia que você não ia superar, ou porque ele talvez goste de você mas não quer que você deixe de ter algum defeito que os tenha unido em outra vida... Há várias possibilidades. Há obsessores que nem sabem que estão obsediando.
Certamente, antes dos cogumelos você ia pra frente na sua vida, mas provavelmente tinha alguma coisa (ou muita coisa) que lhe pesava bastante antes da psilocibina ou enteogenia em geral. Agora esse obsessor vê a sua melhora e, até que o amor e o perdão cheguem ao coração dele (caso seja um espírito ligado a você por
karma), cabe a você apenas orar por ele e, quem sabe, na próxima vez que ele estiver na sua frente, emanar para ele uma energia de amor.
O mais interessante no entanto é que
você não dê continuidade ao hipotético ciclo de ódio. Não importa o que ele faça, aceite, supere e siga em frente. E no futuro, mais cedo do que possa imaginar, o mal estará desfeito, se é que há algum. E, parte de toda essa melhora, é o que você está fazendo agora com os cogumelos
.
O que recomendo para perda de medo de espíritos é o estudo do Espiritismo, em seus viés científico, ou seja, no que diz respeito ao estudo dos Espíritos e da comunicação com os mesmos. Não se trata aqui da parte ética, moral ou religiosa da Doutrina, que também existe. Mas apenas da parte em que ela descreve e explica esses fenômenos, conhecimento que tende a fazer com que a pessoa não tenha mais medo de espíritos, porque deixam de ser algo "místico", "obscuro" ou "perigoso".
Ademais, na próxima
trip se ele aparecer, comesse a conversar com ele, mas não espere palavras de volta. Você usa palavras, ele usa as sensações que te causa. Talvez consiga melhorá-lo, ou afastá-lo, ou apenas entendê-lo, ou ainda quem sabe iluminá-lo para um mal que ele possa não saber que faz. Na verdade, só se saberá o que é quando ele for questionado por você, ou se uma outra entidade vier lhe contar o que está havendo.
Há várias possibilidades. Siga sempre com amor. Toda mal do mundo é resultado da ignorância de quem o comete, já dizia o tio Sócrates há 2.400 anos atrás
.
