- 16/03/2007
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Sei que pode parecer absurdo, mas levando em conta alguns aspectos ocorridos comigo com relação a minha convivência com a Academia (incluindo entregas de TCC e outros bichos), acho que talvez deva concordar com a Estamira (há um filme muito legal que a retrata, e que tem me marcado profundamente): A ciência, por mais que se justifique por dados estatísticos, não passa de um apanhado de cópias. Há padrões para tudo, e muito pouco espaço para o livre fluxo do pensar e da imaginação, uma vez que qualquer tese deve ser embasado por outros autores (um TCC médio deve possuir no mínimo 40, segundo alguns professores), e até mesmo nossas conclusões devem ser baseadas em pesquisas alheias! Os dados estatísticos podem ser alterados a qualquer momento, e sua interpretação nada mais é do que o apanhado de teorias que você coletou e concorda.
Apesar da academia procurar provocar isso entre os filósofos e artistas, nós sabemos que o pensar filosófico e artístico verdadeiro (aquele que todos carregam dentro de si, e que alguns não conseguem eliminar em nenhum momento de suas vidas), são baseados principalmente nas experiências pessoais e nas interpretações internas que podemos fazer de todas elas. Muitas coisas que os cientistas só repararam muito tempo depois eram professados por poetas, místicos e filósofos a milhares de anos.
Lógico que há exceções, como C.G. Jung (que evitava ler livros que confirmassem suas teses para não ser influenciado por eles), Einstein (que imaginou a maior parte de sua teoria) e Freud (que muitas vezes só tinha a arte como aliada de suas teses, e que inclusive recebeu a alcunha de escritor literário por parte de Harold Bloom), mas eles na verdade nunca desprezaram o Pensamento Filosófico e Poético.
Por causa disso, estou começando a chegar a conclusão de que não devíamos ultravalorizar tanto a ciência assim, e muito menos deixar ela comandar todos os passos de nossas vidas e de nossa vivência em sociedade, uma vez que o pensamento científico também é falho, limitado e um tanto reduzido! Não que devamos desrespeitar os cientistas e seus trabalhos, principalmente se os mesmos demonstram humildade o suficiente para reconhecer suas imperfeições e se permitem analisar as coisas sobre outros prismas, além do técnico e acadêmico. Mas também dar a Academia e aos estudos científicos todo o cetro de controle do pensamento e de nossa percepção acerca do mundo pode tornar tudo catastrófico (e já temos exemplos a respeito disso, como a destruição da natureza pelo desenvolvimento técnico científico para a área de produção e indústria; a criação da bomba atômica dentro das estratégias científicas bélicas e todo o desenvolvimento da manipulação das massas - cujos ajudantes incluem psicólogos, sociólogos e outros ramos do conhecimento técnico academicista).
Sei que tais palavras podem ser frutos de um certo sentimento de apreensão perante uma situação desconfortável, revoltas pessoais criadas em cima da frustração. Reconheço inclusive que tudo soe mais como um desabafo, mas também acredito que elas não são totalmente fora da lógica, e coisas absurdas ditas sem nenhuma coerência.
Se você tolerou até o momento, peço que opinem a respeito! Posso estar gerando polêmica, mas acho que este fórum, cujos membros são seres sensatos e até certo ponto bastante capacitados, é um dos melhores locais para se debater tal questão!
No mais, obrigado pela atenção!
Apesar da academia procurar provocar isso entre os filósofos e artistas, nós sabemos que o pensar filosófico e artístico verdadeiro (aquele que todos carregam dentro de si, e que alguns não conseguem eliminar em nenhum momento de suas vidas), são baseados principalmente nas experiências pessoais e nas interpretações internas que podemos fazer de todas elas. Muitas coisas que os cientistas só repararam muito tempo depois eram professados por poetas, místicos e filósofos a milhares de anos.
Lógico que há exceções, como C.G. Jung (que evitava ler livros que confirmassem suas teses para não ser influenciado por eles), Einstein (que imaginou a maior parte de sua teoria) e Freud (que muitas vezes só tinha a arte como aliada de suas teses, e que inclusive recebeu a alcunha de escritor literário por parte de Harold Bloom), mas eles na verdade nunca desprezaram o Pensamento Filosófico e Poético.
Por causa disso, estou começando a chegar a conclusão de que não devíamos ultravalorizar tanto a ciência assim, e muito menos deixar ela comandar todos os passos de nossas vidas e de nossa vivência em sociedade, uma vez que o pensamento científico também é falho, limitado e um tanto reduzido! Não que devamos desrespeitar os cientistas e seus trabalhos, principalmente se os mesmos demonstram humildade o suficiente para reconhecer suas imperfeições e se permitem analisar as coisas sobre outros prismas, além do técnico e acadêmico. Mas também dar a Academia e aos estudos científicos todo o cetro de controle do pensamento e de nossa percepção acerca do mundo pode tornar tudo catastrófico (e já temos exemplos a respeito disso, como a destruição da natureza pelo desenvolvimento técnico científico para a área de produção e indústria; a criação da bomba atômica dentro das estratégias científicas bélicas e todo o desenvolvimento da manipulação das massas - cujos ajudantes incluem psicólogos, sociólogos e outros ramos do conhecimento técnico academicista).
Sei que tais palavras podem ser frutos de um certo sentimento de apreensão perante uma situação desconfortável, revoltas pessoais criadas em cima da frustração. Reconheço inclusive que tudo soe mais como um desabafo, mas também acredito que elas não são totalmente fora da lógica, e coisas absurdas ditas sem nenhuma coerência.
Se você tolerou até o momento, peço que opinem a respeito! Posso estar gerando polêmica, mas acho que este fórum, cujos membros são seres sensatos e até certo ponto bastante capacitados, é um dos melhores locais para se debater tal questão!
No mais, obrigado pela atenção!
