Saudações;
Meu primeiro cultivo destina-se à frutificação em casings de grãos inteiros (provavelmente milho de pipoca). A primeira etapa, de seleção do genótipo adequado, está descrita logo adiante.
1. A técnica estéril foi seguida rigorosamente em todos os procedimentos. Sabão bactericida (Protex) líquido, Lysoform aerossol e spray de formol a 4% (solução de Lysoform bruto) foram usados nos diferentes procedimentos e sem a menor economia.
2. As seringas foram preparadas com água destilada a partir da técnica de seringa do Psilocyber e acondicionadas em ziplocs individuais. Para a introdução dos esporos nas seringas, utilizei a câmara de atmosfera inerte – CAI (glovebox) improvisada. Foi de longe o procedimento mais difícil até agora. Sinceramente, não enviaria ao FSRE um carimbo como o que recebi, que nem de longe se assemelha aos lindos e densos carimbos que vejo no CM. Sei que a cavalo dado não se olha os dentes, mas os esporos estavam tão rarefeitos que somente permitiram a produção de uma seringa, que foi conduzida à geladeira para a hidratação por cerca de 24h. Minha pouca experiência com a raspagem dos esporos, que também tem culpa nessa história, quase inutilizou o carimbo; mas tanto faz, outros estão chegando. A seringa, afinal, ficou legal.
3. O substrato das placas de petri foi preparado com agar, 500ml do caldo de cozimento de 150g de batata inglesa e cerca de 40g de xarope de glucose de milho (Karo) e dividido em três copos de vidro (200ml) devidamente tampados com papel alumínio e esterilizados em panela de pressão por pouco mais de uma hora. As quatro placas de petri foram envoltas em papel alumínio e esterilizadas em forno a gás a 180ºC pelo mesmo tempo.
4. Esperei que a panela resfriasse apenas o suficiente para o equilíbrio das pressões interna e externa, receoso de que o substrato pudesse solidificar se esperasse muito. O papel alumínio foi vedado com fita adesiva ao longo dos copos e estes foram conduzidos a CAI juntamente com as placas de petri e um saco ziploc para cada uma.
5. Após uma última e generosa borrifada do Lysoform aerossol, a CAI foi lacrada. Após 5 min perfurei o alumínio dos copos de agar, retirei os invólucros das placas de petri e distribuí o substrato uniformemente entre elas, que foram conduzidas à geladeira logo em seguida. A sobra do substrato serviria a um experimento, infelizmente mal-sucedido, que estudaria o tempo de solidificação do substrato sob diferentes condições.
6. Para a inoculação, pus a seringa e as placas de petri na CAI limpa, repeti os procedimentos de assepsia e retirei as placas e a seringa de seus ziplocs. A inoculação consumiu cerca de 2/5 da seringa. Coloquei os objetos de volta em seus ziplocs. A seringa voltou à geladeira, as placas eu deixei dentro de um pote de sorvete opaco, descansando na estante. Hoje havia algum sinal de desenvolvimento das primeiras hifas, apesar de a superfície do agar ter ficado um pouco mais úmida do que o desejável. Vou esquecer o pote até o próximo domingo.
Agradeço aos irmãos e irmãs do CM, e aguardo humildemente as críticas e comentários.
Muita luz.
Meu primeiro cultivo destina-se à frutificação em casings de grãos inteiros (provavelmente milho de pipoca). A primeira etapa, de seleção do genótipo adequado, está descrita logo adiante.
1. A técnica estéril foi seguida rigorosamente em todos os procedimentos. Sabão bactericida (Protex) líquido, Lysoform aerossol e spray de formol a 4% (solução de Lysoform bruto) foram usados nos diferentes procedimentos e sem a menor economia.
2. As seringas foram preparadas com água destilada a partir da técnica de seringa do Psilocyber e acondicionadas em ziplocs individuais. Para a introdução dos esporos nas seringas, utilizei a câmara de atmosfera inerte – CAI (glovebox) improvisada. Foi de longe o procedimento mais difícil até agora. Sinceramente, não enviaria ao FSRE um carimbo como o que recebi, que nem de longe se assemelha aos lindos e densos carimbos que vejo no CM. Sei que a cavalo dado não se olha os dentes, mas os esporos estavam tão rarefeitos que somente permitiram a produção de uma seringa, que foi conduzida à geladeira para a hidratação por cerca de 24h. Minha pouca experiência com a raspagem dos esporos, que também tem culpa nessa história, quase inutilizou o carimbo; mas tanto faz, outros estão chegando. A seringa, afinal, ficou legal.
3. O substrato das placas de petri foi preparado com agar, 500ml do caldo de cozimento de 150g de batata inglesa e cerca de 40g de xarope de glucose de milho (Karo) e dividido em três copos de vidro (200ml) devidamente tampados com papel alumínio e esterilizados em panela de pressão por pouco mais de uma hora. As quatro placas de petri foram envoltas em papel alumínio e esterilizadas em forno a gás a 180ºC pelo mesmo tempo.
4. Esperei que a panela resfriasse apenas o suficiente para o equilíbrio das pressões interna e externa, receoso de que o substrato pudesse solidificar se esperasse muito. O papel alumínio foi vedado com fita adesiva ao longo dos copos e estes foram conduzidos a CAI juntamente com as placas de petri e um saco ziploc para cada uma.
5. Após uma última e generosa borrifada do Lysoform aerossol, a CAI foi lacrada. Após 5 min perfurei o alumínio dos copos de agar, retirei os invólucros das placas de petri e distribuí o substrato uniformemente entre elas, que foram conduzidas à geladeira logo em seguida. A sobra do substrato serviria a um experimento, infelizmente mal-sucedido, que estudaria o tempo de solidificação do substrato sob diferentes condições.
6. Para a inoculação, pus a seringa e as placas de petri na CAI limpa, repeti os procedimentos de assepsia e retirei as placas e a seringa de seus ziplocs. A inoculação consumiu cerca de 2/5 da seringa. Coloquei os objetos de volta em seus ziplocs. A seringa voltou à geladeira, as placas eu deixei dentro de um pote de sorvete opaco, descansando na estante. Hoje havia algum sinal de desenvolvimento das primeiras hifas, apesar de a superfície do agar ter ficado um pouco mais úmida do que o desejável. Vou esquecer o pote até o próximo domingo.
Agradeço aos irmãos e irmãs do CM, e aguardo humildemente as críticas e comentários.
Muita luz.