Bruno por curiosidade...
Ja fez algum exercicio de EXpansao de seu pensamento?
Penso que com tanta carga verbal agregada suas tripps teriam um Que de diferente da maioria.
Proponho-te um teste, com uma dose homérica(justa) de cogumelos, que diz?
Imagine-se fora de sua casca carnal.
A mente nao se limitaria aos ciclios por segundo que seu cérebro impõe a ela, mesmo que nao acredites nisso.
Po bacana.. Pra falar a verdade tenho vontade de fazer uma experiência mais voltada pra isso mesmo, expansão do pensamento ou expansão da consciência, eu nunca trabalhei especificamente assim.
O que eu posso dizer a respeito é do pouco que aprendi por essas mudanças de perspectiva.
Pensando assim rapidamente sobre expansão da consciência, vejo basicamente tres pontos a considerar: A alteração da alma e a essência da alma, Sobre a consciência onde a localizamos, Sobre o espírito que está em tudo.
Ha um quarto texto que acho que seria uma conclusão bem mais definida, mas é mais sofisticado e tem uma carga conceitual maior, acho que não é necessario agora, que trata
Da separação entre sujeito e objeto, como ocorreu este fenomeno.
A alteração da alma e a essência da alma.
Ha um certo espéctro de consciência, uma gama de perspectivas das quais voce pode "ver" o mundo.
Porém ha uma pequena lei lógica imperante em todos os momentos de mudanças de perspectiva, esta é a lei: O sujeito não se apercebe diferente tão facilmente.
O motivo disso é claro, não se percebe diferente porque
para sí mesmo, o sujeito esta normal.
Então temos que, apesar da alteração da perspectiva, a sensibilidade para perceber as mudanças é muito sutil, e normalmente melhora-se com a experiência com a substância em questão.
Porém, tudo o que se move, se move em alguma coisa, e não é diferente com a "anima" do homem, a alma muda para outra coisa, porém uma outra permanece estática, esta outra coisa chamamos de essência do Eu.
Então até agora temos uma bipartição da alma em dois, a alma que se torna outra e a alma que permanece a mesma.
Estamos aqui frente a frente com uma dicotomia, um embate entre o "mudar" e o "permanecer", entre mover a alma para outra coisa e permanecer a alma a mesma coisa.
É em torno deste dualismo que gira a experiência psicodélica com substâncias fortes.
Isso foi o que percebi nas minhas investidas de expansão da consciência, com relação ao seu espírito e a sua alma, os estados em que se encontram são estes dois mutuamente.
Sobre a consciência onde a localizamos.
Outro ponto a considerar é a questão de sentir a consciência expandida ao ambiente que está a sua volta.
Isso é outra coisa que somente uma sensibilidade aguçada percebe mais facilmente.
Perdemos ou esquecemos, ou simplismente retiramos, a fronteira entre o sujeito e o objeto.
A pergunta: "Onde é que Eu acaba e começa o Mundo?" perde o sentido, pois a fronteira que normalmente delimitamos como sendo o "corpo biológico" ja não é a fronteira entre o Eu e o Mundo, entre o sujeito e o objeto, mas o em torno, o ambiente ao redor, a circunspecção onde o sujeito pode
interagir, essa é a região onde se passa a constituir a consciência, o "centro" da consciência ja não é mais numa região localizada perto dos olhos, como assim nos percebemos normalmente, mas na redondeza como um todo.
Isto fica claro também, pois o que nos fornece a maior fonte de informação da sensibilidade normalmente são os olhos, e menos os outros sentidos, e por isso é que estamos atentos aos olhos, e por conseguinte, a consciência parece localizar-se perto dos olhos, o que muda totalmente ao passo que a sensibilidade do corpo com todos os sentidos é aguçada, uma torrente de informações passam pelo tato, audição, paladar, oufato de modo que projetamos na nossa consciência o mundo a nossa volta mais fielmente (a imajética do mundo é mais bem delimitada, mais exata) e portanto adquirimos junto a isso o poder na inspeção e nas interações dinamicas com a nossa volta, e isso se caracteriza pela expansão da consciência para o "ao redor", a consciência e o poder-agir ao redor de você, e não apenas agir o corpo biológico.
Sobre o espírito que está em tudo.
Com o dito acima fica mais facil visualizar o que quero falar, quero falar daquile espírito que se percebe em tudo, conforme se adquiri uma sensibilidade aguçada como ja dito que vem tanto com as experiências psicodélicas como experiências de auto-conhecimento em geral.
O que ha em tudo? O que é que tudo tem? Do que é que isto que tudo tem, é feito?
Antes vou fazer uma breve explicação nominativa para o meu texto. Isto tudo, tudo que existe, tudo que vemos, tudo que sentimos, denominamos "coisa".
Mas que é coisa? A "coisa" nada mais é do que qualquer existência que existe em sí mesmo, qualquer coisa que está em sí mesmo, qualquer coisa que é porque é.
De certo modo, impede de investigação maior dizer: A coisa é o que é.
Mas este é um recurso puramente nominativo, não se pretende dizer que coisa é o motivo e a razão de todas as coisas, mas apensar pelo carater investigativo resolvi utilizar o significado mais preciso e etimológico dessa palavra "coisa".
Dentre todas existências que são em sí mesmas, não podemos dizer que a nossa alma, o nosso espírito, o nosso Eu, é o representante mais nobre ?
O espírito é em sí mesmo, tanto quanto todas as "coisas", porque é ESTE o significado de coisa, o que existe em sí mesmo.
Oras, não seriam então todas as coisas espíritos também? Tudo que está na natureza, estático ou não, também não são coisas em sí mesmas? E este é o carater ontológico do espírito, a capacidade de ser em sí mesmo.
O espírito pessoal, é qualquer coisa. Por um equivoco monumental durante anos muita filosofia foi feita em função de um espírito extrinseco a natureza, que está "fora" da natureza, quando esses filosofos não perceberam o mais simples: Não precisa ser que o nosso espírito seja uma trancendência pura, não mais do que qualquer coisa que existe precisaria, afinal, nada tem mais motivos de existir do que não existir, no entanto existem, e essas coisas são assim chamadas espíritos tambem, assim como o espírito é nada mais que "coisa" também...
Com isso, fica definido o material de introdução ao texto que eu escrevi de maneira
metafórica, pra finalização do meu escrito sobre o Espírito que está em todas as coisas.
Um dia o meu Corpo perguntou ao meu Espírito.
Espírito espírito meu, está dentro de mim mesmo?
Sim!! Estou aqui!
Se está dentro de mim, não é propriamente eu mesmo, mas apenas algo que está dentro de mim!? Estou Certo?
Sim!! Sou apenas algo de você Corpo!
Mas espírito, se é apenas algo de mim, como é que pode ser que seja eu mesmo, pois que tudo que ha em mim é de mim mesmo ?
Tem razão corpo!! Eu sou então tudo o que ha em você espírito e corpo!!
Espírito meu, que é então o corpo meu à que hospeda?
Extensão do espírito é isto, o corpo!!
Que faz com que Espírito seja mais que extensão do Corpo?
Estar em sí mesmo!! É isto que torna espírito mais que a extensão de sí mesmo Corpo.
Mas espírito, se tudo que ha em si mesmo é espírito também, não é porque a extensão do corpo também não o seja ?!
Sim!! Tem razão Corpo!! Pois tudo que ha em mim em extensão é espírito também!!
Estás em mim mesmo Espírito?! Então não ha nada em mim que não é espírito, até mesmo a extensão do corpo ?
Não ha nada Corpo!!
Não é porque tudo que ha em mim também é em mim mesmo e tudo o que ha em sí é em sí mesmo Espírito ?!
Sim!! Precisamente!
Espírito, isso não é porque eu o Corpo e você somos a mesma coisa?
É por isso Espírito, que tudo que é corpo é espírito!
Porque está em sí mesmo, este é o verdadeiro espírito.
Este meu espírito é o corpo da extensão o homem, pequeno porém para o maior espírito que é o corpo da extensão todas as coisas.
Assim foi que meu espírito respondeu a mim mesmo.