- 16/07/2007
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Viajando pelos sistemas de busca por aí, digitando "de que somos feitos". Dei de cara com o texto abaixo.
Daquilo que somos feitos...
Porque no fundo compreendi Blimunda Sete-Luas e o seu dom sobrenatural de vidência! Transcendi os limites da racionalidade e permiti-me descobrir o que existe além do espelho das fragilidades e das ilusões. Cortei as amarras demasiado perfeitas de tudo aquilo em quis acreditar e declarei a entropia de sentir. Convoquei em mim o livre-arbítrio e dos ventos fiz percursos e das marés viagens a descobrir.
Fui caravelas quinhentistas e dobrei os bojadores que existiam para lá da esfericidade do interior desconhecido. Ignorei os vatícinios do Velho do Restelo tão pessoal e parti disposto a enfrentar os meus adamastores. Alarguei os limites do meu império, revelei pontos cardeais à rosa dos ventos e dei novos mundos ao meu mundo. Foi então que descobri que somos feitos de tempos distintos, da soma desordenada de horas desavindas e de aromas de magnólias. Somos feitos de representações de âmbar, de gemidos de guitarras e de penedos de despedidas. Somos feitos de prosas, poesias e versos brancos. Somos feitos de rasuras e de papéis passados a limpo. Somos feitos de palavras silenciadas por beijos e de beijos que pedem mais palavras e mais silêncios reveladores. Somos feitos de nós e dos outros que em nós vivem eternamente, pois nunca os poderemos expulsar do lugar que conquistaram.
Porque nesta peregrinação me descobri entre múltiplas soluções do Livro dos Conselhos. Porque todas as soluções convergem em palavras paralelas. Porque "se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara."
Paz e Luz a todos!
Daquilo que somos feitos...
Porque no fundo compreendi Blimunda Sete-Luas e o seu dom sobrenatural de vidência! Transcendi os limites da racionalidade e permiti-me descobrir o que existe além do espelho das fragilidades e das ilusões. Cortei as amarras demasiado perfeitas de tudo aquilo em quis acreditar e declarei a entropia de sentir. Convoquei em mim o livre-arbítrio e dos ventos fiz percursos e das marés viagens a descobrir.
Fui caravelas quinhentistas e dobrei os bojadores que existiam para lá da esfericidade do interior desconhecido. Ignorei os vatícinios do Velho do Restelo tão pessoal e parti disposto a enfrentar os meus adamastores. Alarguei os limites do meu império, revelei pontos cardeais à rosa dos ventos e dei novos mundos ao meu mundo. Foi então que descobri que somos feitos de tempos distintos, da soma desordenada de horas desavindas e de aromas de magnólias. Somos feitos de representações de âmbar, de gemidos de guitarras e de penedos de despedidas. Somos feitos de prosas, poesias e versos brancos. Somos feitos de rasuras e de papéis passados a limpo. Somos feitos de palavras silenciadas por beijos e de beijos que pedem mais palavras e mais silêncios reveladores. Somos feitos de nós e dos outros que em nós vivem eternamente, pois nunca os poderemos expulsar do lugar que conquistaram.
Porque nesta peregrinação me descobri entre múltiplas soluções do Livro dos Conselhos. Porque todas as soluções convergem em palavras paralelas. Porque "se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara."
Paz e Luz a todos!