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Cogumelos X Ayahuasca (Psilocibina X DMT)

Fidel

Primórdia
Cadastrado
28/09/2013
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39
Pelo que pude observar, há vários posts em que se mencionam os cogumelos e a ayahuasca (parece que a comparação é inevitável), mas não há nenhum tópico específico destinado a se discutir e comparar esses dois psicodélicos/enteógenos.

A ideia seria estabelecer comparativos: efeitos gerais, visuais, intelectuais, cognitivos durante e após o uso.

Acho que aqueles que já não utilizam os dois (concomitante ou separadamente) ao menos têm grande curiosidade e probabilidade de vir a utilizar o outro.

Assim, fica a sugestão de tópico, que, se aprovado pela moderação, aqui permanecerá.
 
difícil missão

já que na verdade não estamos comparando a química das substancias.
e sim a interação delas com ser humano
e quando se fala de uso de substancia temos 3 itens que resultam na experiência

SUBSTÂNCIA x SET x SETTING = resultado final

e como hoje em dia a ayahuasca é muito relacionada a igrejas de daime, ou rituais xamanicos....
os cogumelos ficam muito na margem, ficam nas experimentações caseiras...

então uma diretriz SUPER importante para termos antes de fazer as comparações.
devemos tentar AO máximo deixar o set e setting de ambas as experiencias bem similares.
assim poderemos entender melhor a diferença entre as experiencias.
 
Mas como tornar a experiência dos cogumelos "sagrada", assim como é a da ayahuasca?

E como fazer um "trabalho" com cogumelos?

O cultivo dos cogumelos por si só é uma experiência e tanto, mas beira mais a ciência (micologia) do que o ritual, como a preparação da ayahuasca (colheita, fervuras e etc). E além disso é normalmente uma experiência individual, pois o cultivo, do início ao fim, pode ser e normalmente é feito por apenas 1 pessoa. Não há necessidade de muitos braços... Enquanto a ayahuasca já começa de forma social, com o feitio sendo executado por um grupo.

No caso existe também a possibilidade da caçada, mas esta também devido à natureza de fácil coleta e consumo dos cogumelos, não favorece ou incentiva que seja uma caçada em grupo.

Fazer um trabalho em grupo com cogumelos me parece que seja possível, mas pela ausência de caráter social já desde a preparação, acredito que este item também já começa prejudicado.

Então a forma de se igualar o set & setting, creio que seria trazer a ayahuasca para a mesma situação dos cogumelos, ou seja, tomar ayahuasca em casa ou no campo, fora dos grupos e igrejas, no mesmo contexto em que um tenha o costume de consumir os cogumelos. Ayahuasca fora do contexto - ou sem contexto.

Ou fundamos a nossa própria igreja...
 
Mas uma experiência sagrada deve ser, necessariamente, social?
Alguém precisa escrever um roteiro sobre como a experiência deve ser levada, para ser considerada sagrada?

Acho que isso depende mais da intenção de cada um.
 
A experiência social tende a ser realizada em caráter de sagrada, enquanto a experiência individual, me parece mais subjetiva neste aspecto.

Mesmo Jesus Cristo e Buda, talvez outros, após as respectivas iluminações, adquiriram apóstolos/seguidores. Mestre Irineu também. Não mantiveram a experiência apenas para si, e digamos que foi isso que "sacramentou" as respectivas doutrinas - o aspecto social, e não apenas a experiência individual.

A história de toda religião (ou filosofia, no caso) passa por pessoas as procurarem como respostas às próprias dúvidas, respostas externas (de outrem). Cada um tem o sagrado dentro de si, ou a falta dele, mas tudo aquilo que vem de dentro de nós, nos gera dúvidas (será que estamos certos? será mesmo essa a resposta?), e daí as pessoas procurarem a resposta (ou a confirmação das suas próprias) em uma entidade externa - no caso, a igreja, grupo, etc.

Podemos considerar o consumo dos cogumelos sagrado, e o mesmo da ayahuasca, mas, para alguém que já faz o uso de um ou outro, e tem a noção pré-concebida, por já ter participado de algum feitio por exemplo, no caso da ayahuasca: dentro do proposto no tópico, que seria a comparação - como elevar os cogumelos, através de experiências individuais, ao mesmo status de 'sagrados'?
Pois em relação à ayahuasca, assim como em religiões, além do chá são passadas adiante doutrinas e dogmas, que sendo de origem exterior ao indivíduo, funcionam como respostas ou confirmações mais fáceis de serem absorvidas, sem a dúvida que (já) existe dentro de si - mas e com os cogumelos?

Numa experiência puramente individual, podem surgir mais dúvidas do que respostas em si... E durante a trip, as respostas encontradas podem muito bem acabarem esquecidas, ao final dela. Também podemos esquecer as perguntas que estamos tentando responder, perdidas num turbilhão de pensamentos, sentimentos e cores... Daí a necessidade de um guia, para guiar a pessoa ou um grupo na busca e reafirmar as suas intenções com as quais partiram, antes da viagem.

Quaisquer que sejam as intenções, um roteiro (bíblia, livro, dogma, ritual, canto....) pode ser útil como um mapa de um caminho a se seguir, especialmente quando não se tem uma idéia clara das intenções, ou quais as perguntas e afirmações que precisam ser feitas durante a experiência, para se chegar onde se quer chegar, de forma a se atingir o que se quer atingir.

Do ponto de vista em que não é possível auto-incutir na própria mente, da noite para o dia, todo o imaginário para que as experiências com cogumelos tornem-se sagradas; e de que uma comparação com ayahuasca, em tais termos, teria um caráter ainda mais subjetivo e pessoal do que os próprios efeitos (físicos e psicoativos) causados por ambos; acredito que seja realmente mais simples, abnegar o uso da ayahuasca no contexto usual (para o propósito da comparação), e fazer o uso individual, como já sugeri, em "terra" de cogumelos.

É claro que isso se torna mais difícil, pela dificuldade da obtenção daquela, fora do contexto dos grupos.

Minhas perguntas são basicamente retóricas pois, de fato, acredito que seria mais apropriada uma comparação em termos mais científicos e objetivos, que seriam o intuito do tópico.

No entanto, pessoalmente, o que eu procuro nos cogumelos, e eventualmente na ayahuasca, individualmente ou não, é exatamente a refutação disso - encontrar o sagrado :D
Seria mais fácil com a ayahuasca, devido à já pré-existência do roteiro e de um imaginário, não?
A ayahuasca já vem com o setting ;)
 
A experiência social tende a ser realizada em caráter de sagrada, enquanto a experiência individual, me parece mais subjetiva neste aspecto.

Mesmo Jesus Cristo e Buda, talvez outros, após as respectivas iluminações, adquiriram apóstolos/seguidores. Mestre Irineu também. Não mantiveram a experiência apenas para si, e digamos que foi isso que "sacramentou" as respectivas doutrinas - o aspecto social, e não apenas a experiência individual.



Bem, segundo a tradição Jesus já nasceu como filho de Deus, enquanto Buda é outra história ;)

Mas, digamos que tenham havido, ou hajam, mestres que simplesmente não fundaram grupos. Nem saberíamos deles. Algumas referências budistas falam em budas anteriores ao Buda histórico, o Sakiamuni, que se iluminaram mas não giraram a roda do Dharma.

Não vejo como deduzir que a experiência social tende a ser realizada em caráter de sagrada, enquanto a experiência individual seja mais subjetiva neste aspecto. E aliás o que vemos por aí são vários grupos religiosos bem suspeitos quanto ao representarem um caminho para o sagrado.
 
A experiência social tende a ser realizada em caráter de sagrada, enquanto a experiência individual, me parece mais subjetiva neste aspecto.

Mesmo Jesus Cristo e Buda, talvez outros, após as respectivas iluminações, adquiriram apóstolos/seguidores. Mestre Irineu também. Não mantiveram a experiência apenas para si, e digamos que foi isso que "sacramentou" as respectivas doutrinas - o aspecto social, e não apenas a experiência individual.

A história de toda religião (ou filosofia, no caso) passa por pessoas as procurarem como respostas às próprias dúvidas, respostas externas (de outrem). Cada um tem o sagrado dentro de si, ou a falta dele, mas tudo aquilo que vem de dentro de nós, nos gera dúvidas (será que estamos certos? será mesmo essa a resposta?), e daí as pessoas procurarem a resposta (ou a confirmação das suas próprias) em uma entidade externa - no caso, a igreja, grupo, etc.
Podemos considerar o consumo dos cogumelos sagrado, e o mesmo da ayahuasca, mas, para alguém que já faz o uso de um ou outro, e tem a noção pré-concebida, por já ter participado de algum feitio por exemplo, no caso da ayahuasca: dentro do proposto no tópico, que seria a comparação - como elevar os cogumelos, através de experiências individuais, ao mesmo status de 'sagrados'?
Pois em relação à ayahuasca, assim como em religiões, além do chá são passadas adiante doutrinas e dogmas, que sendo de origem exterior ao indivíduo, funcionam como respostas ou confirmações mais fáceis de serem absorvidas, sem a dúvida que (já) existe dentro de si - mas e com os cogumelos?

Ao que parece, você acredita que a experiência sagrada necessita de um intermediário.
Se é assim, quem foi o intermediário de Jesus ou de Buda. E quem foram os intermediários dos intermediários deles?

Uma doutrina pode ser vista como um guia ou um grilhão. É apenas uma questão de ponto de vista.

Numa experiência puramente individual, podem surgir mais dúvidas do que respostas em si... E durante a trip, as respostas encontradas podem muito bem acabarem esquecidas, ao final dela. Também podemos esquecer as perguntas que estamos tentando responder, perdidas num turbilhão de pensamentos, sentimentos e cores... Daí a necessidade de um guia, para guiar a pessoa ou um grupo na busca e reafirmar as suas intenções com as quais partiram, antes da viagem.

A Bíblia tenta, há dois mil anos, nos ensinar a "amarmos uns aos outros, como amamos à nós mesmos" e a ideia ainda não conseguiu sair do papel e podemos acreditar que, apesar dos pesares, muitos clérigos tenham realmente trabalhado para que isso acontecesse.

Quaisquer que sejam as intenções, um roteiro (bíblia, livro, dogma, ritual, canto....) pode ser útil como um mapa de um caminho a se seguir, especialmente quando não se tem uma idéia clara das intenções, ou quais as perguntas e afirmações que precisam ser feitas durante a experiência, para se chegar onde se quer chegar, de forma a se atingir o que se quer atingir.

Então querem as respostas, mas não sabem as perguntas?
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Pergunta_Fundamental

Do ponto de vista em que não é possível auto-incutir na própria mente, da noite para o dia, todo o imaginário para que as experiências com cogumelos tornem-se sagradas; e de que uma comparação com ayahuasca, em tais termos, teria um caráter ainda mais subjetivo e pessoal do que os próprios efeitos (físicos e psicoativos) causados por ambos; acredito que seja realmente mais simples, abnegar o uso da ayahuasca no contexto usual (para o propósito da comparação), e fazer o uso individual, como já sugeri, em "terra" de cogumelos.

É claro que isso se torna mais difícil, pela dificuldade da obtenção daquela, fora do contexto dos grupos.

A experiência individual é subjetiva, logo devemos concluir que a experiência em grupo é objetiva?

Minhas perguntas são basicamente retóricas pois, de fato, acredito que seria mais apropriada uma comparação em termos mais científicos e objetivos, que seriam o intuito do tópico.

Obviamente podemos discutir os efeitos físicos de modo objetivo e apenas isso.
Os efeitos psicológicos já são subjetivos demais e querer discutir o que é sagrado de modo objetivo é... você sabe.

No entanto, pessoalmente, o que eu procuro nos cogumelos, e eventualmente na ayahuasca, individualmente ou não, é exatamente a refutação disso - encontrar o sagrado :D
Seria mais fácil com a ayahuasca, devido à já pré-existência do roteiro e de um imaginário, não?
A ayahuasca já vem com o setting

O setting e apenas isso.
Mas não é exatamente essa a função de todo o aparato religioso: criar um ambiente de proximidade entre o humano e o divino? No entanto a experiência propriamente dita, assim como o set, é intrisecamente individual.
 
Algumas diferenças, falando do que eu pude vivenciar em relação ao psilocybe e ao DMT:

-No DMT, você só se perde dentro de si. Quando fecha os olhos, está em contato consigo ou outras coisas. A sensação é que, de olhos abertos, está ali ainda, algumas coisas mudam, mas em geral, eu diria que ainda há um bom referencial de realidade.

-Na psilocibina, em minha opinião, você perde totalmente essa "bússola de realidade". Muito embora haja no DMT também essa sensação de 'desmembramento/despertencimento/fusão com o todo', na psilocibina não há como "abrir os olhos", fazer uma coisa qualquer (como ir ao banheiro) e depois retornar a sua vivência. Você tem que administrar a sua realidade (e lidar com coisas como ir ao banheiro, comer, cuidar de si, caminhar etc) ao mesmo tempo em que não tem um referencial.

-No DMT você ainda mantém capacidade de julgamento e decisões. Por exemplo (deixando claro que é óbvio que isto não é nada recomendável nem plausível): Não sei como seria dirigir, por exemplo, caso fosse necessário, mas acredito que não se perderia no meio do caminho, pois ainda teria um referencial, uma bússola de realidade. Você ganha uma inteligência mas não perde capacidade de administrar seu meio. No cogumelo, creio que isto seria impossível, e um imprevisto na força do psilocybe seria um problema e um risco muito maior.

São observações pessoais minhas, com base no que eu pude vivenciar.


abraços
 
Algumas diferenças, falando do que eu pude vivenciar em relação ao psilocybe e ao DMT:

-No DMT, você só se perde dentro de si. Quando fecha os olhos, está em contato consigo ou outras coisas. A sensação é que, de olhos abertos, está ali ainda, algumas coisas mudam, mas em geral, eu diria que ainda há um bom referencial de realidade.

-Na psilocibina, em minha opinião, você perde totalmente essa "bússola de realidade". Muito embora haja no DMT também essa sensação de 'desmembramento/despertencimento/fusão com o todo', na psilocibina não há como "abrir os olhos", fazer uma coisa qualquer (como ir ao banheiro) e depois retornar a sua vivência. Você tem que administrar a sua realidade (e lidar com coisas como ir ao banheiro, comer, cuidar de si, caminhar etc) ao mesmo tempo em que não tem um referencial.

-No DMT você ainda mantém capacidade de julgamento e decisões. Por exemplo (deixando claro que é óbvio que isto não é nada recomendável nem plausível): Não sei como seria dirigir, por exemplo, caso fosse necessário, mas acredito que não se perderia no meio do caminho, pois ainda teria um referencial, uma bússola de realidade. Você ganha uma inteligência mas não perde capacidade de administrar seu meio. No cogumelo, creio que isto seria impossível, e um imprevisto na força do psilocybe seria um problema e um risco muito maior.
Namaste @Jaguarpaw!
Interessante seu ponto de vista e experiências, grato por seu relato e observações.

Compartilharei as minhas.

Eu consagro Ayahuasca a 6 anos, tive diferentes frequências neste tempo curto, de 5~6 rituais por mês à 1 a cada 2~3 meses ou mesmo, 4 trabalhos numa mesma semana durante um feitio. Atualmente possuo tanto a bebida quanto as plantas em casa, e hoje sou servidor da casa onde consagro, com muito amor!
Com relação ao referencial de realidade da Ayahuasca, ele é real, porém relativo, pois a ayahuasca pode definitivamente por fim à realidade como a conhecemos, já tive experiências com a Ayahuasca de literalmente ir parar no reino dos mortos, e ali naquele ponto eu já não enxergava nada como realidade cotidiana, eu estava em outra atmosfera e percepção de realidade.

"Não sei como seria dirigir, por exemplo, caso fosse necessário, mas acredito que não se perderia no meio do caminho, pois ainda teria um referencial, uma bússola de realidade"

Impossível dirigir sob efeito da Força da Ayahuasca, rs!, a não ser que seja uma dose baixa e mais aguada, como a das igrejas, mas mesmo assim considero arriscado, principalmente alguns cipós que fazem a força vir em ondas, aí a pessoa pensa que tá bem, e passa 5 minutos tá curvada no chão, haha...

"Você tem que administrar a sua realidade (e lidar com coisas como ir ao banheiro, comer, cuidar de si, caminhar etc) ao mesmo tempo em que não tem um referencial."

Então, com Ayahuasca ocorre o mesmo, rs... cogumelos em doses recreativas não alteram essa "bússula" de realidade, tal como a Ayahuasca.
Em dosagens altas, ou concentradas, a Ayahuasca pode ser aterrorizante e "mindfuck" tanto quanto o cogumelo, já cheguei em níveis de sequer reconhecer as pessoas ao meu redor, os rostos todos viraram formas geométricas, eu não conseguia falar ou me mover com noção de espaço e tempo. Rs...
Devemos nos lembrar que a psilocibina (O-phosphoryl-4-hydroxy-N,N-dimethyltryptamine ou 4-PO-DMT) é uma molécula hiper semelhante ao DMT da psychotria (N,N-dimetil-1H-indolo-3-etanamina ou N,N-DMT), seus efeitos tem suas característicuas únicas, claro, mas não nos esqueçamos que ambas tem o mesmo potencial em termos de distorcer a realidade como a conhecemos.

Minha experiência visual/auditiva/sensorial mais forte foi com Ayahuasca, mas sei que se eu tomar uma hiper dose de cubensis eu consigo chegar num patamar semelhante.

Agora, precisamos também levar em contra outros fatores, pois há Ayahuascas e Ayahuascas, o tipo do cipó e o tipo da folha influenciam muuuuito, há chás que trabalham muuuito no físico e nas sensações, e outros que passam limpo pelo corpo e miram bastante na visão, tudo depende muito do feitor e das plantas, da concentração, de tudo!, rs. Há inclusive chás que te fazem chorar e ter peias homéricas, mas que não miram nada... haha!
Eu queria expor algumas diferenças entre cogus e Ayahuasca, mas em dosagens altas eles são muito semelhantes. Mas vamos lá, vou tentar!, rs, a diferença que vejo e sinto, pra mim, é que a Ayahuasca é mais "séria", ela te faz morrer e faz isto com gosto, você sente os estágios da morte, um por um... já cheguei a sentir meus órgãos todos parando de funcionar, coração batendo lento, dificuldade de respirar, fiquei 1h ofegante, e quando eu me entregava e ia pra morte, mesmo assim não passava, o peito continuava pesado, e mesmo com entrega, meu corpo virava caveira e entrava na Terra, eu sentia o espírito querendo desconectar do corpo... foi aterrorizante.

@Sensações de morte e loucura:
O que notei... geralmente com cogus o dilema é sobre a loucura, com Ayahuasca pende mais pra morte mesmo. Com cogus a certeza que bate é de que vai ficar louco pra sempre, com Ayahuasca eu nunca senti isto, apenas a certeza da morte. Já com cogus, quando encarei a morte, foi infinitamente mais tranquilo do que com Ayahuasca, pois com cogumelos eu já me vejo morto, como espírito vagante, não passo pelos "estágios da morte" como passo quase sempre com Ayahuasca, e se passo, não tem a mesma intensidade, neste quesito a Ayahuasca é a Maestra. Não à toa ela é a videira dos mortos, o vinho das almas... Yagé!

@Peias Emocionais:
Cogumelos me fazem chorar muito, mas muuuito mesmo, tanto quanto a Ayahuasca, neste sentido vejo ambas muito parecidas, com a diferença de que com cogumelos eu "sinto" e "vejo" e "sou" a pessoa, me lembro uma vez com cogus que eu vi, senti e me transformei na minha mãe... foi lindo e muito emotivo pra mim, com Ayahuasca eu não chego a transmutar de empatia, mas sinto o peso das ações e emoções nas cobranças de forma semelhante, e as vezes até, de forma mais severa, a Ayahuasca comigo não é tão carinhosa nas cobranças quanto o cogumelo.

@Limpeza física:
A Ayahuasca neste quesito pra mim é absolutamente incomparável... é nítido e notório durante o trabalho o efeito purgativo do chá, eu sinto ele limpando meus intestinos, choro, vomito e escarro, tudo ao mesmo tempo, quando você se dá conta, tá com nariz escorrendo, lágrimas rolando e catarro desprendendo do peito, é incrível a limpeza que ela faz, e de forma consciente!
Já com cogus, sinto que eles agem no meu físico de forma positiva também, mas sem comparação.

@Visuais
Cogumelos, principalmente no início, são coloridos demaaais... rs, cogumelos ocasionam visuais com mais facilidade, não precisa tomar uma dose heróica para ver o chão suspirar... já com Ayahuasca (levando em consideração os chás "comuns" que a maioria ingere), os visuais ocorrem também mas são mais sutis, mesmo num chá que mira bastante, as cores e os suspiros são mais presente no cogumelo.
Mas que fique claro, Ayahuasca em doses altas pode te fazer pedir arrego de tanto visual... o visual da Ayahuasca é muito lindo e colorido no início, principalmente de olhos fechados, mas existem níveis em que tanto de olho aberto quanto fechado, é a mesma coisa, tal como numa dose alta de cogumelos, a Ayahuasca pode te mostrar o reino dela, definitivamente como nas pinturas de Pablo Amaringo, eu sei pois já cheguei num nível com DMT que eu via tudo geométrico, os cabelos PINGAVAM no chão, as árvores criaram olhos, as folhas viraram espadas como a de ouro dos baralhos, luzes vermelhas e azuis nasciam do chão em forma de olhos também, o céu ficou ROXO, eu não conseguia falar, me mover, nem nada... e eu realmente via isso de forma super real e presente, como nos cogus, não foi miração mental ou de astral. Cheguei a machucar uma pessoa que estava perto de mim, de tanto que eu a apertei com as unhas, eu estava ATERRORIZADO pelo visual agressivo do DMT, nem me liguei de que eu grudei nela como um bicho acuado, irracional.
Mas no geral, é mais fácil se obter visuais com cogumelos, pra obter o mesmo nivel de cores com Ayahuasca o caboclo geralmente sofre mais, pois vai ter de ingerir uma dose acima do que está acostumado, e o visual da Ayahuasca é compatível com o peso dela, então... tem que ter coro pra guentar a chibata no lombo.

@Considerações finais
Ambos pra mim são ferramentas magníficas, mas com aprendizados diferentes, pra mim a Ayahuasca trabalha muito nos defeitos, no plano térreo mesmo, e os cogus são mais pra contemplação e fundir-se ao todo, um lance mais "hindu"... cogumelo pra mim é muito espacial, muito extraterrestre, externo... lida muito com energias sutis e seres primários, vejo muitas formas, árvores com formas de pessoas, tótens, seres da floresta, espírito das árvores e tal. Cogu pode ser introspectivo também mas, no geral, considero a Ayahuasca mais "interna" (ao mesmo passo que te une ao Todo).
Pra mim a Ayahuasca é o chip da Natureza, é PACHAMAMA total, é o amor puro e intrínseco da Madre Tierra, eu me emociono só de lembrar do amor dela, to escrevendo e o olho tá cheio de lágrimas aqui, pois pra mim Ayahuasca é isto, é amor, aprendizado, morte e o mais importante, RENASCIMENTO.
Cogumelos são professores mais tranquilos e menos agressivos, mais brincalhões... Ayahuasca pra mim é MÃE... bate, ensina e acolhe de uma forma mais profunda.

Eu gostaria de realizar um trabalho de cogumelos com o mesmo set list que uso na ayahuasca, tentando fazer um trabalho semelhante, mas há um porém, a Ayahuasca possui picos e uma duração diferente dos cogus, e geralmente eu guio minha exp pelo setlist e pelos horários das dosagens, com cogus eu não sei como seria, mas estou estudando o caso, assim poderia rolar um comparativo melhor.
 
Última edição:
Muito legal esse tópico! Hoje em dia eu vejo que o dmt e o cogumelo trabalham juntos, como se os dois tivessem acesso ao "mundo onde tudo é sabido" do dmt (e do cogumelo etc..), mas o cogumelo tem aquele fosfato na molécula, tipo o parque de diversões, aquele tradutor universal, ele é histórico. O que eu senti com o dmt fumado ou chá de jurema que pra mim são as mesmas experiências mas com duração de mais tempo pela jurema, o dmt não fala com você daquele jeito "ahh maladrinho né kkk, quer visuais?" como o cogumelo fala, ele já é mais na lata "você quer viasuais-visuais-visuais-ais..." e começa. Eu vejo que os dois te levam "aquele lugar", o cogumelo é um trabalho intenso, eles controlam a vida e a morte e o mundo dos mortos, fungos, e pra mim o dmt é o mundo dos mortos. O @arcaico parceiro de psicodelia diz q eu falo de mundos e ele já vê mais como softwares. Eu fumava dmt e dizia pra ele, velho eu to no mundo dos cogumelos ahaha, outra vez tivemos uma experiência misturando um cogumelo, e arruda da síria e jurema, e teve os três trabalhando, vc sentia o dmt com o cogu do ladinho às vezes ele falava e as vezes a jurema mas pouco e a arruda criava o ambiente, mas não teve muita mediação de planta de cogu, e é sempre com todo o respeito com eles, não tem mais como fugir disso, minhas células são feitas de agradecimento. Visualmente o dmt deixa as coisas claras e nítidas com mandalas marca d'agua no mundo e as pessoas feitas de desenho animado de massa de modelar divina e tem pontinhos que piscam no rosto e muda os contornos. O cogumelo já deixa naquela sensação de sonho, com aqueles visuais de respiração do universo, ele mexe nas cosmologias, no teatro mágico, nos trabalhos e ele traduz, explica, ele te torna cabeça de cogumelo ehehe.
Tive uma experiência no daime há muito tempo atrás, mas foi muito fraco e eu morrendo de vontade de rir, mas não podia fazer nada, não olha pro lado, não se mexe, não etc etc... tbm vejo que cada um é o set e o setting, mas é parte de um trabalho de autocuidado reconhecer em si isso, os dois falam sério, os dois usam todos os sentidos pra falar com você, ensinam e te cobram coragem psicodélica, lindos demais tanto cogus como dmt :cry::)
Paz e luz
 
mas o cogumelo tem aquele fosfato na molécula

Belo relato, mas sem querer ser estraga prazeres, a psilocina, que é o composto realmente psicoativo dos cogumelos psilocibíneos, não tem fosfato na molécula. Quem tem fosfato é a psilocibina, que o perde quando passa pelo fígado.

Então, só para ilustar:

Psilocibina

232px-Psilocybin_chemical_structure.png


Psilocina (sem fosfato)

320px-Psilocin.svg.png


DMT

DMT.png


Serotonina

320px-Serotonin-skeletal.png


O DMT e a psilocina conseguem se ligar aos receptores de serotonina, produzindo os conhecidos efeitos de alteração de consciência. Basta girar um pouco as representações moleculares para perceber como são parecidas.
 
ahahah isso aí @Ecuador, mas a galera trabalha junto:D
 
o que posso dizer é que as plantas é mais interno e pesado no lidar com as coisas externas mais que pode ser usado em grupo como em um rito ou culto que em 4h com nivel que vai abaixando e encerra, outra coisa é as chamadas limpezas do corpo, porque uma bebida fermentada como ela é não tem quem segure na barriga, é vontade de vomitar, gazes, dor de barriga e muitas sensações de morte do corpo, essa peia do corpo é normal em qualquer pessoa pois o gosta da bebida é muito forte tipo jiló com jurubeba, muito boa a trip mais como é em grupo é muito pessoas olhando para vc no meio da sessão, tipo um olhando para o outro e mais voltado para cerimonia religiosa. minha opinião como vejo, o fungo é como vc quer que seja pela dose mais reflexões ou visuais extraterrestre, já tive trip de poder andar de moto mais já tive trip de nem consiguir andar, depende a dosagem mais todas tem um pouco de visual muito legal, e diferente de tudo, pensamentos muito além da imaginação e fantasias da mente, rola bad pakas também tipo normal para quem conhece, como vou morrer, meu coração tá parando, estou tendo um derrame etc, coisa quem usa já sabe, peia do cogu. o bom do fungo é que vc encontra em pastos e pode cultivar e ter os seus bem tratados, usa individualmente sem ter o significado religiosa durante a trip, mente livre e corpo tambem para fazer o que quiser até fazer besteira se quiser, claro não é a idéia, e não passa mal como querer vomitar ou ter sintomas de má digestão mais depende como faz o uso do fungo, no meu caso bato como se fosse um suco e adoço bem, mais só de ter a mesma sensação da planta mais não ter significado religioso e esta em grupo faz a trip ser mais além e divertida tanto no externo como no interno do corpo, forte ou suave depende dos seus fungos também mais para mim é possivel meditar ou divertir e isso não é o caso da Ayahuasca. ambas são boas mais cogumelo é melhor. mais todos tem um ponto de vista e eu respeito todos e suas opiniões. mais essa é minha opinião.
 
Tópico interessante.

Já fiz à volta de 10 cerimónias de Ayahuasca (contexto Xamânico) e estou agora a estudar sobre os cogumelos.

Na opinião de quem conhece e trabalha com ambos, em relação à possibilidade daquilo a que se chama "bad trips" é mais ou menos frequente/provável com o Cogumelo ou com Ayahuasca?
 
Tópico interessante.

Já fiz à volta de 10 cerimónias de Ayahuasca (contexto Xamânico) e estou agora a estudar sobre os cogumelos.

Na opinião de quem conhece e trabalha com ambos, em relação à possibilidade daquilo a que se chama "bad trips" é mais ou menos frequente/provável com o Cogumelo ou com Ayahuasca?

Na minha humilde opinião acredito que não tenha como mensurar isso. Até porque entendo que a peia da ayahuasca é um processo diferente da badtrip do cogumelo. Claro, ambos vão te colocar em uma situação "complicada", mas não tem como dizer que um é mais recorrente que o outro, tudo vai depender do teu estado (corpo-mente-espírito).
 
intaooo , ja experimentei a CHANGA , que possui DMT no meio , fumo ela em casa as vezes e uso também os cogumelos , digamos que a viagem da CHANGA é mais "real" que a dos cogumelos , como se fosse um "sonho lucido" mesmo , mais nunca experimentei a ayahuasca , que possui efeitos mais duradouros , intao nao posso falar , mais prefiro os cogus ainda do que a CHANGA , pois o efeito de duraçao é muito maior , a CHANGA dura uns 10 minutos o efeito apenas , mais é algo sem explicaçoes :p
 
intaooo , ja experimentei a CHANGA


Então, o assunto aqui é Cogumelos x Ayahuasca, sem envolver changa ou outras formas de DMT purificado, que não temos interesse em discutir.

Por favor vamos manter o foco do tópico.

Agradeço a compreensão.
 
Mais recentemente, eu fiz o que propus antes no tópico, em ocasiões diferentes - ayahuasca no setting dos cogumelos, e vice versa. Isto é, ayahuasca no mesmo setting individual que uso para os cogus em casa, e também cogus num setting de ayahuasca, com pessoas, música ao vivo e em meio à natureza. Também faço cogus acompanhado em casa, mas isso é outra história.

Resumindo a ayahuasca em casa, foi uma viagem mais branda porém difícil. Os artifícios visuais e auditivos que uso para os cogumelos não foram tão interessantes com a ayahuasca, então eu apenas fui "dormir" e fiquei horas vendo fractais de olhos fechados, navegando em pensamentos. Cogumelos em casa (e também psilohuasca) basta ler meus relatos no fórum. O interessante foi fazer as duas experiências no contexto social... Mesmo setting e com poucos dias de intervalo entre um e outro.

A sessão de ayahuasca foi bastante revigorante. Os efeitos começaram cerca de 1 hora e meia após tomar o vinho, e só quando fechei os olhos. Com os olhos abertos o mundo continuava igual. A cada vez que eu abria e fechava os olhos, as visões mudavam. A duração da viagem foi de cerca de 1 hora, e após os efeitos passarem eu me senti incrivelmente bem, mesmo com a limpeza interior que veio em seguida.

Com os olhos fechados, eu comecei vendo fractais, mas de uma qualidade diferente dos que vejo com cogumelos - bem pequenos e desenhados por linhas, em 2D e pouco coloridos, enquanto com cogumelos eu vejo formas em 3D bem mais variadas, coloridas e orgânicas.

Depois eu fiz uma pergunta e tive visões que foram a resposta, bem ao estilo xamânico. Vi lugares desconhecidos e situações como que através dos olhos de uma águia, com mais nitidez que com cogumelos, embora sem cores e como se as coisas fossem cobertas pelos pequenos fractais. Com os cogumelos não tenho exatamente visões, nem as imagens permanecem as mesmas (coesas) por tanto tempo. Perguntar também não funciona - a trip vai para onde ela vai. Com cogumelo o que vejo também está mais para lembranças, do que coisas e lugares que eu nunca vi.

Ao final eu levantei e fui embora bastante acordado, sem nenhum sinal de cansaço.

Dias depois, cogumelos. Consumi 1 grama de secos, o que normalmente para mim é uma dose bem baixa... Foi suficiente para ter uma intensidade parecida com a da ayahuasca que tomei, embora a duração e efeitos tenham sido diferentes. Os efeitos vieram depois de cerca de 1 hora da ingestão, e a trip durou aproximadamente 2 horas. A viagem era a mesma a cada vez que eu abria e fechava os olhos, e era quase impossível ficar com eles abertos - o mundo se mexia demais, além de ser levado em segundos pela música. Mesmo sem peia alguma, após a experiência só foi possível ir deitar e descansar.

Na trip com cogumelos eu também vi formas de olhos fechados, também não coloridas, mas nada geométrico como com a ayahuasca. Mas mais notável ainda foi o efeito corporal... Enquanto com a ayahuasca, apesar das visões acontecendo, eu não sentisse tanto e pudesse claramente mexer o corpo para interagir com os elementos, com os cogumelos eu podia apenas ficar parado, e sentindo o vento com muito mais força, como se estivesse desfazendo o meu corpo. Durante a sessão de ayahuasca o vento também estava lá, mas o corpo continuava muito leve, e bastante inteiro.

Em casa com os cogumelos, não tem vento e o corpo também vai embora, mas na maior parte da experiência, eu fico de olhos abertos numa boa, especialmente em doses "baixas" (menos de 3 g).

Isso resume o que aprendi com essas experiências, em relação aos efeitos de uma e de outra substância. Nos contextos de setting e social x individual, creio que ambos atendem aos propósitos, mas de formas diferentes... E a ayahuasca me parece um tanto mais favorável para se realizar um trabalho em meio a um número de pessoas e natureza, por propiciar uma viagem talvez mais curta, mais fácil de se guiar (por si próprio ou outrem), e menos incapacitante.

Os cogumelos são ótimos também na natureza, mas são tão bons quanto ou até melhores no conforto de casa, e propiciam viagens mais íntimas, se acompanhado. A interiorização e sensação de conexão destes também acho que são muito fortes para viagens em grupos grandes (e/ou com desconhecidos)... Enquanto com a ayahuasca é bem melhor ter um grupo consagrando e fazendo música por perto, para ajudar a guiar a trip.

Ainda não consegui comparar os efeitos intelectuais e cognitivos, mas sei que os cogumelos atrapalham um pouco a concentração, e tenho a impressão de que a ayahuasca não. Só a experiência dirá. Mas tem uma coisa em que os cogumelos ainda são muito melhores... O gosto :vesgo::censored::ressaca::sick::eca:
 
olha, eu tomo ayahuasca a já 5 anos e tive N experiencias dos mais diversos tipos
certamente é algo deveras espiritual no sentido de lhe mostrar outras dimensões (espirituais) e seres (espirituais) que existem nestas outras dimensões (espirituais, além do mundo físico)

mas o X da questão a entender acerca da ayahuasca e que foi algo que um ser muito sábio me falou quando eu o questionei sobre o uso da ayahuasca é o seguinte (e repetirei as palavras dele):

as entidades (por trás do chá) são mais importantes que a ayahuasca (o chá, o liquido que se bebe)

é preciso compreender que um trabalho de ayahuasca onde se tem ali um grupo reunido numa experiencia religiosa, quem faz o trabalho é o espiritual, são entidades, seres do mundo espiritual que tocam a coisa
quem serve ayahuasca em centros do santo daime e em locais xamanicos não são pessoas
quem o faz são os espíritos através das pessoas, não sei qual mistério tem nisso, é um trabalho espiritual, a cada esquina tem um centro espírita onde a coisa funciona desta tal maneira

a ayahuasca é o "vinho das almas" então quem faz os trabalhos são as "almas"
é por isso que ninguém está ai tomando ayahuasca em casa, pelo simples motivo de que é MUITO fácil surtar com a ayahuasca se tu não estiver num trabalho aonde vc tem a guiança destas entidades

DEUS ME LIVRE DE TOMAR UMA DOSE ALTA DE AYAHUASCA EM CASA SOZINHO

por isso que a questão de como o DMT age no cérebro e blá blá blá são coisas realmente inúteis de se saber e apenas enrolação intelectual que para nada serve e para nada leva

na ayahuasca desde o feitio do chá vc invoca as forças destes espiritos, é algo muito, muito sério meus amigos e estes espiritos são bravos
exatamente por isso também que em cada lugar que se toma o chá, o processo é 100% diferente um do outro
se vc toma ayahuasca num centro de santo daime o processo, as visões, a força vai ser uma
se voce toma num centro da união do vegetal, a força as visões, vai ser completamente outra
se tu toma num centro xamanico, vai ser também outra

porque?
porque em cada local é uma egrégora de espíritos diferente que faz o trabalho
no santo daime são certos espíritos, na união do vegetal são outros espiritos, por isso eu disse ali que "as entidades são mais importantes que a ayahuasca"

dentro disso, se vc tomar sozinho em casa sem ter o acompanhamento destes espiritos que fazem os processos da ayahuasca se manifestarem, vc pode se complicar

agora com os cogumelos é diferente a coisa, apesar de ser iniciante, sinto que o processo dele pode ser feito nesta coisa mais solitária justamente porque com os cogumelos, eles sao as proprias entidades da medicina deles, é algo totalmente diferente, totalmente diferente
com os cogumelos não são forças diferentes variando de strain pra strain
eu sinto que a força espiritual dos cogumelos é uma só e isto não varia como a ayahuasca

é isso
 
Última edição:
Irmãos , acho que que toda planta de poder , ou no caso fungo de poder tem só um propósito , a unificação da consciência com o amor universal , para podermos compreender que a dualidade é uma ilusão enraizada na mente , que no momento que se atinge a unidade , se ama como nunca e ja não há mais perguntas e respostas , há somente o movimento divino que é o tempo , o presente. Então na minha opinião tanto ayahuasca como cogumelos são ferramentas com grande poder espiritual , mas são apenas ferramentas , a essência está dentro de todos nós, nós como seres humanos , acredito eu , somos todos capazes de elevar nossa consciência á um estado divino . Então acho que é preciso trabalhar mais em um forte propósito daquilo que queremos curar , trabalhar , e modificar , e menos em que ferramenta de poder consagrar .Consagre a ferramenta que vier pra você , que com certeza será a certa
 
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