- 28/01/2014
- 9
- 59
- 33
Bom, depois de duas experiências , que de certo modo foram intensas mas ainda com um certo controle. Eu tive uma terceira experiência que foi uma das coisas mais intensas e ao mesmo tempo mais apavorantes da minha vida.
Já faz um tempo que ela aconteceu e eu não consegui voltar aqui para descrevê-la, confesso que fiquei com muito medo de tudo por ver até onde o potencial dos cogumelos vai. Precisei de muito tempo para refletir o que aconteceu mas finalmente eu sinto que estou pronta pra continuar com os aprendizados que os cogumelos me proporcionaram.
Bom nesse dia tomei 3 gramas de cubensis secos. Mas estava em um período de muita dúvida em relação a minha vida, um pouco triste talvez, naquele dia em vez de preparar minha lista de músicas peguei uma lista pronta na internet, não dei muita atenção a preparação do ambiente e isso refletiu em como foi minha experiência.
Bateu muito rápido e eu comecei a sentir muito frio, coloquei diversas roupas de frio e ainda sim parecia que o frio vinha de dentro, me enrolei em cobertores e implorava pra terminar aquilo sendo que tinha até começado, me arrependi profundamente da decisão. Mas como já não tinha volta decidi ficar calma e meditar, ou ao menos tentar.
Enrolada naqueles cobertores eu me vi dentro do utéro, quente, protetor mas aquele sentimento não durou muito. Eu perdi totalmente a consciência dessa vez, não tinha controle nenhum sobre nada. Comecei a chorar e as lágrimas eram quentes e doia tanto, queria acabar aquilo.
Depois do estágio do frio ter passado comecei a ter muita fome e sede, mas não tinha nada na geladeira, apenas uma sopa de lentilhas da noite anterior, esquentei e nesse ponto já não tinha noção do que estava fazendo, comi e aquilo caiu como um veneno, a comida parecia morta, não era fresca, tentei beber água e não consegui , tinha um gosto de veneno e na hora eu tinha certeza que tinha veneno na água, eu senti um gosto tão forte do que hoje acredito ter sido o cloro, chorei chorei e comecei a fazer anotações bizarras em um caderno , escrevia o veneno está na água, o veneno está na comida, chorava sem parar repetindo essa frase , gritando, na verdade nem sei como estava falando, na minha cabeça eu gritava mas duvido muito, fiquei mais de uma hora sentada no chão do quarto repetindo sobre o veneno. Resolvi tomar um banho achando que ia ajudar a passar a viagem. Mas coitada de mim, ai foi que bateu mais forte. Perdi a noção de onde eu estava, e uma música invadiu minha cabecei, comecei a cantarolar uma melodia suave, daquelas que me lembrar canções de tribos antigas , suaves, doces, no ritmo cantarolada nanana, e eu cantava, tinha certeza que era minha voz e foi a coisa mais bonita que eu já escutei na minha vida, tenho essa lembraça em mim, mas ao mesmo tempo era lindo e triste e eu fiquei um bom tempo sem sair do lugar , pensando sobre minha vida, sobre coisas da minha infância, de tudo do mundo. Até que a água começou a cair em cima da minha cabeça e eu comecei a engasgar, desesperei pensando que precisava sair dali mas ao mesmo tempo não me movia. Foi um dos momentos mais tensos porque parecia que eu ia abrir mão de tudo e ficar ali embaixo dessa água, como estava fazendo com o resto da minha vida, eu não tinha coragem pra tomar a atitude de mudar o que me fazia infeliz, e parece que por um momento eu ia me entregar mas subitamente me levantei, e senti um orgulho de mim por isso. Depois tentei vestir a roupa e ai começou uma confusão mental , ia até o quarto mas do nada quando olhava e percebia estava no banheiro de novo e não sabia como isso aconteceu, , depois de várias vezes assim finalmente consegui me deitar, fiquei o resto do dia mal, e quando vi aquele caderno senti muita dor.
Mas tudo aquilo fazia tanto sentido, sobre o veneno, sobre a água e a comida.
Foi muito tenso passar por tudo isso, não foi uma experiência bonitinha de cores e risadas como a primeira vez. E confesso que prometi não tomar mais cogumelos, fiquei com medo. Mas finalmente, o tempo me trouxe sabedoria, e eu entendi o sentido daquela viagem, o que minha mente queria dizer, o que meu corpo queria dizer. Sinto que já estou preparada pra uma nova experiência com muito mais sabedoria e entendimento. Ainda bem que eu tirei esse tempo pra entender o que aconteceu. Acho que não devemos ter medo das experiencias ruins. Elas são talvez mais valiosas que as boas experiências.
Enfim, o texto foi longo mas me sinto livre por ter conseguido contar para alguém isso. Como prefiro ter as experiências sozinhas, é bom dividir com pessoas que entendem e podem me dar conselhos.
Minha vida mudou muito a partir do momento que decidi abrir minha mente.
Enfim, quando for a hora , estarei de coração aberto para outra experiência.
Já faz um tempo que ela aconteceu e eu não consegui voltar aqui para descrevê-la, confesso que fiquei com muito medo de tudo por ver até onde o potencial dos cogumelos vai. Precisei de muito tempo para refletir o que aconteceu mas finalmente eu sinto que estou pronta pra continuar com os aprendizados que os cogumelos me proporcionaram.
Bom nesse dia tomei 3 gramas de cubensis secos. Mas estava em um período de muita dúvida em relação a minha vida, um pouco triste talvez, naquele dia em vez de preparar minha lista de músicas peguei uma lista pronta na internet, não dei muita atenção a preparação do ambiente e isso refletiu em como foi minha experiência.
Bateu muito rápido e eu comecei a sentir muito frio, coloquei diversas roupas de frio e ainda sim parecia que o frio vinha de dentro, me enrolei em cobertores e implorava pra terminar aquilo sendo que tinha até começado, me arrependi profundamente da decisão. Mas como já não tinha volta decidi ficar calma e meditar, ou ao menos tentar.
Enrolada naqueles cobertores eu me vi dentro do utéro, quente, protetor mas aquele sentimento não durou muito. Eu perdi totalmente a consciência dessa vez, não tinha controle nenhum sobre nada. Comecei a chorar e as lágrimas eram quentes e doia tanto, queria acabar aquilo.
Depois do estágio do frio ter passado comecei a ter muita fome e sede, mas não tinha nada na geladeira, apenas uma sopa de lentilhas da noite anterior, esquentei e nesse ponto já não tinha noção do que estava fazendo, comi e aquilo caiu como um veneno, a comida parecia morta, não era fresca, tentei beber água e não consegui , tinha um gosto de veneno e na hora eu tinha certeza que tinha veneno na água, eu senti um gosto tão forte do que hoje acredito ter sido o cloro, chorei chorei e comecei a fazer anotações bizarras em um caderno , escrevia o veneno está na água, o veneno está na comida, chorava sem parar repetindo essa frase , gritando, na verdade nem sei como estava falando, na minha cabeça eu gritava mas duvido muito, fiquei mais de uma hora sentada no chão do quarto repetindo sobre o veneno. Resolvi tomar um banho achando que ia ajudar a passar a viagem. Mas coitada de mim, ai foi que bateu mais forte. Perdi a noção de onde eu estava, e uma música invadiu minha cabecei, comecei a cantarolar uma melodia suave, daquelas que me lembrar canções de tribos antigas , suaves, doces, no ritmo cantarolada nanana, e eu cantava, tinha certeza que era minha voz e foi a coisa mais bonita que eu já escutei na minha vida, tenho essa lembraça em mim, mas ao mesmo tempo era lindo e triste e eu fiquei um bom tempo sem sair do lugar , pensando sobre minha vida, sobre coisas da minha infância, de tudo do mundo. Até que a água começou a cair em cima da minha cabeça e eu comecei a engasgar, desesperei pensando que precisava sair dali mas ao mesmo tempo não me movia. Foi um dos momentos mais tensos porque parecia que eu ia abrir mão de tudo e ficar ali embaixo dessa água, como estava fazendo com o resto da minha vida, eu não tinha coragem pra tomar a atitude de mudar o que me fazia infeliz, e parece que por um momento eu ia me entregar mas subitamente me levantei, e senti um orgulho de mim por isso. Depois tentei vestir a roupa e ai começou uma confusão mental , ia até o quarto mas do nada quando olhava e percebia estava no banheiro de novo e não sabia como isso aconteceu, , depois de várias vezes assim finalmente consegui me deitar, fiquei o resto do dia mal, e quando vi aquele caderno senti muita dor.
Mas tudo aquilo fazia tanto sentido, sobre o veneno, sobre a água e a comida.
Foi muito tenso passar por tudo isso, não foi uma experiência bonitinha de cores e risadas como a primeira vez. E confesso que prometi não tomar mais cogumelos, fiquei com medo. Mas finalmente, o tempo me trouxe sabedoria, e eu entendi o sentido daquela viagem, o que minha mente queria dizer, o que meu corpo queria dizer. Sinto que já estou preparada pra uma nova experiência com muito mais sabedoria e entendimento. Ainda bem que eu tirei esse tempo pra entender o que aconteceu. Acho que não devemos ter medo das experiencias ruins. Elas são talvez mais valiosas que as boas experiências.
Enfim, o texto foi longo mas me sinto livre por ter conseguido contar para alguém isso. Como prefiro ter as experiências sozinhas, é bom dividir com pessoas que entendem e podem me dar conselhos.
Minha vida mudou muito a partir do momento que decidi abrir minha mente.
Enfim, quando for a hora , estarei de coração aberto para outra experiência.