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Apostando na genética...

Cygnus X 1

Cogumelo maduro
Cultivador confiável
21/01/2005
270
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:teo_seta_direita: Ramificações de culturas de multiesporos

Cultura de multiesporos é a forma mais simples de se obter uma linhagem viável, senão absolutamente pura. A germinação de tal multidão de esporos, de fato cria muitas linhagens, algumas incompatíveis com outros e cada qual é potencialmente diferente na maneira e grau em que frutificam sob condições artificiais. Nesta mistura, certas linhagens inibem a atividade de outras mais produtivas. No geral linhagens criadas de esporos tem uma boa probabilidade de se parecerem com seus pais. Se tais pais foram domesticados e frutificam bem em condições laboratoriais, espera-se que seus filhos tenham o mesmo comportamento. Em contraste, culturas de espécimens selvagens podem frutificar muito fracamente em um ambiente artificial. Assim como plantas selvagens, linhagens de cogumelos selvagens devem ser seletivamente desenvolvidas.

Das muitas linhagens recentemente criadas intrinsicamente para germinação multiesporos, algumas só podem ser capazes de crescimento vegetativo. Tal micélio pode assimilar nutrientes mas não pode formar um corpo de frutificação (o produto do crescimento "gerador"). Uma rede de células originarias de um único esporos é chamado de monocarióide. Por via de regra, monocarióides não são capazes de produzir cogumelos que produzem esporos. Quando duas hifas monocarióides se encontram e se cruzam, material citoplasmático e genético é trocado. O micélio resultante é um dicarióide que pode produzir uma prole fértil na forma de cogumelos. Ramificação ou "fazer redes" [networking não tem uma tradução exata para português, provavelmente faltam palavras q consigam tornar esse termo mais conciso em uma palavra só] entre diferentes linhagens dicarióticas é conhecido como anastomose [comunicação entre dois vasos sangüíneos ou outras formações tubulares]. Esse processo de recombinação pode ocorrer em qualquer estágio do processo do cultivo: no agar; em grãos; em substratos mais pesados (grandes pilhas de composto). O cruzamento de diferentes linhagens de cogumelos é análoga a criação de híbridos na horticultura.

Outro método para começar culturas é a criação de um único esporo "isolado" e é conseguido diluindo esporos em um volume de água estéril. Esta solução de esporos é então diluída em maiores volumes de água estéril que é então utilizada para inocular meios de culturas. Desta forma, cultivadores podem observar monocarióides individuais e de uma forma controlada instituir um calendário de cruzamento para o desenvolvimento de linhagens de alta produtividade. Para cultivadores interessados somente em obter uma cultura viável, esta técnica é desnecessária e germinações multiesporos são geralmente suficientes. Mas para aqueles interessados no cruzamento de linhagens monocarióticas e estudar características de cruzamento este método é de grande valia.

Tenha em mente que para cada 100 esporos, apenas uma média de 1 a 5 germinam. Para maiores explicações sobre linhagens e genética das linhagens veja o capítulo XV.

O maior perigo em fazer germinações multiesporos concentradas é a chance maior de contaminação, especialmente de bactérias. Algumas bactérias parasitam as paredes celulares do micélio, enquanto outras estimulam germinação dos esporos apenas para ser carregada e lentamente digerir o micélio resultante. Portanto algumas linhagens são naturalmente fracas e tendem a ser associadas a uma alta percentagem de contaminações. Estes esporos infectados aumentam a probabilidade de proliferação de doenças para esporos vizinhos quando a germinação é efetuada em números tão grandes. Muitos fungos, entretanto, desenvolveram um raro relacionamento simbiótico com outros microorganismos. Algumas bactérias e leveduras estimulam germinação de esporos em cogumelos que em outras situações seriam difíceis de serem cultivados em culturas estéreis. Os esporos do Cantharellus cibarius, o comum e altamente premiado Chantrelle [me esqueci o nome popular dele por aqui], não germinam em condições artificiais, resistindo aos esforços dos micologistas mais experientes do mundo. Recentemente, Nils Fries (1979), um micologista suíço, descobriu que quando carvão ativado e levedura vermelha, Rhodotorula glutinis (Fres. [?]) Harrison, foram acrescentadas ao meio, a germinação de esporos seguia logo em diante (carvão ativado é recomendado para qualquer cogumelo cujos esporos não germinam facilmente).

Muitos cultivadores vem reportando que certas culturas crescem bem quando uma bactéria acidentalmente contamina ou é propositalmente introduzida em uma cultura. Pseudomonas putida. Bacillus megaterium, Azotobacter vinalandii e outros provaram ter efeitos estimulatórios em várias espécies de cogumelos- sejana germinação de esporos, no crescimento do micélio ou na formação de corpos de frutificação. Entretanto, a maioria dos contaminantes que são encontrados no cultivo de cogumelos, sejam do ar ou intrínsecas à cultura, não auxiliam em nada. As bactérias podem ser os mais nefastos dos competidores. Um regime diligente de higiene, a utilização de filtros HEPA e boas técnicas de laboratório conseguem eliminar estes contaminantes custosos.


:teo_seta_direita: Setorização: Seleção e desenvolvimento de linhagens.

Quando um micélio cresce em um agar nutritivo (meio de cultura), ele pode apresentar uma impressionante diversidade de formas. Alguns micélio são bem uniformes quanto à aparência; outros podem ser polimorfos inicialmente e rapidamente se desenvolverem em um micélio de aparência homogênea. Esta é a natureza do micélio dos cogumelos - mudar constantemente e evoluir.

Quando um micélio cresce em um único foco de inoculação e vários tipos divergentes apareçem, diz-se que ele está "setorizando". Um setor é definido unicamente em contraste com o micélio predominante ao seu redor.

Existem duas grandes classes de setores miceliais: rizomórficos (corda, trançado) e tomentose (algodoado). Um tipo intermediário de micélio ocorre que cresce linearmente (longitudinalmente radial [?]) mas não tem fios tortos de hifas entrelaçadas que caracterizam o tipo rizomórfico.

Micélio rizomórfico é muito mais apto a produzir primordia. Micélio linear também pode produzir primordia abundantemente mas isto normalmente ocorre assim que forma rizomorfos. Entretanto, tenha em mente que as caraterísticas do micélio frutificante são específicas as espécies em si e podem não conformar-se precisamente com as categorias listadas aqui.

Num pote que está largamente coberto com um micélio algodoado, um leque de micélio trançado seria chamado de setor rizomórfico, e vice versa. Setores são comuns na cultura de cogumelos e apesar de que pouco se conhece sobre as causas e funções, está claro que a genética, nutrição e a idade do micélio tem papéis importantes.

De acordo com Stoller, o crescimento de setores cobertos de penugem é encorajado pelos núcleos [dos grãos] que foram quebrados e expostos que aumentam a disponibilidade de amido nas sementes [termo de micologia que se refere à um momento específico do cultivo comercial]. Trabalhando com o Agaricus brunnescens, Stoller notou que apesar do crescimento micelial ser rápido em níveis altos de pH (7.5) do que em níveis levemente ácidos de pH (6.5), a setorização é mais frequente. Ele descobriu que setores em grãos podem ser reduzidos evitando-se o uso de grãos "explodidos" [expostos] (uma consequência de água em excesso) e tamponando o pH a 6.5 usando uma combinação de giz (carbonato de cálcio precipitado) e gesso (sulfato de cálcio). Cultivadores comerciais de Agaricus à muito perceberam que o lento micélio algodoado é inferior ao crescimento rápido do micélio rizomórfico. Existe uma aparente correlação entre micélio algodoado no agar e as ocorrência posteriores de "estroma", um crescimento denso, como um tapete de micélio, sobre os casings que raramente produzem cogumelos.
Ainda mais, primordia formam-se frequentemente pelos rizomorfos orientados de forma frutífera [?] mas raramente entre um micélio algodoado disposto de forma somática. É de interesse mencionar que, sob um microscópio, as hifas de um micélio rizomórfico são mais largas e se dividem menos frequentemente do que a rede micelial algodoada.

Micélio rizomórfico corre rápido, forma mais primordia e na análise final produz mais cogumelos do que o micélio algodoado. Um exemplo disso está ilustrado na fig. 37. Uma única lasca de micélio foi transferida para um placa de petri e dois tipos miceliais distintos cresceram disto. O setor com mais "cordas" formou primordia abundante enquanto o setor algodoado não formou, um evento comum na cultura de agar.

Quando um micélio fica velho, é dito que está senescendo. Micélio senescente, como qualquer planta ou animal velho, é bem menos vigorosa e fértil que a sua contraparte [micélio jovem]. No geral, uma mudança de micélio com aparência rizomórfica para algodoada deve ser um alerta para que a degeneração da linhagem tenha começado.

If at first a culture is predominantly rhizomorphic, and then it begins to sector, there are several measures that can be undertaken to promote rhizomorphism and prevent the strain's degeneration.

1. Propague apenas os setores rizomórficos e evite os algodoados.
2. Altere o meio regularmente usando as formulas descritas aqui. Cultivando uma linhagem na mesma fórmula de agar não é recomendada por que a composição nutricional do meio exerce uma influência seletiva na abilidade de produção de enzimas digestivas do micélio. Variando o meio, o sistema de enzimas da linhagem permanece amplo e o micélio é mais apto a sobreviver. Espécies variam bastante nas suas preferências. A não ser que dados específicos estejam disponíveis, tentativa e erro é o único recurso.
3. Apenas cresça a quantidade de micélio necessário para a produção das "sementes" e retorne a linhagem para o estoque quando não estiver em uso. Não espere que o micélio que foi cultivado durante vários anos em temperaturas ótimas relembre a cultura primária de onde veio. Após tantas divisões celulares e transferências contínuas, é provável que uma sub-linhagem tenha sido selecionada, uma q pode relembrar de longe a original, na vitalidade, aparência micelial e potencial de frutificação.
4. Se tentativas de preservar uma linhagem vital falharem, re-isole novas sub-linhagens de germinações multi-esporos.
5. Uma outra alternativa é experimentar continuadamente com a criação de linhagens híbridas que são formadas do cruzamento de micélio dicariótico de dois pais geneticamente distintos. (experimentos com Agaricus brunnescens mostraram, entretanto, que a maioria dos híbridos produzem menos do q ambas ou apenas uma das linhagens em questão. Uma minoria dos híbridos resultam em linhagens mais produtivas.)

Cultivadores amadores podem desenvolver seletivamente linhagens de cogumelos ao classificar o micélio de acordo com as seguintes características. Estas características são:
  1. Rizomorfismo - micélio vegetativo de rápido crescimento.
  2. Pureza da linhagem - falta de setores algodoados.
  3. Limpeza do micélio - falta de organismos competidores (bactérias, bolores e insetos)
  4. Tempo de resposta às condições de formação de primordia.
  5. Número de primordia formado.
  6. Proporção de primordia que cresce até a maturidade.
  7. Tamanho, formato e/ou cor dos corpos de frutificação.
  8. Produtividade total.
  9. Resistência à doenças.
  10. Tolerância/sensibilidade ao gás carbônico.
  11. Limites de temperatura.
  12. Facilidade de colher.
Usando estas características, cultivadores de cogumelos podem julgar qualitativamente as linhagens e selecionar algumas em um período de tempo de acordo com as preferências do cultivador.
 

Anexos

  • apostandonageneticaEN.txt
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NeuroFX disse:
Se o micélio estiver apresentando crescimento inicial algodoado, é possível induzir uma setorização rizomórfica e tornar o desenvolvimento assim até o término da colonização no caso de bolos?
Até onde sei, manifestações de micélio algodoado são difíceis de serem controladas, a proposta da setorização é de ser justamente a linha divisõria entre linhagens diferentes que manifestam-se diferentemente. Quanto às causas do micélio algodoado, bem... isso pode ser muito relativo, até mesmo em condições de baixa umidade os bolos manifestam esse aspecto algodoado para capturar mais água do ambiente, mas de vez em quando certas linhagens e raças (exemplo: o matias romero) apresentam certas características como o algodão mesmo em condições de extrema umidificação. Não se pode dizer q isso é exclusivamente uma manifestação fenotípica, mas que tem algum fundamento em crer que provavelmente a genética tem um grande papel nisso, isso tem.

A pergunta q vc quer q eu responda é: se meu micélio começou algodoado ele pode ficar rizomórfico? Bem, sim... isso É a setorização em si, e mais, o micélio rizomórfico q cresce mais rápido tem a tendência a dominar maior parte do volume do substrato, outra coisa, o micélio está em constante "networking" consigo mesmo, ele está constantemente tentando trocar núcleos entre as hifas e formar hifas reprodutivas, mesmo depois dos 100% de colonização. Agora eu não acho q seja possível induzir isso... através da clonagem de micélios rizomórficos é possível supor com maior probabilidade q a característica será continuada.

Em inoculações multiesporos não existe qualquer forma de controle quanto a isso... o único controle possível é a clonagem destes micélios que já são rizomórficos... aí sim tem-se uma boa linhagem q muito provavelmente não irá manifestar essa formação algodoada durante a colonização.

O texto é um fragmento do livro The mushroom cultivator do Paul Stamets.
 
Se alguém se candidatar a realizar tal processo, é só falar que eu envio o carimbo, também.

Se a strain está indo bem em sucessivas gerações de cultivo multi-esporos considera-se a mesma domesticada.

Não tem mistério.

Assim como se alguém coletou esporos na natureza, selecionou um cultivar multi-esporos estável e outras pessoas estão conseguindo cultivar os carimbos sem problemas, é uma strain.

Se vamos ter vários cultivos de Ipiaú, alguém que esteja relacionado aos primeiros cultivos da strain faça um verbete para o guia de raças, por favor.
 
Alguma dúvida sobre a definição de strain?

O Guia de Raças foi todo elaborado redigido em cima de um conceito semelhante, se não mais permissivo.

Alguém deseja contestar alguma strain de Guia de Raças?
 
Um amigo há um tempo atras entrou em contato com cultivadores gringos para tentar introduzir strains brasileiras no "cenario internacional", e em banco de esporos. A intenção seria dar um prestigio para as strains nacionais como as Tailandesas possuem hoje. Simplesmente não aceitaram por desconhecerem sobre o detalhamento do processo de domesticação.

Então, essa falta de criterio pode não ter problema para você @Ecuador , mas há quem se importa por trabalhar com uma cepa em que já tenha um "fenotipo limpo". O seu pensamento está certo no que diz respeito que a cada cultivo multi-esporo naturalmente a strain irá sendo selecionada. Mas no momento em que os carimbos vão se espalhando nesse processo, diferentes fenotipos tambem irão se espalhando fazendo com que a cepa seja instavel.

Se será assim a politica do forum, ok...
 
Um amigo há um tempo atras entrou em contato com cultivadores gringos para tentar introduzir strains brasileiras no "cenario internacional", e em banco de esporos. A intenção seria dar um prestigio para as strains nacionais como as Tailandesas possuem hoje. Simplesmente não aceitaram por desconhecerem sobre o detalhamento do processo de domesticação.

Que cultivadores são esses, por favor? E qual banco de esporos?

Várias strains brasileiras foram aceitas no Ralphster Spores, por exemplo. Basta ver a lista de lá.

E o FSRE tem a Teonanacatl e já teve a Campinas.

E tem gente do Mycotopia cultivando Corumbá Albino:
- https://mycotopia.net/topic/79055-albino-corumba-tub/
- https://mycotopia.net/topic/76843-pc-albino-corumba-br/


Então, essa falta de criterio pode não ter problema para você @Ecuador , mas há quem se importa por trabalhar com uma cepa em que já tenha um "fenotipo limpo".

Sabe aquela história de ser mais realista que o rei?

Esse mesmo pessoal que você citou acima então não vai cultivar várias das strains que são inclusive consagradas nos fóruns de cultivo, e que podem variar, como a A+ Albino, que tem cultivares em circulação que variam em pigmentação. Ou a PE6, que é um híbrido bem variável. Nem deveriam cultivar strains de procedência indefinida, como as que o Earth's Tongue liberou no mercado. Vamos cortar a strain Keepers Creepers dos nossos cultivos e guias?
 
Sei não. Entendo que seja o padrão Internacional, mas soa estranho não considerar a natureza como provedor direto de raças. O isolamento e aperfeiçoamento das strains é mérito nosso, e não deveria ser visto como "demérito natural".
 
Última edição:
Entendo que seja o padrão Internacional,

O que seria padrão internacional? O que o @PsychoEvie descreveu? Pois não é.

Que eu saiba não há padrão internacional para isso. Não há nenhuma associação de cultivadores dando credibilidade ou não às strains, por exemplo.

O que existe é o padrão "de fato". Quando um nome de strain fica conhecido e começa a ter cultivos de sucesso a mesma é considerada strain.
 
Que cultivadores são esses, por favor? E qual banco de esporos?

Várias strains brasileiras foram aceitas no Ralphster Spores, por exemplo. Basta ver a lista de lá.

E o FSRE tem a Teonanacatl e já teve a Campinas.

E tem gente do Mycotopia cultivando Corumbá Albino:
- https://mycotopia.net/topic/79055-albino-corumba-tub/
- https://mycotopia.net/topic/76843-pc-albino-corumba-br/

Um era um cultivador que estavam a frente de uma loja de esporos pelo que eu lembro, já tem um tempo isso como havia dito.
Não sei sobre a politica de aceitação de strains do FSRE, e sobre o mycotopia ter 1 ou 2 cultivos de strains brasileiras tambem não entra no assunto.


Esse mesmo pessoal que você citou acima então não vai cultivar várias das strains que são inclusive consagradas nos fóruns de cultivo, e que podem variar, como a A+ Albino, que tem cultivares em circulação que variam em pigmentação. Ou a PE6, que é um híbrido bem variável. Nem deveriam cultivar strains de procedência indefinida, como as que o Earth's Tongue liberou no mercado. Vamos cortar a strain Keepers Creepers dos nossos cultivos e guias?

Pode ser que se importem sim, já que há quem cultive apenas 1 cepa de sua preferencia e não cultive outras. Mas você não entendeu o que eu quis dizer de verdade...
O que tem a ver Albino variar de pigmentação??? Mas é claro que o A+ passou por um processo previo de domesticação. E o PE6?? Idem... :sleep:
Você não percebe que sem um processo de domesticação, a diferenciação fenotipal de nenhuma dessas strains existiria. Se o processo de domesticação não é necessario então porque não remover o guia e tratar tudo como P. Cubensis?
Poderia eu então pegar carimbos aleatorios, e criar varias novas strains sem criterio algum?? Por exemplo, pegar um carimbo de Pesa, e criar uma nova strain? O guia de raças vai aumentar bastante heim...

O processo de domesticação é continuo, a cada geração de cultivo continua. É um processo natural. Mas o inicio desse processo é o que define pra qual caminho a strain vai seguir colocando um fenotipo em evidencia. Um carimbo selvagem possui inumeros fenotipos que se rivalizam entre si.

Acho que seria legal, mover essa discussão para um topico mais pertinente.
 
Não sei sobre a politica de aceitação de strains do FSRE

Se para mim o FSRE, que é provavelmente o maior banco do mundo, aceita essas strains, o caminho é por aí.

E se cultivadores do Mycotopia cultivam strains interessante para eles, também o caminho é por aí.

Agora, esses sites e cultivadores sem nome, o que eu posso dizer?


O que tem a ver Albino variar de pigmentação??? Mas é claro que o A+ passou por um processo previo de domesticação. E o PE6?? Idem..

E são strains com "fenotipo limpo"?


Você não percebe que sem um processo de domesticação, a diferenciação fenotipal de nenhuma dessas strains existiria. Se o processo de domesticação não é necessario então porque não remover o guia e tratar tudo como P. Cubensis?

Porque os cultivadores gostam de strains. Não é óbvio?

E que diferenciação fenotipal é essa? Quer fazer um teste para ver se você consegue diferenciar uma strain de outra baseado em fotos, por exemplo? As que tem alguma característica marcante, como albinismo, você tem chance. Outra, só se você recorrer à pesquisa de imagens do Google ...


Poderia eu então pegar carimbos aleatorios, e criar varias novas strains sem criterio algum?? Por exemplo, pegar um carimbo de Pesa, e criar uma nova strain? O guia de raças vai aumentar bastante heim...

Sim, poderia. E ainda poderia fazer de tal modo que a maioria dos cultivadores nem percebessem. E o guia aumentaria bastante.

Esse processo de "criação" de novas strains de uma forma heterodoxa é o que suspeitam que a Earth's Tongue fez, e liberou no mercado. Pergunto novamente, vamos cortar a strain Keepers Creepers dos nossos cultivos e guias?


Por isso acho que toda domesticação feita de boa fé como a Ipiaú deve ser merecedora de todo respeito. E ser incluída no Guia de Raças.
 
Se para mim o FSRE, que é provavelmente o maior banco do mundo, aceita essas strains, o caminho é por aí.

E se cultivadores do Mycotopia cultivam strains interessante para eles, também o caminho é por aí.

Agora, esses sites e cultivadores sem nome, o que eu posso dizer?

Dei apenas um referencia para o que eu estava dizendo. Em momento algum eu disse que o exemplo que eu dei era um consenso absoluto. Acho que deu pra entender bem o que eu quis dizer com o exemplo que dei.

E são strains com "fenotipo limpo"?

Bem mais limpa que carimbo de cogumelo selvagem?? SIM!!

Porque os cultivadores gostam de strains. Não é óbvio?

E porque gostam?? Pra mim não há logica de gostar de strain se eu posso pegar qualquer uma strain e tirar 1 milhão de novas strains dela sem nenhum criterio.
Tenho 3 carimbos de Pesa. Só que resolvo nomear 1 carimbo de A, o outro de B e o outro de C. 3 novas strains. Dai faço 3 cultivos com 3 strains que tiveram a mesma origem. Isso faz algum sentido? Não quer dizer que seria preciso ter um criterio nem ao menos basico?

E que diferenciação fenotipal é essa? Quer fazer um teste para ver se você consegue diferenciar uma strain de outra baseado em fotos, por exemplo? As que tem alguma característica marcante, como albinismo, você tem chance. Outra, só se você recorrer à pesquisa de imagens do Google ...

E quem disse que a diferenciação fenotipal pracisa ser necessariamente visivel macroscopicamente?? Pode ser em questão de desenvolvimento (rapido, ou resistente a contaminantes domesticos etc), pode ser relacionado a potencia dentre outros fatores não relacionados a caracteristica do basidioma.

Sim, poderia. E ainda poderia fazer de tal modo que a maioria dos cultivadores nem percebessem. E o guia aumentaria bastante.

Esse processo de "criação" de novas strains de uma forma heterodoxa é o que suspeitam que a Earth's Tongue fez, e liberou no mercado. Pergunto novamente, vamos cortar a strain Keepers Creepers dos nossos cultivos e guias?

Como eu disse, o processo de domesticação ocorre tambem conforme a strain é cultivada, por seleção natural. Por não ser uma strain do Brasil, pode ter vindo de origem de apenas 1 carimbo que tenha passado antes por sucessivos cultivos, o que já confere uma seleção melhor.
 
Bem mais limpa que carimbo de cogumelo selvagem?? SIM!!

Quem sabe ...


E porque gostam?? Pra mim não há logica de gostar de strain se eu posso pegar qualquer uma strain e tirar 1 milhão de novas strains dela sem nenhum criterio.
Tenho 3 carimbos de Pesa. Só que resolvo nomear 1 carimbo de A, o outro de B e o outro de C. 3 novas strains. Dai faço 3 cultivos com 3 strains que tiveram a mesma origem. Isso faz algum sentido? Não quer dizer que seria preciso ter um criterio nem ao menos basico?

O critério é o cultivador. E o que os outros percebem.

E se você pega uma strain clássica e tenta separá-la em várias strains é claro que aí há interesses envolvidos.


E quem disse que a diferenciação fenotipal pracisa ser necessariamente visivel macroscopicamente?? Pode ser em questão de desenvolvimento (rapido, ou resistente a contaminantes domesticos etc), pode ser relacionado a potencia dentre outros fatores não relacionados a caracteristica do basidioma.

Desenvolvimento rápido é fenótipo. Diferência de potência entre strains de cubensis é um assunto complexo ...


Como eu disse, o processo de domesticação ocorre tambem conforme a strain é cultivada, por seleção natural. Por não ser uma strain do Brasil, pode ter vindo de origem de apenas 1 carimbo que tenha passado antes por sucessivos cultivos, o que já confere uma seleção melhor.

Pode ter vindo?

E as strains do Brasil não vieram de um só carimbo?

Há algum preconceito contra as strains originárias aqui?
 
Desenvolvimento rápido é fenótipo. Diferência de potência entre strains de cubensis é um assunto complexo ...

Releia o que eu escrevi. Eu disse que desenvolvimento rapido era fenotipo, mas disse tambem que fenotipo não era apenas caracteristica fisica do basidioma que foi o que você deu a entender.

Quanto ao assunto sobre potencia ser complexo, eu digo que é complexo justamente graças ao carater subjetivo que ele fica sujeito, carater esse que você quer estender a strains quando diz:

O critério é o cultivador. E o que os outros percebem.


Pode ter vindo?

E as strains do Brasil não vieram de um só carimbo?

Há algum preconceito contra as strains originárias aqui?

Eu colho um carimbo selvagem. Desse carimbo eu faço um cultivo indoor. Varias geneticas estão misturadas já que nenhuma foi isolada... Dai eu desse cultivo inicial eu espalho varios carimbos pra varios cultivadores. Imagine que cada carimbo vá com um fenotipo predominante diferente. Quando no Brasil entra apenas um desse carimbo já há uma filtragem da strain.

Isso que eu quis dizer. Nada a ver com preconceito.
 
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