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A que Nível Psicodélico você já chegou?

Até que Nível Psicodélico você já chegou?

  • Nível 0 - nunca usei psicodélicos ou não senti nenhum efeito

    Votos: 1 1.8%
  • Nível 1

    Votos: 4 7.3%
  • Nível 2

    Votos: 14 25.5%
  • Nível 3

    Votos: 9 16.4%
  • Nível 4

    Votos: 12 21.8%
  • Nível 5

    Votos: 15 27.3%

  • Total de votos
    55

ExPoro

Enteogenista Apaixonado pela Vida
Cultivador confiável
14/04/2015
3,699
1
64
Boa tarde a todos. :)

Baseado no trecho sobre Níveis Psicodélicos do FAQ da Experiência Psicodélica, até que nível psicodélico vocês já foram?

Eu, até hoje, cheguei no máximo até o nível 2,6. Ou seja, não cheguei no 3, mas passei do 2. :roflmao:

Creio que níveis 4 e 5, apenas com cogumelos, e com fins mais espirituais. :)

Fica 2 na votação então.

Aliás, o votos podem ser alterados a qq momento. :D
 
Última edição:
Também votei no 2. Certamente não cheguei no 3, mas passei do 2. Na minha última trip, saí com a impressão de que para ter experiências mais profundas, é preciso ter mais foco e energia de alguma forma, talvez melhorando e set/setting, meditação, etc. Me parece mais importante que aumentar a dose (no meu caso). ;)
 
Como certa vez o saudoso @Mortandello disse: Se ainda há nível é porque você ainda não chegou lá!

Filosofando um pouco, penso que ele quis dizer que uma experiência psicodélica não pode ser quantificada, pois cada experiência é única e a partir do momento que nós a quantificamos, nós a reduzimos... É como se a gente catalogasse a experiência e colocasse-a em uma caixinha. O mesmo vale para outras experiências psicoativas ou mesmo sexual.

TL;DR: Não importa o nível, o que importa é vivenciar a experiência como se fosse a última.
 
Eu entendo o @ExPoro, e os amigos lá do Erowid, o que pretendem e fazem, é quantificar, analisar, medir, experimentar. Esse seria o lado mais "científico" das experiências que vai de carona com as universidades americanas e seus paladinos da psicodelia como os professores Leary, Schultz, Evans, Metzner, Alpert entre outros mais ou menos importantes. O que o @Cosmik coloca é o lado avesso, o vivenciar sem teorizar, deixar-se levar pelo não conhecido, pelo espiritual, talvez? Eu acredito que ambas as abordagens são válidas e importante para a caminhada com os enteogenos, se complementam.

Mas voltando a pesquisa, ver gnomos se enquadra aonde mesmo?
 
Mas voltando a pesquisa, ver gnomos se enquadra aonde mesmo?
Já vi pessoas falando na internet que com psicodélicos você não chega a ver coisas que não estão lá, que isso é coisa de filme, que só ocorrem distorções e talz...
Mas alguns relatos que já li por aqui contradizem essas afirmações.. :cautious::entendiado:
 
No fundo a pessoa vê uma coisa que está lá, mas acha que é outra (gnomos, aliens, Deus....)
Que eu tenha notícia (ou experimentado) não "aparecem" objetos no campo visual (de olhos abertos), apenas o que se vê é que se transforma.

Certíssimo está o @Cosmik , até porque, todos os "níveis" se misturam de várias formas diferentes, em cada trip.

Só o que podemos analisar, quantificar, classificar são os elementos recorrentes, efeitos variados que acontecem com a maioria e são interpretados de formas diferentes (às vezes, completamente) por cada um.

São exemplos os mais objetivos como sintomas físicos, sinestesia, ver padrões ou fractais, sensação de conexão ou "presença". Qualquer coisa além dos elementos mais básicos, que podem ser reduzidos ou explicados por fenômenos fisiológicos, neurológicos, psicológicos ou psiquiátricos, é puramente subjetivo.

Isto é, "conexão" pode ser com a natureza, universo ou outra pessoa; "presença" pode ser de Deus, aliens, gnomos ou de si mesmo; os visuais podem ser interpretados como fractais, mandalas, colméias de abelha, etc. Vai do set de cada um.

Se existe entretanto algo que define um "nível 5", para mim, creio que seja a perda total de contato com a realidade, com o corpo físico.

O que vem depois disso é, novamente, puramente subjetivo. Mas eu interpreto a perda do corpo físico como pré-requisito para entrada em uma espécie de outra dimensão, como se fosse um reino de Shambhala, onde o corpo físico, impuro, não pode entrar, e portanto precisa ser deixado de lado, para que a alma/consciência sigam em frente.

Mas cuidado com a idéia de que um "nível 5" é algo a ser atingido, como se fosse um videogame. O que acontece "lá" pode ser algo não necessariamente bom, aliás, é mais provável que seja algo ruim, a menos que você já tenha problemas piores. No mínimo, pode ser algo muito difícil de lidar, inclusive no dia a dia, mesmo bastante tempo depois da trip.
 
Eu diria que em uma experiência completa passa por todos os níveis, mas a dosagem de nível 5 faz o turbilhão acontecer tão rapidamente que a dissolução ocorre mais brevemente.

Em quase 10 anos após a primeira experiência, posso afirmar que a experiência se torna realmente incrível a partir do nível 3. Quando ficavam muito abaixo de 3, sentia uma sensação de superficialidade e pouco conteúdo (talvez porque eu não tenha aprendido a trabalhar com doses baixas).

Aliás nível 3.6 para mim foi o nível perfeito para iniciar, (mas para um iniciante, eu já tinha uma busca e um laço muito significativo de respeito com os cogumelos e comigo mesmo). Sozinho, neste nível, minha primeira experiência me impressionou de todas as formas possíveis e quem sabe foi ela que firmou um laço de relacionamento sério com a psicoatividade de conhecimentos que os cogumelos oferecem para a melhoria de minha vida.

Só não concordo com as padronizações de dosagens, porque dosagem varia muito de corpo para corpo, de pessoa para pessoa, e de cogumelo para cogumelo. Uma dosagem que para mim levaria ao nível 3 facilmente (porque tenho físico de grilo) provavelmente seria nível 1 ou 2 para alguém como @MuiLok que é um Ursão!
 
Já vi pessoas falando na internet que com psicodélicos você não chega a ver coisas que não estão lá, que isso é coisa de filme, que só ocorrem distorções e talz...
Mas alguns relatos que já li por aqui contradizem essas afirmações.. :cautious::entendiado:

Pode acreditar nesses relatos ...

Então, uma vez falei sobre dragões em outro fórum e me falaram que era mentira essa de ter alucinações vívidas. Eu acreditei. Mas, o FAQ da Exp Psicodélica tem um trecho sobre as alucinações, em que narra a possibilidade de "alucinações reais", em que "os visuais são equivalentes a um filme 3-D numa tela de 360 graus". Eu francamente prefiro acreditar em quem escreveu a FAQ.

Acho que ver Gnomo vai do nível 4 pra frente :LOL:. O tópico sobre alucinações e entidades (acabei de criar) pode ser bem fértil, seria legal ver a galera descrevendo quais entidades já viram.
 
Hey, Ec, beleza?
Então, se fosse só sobre entidades o tópico, acho que seria legal juntar, mas o tópico fala sobre qualquer tipo de alucinação + entidades, com base na lista de tipos de alucinações passada no FAQ. Bem, se você retornar o tópico à originalidade, retiro a parte dele falando sobre entidades em especial e especifico sobre espécies de alucinações. Entidades já tem esse tópico que você moveu pra ele... Mas sobre espécies de alucinações assim descritas, já não sei se tem. Cê que sabe. :)
 
Visões de olhos fechados não são propriamente alucinações. São somente visões de olhos fechados, e o pessoal as descreve em fartura nos relatos. São bem comuns e praticamente todo mundo as experimenta, principalmente os padrões geométricos. Nesse ponto discordo da classificação do FAQ, e prefiro manter esse conceito atual que expliquei.

Sobram as visões, padrões etc. com os olhos abertos, essas já são mais raras e ligadas a doses altas, e aí voltamos a conceitos também já discutidos no fórum.

Alucinação é a percepção ou visão do que não existe, ou não está lá naquele momento. Na verdade pode-se adotar um critério mais estrito ainda para alucinações, que seria a pessoa ver algo e não perceber que é por causa dos cogumelos que tomou. Tipo, eu já tive visões de animais e outras, de olhos abertos, ouvi sons, mas eu sabia que era efeito dos cogumelos, enquanto outros objetos do mesmo ambiente, como lâmpadas, cadeiras, paredes etc. não eram efeito dos cogumelos. Aí o que pode ser chamado de alucinações sob efeito de cogumelos ficariam ainda mais raras. Eu mesmo não me lembro de ter tido uma que escape desse critério.

Por isso talvez os psicodélicos sejam descritos às vezes não como alucinógenos, mas como perturbadores da percepção. E, sim, existem substâncias que são realmente alucinógenas, embora não sejam o escopo do fórum.

Então creio que "Entidades, animais ou outras visões ..." cobre bem o tema, além de ser um tópico já com vários depoimentos. Não temos necessidade de abrir tópicos sobre assuntos semelhantes por causa de detalhes.

Se você achar necessário abra um tópico sobre as visões de olhos fechados, ainda que já pode haver algo a respeito.
 
Creio que a subjetividade na análise de uma experiência psicodélica seja um fator marcante demais para podermos encaixa-la de forma tão esquemática num modelo pré-estabelecido.

Não sei o meu "nível", se sou super-sayajin ou um yajirobe da vida, kkkkkkkk, mas senti e sinto o seguinte:

Os famosos padrões de fractais e de cores, que eu chamo de "a boa e velha psicodelia", e que podem ser vistos também de olhos abertos "mesclados" à visão. Distorções de objetos, confusão mental (embaralhamento dos sentidos e principalmente do processamento das informações captadas por eles, além da própria linearidade do pensamento), alucinações em que texturas ou objetos se transformam em outras coisas (porém com algum tipo de ligação com o objeto real, por exemplo, árvores que se transformam em insetos gigantes mas com textura de casca de árvore), despersonalização (ou acentuação de um traço da personalidade, como o sarcasmo, ou a simpatia, ou qualquer outro traço. Aliás no caso do sarcasmo fico bastante insuportável e procuro evitar ao máximo esse tipo de comportamento embora nem sempre consiga...Hehehehehe), emoções exacerbadas (alegria, medo, serenidade, etc...), "visão" de padrões orgânicos com os olhos fechados (que para mim são o filé da psicodelia pois são deslumbrantes).

Bom até o momento é isso, ainda não perdi os sentidos ou a mente racional completamente ou tive meu ego pulverizado. Um dia eu chego lá. Ou não.

Me parece que os psicodélicos no fundo causam uma espécie de pane da mente racional por excesso de estimulação ou quebra dos filtros naturais de foco de processamento mental. A dose obviamente influi na "gravidade" desta pane.
 
Me parece que os psicodélicos no fundo causam uma espécie de pane da mente racional por excesso de estimulação ou quebra dos filtros naturais de foco de processamento mental. A dose obviamente influi na "gravidade" desta pane.

S.A.C. (Sacou Além do Comum)! (kkkk desenterrando as siglas antigas usadas no velho CM)
É por ai mesmo Hutt, o "turbilhão" que ocorre antes da morte ou durante a morte de ego, na minha experiência é caracterizado por uma crescente complexa de estímulos sensoriais, mentais e emocionais. A complexidade se torna tanta que ocorre o colapso da nossa capacidade de auto-reconhecimento, de perceber o tempo, ocorre um total desprendimento daquilo que conheço como convencionalmente natural/real.

Não acho complexo associar os efeitos que tive em minha experiência mais profunda (37 cogumelos no meu corpo palito) com a descrição generalista e resumista (criando termos) do nível 5. Recordando da experiência, não tenho dúvidas que está é uma versão simplista e generalizada, mas que reflete a base da tamanha profundidade na experiência: Nível 5: "Total perda de conexão visual com a realidade. Os sentidos param de funcionar da forma normal. Total perda do ego. Fusão com o espaço, outros objetos ou com o Universo. A perda de realidade fica tão aguda que desafia qualquer explicação. Os níveis mais baixos são relativamente fáceis de explicar em termos de mudanças mensuráveis na percepção e padrões de pensamento. Esse nível é diferente do universo em que as coisas são normalmente percebidas - isso deixa de existir. Nirvana total (**)."

E também não acho que seria difícil classificar meus outros relatos com estes níveis. Os níveis não padronizam as experiências, apenas mostram em curtas frases, a base dos efeitos percebidos, os detalhes e a mágica real da experiência só os relatos (tentam) contam(r)!

A descrição dos níveis descrito na FAQ porém, apresentam palavras inadequadas, como por exemplo "Alucinações" já discutidas pelo @Ecuador . Acredito que o termo "distorções visuais" e "visões" são mais adequadas dependendo do contexto.
 
Última edição:
S.A.C. (Sacou Além do Comum)! (kkkk desenterrando as siglas antigas usadas no velho CM)
É por ai mesmo Hutt, o "turbilhão" que.[...].
É, não usemos palavras demasiadamente técinas para explicar coisas que não precisam ser exclarecidas em detalhes, se bem que podemos acertar o uso de tais palavras por acidente... Enfim, já dizia Aristóteles, pelo menos em parte do que escrevi. E depois, nenhuma palavra consegue designar completamente uma ideia, se bem que as palavras foram criadas pelo que elas podem demonstrar através das emoções ou ideias que cada sílaba ou letra, em conjunto com a língua do povo inteiro, o seu significado. Pois, em um relato da experiência psicodélica, nem 1000 palavras conseguem exprimir o que realmente se passou, mas na realidade, o que nós queríamos, era "induzir", por palavras, o ouvinte conceber a mesma fração da experiência...

Estava lendo alguns capítulos do "novo" livro do Denis McKenna, e ele diz mais ou menos isso: que quando, em La Chorrera, ele escreveu suas ideias com um turbilhão de palavras técnicas, elas poderiam parecer técnicas, mas não eram... E isso faz de mim um esmilinguido quando tento dizer o que penso. Mas enfim, não quero tomar trombeta pois os relatos de doses fortes são completamente fora da realidade, onde veem uma cadeira onde é um abismo, deve ser tão confuso que nem dá para distinguir os conceitos de alucinações que o Ecuador explicou nesse tópico. E se o Terence McKenna estivesse aqui para dizer, duvido (um pouco...) , ele diria que esses tipos de alucinações, não eram derivadas da realidade ou, simplesmente e realmente, uma eletrocução mental e sei lá, quem sabe psicológica, de onde pode-se aproveitar só algumas coisas.
 
Última edição por um moderador:
Com cogumelos já cheguei no nível 3, foi muito bom e felizmente não sofri, fui embalada nos braços dos cogus pelo espaço sideral e dei uma voltinha pelas galáxias.
Com outra substância já cheguei num nível a me perguntar em que planeta estava, como se fosse um conhecimento geral que existem outros planetas habitados, eu olhava pras pessoas em volta e tentava lembrar em que sistema solar estava kkkk, foi muita força divina pra permanecer em pé, enxergava as coisas como se meus olhos fossem duas câmeras, isso foi em um carnaval e acho que meu baseado estava alterado. Eu estava vestida de Lady Gaga e fiquei conhecida como Lady Gaga Travada
 
Até hoje fiquei só entre o 2 e 3.. Mas ainda vou chegar no 5...
Com muito trabalho espiritual, é claro...
 
Já vi pessoas falando na internet que com psicodélicos você não chega a ver coisas que não estão lá, que isso é coisa de filme, que só ocorrem distorções e talz...
Mas alguns relatos que já li por aqui contradizem essas afirmações.. :cautious::entendiado:
Na mh última exp vi um gnomo com uma moeda de ouro num olho, sentado e rindo de mim.
 
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