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Problemático [1º cultivo] - gt strain in bulk by yoshimitsu

Diário de cultivo problemático.
Olá mushrooms lovers,

Estou colocando em prática um experimento com susbtratos industrializados (comerciais).
De acordo com algumas dissertações e teses acadêmicas relacionadas à fungicultura em geral, alguns produtos alimentícios de consumo humano associados ao substrato comercial podem acelerar o processo natural no desenvolvimentos de algumas culturas como as do cogumelos.

SUBSTRATO:

Topstrato HA Hortaliça: Vermiculita expandida, pó de côco, casca de pinus carbonizado e composto orgânico.

Amido de Araruta: Acrescentar 2 copos para 8 de tropstrato.

Amido de Milho: Acrescentar 1 copo junto ao composto de tropstrato + amido de araruta.

Composição: A araruta é uma raíz de onde é originada uma fécula rica em nitrogênio e de outros nutrientes que são necessários para um substrato mais enriquecido. O amido de milho tem propriedades proteicas, associado a fécula de araruta faz com que acelere a atividade enzimática responsável pela fermentação que faz parte do processo do desenvolvimento da cultura do P. Cubensis.

PREPARAÇÃO:

Misturar o tropstrato junto com os dois tipos de amido, adicionando 2 copos de água filtrada com carvão ativo. O composto deve ficar bem homogêneo e levemente úmido.

Colocar o composto em um refratário e deixar por 7 minutos em potência alta no microondas.

INOCULAÇÃO:

Inserir o composto de substrato resfriado em recipientes de vidros ou plástico.

Injetar solução aquosa de esporos sobre o composto de substrato.

Vedar completamente o recipiente inoculado.

INFESTAÇÃO:

Deixar os recipiente inoculados em um local higienizado e sem ventilação durante 2 a 4 semanas.
O local não deve estar abafado e nem resfriado, de preferência com temperatura tropical (22 a 28ºC).

TRANSPLANTE:

Verificar se os recepientes já estão totalmente infestado por micélios de P. cubensis.

Transplantar os recipientes com o composto de substrato infestado para uma caixa organizadora (BULK).

*O bulk deve ter acessos para trocas gasosas; portanto é necessário fazer furos em locais estratégicos.

Dixavar o composto infestado e forrar a base do BULK.
*Verificar a consistência do composto infestado, ele deverá permanecer levemente umedecida.


Forrar a superfície do composto infestado dixavado com Tropstrato esterelizado.

Cobrir a forragem com plástico PVC e lacrar a caixa organizadora.

*Aguardar até a forragem do cosposto estar colonizada pelos micélios.

BULK

Assim que a forragem estiver colonizada pelos micélio, o bulk deverá ter acesso para trocas gasosas (O e CO2).

Nesta altura do processo os Pins já estarão brotando sobre as forragens.

A temperatura deve ser tropical, portanto além de manter uma temperatura próxima da média dos 26ºC, o ambiente deve permanecer com leve umidade para render bons frutos.

Basta aguardar a frutificação até o momento ideal da colheita e lembrando sempre de manter a condição ideal do ambiente.

*Criei este tópico para utilizar com um log de relatório deste experimento.
Conforme as etapas forem acontecendo, irei postar cada passo.

Abraços,
 
01/02 - Inoculação dos recipientes.

Material:
Injeção 20ml esterelizada com solução aquosa de esporos.
Composto de susbtrato descrito no primeiro post.
Recipiente de plástico com vedação a vácuo.
Plástico de PVC em rolo.
 
Yoshimitsu,

Há algo que não bate nas suas informações sobre araruta e amido de milho. Este último, conforme diz o nome (amido), não tem teor protéico significante. E o mesmo parece acontecer com a araruta:

PÉREZ et al. (1997) analisando rizomas de araruta cultivados na Venezuela obtiveram 1,10% de proteína, 1,20% de matéria graxa, 0,57% de cinzas, 1,51% de fibras, 15,74% de carboidratos totais, 79,88% de umidade e pH 6,9. - http://www.ital.sp.gov.br/bj_old/brazilianjournal/free/p05191.pdf

Logo, nenhum dos dois é fonte protéica.


Não sei se essa esterilização rápida vai ser suficiente, nem se o Topstrato vai ser um bom meio mas é interessante como experiência.

Essa receita foi baseada na usada no cultivo de alguma espécie comestível?
 
Olá Ecuador,

Sim, é apenas um experimento na tentativa de facilitar a produção da cultura dos P. cubensis.
A receita é baseada em experimentos realizados com fécula de mandioca para composição de substratos para o desenvolvimentos de alguns tipos de fungos, inclusive ao substrato do cultivo de Agaricus blazei.

A fécula de mandioca, popularmente conhecida como "polvilho" é rica em diversos nutrientes entre proteína, amido, matéria graxa, cinzas e fibras. No amido de milho possui teor proteico sim, já a araruta possui um teor mais alto ainda; associando esses dois complementos teremos vitamina B1, proteínas, ferro, cálcio e fósforo; servindo como um complemento polivitamínico e também proteico.

Ainda estou no processo de incubação, em breve estarei postando outras etapas com as fotos do processo.

Abraços,
 
05/02 - Os recipientes estão se desenvolvendo com variações diferentes.

São 6 recipientes de spawn; sendo 3 bacias, 2 potes quadrados e 1 forma descartável de bolo inglês.

As 3 baciais de spawn possui mais féculas de araruta e de milho do que os demais recipientes, curiosamente estão se desenvolvendo mais do que aqueles recipiente com menos amido em sua composição.

As 3 bacias estão de 70% a 85% da superfície colonizada por micélios, ainda está na primeira fase, as hífas ainda não se destacam.

Os recipientes restante estão com pontos de surgimento de micélios ainda, quase imperceptível.

Tirei todos os recipientes da estufa, estão evoluindo melhor fora a 25C em relação aos 28C da estufa.

*Dia 11/02 postarei aqui para dar o status do cultivo ;)

Abraços,
 
É isso ai, sem tentar não tem como acertar não é mesmo, normalmente vemos centenas de pessoas que cultivam e passam uma vida inteira fazendo PF, nada de errado, mas acho que existem diversas maneiras interessantes de se preparar substrato. É muito interessante sua mistura, mas veja comparar substratos de Blazei, Champignon, Bolletus, shitake com cubensis, não sei se chega a ser muito valido, pois cada especie tem sua proporção de C/N, por exemplo, o cubensis é natural de esterco de vaca e não do cavalo, porque, a quantidade concentrada de Nitrogenio é muito mais acentuada no esterco de cavalo, por isso para cultivar com esterco de cavalo deve ser adicionado uma fonte de carbono, vamos supor que:

- o esterco de vaca seja em uma proporção C/N, tipo um chute 47 carbono e 17 de nitrogenio
- o esterco de cavalo por exemplo seria 47 de carbono para 32 de nitrogenio
Por isso acrescentar muito nitrogenio ou muito carbono derrepente não seja uma boa opção, deve se aver um equilibrio

O blazei por exemplo utiliza uma relação de C/N = 37/01
O champignon utiliza uma relação de 30/1
O bolletus utiliza outra e assim por diante. mas muito bom seu experimento vamos estar acompanhando, bele
 
É isso ai, sem tentar não tem como acertar não é mesmo, ..... o cubensis é natural de esterco de vaca e não do cavalo, porque, a quantidade concentrada de Nitrogenio é muito mais acentuada no esterco de cavalo.....

Olá Azteca,

Sim, acho que um dos principais fatores que diferenciam entre os estrumes de bovinos em relação aos dos Equinos estão principalmente no fato do pH de ambos serem diferentes; tendendo o estrume bovino a atender uma condição ideal para a inoculação de esporos. Cavalos e gados que dividem uma pastagem infectadas por esporos de P. cubensis consomem o mesmo espaço e no entanto os esporos vingam nos estrumes de bovinos por estas diferenças citadas.

Abraços ;)
 
cada especie tem sua proporção de C/N, por exemplo, o cubensis é natural de esterco de vaca e não do cavalo, porque, a quantidade concentrada de Nitrogenio é muito mais acentuada no esterco de cavalo, por isso para cultivar com esterco de cavalo deve ser adicionado uma fonte de carbono,


A situação não é assim tão definida.

O cubensis até parece mostrar preferência por esterco de bovinos, mas ocorre também em esterco de equinos e no esterco de elefantes.
 
A situação não é assim tão definida.

O cubensis até parece mostrar preferência por esterco de bovinos, mas ocorre também em esterco de equinos e no esterco de elefantes.

E também de ovinos e caprinos em alguns pastos daqui do MS.
 
Animal q come capim o dia inteiro caga uma apetitosa celulose-meiacompostada-nutrida(merda). Até arrisco dizer que praticamente todos os animais que pastam e cagam montes concentrados de merda(nao bolotinhas = camelo, e lhamas) ja é um meio de alta probabilidade de desenvolvimento de cubensis.

Legal o cultivo Yoshimitsu, adoro cultivos experimentais. Sao mais emocionantes hehe.

Vlw
 
e num aconteceu mais nada?

contaminou ? foi pra frente? e ai?

saudações
 
O Yoshi sumiu. Desde 11/02.
 
q coisa não !?

agora vai ficar a dúvida então...

saudações Ecuador!!!
 
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