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Uma colocação particular sobre pré-definições do sujeito místico

Olonge

Esporo
Cadastrado
13/07/2022
7
3
25
Você acredita que a viagem dos cogumelos é a percepção de uma outra existência?

Tomar o mundo abstrato das ideias por si só como um todo invalida a matéria e os seus fenômenos, uma vez que por meio dela se originou a consciência. É fato que o sujeito consciente deriva da junção de duas células, gametas feminino e masculino, para depois ocorrer a divisão celular até a formação do corpo, incluindo um dos mais importantes órgãos: o cérebro. A parte intelectual leva anos no exercício da educação dos pais, da escola e da sociedade, formando cada conceito na mente, até a fase adulta.
Com isso, reafirmo: tomar o mundo abstrato das ideias por si só como um todo invalida a matéria, que por meio dela o indivíduo teve alteração na consciência em causa de determinada substância. No final resta a conclusão de que as idéias científicas relacionadas ao assunto permanecem irrefutáveis.

Existe a noção de sujeito cognitivo no seu estado natural e no meio dos efeitos de uma substância, se após uma louca viagem psicodélica o corpo tende a voltar ao estado de consciência comum à natureza, significa que algo no organismo causou uma mudança no estado da consciência, levando o cérebro ainda ciente a ter sensações, boas ou ruins; não significando que exista uma verdade suprema ou que tenha descoberto uma nova existência. Contudo, pelo fato do psicoativo mexer com a atividade cerebral ou com o íntimo de cada um, a viagem está relacionada ao indivíduo e não a outras realidades ou verdades supremas.
 
Só imagina o tamanho da treta que o título do post poderia gerar se estivessemos em uma outra comunidade qualquer onde o misticismo também fosse uma vertente importante. Mas o pessoal dos cogumelos, geralmente, não se estressa muito com isso e aceita todo tipo de visão, é comum que pessoas céticas não se incomodem com o misticismo dos outros e vice e versa.

Sobre a questão mística, sou bastante materialista, também não acredito no sobrenatural, mas compreendo completamente quem acredita.

Inclusive, eu, quando vou descrever qualquer interação psicodelica acabo sempre descambando pra enteogenia, pois tratar os psicodélicos como plantas de poder que tem acessos à "divindade" é algo que faz todo o sentido para mim, mesmo que eu não cultue a divindade, ou sequer acredite nela, pode até parecer contraditório, mas deixe eu tentar explicar.

Sempre que se fala em divindade, por exposição cultural quase forçada, a primeira coisa que vem a mente são deuses cristãos e adjacentes, mas não falo disso, quando falo em divindade normalmente estou me referindo a características "incomuns" ou meio malucas das coisas, um exemplo, atualmente eu não consigo não dar uma "personalidade" para os cogumelos, pois faz parte do meu set mental para a experiência, pra mim, atualmente, é indissociável.

Inclusive, aqui no fórum, é comum de encontrar relatos, onde as pessoas "conversam" com os cogumelos, ou com a "divindade" dos cogumelos. É como se fosse possível pedir aos cogumelos o que você quer e indicar qual o caminho da cerimônia.
Outros psicodélicos, como a Ayahuasca, que tem o bordão muito repetido "ayhuasca é professora" e em viagens ela realmente ensina, mostra caminhos.

Do ponto de vista "cientifíco" da coisa, eu entendo que é nosso cérebro dando sentido para os acontecimentos. É o nosso conciente lidando com uma informação de nosso inconciente, interpretando aquilo como uma influência externa, quando na verdade, é só algo que está em nossa mente mesmo, mas que não temos acesso.

Mas da bem pra viver a parte científica da coisa e conciliar com a parte mística.

Dei uma lida em alguns resumos do pensamento de Carl Jung, (não a obra tá, até porque ele escrevia pra carai, só alguns conceitos simplificados do que ele escreveu), e entendi +/- sobre as descobertas dele, de como nossa mente dá sentido à realidade por meio de símbolos, como nosso pensamento subjetivo molda a realidade e como a realidade molda nosso pensamento subjetivo, seria impossível viver na literalidade do que é material com nosso nível de conciência sem as abstrações e símbolos.

Vendo sobre isso eu consegui entender e aceitar que nossa mente, nossa conciência, abstrai, e usa de artifícios para além da compreensão do que é uma conexão neural para explicar um pensamento, e que esses artifícios não são ruins, mas sim, são parte da nossa própria conciência.

Se na viagem eu ficar pensando, "então, a molécula de psilocina acabou de se ligar em um neurotransmissor 5ht2, que disparou um impulso eletrico que ligou um neurônio a outro, e que por causa da abundância da substância no cérebro dentritos estão crescendo, e que por isso o impulso ficou mais forte, e por isso eu tive esse pensamento diferente de todos os outros que já tive", pelo menos pra mim, vai ser muito menos proveitoso.

Eu entendo que aceitar os simbolos e a forma com que minha mente vai interpretar esse pensamento, seja por meio de um cogumelo sábio ou por meio de uma conversa com minha versão criança, vai me ajuda a ter uma viagem muito mais interessante.
 
Só imagina o tamanho da treta que o título do post poderia gerar se estivessemos em uma outra comunidade qualquer onde o misticismo também fosse uma vertente importante. Mas o pessoal dos cogumelos, geralmente, não se estressa muito com isso e aceita todo tipo de visão, é comum que pessoas céticas não se incomodem com o misticismo dos outros e vice e versa.

Sobre a questão mística, sou bastante materialista, também não acredito no sobrenatural, mas compreendo completamente quem acredita.

Inclusive, eu, quando vou descrever qualquer interação psicodelica acabo sempre descambando pra enteogenia, pois tratar os psicodélicos como plantas de poder que tem acessos à "divindade" é algo que faz todo o sentido para mim, mesmo que eu não cultue a divindade, ou sequer acredite nela, pode até parecer contraditório, mas deixe eu tentar explicar.

Sempre que se fala em divindade, por exposição cultural quase forçada, a primeira coisa que vem a mente são deuses cristãos e adjacentes, mas não falo disso, quando falo em divindade normalmente estou me referindo a características "incomuns" ou meio malucas das coisas, um exemplo, atualmente eu não consigo não dar uma "personalidade" para os cogumelos, pois faz parte do meu set mental para a experiência, pra mim, atualmente, é indissociável.

Inclusive, aqui no fórum, é comum de encontrar relatos, onde as pessoas "conversam" com os cogumelos, ou com a "divindade" dos cogumelos. É como se fosse possível pedir aos cogumelos o que você quer e indicar qual o caminho da cerimônia.
Outros psicodélicos, como a Ayahuasca, que tem o bordão muito repetido "ayhuasca é professora" e em viagens ela realmente ensina, mostra caminhos.

Do ponto de vista "cientifíco" da coisa, eu entendo que é nosso cérebro dando sentido para os acontecimentos. É o nosso conciente lidando com uma informação de nosso inconciente, interpretando aquilo como uma influência externa, quando na verdade, é só algo que está em nossa mente mesmo, mas que não temos acesso.

Mas da bem pra viver a parte científica da coisa e conciliar com a parte mística.

Dei uma lida em alguns resumos do pensamento de Carl Jung, (não a obra tá, até porque ele escrevia pra carai, só alguns conceitos simplificados do que ele escreveu), e entendi +/- sobre as descobertas dele, de como nossa mente dá sentido à realidade por meio de símbolos, como nosso pensamento subjetivo molda a realidade e como a realidade molda nosso pensamento subjetivo, seria impossível viver na literalidade do que é material com nosso nível de conciência sem as abstrações e símbolos.

Vendo sobre isso eu consegui entender e aceitar que nossa mente, nossa conciência, abstrai, e usa de artifícios para além da compreensão do que é uma conexão neural para explicar um pensamento, e que esses artifícios não são ruins, mas sim, são parte da nossa própria conciência.

Se na viagem eu ficar pensando, "então, a molécula de psilocina acabou de se ligar em um neurotransmissor 5ht2, que disparou um impulso eletrico que ligou um neurônio a outro, e que por causa da abundância da substância no cérebro dentritos estão crescendo, e que por isso o impulso ficou mais forte, e por isso eu tive esse pensamento diferente de todos os outros que já tive", pelo menos pra mim, vai ser muito menos proveitoso.

Eu entendo que aceitar os simbolos e a forma com que minha mente vai interpretar esse pensamento, seja por meio de um cogumelo sábio ou por meio de uma conversa com minha versão criança, vai me ajuda a ter uma viagem muito mais interessante.
Meus estudos são no campo de letras, não em psicologia, mas nessa parte existencial as duas áreas se encontram, psicologia e letras. O pensamento se estrutura como uma linguagem (por isso quando lê um livro tem uma voz na cabeça ou antes de dormir, no silêncio da madrugada, quanto mais ansiedade maior a inquietação).
No manual de linguística tem as ideias de Ferdinand de Saussure, entre elas a do significado e significante, um som (palavra) que desperta o conceito, não a coisa em si. Então sim, o mundo inteligível não trás a coisa material e sim a imagem fantasma da coisa. Digo fantasma porque Alfredo Bosi a coloca assim.
Um dos efeitos da maconha é baixar o processo cognitivo, simplificando para fácil entendimento, na questão linguagem seria como um papel com um texto escrito e após a maconha algumas palavras vão se apagando dificultando a comunicação. Tente conversar com uma pessoa chapada e vai ver ela lerda, pelo baixo processo cognitivo. Sobre observações que fazem referência ao platonismo tenho até um ensaio feito sobre o poema Nova Canção do Exílio de Carlos Drummond de Andrade. Se não o conhece recomendo. "Um sabiá na palmeira longe…", faz referência a noção de sujeito cognitivo assumindo uma comunicação interna, o que para mim tomo como egoísmo pelo motivo de sempre tomarmos esse diálogo interno quando não achamos algo interessante e cria-se uma surdez, que o jornal El País coloca como surdez coletiva ao falar de O Verão Tardio de Luiz Ruffato.

-Vou te contar como aconteceu…
-Diga!
Sem o menor interesse na história começa a pensar no que vai comer na janta, lembra que não comprou o coentro mais cedo, que mais cedo alguém bateu na porta, que a porta precisa trocar a pintura.
-Entendeu?
-Oi, o que? Teria como falar de novo, eu tava longe agora.

Esse tempo que a pessoa passa em um diálogo interno, em outras palavras: dentro do seu mundo interior, me lembra a poesia de Drummond justamente por ser uma noção de si mesmo que temos no meio de uma viagem, no meio de uma associação de conceitos, como ocorre na maconha. Para não imaginar que o posicionamento do ensaio é uma visão particular sem nenhuma conexão, o Folha Explica é muito bem elogiado na academia e na análise desse poema ele também cita o platonismo. Nos cogumelos ocorre o contrário, aumenta a ansiedade durante o efeito e causa uma desordem porque as partes do cérebro que antes não se comunicavam entram em conexão, como já é do entendimento de todos.

Essa visão trazida desse psiquiatra está mais ligado ao idealismo, embora existem doentes mentais. O primeiro contato que tenho com esse nome é por esse comentário, mas sendo um nome de grande importância para a psiquiatria seus estudos podem ser de grande proveito não podendo se limitar somente a um resumo.
Sim, o processo cognitivo associa conceitos de símbolos por se estruturar como linguagem, mas não é tudo. Até mesmo por meio da linguagem que se "cura" problemas psicológicos, por isso a terapia se dá por meio de diálogo. Em um caso como depressão seria como reverter uma narrativa interna que a pessoa criou sobre ela e a sua realidade.
Até mesmo em uma questão psicológica é preciso ter o contato do meio externo, do psicólogo (a).
A comunicação até a formação do intelecto adulto se dá por meio da comunicação da aprendizagem.
Bakhtin, fodão, diz algo como: tomo a palavra do outro para formular a minha. (Necessidade do exterior); Segundo Marx o homem é por natureza um animal social, pois ele não pode ser privado de estar em sociedade. (Necessidade do meio externo).
Tomar o mundo abstrato das ideias por si só como um todo invalida a matéria.

Essa postagem está certamente direcionada para o místico exacerbado, principalmente aos que falam coisas sem muita ou quase nenhuma conexão.

Sobre o que é ou não proveitoso não cabe a nós decidirmos, o que é para um pode não ser para o outro.

Esse povo chique, famoso, sigiloso está fazendo pesquisa em cima da substância e ainda não bateu o martelo sobre uma verdade suprema ou um ser místico/divino por trás de tudo, quem sou eu filho de jó!?

[Livro da Editora da Universidade. Alguns artistas citados nele que na historia se manifestaram na contracultura, faziam uso de substâncias como alucinógenos e maconha]
 

Anexos

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Meus estudos são no campo de letras, não em psicologia, mas nessa parte existencial as duas áreas se encontram, psicologia e letras. O pensamento se estrutura como uma linguagem (por isso quando lê um livro tem uma voz na cabeça ou antes de dormir, no silêncio da madrugada, quanto mais ansiedade maior a inquietação).
No manual de linguística tem as ideias de Ferdinand de Saussure, entre elas a do significado e significante, um som (palavra) que desperta o conceito, não a coisa em si. Então sim, o mundo inteligível não trás a coisa material e sim a imagem fantasma da coisa. Digo fantasma porque Alfredo Bosi a coloca assim.
Um dos efeitos da maconha é baixar o processo cognitivo, simplificando para fácil entendimento, na questão linguagem seria como um papel com um texto escrito e após a maconha algumas palavras vão se apagando dificultando a comunicação. Tente conversar com uma pessoa chapada e vai ver ela lerda, pelo baixo processo cognitivo. Sobre observações que fazem referência ao neoplatonismo tenho até um ensaio feito sobre o poema Nova Canção do Exílio de Carlos Drummond de Andrade. Se não o conhece recomendo. "Um sabiá na palmeira longe…", faz referência a noção de sujeito cognitivo assumindo uma comunicação interna, o que para mim tomo como egoísmo pelo motivo de sempre tomarmos esse diálogo interno quando não achamos algo interessante e cria-se uma surdez, que o jornal El País coloca como surdez coletiva ao falar de O Verão Tardio de Luiz Ruffato.

-Vou te contar como aconteceu…
-Diga!
Sem o menor interesse na história começa a pensar no que vai comer na janta, lembra que não comprou o coentro mais cedo, que mais cedo alguém bateu na porta, que a porta precisa trocar a pintura.
-Entendeu?
-Oi, o que? Teria como falar de novo, eu tava longe agora.

Esse tempo que a pessoa passa em um diálogo interno, em outras palavras: dentro do seu mundo interior, me lembra a poesia de Drummond justamente por ser uma noção de si mesmo que temos no meio de uma viagem, no meio de uma associação de conceitos, como ocorre na maconha. Para não imaginar que o posicionamento do ensaio é uma visão particular sem nenhuma conexão, o Folha Explica é muito bem elogiado na academia e na análise desse poema ele também cita o neoplatonismo. Nos cogumelos ocorre o contrário, aumenta a ansiedade durante o efeito e causa uma desordem porque as partes do cérebro que antes não se comunicavam entram em conexão, como já é do entendimento de todos.

Essa visão trazida desse psiquiatra está mais ligado ao idealismo, embora existem doentes mentais. O primeiro contato que tenho com esse nome é por esse comentário, mas sendo um nome de grande importância para a psiquiatria seus estudos podem ser de grande proveito não podendo se limitar somente a um resumo.
Sim, o processo cognitivo associa conceitos de símbolos por se estruturar como linguagem, mas não é tudo. Até mesmo por meio da linguagem que se "cura" problemas psicológicos, por isso a terapia se dá por meio de diálogo. Em um caso como depressão seria como reverter uma narrativa interna que a pessoa criou sobre ela e a sua realidade.
Até mesmo em uma questão psicológica é preciso ter o contato do meio externo, do psicólogo (a).
A comunicação até a formação do intelecto adulto se dá por meio da comunicação da aprendizagem.
Bakhtin, fodão, diz algo como: tomo a palavra do outro para formular a minha. (Necessidade do exterior); Segundo Marx o homem é por natureza um animal social, pois ele não pode ser privado de estar em sociedade. (Necessidade do meio externo).
Tomar o mundo abstrato das ideias por si só como um todo invalida a matéria.

Essa postagem está certamente direcionada para o místico exacerbado, principalmente aos que falam coisas sem muita ou quase nenhuma conexão.

Sobre o que é ou não proveitoso não cabe a nós decidirmos, o que é para um pode não ser para o outro.

Esse povo chique, famoso, sigiloso está fazendo pesquisa em cima da substância e ainda não bateu o martelo sobre uma verdade suprema ou um ser místico/divino por trás de tudo, quem sou eu filho de jó!?

[Livro da Editora da Universidade. Alguns artistas citados nele que na historia se manifestaram na contracultura, faziam uso de substâncias como alucinógenos e maconha]

Sim, concordo contigo que sobre os exageros, a completa mistificação dos fenômenos realmente tiram boa parte de toda a complexidade real da coisa.

Sobre a simboilogia sendo uma parte da linguagem, vou ler mais a respeito, valeu pelas indicações
 
Sim,
concordo contigo que sobre os exageros, a completa mistificação dos fenômenos realmente tiram boa parte de toda a complexidade real da coisa
Isso.

Ao invés do adulto relatar com humildade 'tive a sensação de...' já diz como se fosse fato 'eu fui levado para o ambiente onde os extraterrestres tentaram me revelar a verdade...' e esquece que a última Coca-Cola do deserto escolhida para possuir a verdade oculta sem nenhum motivo aparente estava chapada de alucinógenos.

Acabei de ler um relato divertido, mas místico e até entendo, as sensações foram fortes; o texto estava bem organizado, tinha uma boa escrita, marcações em negrito, fez referência à química e outras áreas do conhecimento como se quisesse fundamentar um posicionamento místico por trás das sensações, no entanto a essência percebi que foi a mesma de um relato simples, no fundo os mesmos sintomas. Me pergunto que ego é esse que não cai. Nem o cogu deu vencimento.

Cada viagem é única, como também é bonito lembrar que pertencemos a natureza e observar seus padrões de comportamento.

Deixo aqui um abraço, do agora para muito além de tudo...
 
Última edição:
""e esquece que a última Coca-Cola do deserto escolhida para possuir a verdade oculta sem nenhum motivo aparente estava chapada de alucinógenos. ""

Mais real que isso impossível.
 
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