Vou relatar minha 1ª experiência, vivida neste último sábado, dia 11 de dezembro de 2010.
* Começarei citando um fato importante. Vamos lá.
- Meu interesse pelos psilocybe cubensis não é de hoje. Cheguei a procurá-los umas 3 vezes em três pastos diferentes. Nessa época, eu li muito a respeito, coletei muitas informações básicas. Tais como: reconhecer cogumelos, período favorável para caça, onde encontrar, como colher, etc. O fato é que: Nunca os achei!
Minha Primeira Experiência: "Um encontro com meu inconsciente"
Como eu disse, tudo aconteceu no sábado. Resolvemos ir até a fazenda da minha namorada com alguns colegas, estávamos num grupo de 6 pessoas. Iríamos jogar vôlei e tomar banho de rio, enfim, aproveitar a tarde com os amigos.
Quando passamos da porteira, minha namorada, que dirigia o carro, perguntou se não queríamos descer um pouco antes de chegar na fazenda pra pegarmos mangas. Todos concordaram.
Peguei algumas mangas, ajudei um amigo a aparar outras... Até que por acaso, olho para o chão e lá estava um legítimo psilocybe cubensis. Bem em cima da bosta de uma vaca. Agachei para observar ele, não acreditei no que meus olhos viam. Era realmente um deles. O recolhi da bosta. Andei mais alguns metros e pude catar uns 8 deles. Então, anunciei em voz alta que havia achado alguns cogumelos "mágicos", e aproveitei pra comentar também sobre minha intenção de fazer com eles, um chá. Ninguém se importou, apenas um colega que estava no grupo animou e me ajudou a levá-los até o carro.
Eram 7 e meia da noite. Guardamos ele num plástico e fomos acabar de chegar de carro até a fazenda. Pegamos nossos pertences, a caixa de isopor que abrigava a cerveja, e lá fomos para o rio nadar. Os cogumelos ficaram cuidadosamente guardados no carro.
Depois de um banho de rio, fomos jogar vôlei. Entre algumas partidas bem sucedidas e outras nem tanto, me sentei no banco que ficava ao lado da quadra de areia para olhar quem estava jogando. Logo depois, aquele colega que havia me ajudado a levar os cogumelos pro carro, sentou-se do meu lado. Começamos bater um papo a respeito dos nossos queridos cogumelos recém achados.
Nisso, percebi que meu colega não tinha conhecimento algum sobre os cogumelos. Só sabia que causava alguns efeitos "legais", basicamente isso. Ele estava com medo de experimentar, na intenção de tranquilizá-lo, disse que não era necessário preocupação, e expliquei algumas coisas básicas que eu aprendi lendo. Acabei inventando também para tranquilizá-lo, alguns "relatos" que eu teria supostamente lido na internet, de algumas pessoas que haviam provado o chá de cogumelos e haviam tido uma ótima experiência. Então ele acabou animando pra valer, e chamou pra ir preparar o chá na cozinha, enquanto todos jogavam vôlei.
Preparamos o chá, com algum receio de errar alguma coisa, pois eu já não me lembrava exatamente de como fazer pra prepará-lo. Mas fui seguindo de acordo com a lógica. Tivemos medo e usamos apenas 4 cogumelos dos grandes no nosso chá. Quando esfriou, bebemos o líquido, o relógio marcava 11 horas da noite. Nisso, avistamos todos voltando da quadra, chamando pra irmos embora. Voltamos pra cidade.
Minha namorada, que vou chamar de A, após deixar todos em suas respectivas residências, me deixou na minha casa e combinou comigo que iríamos sair pra jantar com o melhor amigo dela, que vou chamar de B. Ela disse que me ligaria quando estivesse passando pra me buscar.
Saí do carro com muito cuidado, tinha medo de cair. Sentia meu estômago estranho, estava tonta e com o corpo mole. Tomei um banho e me arrumei com muito custo. Mil coisas me passavam pela cabeça, estava me sentindo estranha e eu já cogitava a idéia de nunca mais voltar daquela viagem. Pensei que talvez eu tivesse feito o chá com a espécie errada, e que a qualquer momento, desmaiaria no chão, envenenada. Mas não dei muita atenção pra isso, tentei ficar tranquila e não arruinar nossa noite.
Logo minha namorada me ligou e passou pra me buscar. Fomos até a casa do amigo dela. Na hora da janta, eles conversavam sobre muitas coisas. Eu dava minha opinião também, tentando demonstrar o quanto estava sã.
No meio daquela conversa toda, foi que a viagem começou devagar. Eu me sentia muito bem. Uma paz que parecia se misturar com uma grande auto-confiança vinda de dentro para fora, que eu não consigo descrever com essas meras palavras.
Enquanto os dois conversavam, eu sentia que estava em outro plano. É como se eu não estivesse no mesmo ambiente que eles, eu me sentia literalmente em outra dimensão. Parecia que a minha consciência, estava ligada ao meu inconsciente. Eu entendia tudo o que se falava ali de uma forma telepática, que talvez vocês não consigam entender. Se no meio da conversa falavam algo e deixavam alguma coisa sub-entendida, algo meio inconsciente (talvez mais ou menos da mesma forma como funciona uma mensagem subliminar) eu sentia que estava absorvendo tudo aquilo de forma consciente demais, não era algo que eu escutava e conseguia captar de forma inconsciente. Era diferente, eu entendia na mesma hora de forma muito consciente, percebia tudo: as segundas intenções, as caricaturas que na verdade queriam transmitir algum possível sentimento oculto, algo a ser desvendado. Eu me sentia o máximo.
Minha sensibilidade era indescritívelmente imensa. Estávamos todos sentados em volta da mesa, e eu estava sentada numa cadeira do lado da A acariciando ela. Estava com a cabeça encostada no peito dela e passando a mão naquela região que fica acima dos seios, que é chamada colo. É como se eu estivesse traduzindo o que ela queria me dizer mesmo sem ela me falar nada enquanto eu passava a mão nela, era incrível, parecia algo muito real. Eu parecia estar pairando no ar. Sentia que estava em outro planeta, em outro mundo, em um universo cósmico.
Sempre estive muito em cima do muro em relação à A, sentia que gostava dela, mas dizia pra mim mesma que não gostava demais, como um mecanismo de defesa. Isso talvez pelo fato de ter ficado em mim algum medo inconsciente dos relacionamentos anteriores. Apesar de que eu havia superado tudo o que já tinha vivido de forma ultra racional, talvez algo inconsciente tivesse ficado, como um receio, eu sempre senti isso dentro de mim. E era esse medo que me fazia recuar um pouco, fazia com que eu tivesse medo de me entregar totalmente, mesmo que isso fosse algo meio inconsciente pra mim, entendem? Que eu não gostava de admitir, e que eu tentava camuflar negando meus sentimentos por ela, dizendo que não gostava muito, só um pouco. Na verdade eu dizia que até gostava, mas de forma racional.
Bem antes de tomar o chá, já havia chegado a refletir que talvez meus sentimentos por ela, fossem mesmo meio inconscientes para mim, pois eu tinha medo de trazê-los de vez pra minha realidade. E como eu já disse, ficava desta forma, os negando pra mim mesma.
Entretanto, no auge dos efeitos que o chá causou em mim, eu sentia que estava completamente ligada ao meu inconsciente, era um sentimento incrível. Pude sentir de forma totalmente consciente e pela primeira vez, o quanto gostava dela de verdade. Foi um sentimento muito grande que eu pude sentir.
Nos deitamos pra ver um filme no quarto do B. Já eram umas 2 da manhã. B acabou dormindo no começo do filme, e se virou pro outro lado. Eu deitei bem do lado da minha namorada. Naquele momento eu fazia carinho nela de forma tão intensa, que parecia que queria entrar dentro dela de qualquer maneira. Senti um desejo muito forte por ela, uma vontade louca de dizer o quanto a amava. Meus carinhos foram ficando cada vez mais intensos, eu arranhava ela de forma selvagem. Dava pra notar o quanto ela estava com tesão. Nos levantamos e fomos embora para um motel. Fiz amor de uma forma muito intensa, como eu nunca tinha feito. Toda a experiência em si com o cogumelo, foi muito boa.
Foi uma experiência reveladora na minha vida, só posso dizer que foi incrível. Sinto que carregarei um pouco dessa viagem para sempre. Eu não sou mais a mesma, pois sinto meus sentimentos de forma completamente consciente agora.
Tenho toda certeza de que não somos nós que encontramos os cogumelos. E sim eles que nos encontram. Eu já havia procurado algumas vezes por eles, mas nunca havia os encontrado. Acredito que eles esperaram até agora para que eu estivesse preparada e no momento certo da minha vida.
* Começarei citando um fato importante. Vamos lá.
- Meu interesse pelos psilocybe cubensis não é de hoje. Cheguei a procurá-los umas 3 vezes em três pastos diferentes. Nessa época, eu li muito a respeito, coletei muitas informações básicas. Tais como: reconhecer cogumelos, período favorável para caça, onde encontrar, como colher, etc. O fato é que: Nunca os achei!
Minha Primeira Experiência: "Um encontro com meu inconsciente"
Como eu disse, tudo aconteceu no sábado. Resolvemos ir até a fazenda da minha namorada com alguns colegas, estávamos num grupo de 6 pessoas. Iríamos jogar vôlei e tomar banho de rio, enfim, aproveitar a tarde com os amigos.
Quando passamos da porteira, minha namorada, que dirigia o carro, perguntou se não queríamos descer um pouco antes de chegar na fazenda pra pegarmos mangas. Todos concordaram.
Peguei algumas mangas, ajudei um amigo a aparar outras... Até que por acaso, olho para o chão e lá estava um legítimo psilocybe cubensis. Bem em cima da bosta de uma vaca. Agachei para observar ele, não acreditei no que meus olhos viam. Era realmente um deles. O recolhi da bosta. Andei mais alguns metros e pude catar uns 8 deles. Então, anunciei em voz alta que havia achado alguns cogumelos "mágicos", e aproveitei pra comentar também sobre minha intenção de fazer com eles, um chá. Ninguém se importou, apenas um colega que estava no grupo animou e me ajudou a levá-los até o carro.
Eram 7 e meia da noite. Guardamos ele num plástico e fomos acabar de chegar de carro até a fazenda. Pegamos nossos pertences, a caixa de isopor que abrigava a cerveja, e lá fomos para o rio nadar. Os cogumelos ficaram cuidadosamente guardados no carro.
Depois de um banho de rio, fomos jogar vôlei. Entre algumas partidas bem sucedidas e outras nem tanto, me sentei no banco que ficava ao lado da quadra de areia para olhar quem estava jogando. Logo depois, aquele colega que havia me ajudado a levar os cogumelos pro carro, sentou-se do meu lado. Começamos bater um papo a respeito dos nossos queridos cogumelos recém achados.
Nisso, percebi que meu colega não tinha conhecimento algum sobre os cogumelos. Só sabia que causava alguns efeitos "legais", basicamente isso. Ele estava com medo de experimentar, na intenção de tranquilizá-lo, disse que não era necessário preocupação, e expliquei algumas coisas básicas que eu aprendi lendo. Acabei inventando também para tranquilizá-lo, alguns "relatos" que eu teria supostamente lido na internet, de algumas pessoas que haviam provado o chá de cogumelos e haviam tido uma ótima experiência. Então ele acabou animando pra valer, e chamou pra ir preparar o chá na cozinha, enquanto todos jogavam vôlei.
Preparamos o chá, com algum receio de errar alguma coisa, pois eu já não me lembrava exatamente de como fazer pra prepará-lo. Mas fui seguindo de acordo com a lógica. Tivemos medo e usamos apenas 4 cogumelos dos grandes no nosso chá. Quando esfriou, bebemos o líquido, o relógio marcava 11 horas da noite. Nisso, avistamos todos voltando da quadra, chamando pra irmos embora. Voltamos pra cidade.
Minha namorada, que vou chamar de A, após deixar todos em suas respectivas residências, me deixou na minha casa e combinou comigo que iríamos sair pra jantar com o melhor amigo dela, que vou chamar de B. Ela disse que me ligaria quando estivesse passando pra me buscar.
Saí do carro com muito cuidado, tinha medo de cair. Sentia meu estômago estranho, estava tonta e com o corpo mole. Tomei um banho e me arrumei com muito custo. Mil coisas me passavam pela cabeça, estava me sentindo estranha e eu já cogitava a idéia de nunca mais voltar daquela viagem. Pensei que talvez eu tivesse feito o chá com a espécie errada, e que a qualquer momento, desmaiaria no chão, envenenada. Mas não dei muita atenção pra isso, tentei ficar tranquila e não arruinar nossa noite.
Logo minha namorada me ligou e passou pra me buscar. Fomos até a casa do amigo dela. Na hora da janta, eles conversavam sobre muitas coisas. Eu dava minha opinião também, tentando demonstrar o quanto estava sã.
No meio daquela conversa toda, foi que a viagem começou devagar. Eu me sentia muito bem. Uma paz que parecia se misturar com uma grande auto-confiança vinda de dentro para fora, que eu não consigo descrever com essas meras palavras.
Enquanto os dois conversavam, eu sentia que estava em outro plano. É como se eu não estivesse no mesmo ambiente que eles, eu me sentia literalmente em outra dimensão. Parecia que a minha consciência, estava ligada ao meu inconsciente. Eu entendia tudo o que se falava ali de uma forma telepática, que talvez vocês não consigam entender. Se no meio da conversa falavam algo e deixavam alguma coisa sub-entendida, algo meio inconsciente (talvez mais ou menos da mesma forma como funciona uma mensagem subliminar) eu sentia que estava absorvendo tudo aquilo de forma consciente demais, não era algo que eu escutava e conseguia captar de forma inconsciente. Era diferente, eu entendia na mesma hora de forma muito consciente, percebia tudo: as segundas intenções, as caricaturas que na verdade queriam transmitir algum possível sentimento oculto, algo a ser desvendado. Eu me sentia o máximo.
Minha sensibilidade era indescritívelmente imensa. Estávamos todos sentados em volta da mesa, e eu estava sentada numa cadeira do lado da A acariciando ela. Estava com a cabeça encostada no peito dela e passando a mão naquela região que fica acima dos seios, que é chamada colo. É como se eu estivesse traduzindo o que ela queria me dizer mesmo sem ela me falar nada enquanto eu passava a mão nela, era incrível, parecia algo muito real. Eu parecia estar pairando no ar. Sentia que estava em outro planeta, em outro mundo, em um universo cósmico.
Sempre estive muito em cima do muro em relação à A, sentia que gostava dela, mas dizia pra mim mesma que não gostava demais, como um mecanismo de defesa. Isso talvez pelo fato de ter ficado em mim algum medo inconsciente dos relacionamentos anteriores. Apesar de que eu havia superado tudo o que já tinha vivido de forma ultra racional, talvez algo inconsciente tivesse ficado, como um receio, eu sempre senti isso dentro de mim. E era esse medo que me fazia recuar um pouco, fazia com que eu tivesse medo de me entregar totalmente, mesmo que isso fosse algo meio inconsciente pra mim, entendem? Que eu não gostava de admitir, e que eu tentava camuflar negando meus sentimentos por ela, dizendo que não gostava muito, só um pouco. Na verdade eu dizia que até gostava, mas de forma racional.
Bem antes de tomar o chá, já havia chegado a refletir que talvez meus sentimentos por ela, fossem mesmo meio inconscientes para mim, pois eu tinha medo de trazê-los de vez pra minha realidade. E como eu já disse, ficava desta forma, os negando pra mim mesma.
Entretanto, no auge dos efeitos que o chá causou em mim, eu sentia que estava completamente ligada ao meu inconsciente, era um sentimento incrível. Pude sentir de forma totalmente consciente e pela primeira vez, o quanto gostava dela de verdade. Foi um sentimento muito grande que eu pude sentir.
Nos deitamos pra ver um filme no quarto do B. Já eram umas 2 da manhã. B acabou dormindo no começo do filme, e se virou pro outro lado. Eu deitei bem do lado da minha namorada. Naquele momento eu fazia carinho nela de forma tão intensa, que parecia que queria entrar dentro dela de qualquer maneira. Senti um desejo muito forte por ela, uma vontade louca de dizer o quanto a amava. Meus carinhos foram ficando cada vez mais intensos, eu arranhava ela de forma selvagem. Dava pra notar o quanto ela estava com tesão. Nos levantamos e fomos embora para um motel. Fiz amor de uma forma muito intensa, como eu nunca tinha feito. Toda a experiência em si com o cogumelo, foi muito boa.
Foi uma experiência reveladora na minha vida, só posso dizer que foi incrível. Sinto que carregarei um pouco dessa viagem para sempre. Eu não sou mais a mesma, pois sinto meus sentimentos de forma completamente consciente agora.
Tenho toda certeza de que não somos nós que encontramos os cogumelos. E sim eles que nos encontram. Eu já havia procurado algumas vezes por eles, mas nunca havia os encontrado. Acredito que eles esperaram até agora para que eu estivesse preparada e no momento certo da minha vida.