- 29/08/2013
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Boa tarde meus amigos, vim aqui compartilhar a minha experiência recente do que foi um ano novo daqueles que vai ecoar pro resto da minha vida e da extensão dela, enfim, sem muitas delongas vamos lá! Eu e mais 9 amigos resolvemos alugar uma casa em uma praia. Por sorte achamos uma casa na serra envolto de muita mata e uma energia vital muito grande. Pois bem, alguns dias antes de partir nessa jornada me lembrei de que do meu ultimo cultivo de cogumelos (e havia prometido não tomar mais, quase joguei fora) havia sobrado alguns que eu havia guardado em um saco ziplock, havia em torno de uns 25 cubensis secos de variados tamanhos, e pensei : "Por que não leva-los?". Vai que alguém quer toma-los na praia... Embarcamos eu meus 9 amigos e os 25 chapeludinhos em uma viagem da qual eu mal sabia das surpresas que iria encontrar!
Bom, chegamos na praia, mil maravilhas, lugar lindo (postarei as fotos depois) ótimo astral, acabamos conhecendo um morador de la que tem um barco e ofereceu-nos um passeio. Então eu e meus amigos tivemos a brilhante ideia de passarmos o ano novo apenas nós, longe da civilização. Combinamos com o nosso novo amigo que iriamos partir para a "ilha" na parte da tarde do dia 31 e só voltaríamos no ano que vem de manhã (sempre vai ter essa piadinha). E assim foi, chegou o grande dia passamos quase que amanhã inteira preparando oque iriamos levar: Frutas, água, uma pequena ceia, algumas bebidas, uma barraca, quando me veio um estalo: "Vou levar os chapeludinhos comigo, e vou toma-los nessa praia, pode ser que não haja outra oportunidade igual essa!" E assim foi, eu, meus 9 amigos, os 25 amiguinhos e o resto dos suprimentos embarcando as 3 horas da tarde rumo a praia. Passamos o resto da tarde numa positividade incrível, apenas nós e aquela vastidão que se desdobrava na nossa frente, ficamos ate umas 8 horas da noite curtindo um banho no mar, comendo, bebendo e conversando. Fizemos uma belíssima fogueira na praia e ficamos la todos sentados em volta dela, até que tirei os cogumelos da mochila e gritei: "E ai galera, quem vai embarcar nessa comigo?" Para minha surpresa ninguém queria tomar os cogus, resolvi toma-los sozinho mesmo e pensei: "Com um visual desse é impossível dar algo errado" Quando foi umas 21:30 comecei a come-los puro mesmo com água, o gosto não estava desagradável pois estavam secos e ai cometi meu primeiro erro(maravilhoso erro), pensei: "Poxa, guardei eles por tanto tempo e não deve estar tão forte assim, vou comer todos". E assim vai os 25 amiguinhos sendo mastigados sem preocupação com o tempo vagarosamente, assim que terminei de come-los senti um pouco de náusea e sensação de que tinha comido uma feijoada de domingo, fiquei extremamente cheio. Meus amigos ficaram bebendo e fumando uma ganja, e esperando os fogos que iriam dar pra ser vistos de longe. Passou algum tempo, não sei o quanto, acho que em torno de uns 45 minutos, e comecei a ficar mole, tentei levantar e parecia que tinha tomado uma surra nas pernas, elas estavam bambas demais e resolvi ficar sentado mesmo olhei pro céu estava extremamente estrelado e comecei a ver as estrelas dançarem todas juntas numa harmonia incrível. Já sabia que a viagem ia ser forte, deitei na areia, fechava os olhos padrões coloridos, o céu se mesclava com o mar, numa cor prata brilhante, deitei e olhava para as arvores que se curvavam, rostos apareciam nela, rostos de pessoas bem antigas como anciões que se reuniam para uma grande confraternização, algum tempo se passou, universos explodiam, se criavam e se desdobravam na minha frente, a areia estava muito macia e quente mesmo sendo a noite a fogueira parecia chegar no céu e vibrava em milhares de cores. E então me virava e ouvia uns sons vindo de dentro da mata, como se fossem batuques de índios e fiquei pensando: "O ano novo nada mais é que uma tradição milenar, é a comemoração, a época marcada em que a terra completou uma volta em torno do sol, há quanto tempo se é comemorado essa data? Estamos apenas dando continuidade a algo de muito tempo, nos reunimos bebemos dançamos e procuramos sempre comungar com a natureza, todos juntos, nós e o universo todos interligados numa energia frenética". Que viagem, que viagem a fusão com a areia e a teia, sempre a teia que se estende em tudo interligando tudo e todos onde se é possível ver a troca de energia, energias renovadas, vibrações de esperança num falso tempo que criamos, na verdade aquela era o verdadeiro tempo o tempo universal, infinito e repetitivo. Tudo se passava pela minha cabeça, tudo que fiz naquele ano, as vezes via imagens de situações que poderia ter agido diferente e BUM. Acredito que deu meia noite, porque explosões de luz se mesclavam com o céu cada um tornava o céu de uma cor iluminavam ao ponto de eu achar que já estava de manhã as batidas de dentro da mata se intensificaram, eu eu entrei em transe, me dissolvi na areia, já não era mais um corpo físico, eu era tudo, era a areia o mar, o céu, eu era galáxias nascendo e morrendo e todos os seres vivos, eu já não sentia meu corpo eu era apenas uma frequência de luz vendo tudo aquilo, acredito que entrei em samádhi, grandes vozes passavam como uma espécie de trovão, estrondavam e atravessavam galáxias e até universos. Na primeira descida, ou o primeiro pico de lucidez eu via meus amigos pulando e dançando e estranhamente eles se transformavam, na verdade as roupas deles como se fossem seres de grande sabedoria dançando em volta da fogueira, comecei a retornar vagarosamente, já era 4 e 30 da manhã, meus amigos riam incessantemente de mim, e eu ria e chorava ao mesmo tempo, eu não acreditava que eu tinha presenciado tudo aquilo. Levantei, abracei eles, só consegui desejar feliz ano novo aquela hora, abracei as árvores como um filho abraça um pai e chorei e agradeci muito a tudo por terem me proporcionado tamanha viagem extremamente positiva, por terem cuidado de mim e me revelado tantas coisas que eu sequer jamais havia sonhado existir, ainda via alguns padrões coloridos, mas já estava voltando como uma criança que acaba de nascer, pronta pro que der e vier, comi algumas frutas e fiquei deitado esperando o sol nascer e me preencher com o primeiro calor do ano.
E assim foi minha passagem de ano, uma passagem bem diferente... Voltei com as energias renovadas, pronto pro que der e vier esse ano! Muita luz a todos, o relato é longo mas espero que tenham gostado. E prometo que em breve postarei as fotos do lugar. Um grande abraço a todos!
Algumas fotos do lugar onde passamos a virada...
Bom, chegamos na praia, mil maravilhas, lugar lindo (postarei as fotos depois) ótimo astral, acabamos conhecendo um morador de la que tem um barco e ofereceu-nos um passeio. Então eu e meus amigos tivemos a brilhante ideia de passarmos o ano novo apenas nós, longe da civilização. Combinamos com o nosso novo amigo que iriamos partir para a "ilha" na parte da tarde do dia 31 e só voltaríamos no ano que vem de manhã (sempre vai ter essa piadinha). E assim foi, chegou o grande dia passamos quase que amanhã inteira preparando oque iriamos levar: Frutas, água, uma pequena ceia, algumas bebidas, uma barraca, quando me veio um estalo: "Vou levar os chapeludinhos comigo, e vou toma-los nessa praia, pode ser que não haja outra oportunidade igual essa!" E assim foi, eu, meus 9 amigos, os 25 amiguinhos e o resto dos suprimentos embarcando as 3 horas da tarde rumo a praia. Passamos o resto da tarde numa positividade incrível, apenas nós e aquela vastidão que se desdobrava na nossa frente, ficamos ate umas 8 horas da noite curtindo um banho no mar, comendo, bebendo e conversando. Fizemos uma belíssima fogueira na praia e ficamos la todos sentados em volta dela, até que tirei os cogumelos da mochila e gritei: "E ai galera, quem vai embarcar nessa comigo?" Para minha surpresa ninguém queria tomar os cogus, resolvi toma-los sozinho mesmo e pensei: "Com um visual desse é impossível dar algo errado" Quando foi umas 21:30 comecei a come-los puro mesmo com água, o gosto não estava desagradável pois estavam secos e ai cometi meu primeiro erro(maravilhoso erro), pensei: "Poxa, guardei eles por tanto tempo e não deve estar tão forte assim, vou comer todos". E assim vai os 25 amiguinhos sendo mastigados sem preocupação com o tempo vagarosamente, assim que terminei de come-los senti um pouco de náusea e sensação de que tinha comido uma feijoada de domingo, fiquei extremamente cheio. Meus amigos ficaram bebendo e fumando uma ganja, e esperando os fogos que iriam dar pra ser vistos de longe. Passou algum tempo, não sei o quanto, acho que em torno de uns 45 minutos, e comecei a ficar mole, tentei levantar e parecia que tinha tomado uma surra nas pernas, elas estavam bambas demais e resolvi ficar sentado mesmo olhei pro céu estava extremamente estrelado e comecei a ver as estrelas dançarem todas juntas numa harmonia incrível. Já sabia que a viagem ia ser forte, deitei na areia, fechava os olhos padrões coloridos, o céu se mesclava com o mar, numa cor prata brilhante, deitei e olhava para as arvores que se curvavam, rostos apareciam nela, rostos de pessoas bem antigas como anciões que se reuniam para uma grande confraternização, algum tempo se passou, universos explodiam, se criavam e se desdobravam na minha frente, a areia estava muito macia e quente mesmo sendo a noite a fogueira parecia chegar no céu e vibrava em milhares de cores. E então me virava e ouvia uns sons vindo de dentro da mata, como se fossem batuques de índios e fiquei pensando: "O ano novo nada mais é que uma tradição milenar, é a comemoração, a época marcada em que a terra completou uma volta em torno do sol, há quanto tempo se é comemorado essa data? Estamos apenas dando continuidade a algo de muito tempo, nos reunimos bebemos dançamos e procuramos sempre comungar com a natureza, todos juntos, nós e o universo todos interligados numa energia frenética". Que viagem, que viagem a fusão com a areia e a teia, sempre a teia que se estende em tudo interligando tudo e todos onde se é possível ver a troca de energia, energias renovadas, vibrações de esperança num falso tempo que criamos, na verdade aquela era o verdadeiro tempo o tempo universal, infinito e repetitivo. Tudo se passava pela minha cabeça, tudo que fiz naquele ano, as vezes via imagens de situações que poderia ter agido diferente e BUM. Acredito que deu meia noite, porque explosões de luz se mesclavam com o céu cada um tornava o céu de uma cor iluminavam ao ponto de eu achar que já estava de manhã as batidas de dentro da mata se intensificaram, eu eu entrei em transe, me dissolvi na areia, já não era mais um corpo físico, eu era tudo, era a areia o mar, o céu, eu era galáxias nascendo e morrendo e todos os seres vivos, eu já não sentia meu corpo eu era apenas uma frequência de luz vendo tudo aquilo, acredito que entrei em samádhi, grandes vozes passavam como uma espécie de trovão, estrondavam e atravessavam galáxias e até universos. Na primeira descida, ou o primeiro pico de lucidez eu via meus amigos pulando e dançando e estranhamente eles se transformavam, na verdade as roupas deles como se fossem seres de grande sabedoria dançando em volta da fogueira, comecei a retornar vagarosamente, já era 4 e 30 da manhã, meus amigos riam incessantemente de mim, e eu ria e chorava ao mesmo tempo, eu não acreditava que eu tinha presenciado tudo aquilo. Levantei, abracei eles, só consegui desejar feliz ano novo aquela hora, abracei as árvores como um filho abraça um pai e chorei e agradeci muito a tudo por terem me proporcionado tamanha viagem extremamente positiva, por terem cuidado de mim e me revelado tantas coisas que eu sequer jamais havia sonhado existir, ainda via alguns padrões coloridos, mas já estava voltando como uma criança que acaba de nascer, pronta pro que der e vier, comi algumas frutas e fiquei deitado esperando o sol nascer e me preencher com o primeiro calor do ano.
E assim foi minha passagem de ano, uma passagem bem diferente... Voltei com as energias renovadas, pronto pro que der e vier esse ano! Muita luz a todos, o relato é longo mas espero que tenham gostado. E prometo que em breve postarei as fotos do lugar. Um grande abraço a todos!
Algumas fotos do lugar onde passamos a virada...
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