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texto após experiencia

oliveira

Cogumelo maduro
Membro Ativo
28/09/2008
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Coitado do caçador que não pode apenas viver sem seus instintos que guiam para o caminho da falta de respostas. Quem somos nós?

Especulando que esta energia que perdura durante milhões de anos continua acontecendo após a morte e a nossa tão apegada consciência desapareça e ressurgimos de alguma forma em algum lugar e em algum tempo, de algum jeito.

Parabéns para os que conseguem se divertir e passar o tempo tranquilamente sem pensar o que somos ou de onde realmente viemos e do que se trata toda esta coisa legal e interessante que chamamos de vida. Tão únicos e inexplicáveis nos sentimos, que precisamos apelar para religião ou qualquer outra coisa. Religião movimenta o íntimo de tantas pessoas que nos circundam e que talvez não reflitam tão bem sobre o que estão seguindo ou sentindo. Muitas vezes palavras jogadas por pessoas despreparadas que ludibriam tantas outras mais despreparadas ainda.

Louvo e tento imaginar a qual nível de interação vida/algo mais, figuras ícones espirituais como Jesus Cristo ou algum cantor ou compositor da música que conseguiu expressar-se de tal forma que moveu o mundo e simplesmente acabam com suas vidas. Qual a melhor forma de viver esta vida, se grande parte das crenças espirituais estão perdidas? O trabalho subordinado perde total sentido. O interesse da vida deve partir de cada ser, da forma mais natural possível. Coitado do caçador que tem que caçar para matar a fome do senhor que apenas come e nada mais.

O estudo considero extremamente importante. O cérebro necessita do desenvolvimento propicio ao movimento natural das coisas. A depressão como sintoma de todas as coisas que nos incomodam deve ser bem analisada quando passamos por ela e conseguimos nos reerguer. Qual o sentido de tanto açoite mental? Na verdade não há sentido algum.

Hoje, defendo o pleno estado mental. Feliz e em paz com qualquer coisa que aconteça seja lá de qual forma. Considero perda de tempo um sentido depressivo que possa ser implantado pela nossa mente. Mas o que realmente importa é o “sentir-se bem”. Experiências acontecem para aprendermos com elas e a forma de interpretá-las faz a grande diferença.

Pois então vamos viver em paz conosco e tentar repassar essa idéia para todos em nossa volta. Talvez a raça humana seja extinta na nossa geração e que outros trilhões de anos sejam necessários para outra evolução maluca chegar a certo estágio. E podemos agora, estar na décima ou quadragésima evolução a um nível psíquico interessante e muitos se acham os sabidos por estudar os dinossauros de alguns anos atrás, que realmente podem não ser nada num espectro de tempo que não ouso nem a medir. E devemos assim, fazer parte de todo este processo sem a menor importância! Que coisa não?
No plano espaço/tempo que nos encontramos o sentimento de que sempre existimos é muito forte. Mas o mundo sempre aconteceu antes de, de fato existirmos. Pois, ninguém realmente analisa e reflete que antes da data tal do nosso nascimento o mundo acontecia. Éramos o nada, pela falta da consciência que agora sentimos e presenciamos. Provavelmente após esta morte que nos espera, voltaremos a ser este nada e vamos interagir de algum modo com este plano que ainda não entendemos.

Então, levando-se estas idéias em consideração que eu considero certas e concretas, combato os pensamentos de qualquer um que viva uma vida infeliz. Seja uma pedra, mas seja feliz. Seja uma onda de som ou luz que propaga-se de forma interessante, mas seja feliz.

Paz e muito amor é o que importa.
 
Muito bom seu texto, oliveira.

É necessário manter o pensamento em um nível assim, para tentar entender mais e mais, e explorar o máximo sua experiência. Tanto a psicodélica, como a experiência maior, a vida.

Sem o amor, não somos nada. Existimos, apenas.

A religião, para alguns, é algo absoluto. Por defender um deus, o pagão mata o adorador de um deus diferente. É preciso filtrar, estudar, mas a bondade e o amor superam a guerra pela religião. Não lá fora, aqui dentro.

Poderemos então, após a passagem, interagir com este ou outros planos? creio que sim. Especulo que o plano que não conheçemos e tentamos ao máximo criar um "mapa", montado nas vivências de cada ser vivo, é este aqui, o plano físico. Então, todas aquelas perguntas diretas e objetivas, que se transformam em lacunas da história da humanidade, vêm à tona: Quem sou eu, de onde viemos, para onde vamos?

Seria fantástico, um dia, se for acionado o botão que explica tudo isso. Como na velocidade insana da psilocibina agindo sob a consciência, um segundo seria mais do que o suficiente para vislumbrar o todo, que explicaria o "X" da questão.

Gostei do direcionamento do seu pensamento, lhe encorajo para seguir na caminhada, você conheçe parte do poder de sua consiência, use-a sempre para o bem. E lembre-se: podemos fazer a diferença.


"Sabedoria do povo, em forma de procissão
E o entoar da novena, em laços de comunhão.

Uma promessa que falta, um companheiro Divino
um mundo tão pequenino, para viver e ficar só.

Um povo tão magoado, um povo tão violado, erupção de crianças"

(Zé Ramalho - trecho de "As aparências Enganam")

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