- 07/11/2013
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Tese: Atividade antimicrobiana de desinfetantes comerciais para uso em odontologia
Resumo: Este trabalho analisou a atividade antimicrobiana de onze desinfetantes disponíveis no mercado brasileiro (Ajax®, Kalipto®, Cif Gel®, Lysol®, Pinho Sol®, Clorox X-14®, Lysoform®, Pratice Gel Clorado®, Pinho Bril®, Brilhante Clorogel fresh® e Álcool 70%) para uso em superfície. Amostras de pedra granito, medindo 5 x 5 em, esterilizadas, foram imersas por 1 minuto em placas de Petri autoclavadas contendo 15 mL de suspensão bacteriana a 108 ufc/mL de Staphylococcus aureus, Streptococcus mitís, Streptococcus sanguís, Bacíllus subtílis, Candída albicans e esporo de Bacíllus subtílis. Na desinfecção por imersão, cada pedra foi transferida para uma placa de Petri autoclavada contendo 15 mL do desinfetante não diluído (grupo experimental) ou 15 mL de soro fisiológico estéril (grupo controle) permanecendo imersa no líquido por 0 (imediatamente retirada), 0.5, 1, 2 e 10 minutos. Na desinfecção por fricção, uma gaze estéril embebida em 1 mL de desinfetante não diluído (grupo experimental) ou 1 mL de soro fisiológico estéril (grupo controle) foi friccionada sobre a superfície da pedra exposta à suspensão bacteriana e foi aguardado O (imediatamente após a fricção) 0.5, 1, 2 e 10 minutos. Então, um "swab" estéril embebido em 0,1 mL de solução salina de cloreto de sódio a 0,9% foi friccionado na superfície exposta das pedras e, a seguir, inoculado em placa de Petri (9 em de diâmetro) autoclavada contendo ágar infuso cérebro e coração (BHA - Merck). As placas foram levadas para estufa de aerobiose (37°C) ou com pressão parcial de C02 a 10%, por 24 horas, e foram classificadas com base na estimativa do número de ufc. Todos os procedimentos foram feitos em duplicata. Também foi determinada a concentração inibitória e bactericida mínima para cada desinfetante. Os desinfetantes. Todos os desinfetantes foram considerados efetivos, sendo os desinfetantes à base de hípoclorito de sódio os mais efetivos. Para vários desinfetantes testados a desinfecção por imersão foi mais efetiva que por fricção. A eficácia foi dependente do tempo de contato com o desinfetante para alguns agentes e não mostrou relação direta com o preço.
CONCLUSÃO
Pelos resultados do presente trabalho, podemos concluir que:
a) Embora indicados como desinfetantes de superfície de nível baixo e médio, muitos daqueles estudados, quando utilizados puros, exibiram atividade bactericida, fungicida e também esporícída;
b) O álcool 70%, Cif Gel®, Kalipto® e Pinho Bril®, apresentaram propriedades antimícrobianas inferiores aos demais desinfetantes testados;
c) Todos os desinfetantes estudados foram considerados efetivos na redução do número de microrganismos, sendo que, para alguns deles, a eficácia foi dependente do tempo;
d) De uma maneira geral, a desinfecção por imersão foi mais efetiva que a desinfecção por fricção;
e) A eficácia dos desinfetantes não mostrou relação direta com o preço e tampouco com a CIM ou CBM.
f) Os desinfetantes com melhor relação custo-benefício para o cirurgião-dentista foram: Brilhante Clorogel Fresh®, Pratice Gel Clorado® e Clorox X-14®.
*Obs: na época do desenvolvimento deste trabalho a fórmula do Lysoform era outra, à base de formaldeído (formol) e agora o produto é a base de Cloreto de Benzalcônio (concentração de 0,45%). O que o resultado deste teste demonstra é que os melhores de sinfetantes são os a base de cloro.
Resumo: Este trabalho analisou a atividade antimicrobiana de onze desinfetantes disponíveis no mercado brasileiro (Ajax®, Kalipto®, Cif Gel®, Lysol®, Pinho Sol®, Clorox X-14®, Lysoform®, Pratice Gel Clorado®, Pinho Bril®, Brilhante Clorogel fresh® e Álcool 70%) para uso em superfície. Amostras de pedra granito, medindo 5 x 5 em, esterilizadas, foram imersas por 1 minuto em placas de Petri autoclavadas contendo 15 mL de suspensão bacteriana a 108 ufc/mL de Staphylococcus aureus, Streptococcus mitís, Streptococcus sanguís, Bacíllus subtílis, Candída albicans e esporo de Bacíllus subtílis. Na desinfecção por imersão, cada pedra foi transferida para uma placa de Petri autoclavada contendo 15 mL do desinfetante não diluído (grupo experimental) ou 15 mL de soro fisiológico estéril (grupo controle) permanecendo imersa no líquido por 0 (imediatamente retirada), 0.5, 1, 2 e 10 minutos. Na desinfecção por fricção, uma gaze estéril embebida em 1 mL de desinfetante não diluído (grupo experimental) ou 1 mL de soro fisiológico estéril (grupo controle) foi friccionada sobre a superfície da pedra exposta à suspensão bacteriana e foi aguardado O (imediatamente após a fricção) 0.5, 1, 2 e 10 minutos. Então, um "swab" estéril embebido em 0,1 mL de solução salina de cloreto de sódio a 0,9% foi friccionado na superfície exposta das pedras e, a seguir, inoculado em placa de Petri (9 em de diâmetro) autoclavada contendo ágar infuso cérebro e coração (BHA - Merck). As placas foram levadas para estufa de aerobiose (37°C) ou com pressão parcial de C02 a 10%, por 24 horas, e foram classificadas com base na estimativa do número de ufc. Todos os procedimentos foram feitos em duplicata. Também foi determinada a concentração inibitória e bactericida mínima para cada desinfetante. Os desinfetantes. Todos os desinfetantes foram considerados efetivos, sendo os desinfetantes à base de hípoclorito de sódio os mais efetivos. Para vários desinfetantes testados a desinfecção por imersão foi mais efetiva que por fricção. A eficácia foi dependente do tempo de contato com o desinfetante para alguns agentes e não mostrou relação direta com o preço.
CONCLUSÃO
Pelos resultados do presente trabalho, podemos concluir que:
a) Embora indicados como desinfetantes de superfície de nível baixo e médio, muitos daqueles estudados, quando utilizados puros, exibiram atividade bactericida, fungicida e também esporícída;
b) O álcool 70%, Cif Gel®, Kalipto® e Pinho Bril®, apresentaram propriedades antimícrobianas inferiores aos demais desinfetantes testados;
c) Todos os desinfetantes estudados foram considerados efetivos na redução do número de microrganismos, sendo que, para alguns deles, a eficácia foi dependente do tempo;
d) De uma maneira geral, a desinfecção por imersão foi mais efetiva que a desinfecção por fricção;
e) A eficácia dos desinfetantes não mostrou relação direta com o preço e tampouco com a CIM ou CBM.
f) Os desinfetantes com melhor relação custo-benefício para o cirurgião-dentista foram: Brilhante Clorogel Fresh®, Pratice Gel Clorado® e Clorox X-14®.
*Obs: na época do desenvolvimento deste trabalho a fórmula do Lysoform era outra, à base de formaldeído (formol) e agora o produto é a base de Cloreto de Benzalcônio (concentração de 0,45%). O que o resultado deste teste demonstra é que os melhores de sinfetantes são os a base de cloro.
Anexos
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