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Segunda Experiência: A origem do pensamento

Gnosis

Primórdia
Membro Ativo
30/08/2015
103
35
Olá CM!!!!!

Não vou poupar linhas desta vez. Acho que aprendi coisas que podem ser úteis para outras pessoas que procuram o auto-conhecimento. Seria egoísmo deixar de compartilhar este conhecimento com vocês, que me proporcionaram isto! Não me cansaria de repetir o quanto eu sou grato por vocês, CM!! Não tenho como agradecer, queria muito doar, assim que tiver oportunidade eu doarei!!!!! :):feliz::)

Me surpreendi muito. Essa segunda foi completamente diferente da minha primeira experiência. Esta foi voltada para a compreensão dos efeitos de consciência, e da expansão dos sentidos. E para obter uma razão sobre isto, neste relato estou a comparar as duas experiências.

Durante a trip eu me decepcionei um pouco com os efeitos, eu queria algo incrível como a primeira. Tentei tomar a mesma quantidade mas sem querer errei. Mais abaixo vou explicar por que foi tão importante ter tomado uma dosagem baixa!!! No fim das contas esta foi incrível também!!! Se não mais incrível que a outra..

Foi com uma dose significativamente inferior (Não tenho noção de quanto foi a outra, mas esta foi com 3/2 de cubensis médios - aproximadamente 8 cm de comprimento e 5 de diâmetro), e justamente por isso eu tive total controle de tudo que estava acontecendo. Agora eu entendo o porquê de muitos psiconautas se motivarem a aumentar as doses paulatinamente. Eu quero saber até onde eu posso chegar sob controle. Eu já fui muito longe na primeira vez. Porém, como não havia nenhum conhecimento, eu não tive como controlar nem entender nada que estava acontecendo. Nem dentro nem fora do meu corpo. Nem no meu próprio consciente nem no espaço. Claro que tirei MUITA coisa positiva de lá, mas estar sob controle facilitaria MUITO.

Tirei mais proveito desta segunda trip fraca - porém controlada - do que da minha primeira trip forte na qual eu nao sabia nem quem eu era.
Se antes eu estava sendo controlado pela tal 'segunda consciência', agora eu estava sob controle dela. ;)

#Visual: Eu tive poucos mudanças visuais de olhos abertos. As coisas ficaram mais bonitas, algumas cores mais vivas. Eu não via as gramas se tornarem grandes árvores que nem na outra. As gramas ficavam ali, se mexendo um pouco mais que o normal. Se eu me concentrasse nelas eu poderia dar uma 'viajada' mas nada comparado à primeira. De olhos fechados eu via imagens aleatórias. Nada muito expressivo. Eu percebi um determinado padrão de alucinações que sempre apareciam. Me perguntei se não eram símbolos.. prestando atenção pareciam até ser um tipo de linguagem. Mas não botei fé.

# Corpo: 5% do que senti na primeira, já o suficiente para me sentir levemente relaxado. - como após uma sessão de oga. Sensação de paz. Não houve momentos de alta euforia.​

# Consciência:
É importante ler até o final para entender
  • Sei que cada um tem uma reação completamente diferente aos mágicos, e que existem muitos fatores que podem influenciar no direcionamento de uma trip, e agora começo a entender a reação em minha própria consciência. Com a ajuda do setting e a meditação, eu recuperei o funcionamento do meu cérebro instintivamente, sem as mudanças desenvolvidas pela sociedade ao longo dos milhares de anos. É difícil explicar, por que a própria linguagem já é uma herança da sociedade. Uma influência da humanidade. O chá abriu uma porta no meu cérebro que fez com que ele não funcionasse mais sobre essas influências. Não sei como explicar a reação, mas eu entendi ela. Na verdade até sei como explicar, mas não por meio de linguagens. Foi um pensamento sobre uma frequência diferente (seria essa a tal da segunda consciência?). Não há palavras no português para expressar isto. Acredito que só quem já passou por algo parecido entenderia, ou alguém que tenha desenvolvido uma forma de comunicação por meio dessa 'frequência' - não é meu caso. Eu pensava nessa frequência. Não mais em português - ou inglês ou qualquer outra língua antropológica. A 'frequência' é a essência do pensamento. É o conjunto de sentimentos que te leva a acreditar naquilo.

  • Nesta 'frequência' eu percebi que tinha todas as conclusões dentro do meu inconsciente. Qualquer dúvida cotidiana era natural e lógica. Como se eu soubesse muito além do que imaginava e bastava se questionar o porquê para obter as respostas. Estas faziam muito sentido, mas eu só iria entender porque era tão óbvio se eu seguisse a origem do meu pensamento. O que eu estou chamando de 'origem do pensamento' é uma coisa que fazemos automaticamente no nosso cotidiano, mas que neste caso, eu teria que fazer conscientemente. Já que eu não pensava como no habitual, eu tinha que fazer as conexões certas até atingir a origem, onde eu atingiria um conhecimento que jamais seria capaz sem essa expansão da minha consciência. Ahhhh como eu queria conseguir me comunicar pela frequência com vocês, seria tão mais fácil explicar. O uso de linguagens faz com que a gente se esqueça de pensar naturalmente... vou explicar isto lá em baixo.

  • Infelizmente outro efeito que vem somado com a segunda consciência é a debilitação da memória de curto prazo, que aconteceu na primeira exp e também acontece com alguns amigos meus. Na prática meus pensamentos fica tão acelerados que até falar uma frase eu já esqueci oque eu iria falar. E já estou com outras mil ideias na cabeça. Eu tentava decorar algumas coisas que eu julgava importante pra lembrar depois da trip. Mas não faço a mínima ideia do que seriam estas rs.

Eu recuperei a origem dos pensamentos. Em outras palavras eu estava sob controle de alguns processos que o cérebro faz involuntariamente. Eu estava por trás do pensamento comum. Eu entendia o inconsciente. Eu não entendia completamente como esta reação acontece, e sabia que nunca iria compreender tudo, pois estava muito além da minha capacidade de compreensão. Mas sabia que alguma região oculta - pois não é voluntariamente utilizada no cotidiano - do meu cérebro era super estimulada, tornando a minha percepção do universo sobrenatural. Eu sentia as novas conexões se formando. Sentia o desenvolvimento do meu controle sobre os mágicos.

Eu conseguia andar e respirar normalmente. Mas não conseguia me expressar. Na minha primeira trip também passei por isso, e lá eu não compreendia a razão disto. Na segunda eu era capaz de entender. Eu não conseguia falar português porque sob controle do inconsciente eu percebi o quão complexo que é o processo da fala. Fazer o inconsciente conscientemente é complicado. Eu conseguia sentir e controlar as sinapses que são necessárias para sair a fala. A gente faz isso a todo momento automaticamente. Porém ocorrem processos complexos que a gente nem se dá conta. Eu tive que aprender a falar novamente. Demorava até formular frases simples. Acredito que o poder dos cogumelos nos guia para aonde queremos chegar. Eu queria respostas, então preferi deixar me levar. Me isolar de todos, e esquecer o português. Acreditava que só iria atingir um próximo nível sendo introspectivo. Até porque, apesar de relevantes filosofias estarem indo e vindo, eu não era capaz de compartilhar com ninguém mesmo!

No momento em que você fala por línguas você ignora a essência das sensações e do próprio pensamento. Por exemplo, tente definir amor. (E eu espero que você realmente tente). Você pode achar textos gigantes descrevendo coisas que as pessoas fazem por amor, e eles podem até conseguir demonstrar um pouco do que isto significa. Mas o real significado deste sentimento só quem sente entenderá. E isso não é uma coisa que da pra traduzir em palavras sem modificar o real significado. É pra sentir.
Se eu conseguir fazer com que a minoria dos que leram isto entendam eu já me sentiria bem.

O que nós traduzimos em linguagem humana não chega perto do real significado do pensamento. Esta é a frequência que tanto citei.

Outra conclusão que tirei foi de que a nossa percepção do universo é uma mentira. E seguindo esta linha de raciocínio, nós não podemos afirmar nada com certeza, seria pura alienação e hipocrisia. Só existem teorias.
Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer.” -Fernando Pessoa

No início da trip passei muito tempo, tentando entender o próprio tempo. Acreditava que eu não conseguia me expressar por que meu pensamento estava em um tempo diferente. Dessincronizado. Agora creio eu que eu estava decolando. No momento que atingi a frequência tudo fez sentido. Percebi que nós podemos ir muito além do que imaginanos. E que o tempo está muito além da minha compreensão, assim como tantas outras incógnitas deste universo. Ele é complexo. Existem tantas, mas tantas coisas que não sabemos, que não importa quanto saibamos, jamais atingiremos uma quantidade de conhecimento relevante perto de todo conhecimento acessível. O infinito se-emerge ao zero. Tudo ao nada.
Só sei que nada sei.” - Sócrates
Fico perplexo vendo que tem gente que acha que sabe alguma coisa..

Eu sei que sou um iniciante, e não quero parecer arrogante. Eu tenho certeza que muitos de vocês tem um conhecimento muito superior, mas não sei se existe tópicos esclarecendo estes pontos da trip no CM - poderia utilizar deste tópico para começar uma discussão, talvez. Eu gostaria de abordar o tema de uma maneira ampla, científica, extraindo uma razão para todos os referenciais. Porém é complexo e eu iria apreciar muito a opinião de qualquer psiconauta. Vou escrever como eu acredito que funciona com base na minha percepção dos efeitos do cogumelo em mim, nos meus amigos e também em todos os diversos relatos de experiências de já li - não sei se é válido para todos, mas pelo menos no meu organismo *acredito* que funciona desta maneira:

  • Existe uma linha de efeitos que ocorre em cada pessoa. Você pode mudar o setting, o set, a dosagem. Mas existem coisas que você não pode mudar. Esta linha é como DNA. A única diferença entre as minhas duas experiências foi o quão fundo eu entrei nesta linha. Mas os efeitos ocorreriam sempre em razão desta linha. E será assim em todas as minhas futuras trips. Cada pessoa é diferente, e assim, a linha funciona de maneira diferente em cada um. Eu por exemplo tenho mais desenvolvido esta capacidade de expandir a percepção do ambiente. Um amigo tem o lado visual muito mais forte que os outros - acredito que deve ter alguma relação com o desenvolvimento de criatividade e imaginação. E por aí vai.
  • A trip é direcionada a assuntos tratados nas últimas semanas julgados como relevantes. É, eu estava pensando muito sobre a origem do pensamento.
  • Como eu fui com menos velocidade na linha nesta segunda experiencia eu pude desenvolver mais a minha capacidade de controlar isto. E acompanhar os efeitos. É por isso que é tão importante começar de baixo e só atingir altas dosagens com alta experiência - e evitar badtrips. Fico me imaginando como seria ter controle de uma trip forte e quão esclarecedor seria. :huh:
É claro que isso pode não ter nenhuma veracidade. Eu posso ter tido a impressão que as coisas da segunda trip seguiam uma razão semelhante a da primeira só por que eu voltei a minha atenção para a primeira no decorrer da segunda. Mas eu não poderia deixar de compartilhar estas dúvidas com vocês e ouvir outras opiniões :unhas:.Tem mais de onde vem.

Pretendo cultivar ano que vem!! Pedi um carimbo da FSRE por correios - não sei quanto tempo demora pra chegar.
É isso, espero ter contribuido. Muito obrigado a comunidade e a todos que leram!!!!
Peace



 
Oioi! Muito bacana seu relato!
Obrigada por compartilhá-lo, acho importante ler experiencias que se aproximam das minhas intenções/experiencias com os cogus.
Ja faz muito tempo, mas essas experiencias nunca perdem a importancia, ne...

A primeira vez que tomei cogumelos foi 5g secos (acho que foi até muito pro meu peso... pq fiquei com dor de cabeça 2 dias seguidos)

A questão sobre a qual eu estava me esforçando para compreender na época, era sobre a "origem da mente", e como a nossa mente, entrelaçada às mentes das outras pessoas, formamos uma "mente coletiva" (consciente e inconsciente, principalmente)... e como essa mente coletiva realmente fabrica uma realidade, uma sociedade e cultura, que a reflete.

E esses 5g foi mt mesmo, mas me levou onde eu precisava ir, e compreendi essa questão com uma clareza espantosa... (que ao msm tempo me exigiu meses para integrá-la...)

Fiquei encantada com a sensação de experienciar uma dimensão "pré-linguagem" da consciência, "pré-pensamento" (se a gente entende que o pensamento se forma a partir da linguagem), puro sentir aqui e agora...

Acho que é um outro aspecto daquilo que vc também estava buscando entender, sobre a "origem do pensamento".

Depois tomei 1 dose mais baixa, de 1g, e experienciei essa mesma capacidade acurada de perceber as coisas com nossa consciencia "pre-linguagem/puro sentir"... mas completamente aterrada na realidade material. Foi muito incrível!

Preciso ter mais experiencias, com doses variadas, pra investigar melhor esse corredor perceptivo, de muitas portas, que o cogu abre pra nossa consciência...
Mas acho que nao tomo mais que 5g não, hehe... não tao cedo. Foi ótimo mas foi puxado :p
 
Sim... Basicamente... Tudo isso que você experimentou, eu já experimentei diversas vezes, e tenho certeza que muitos aqui.

Como já experimentei muitas vezes, consigo identificar alguns pontos em comum, então vamos lá.

Os efeitos visuais são o padrão, típico de uma dose média/baixa. Em algum ponto você pode ver fractais, coisas, mundos... O quê você vai ver exatamente é bem próprio de você, mas as imagens vem e vão rápido, então fica difícil memorizá-las (menos em uma dose baixa, porém assim as imagens também vêm mais fracas). E certamente não há como descrevê-las, a não ser que você seja um bom desenhista.

Foi um pensamento sobre uma frequência diferente (seria essa a tal da segunda consciência?). Não há palavras no português para expressar isto. Acredito que só quem já passou por algo parecido entenderia
Perfeitamente. Segunda consciência. Algumas pessoas chamam de Deus, outras acreditam ser a própria alma, outras, o Universo, a natureza, o santo ou outra entidade. A sensação de que há "alguém ou algo mais" dentro de si. Para você, é uma "outra frequência". Tem muito a ver com o que você acredita, lá no fundo.

Em alguns casos, isto leva também à realização do próprio ego, visão de si mesmo em terceira pessoa...

E creio que essa seja uma das penúltimas realizações que os cogumelos nos possibilitam - após isso, existe a apenas a sensação de que até "isso", além de você mesmo, se desfez.


O sentimento de que tudo faz sentido, e para tudo existe resposta, todos os processos são claros e cristalinos, do próprio corpo ao cosmos.
Esse é um velho conhecido. Durante a trip temos um poder de auto-sugestão poderosíssimo, que faz com que tudo, tudo mesmo, pareça ser verdade. Algumas vezes, até o que realmente não é, embora isso normalmente seja inofensivo e irrelevante, a menos que seja no meio de uma bad trip. Tem muito a ver com um outro efeito, que é a ausência de filtros, que talvez no fundo seja a mesma coisa.
Pode ser que a sensação persista após a trip, mas com os filtros da mente racional de volta ao lugar, fica mais fácil de rejeitar as idéias improváveis, e absorver aquelas realizações boas, do tipo "puxa, devia dizer mais o quanto os amo", como na sua outra trip.
Mas, por exemplo,
Outra conclusão que tirei foi de que a nossa percepção do universo é uma mentira. E seguindo esta linha de raciocínio, nós não podemos afirmar nada com certeza, seria pura alienação e hipocrisia. Só existem teorias.
Essa é uma linha de pensamento bem perigosa. Em uma famosa frase aqui do fórum,
Já topou o dedinho no rodapé da porta?
Existem coisas que são bem reais. Além do método científico, é claro.


Juntando a sensação de dualidade com essa percepção de que tudo faz sentido, vem o seguinte.
O que nós traduzimos em linguagem humana não chega perto do real significado do pensamento. Esta é a frequência que tanto citei.
A idéia de que o que se encontrou ali, e uma espécie de verdade última das coisas, não existe nada mais real ou verdadeiro.

É uma constante nas minhas trips. De tanto perseguir essa sensação, e meditar a respeito, eu cheguei a uma conclusão sobre.

Eu a princípio chamo de "verdade" mesmo, por falta de palavra melhor. E é como estar olhando para a ponta da faca, em vez do tomate. Só que durante a trip a faca sai voando por aí, fatiando universos, em uma enorme salada cósmica.
Tecnicamente, é a percepção do próprio foco. A sensação imediata de saber exatamente onde o próprio foco da atenção está, inclusive quando este foco está em si mesmo ("prestando atenção em prestar atenção"). Por isso, parece tão real (verdadeiro).

Há mais formas de interpretar isso do que noites. Essa do tomate é mais uma, que eu inventei agora. Mas a minha explicação favorita é um bocado mais ortodoxa. Você certamente vai encontrar a sua, seja num dicionário, numa religião, ou em você mesmo.

E por fim...
Até porque, apesar de relevantes filosofias estarem indo e vindo, eu não era capaz de compartilhar com ninguém mesmo!
Esse é um efeito bem comum, e o mais engraçado. E tão engraçado quando acontece, que às vezes só dá vontade de rir, por falta de sílabas. Qualquer coisa, faz tanto sentido, e está na ponta da língua, só que.... Não sai! Não conseguir expressar alguma coisa com palavras, mesmo que a palavra exista, é praticamente a norma.
Mas o real significado deste sentimento só quem sente entenderá. E isso não é uma coisa que da pra traduzir em palavras sem modificar o real significado. É pra sentir.

O inefável. (eu ando repetindo bastante essa palavra...:D)


Sobre as suas conclusões.

Existe uma linha de efeitos que ocorre em cada pessoa.
Sim, existe. Tanto qualitativamente sobre os efeitos (mais visuais, mais interiores, etc), quanto na forma de interpretá-los. 10% é o cogumelo e 90% é o que você tem na cabeça. Para onde o seu pensamento vai, ou como disse lá em cima, em quê você acredita.
Não dá para contar que as suas trips serão sempre iguais a essa, ou mesmo tão boas. Mas sempre haverão temas em comum. O que importa é você não focar nisso e apenas se deixar levar, para que não fique tentando chegar sempre ao mesmo lugar (e realmente sempre chegue ao mesmo lugar, ou a lugar nenhum).
A trip é direcionada a assuntos tratados nas últimas semanas julgados como relevantes. É, eu estava pensando muito sobre a origem do pensamento.
Não só os assuntos da semana como os da vida inteira, a questão é quando você vai lembrar deles.
Como eu fui com menos velocidade na linha nesta segunda experiencia eu pude desenvolver mais a minha capacidade de controlar isto. E acompanhar os efeitos. É por isso que é tão importante começar de baixo e só atingir altas dosagens com alta experiência - e evitar badtrips. Fico me imaginando como seria ter controle de uma trip forte e quão esclarecedor seria. :huh:
Em uma trip realmente forte, não há controle possível. Tentando controlar uma trip forte você apenas limita as possibilidades, ou se frustra tentando. E não é por "não estar no controle" que uma trip forte será menos esclarecedora. O aprendizado real vem após a trip, já sóbrio...

É sim muito útil e aconselhável começar com doses menores, mas não com o objetivo de aprender a manter o controle, e sim a não perder o controle - sobre fatores que podem pôr você em algum tipo de risco, ou levar a uma bad trip.

O tal "controle", aliás, é uma última tentativa de si mesmo (o ego) de permanecer, aquele último medo que dá da morte, quando a coisa aperta e parece que não tem mais jeito mesmo.
Há quem diga que essa é a experiência final dada pelos cogumelos, embora nem todos tenham essa experiência (ou se lembrem dela depois...), independente de dosagem - tem mais a ver com predisposição, como você suspeita.

E não que isso deva ser encarado como um objetivo, mas o fim é isso, o fim mesmo.
 
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