- 20/12/2021
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Boa tarde a todos.
Depois da primeira experiência bastante positiva, havia sobrado 1,5g de cubensis desidratados.
Minha esposa ainda estava com receio de experimentar, então aproveitamos um dia em que ela sairia a noite com algumas amigas para eu comer e ficar em casa.
Neste dia cuidei com a alimentação (para não comer nada muito pesado, ou muita quantidade), e separei alguns vídeos e músicas que eventualmente tivesse vontade de assistir durante a experiência.
Comi os cogumelos com mel por volta das 17:30 e fui para o banho.
Em certo momento comecei a sentir os primeiros efeitos, um prazer em sentir a água caindo no corpo, o som da água...
Quando terminei o banho minha esposa estava terminando de se arrumar e logo saiu.
Como já havia escurecido, não quis ficar fora de casa. Então coloquei um álbum pra tocar e sentei no sofá. Nessa etapa comecei a bocejar muito, e conseguia enxergar as coisas com um pouco mais de cor do que o normal, mas longe da primeira experiência com 3g.
Inclusive, esse foi um ponto em que pensei bastante. Inevitavelmente fiquei comparando as sensações de 3g da experiência anterior com a de 1,5g que estava tendo. Interessante que algumas “sintomas” ocorreram de maneira muito similar, como por exemplo os bocejos excessivos e prazerosos depois de um tempo, mas outros que foram muito fracos, como por exemplo o aumento de percepção de cores.
Enquanto escutava música na sala, senti que não era isso que queria estar fazendo e me lembrei de um vídeo que havia salvo durante a semana, mais especificamente um mini doc sobre a "passagem" do Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin) pelo Brasil.
Foi interessante assistir sob o efeito dos cogumelos. Sentia que me foquei mais do que o normal (e já me considero bastante focado pra esse tipo de conteúdo normalmente), e me senti bem aprendendo sobre aquela história.
Vale aqui uma contextualização: Led Zeppelin foi uma das bandas que mais ouvi na vida. Lá pelos 15 anos de idade, estava aprendendo a tocar guitarra e quando conheci a banda, escutei todos os discos (muitas vezes), assisti todos os shows disponíveis em DVD, li vários livros sobre a banda... Enfim, é algo que fez parte da minha vida de maneira bem intensa por muitos anos. Agora voltando à experiência...
Eu já conhecia essa história que foi contata no vídeo, mas eu só a tinha lido, e não visto filmagens ou depoimentos nesse formato. E inevitavelmente senti uma vontade grande de escutar Led Zeppelin. Já tinha um bom tempo que eu não "parava pra escutar" os discos.
Junto disso, comecei a ficar incomodado de estar dentro de casa (inclusive isso é algo que sempre acontece nas minhas experiências com LSD - ficar muito tempo "fechado" em algum lugar me deixa inquieto), então coloquei um agasalho de moletom, peguei os fones de ouvido e celular, e saí para caminhar escutando Led Zeppelin.
Naquela noite o clima estava um pouco frio e com garoa. Comecei a caminhada escutando The Houses of the Holy (1973).
Moro num bairro bastante tranquilo, pouco movimento de carros e pessoas, então não temos muita insegurança ou medo em andar por aqui, independe do horário. Certamente isso fez muita diferença na experiência.
Acho que o ponto mais marcante foi a percepção de conseguir prestar atenção a muitas coisas ao mesmo tempo. Sentia a movimentação do corpo de uma forma bastante intensa, ao mesmo tempo em que prestava atenção à rua e também escutava a música.
Lembro que o ritmo dos passos acabava seguindo o ritmo da música, e em certo momento eu comecei a lembrar profundamente de outras vezes em que eu havia escutado aquele disco. É o tipo de experiência que considero difícil transcrever em texto, mas foi como se através da música eu pudesse “me ver” em diferentes fases da vida. Me lembrei claramente de como foi o dia em que comprei o CD e escutei pela primeira vez, e todo o contexto da minha vida naquele momento me veio à tona. Então eu pude fazer uma espécie de “comparativo” entre minha vida naquele período e hoje.
Conforme ia escutando e caminhando, me vinham outras lembranças de outros momentos da vida em que eu escutei o disco, e esse processo de relembrar o contexto da vida naquele outro momento vinha, e um novo “comparativo” acontecia. Tudo isso enquanto estava curtindo realmente o som, a caminhada, a garoa...
Depois ainda escutei o primeiro disco da banda (1969), mas já tendo menos dessas lembranças e focando mais no som.
Nisso já haviam se passado 1h30min caminhando, e estava a uns 3 km de casa.
Senti que os efeitos estavam começando a diminuir, voltei pra casa , tomei outro banho, comi alguma coisa e sentei pra assistir alguns vídeos.
Passado mais 1 hora, novamente fiquei um tanto inquieto e saí para mais uma caminhada, dessa vez bem mais curta e sem ir muito longe. Me senti praticamente sóbrio quando voltei pra casa, e fiquei esperando minha esposa chegar.
Quando chegou conversamos um pouco, ela contou como foi com as amigas, contei o que tinha feito e fomos dormir.
Depois refletindo sobre a experiência, achei realmente interessante essa “comparação” entre o “Eu de hoje” e os “Eus de outras épocas”. Foi bem significativo e positivo.
Em questão de dosagem, acho que preferi as sensações proporcionadas pela primeira dose de 3g, mas achei muito importante a experiência com a dose menor de 1,5g para entender melhor como meu corpo reage. Certamente esses testes com dosagens diferentes e controladas vão nos auxiliando a entender qual dosagem é melhor para cada situação.
Depois da primeira experiência bastante positiva, havia sobrado 1,5g de cubensis desidratados.
Minha esposa ainda estava com receio de experimentar, então aproveitamos um dia em que ela sairia a noite com algumas amigas para eu comer e ficar em casa.
Neste dia cuidei com a alimentação (para não comer nada muito pesado, ou muita quantidade), e separei alguns vídeos e músicas que eventualmente tivesse vontade de assistir durante a experiência.
Comi os cogumelos com mel por volta das 17:30 e fui para o banho.
Em certo momento comecei a sentir os primeiros efeitos, um prazer em sentir a água caindo no corpo, o som da água...
Quando terminei o banho minha esposa estava terminando de se arrumar e logo saiu.
Como já havia escurecido, não quis ficar fora de casa. Então coloquei um álbum pra tocar e sentei no sofá. Nessa etapa comecei a bocejar muito, e conseguia enxergar as coisas com um pouco mais de cor do que o normal, mas longe da primeira experiência com 3g.
Inclusive, esse foi um ponto em que pensei bastante. Inevitavelmente fiquei comparando as sensações de 3g da experiência anterior com a de 1,5g que estava tendo. Interessante que algumas “sintomas” ocorreram de maneira muito similar, como por exemplo os bocejos excessivos e prazerosos depois de um tempo, mas outros que foram muito fracos, como por exemplo o aumento de percepção de cores.
Enquanto escutava música na sala, senti que não era isso que queria estar fazendo e me lembrei de um vídeo que havia salvo durante a semana, mais especificamente um mini doc sobre a "passagem" do Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin) pelo Brasil.
Foi interessante assistir sob o efeito dos cogumelos. Sentia que me foquei mais do que o normal (e já me considero bastante focado pra esse tipo de conteúdo normalmente), e me senti bem aprendendo sobre aquela história.
Vale aqui uma contextualização: Led Zeppelin foi uma das bandas que mais ouvi na vida. Lá pelos 15 anos de idade, estava aprendendo a tocar guitarra e quando conheci a banda, escutei todos os discos (muitas vezes), assisti todos os shows disponíveis em DVD, li vários livros sobre a banda... Enfim, é algo que fez parte da minha vida de maneira bem intensa por muitos anos. Agora voltando à experiência...
Eu já conhecia essa história que foi contata no vídeo, mas eu só a tinha lido, e não visto filmagens ou depoimentos nesse formato. E inevitavelmente senti uma vontade grande de escutar Led Zeppelin. Já tinha um bom tempo que eu não "parava pra escutar" os discos.
Junto disso, comecei a ficar incomodado de estar dentro de casa (inclusive isso é algo que sempre acontece nas minhas experiências com LSD - ficar muito tempo "fechado" em algum lugar me deixa inquieto), então coloquei um agasalho de moletom, peguei os fones de ouvido e celular, e saí para caminhar escutando Led Zeppelin.
Naquela noite o clima estava um pouco frio e com garoa. Comecei a caminhada escutando The Houses of the Holy (1973).
Moro num bairro bastante tranquilo, pouco movimento de carros e pessoas, então não temos muita insegurança ou medo em andar por aqui, independe do horário. Certamente isso fez muita diferença na experiência.
Acho que o ponto mais marcante foi a percepção de conseguir prestar atenção a muitas coisas ao mesmo tempo. Sentia a movimentação do corpo de uma forma bastante intensa, ao mesmo tempo em que prestava atenção à rua e também escutava a música.
Lembro que o ritmo dos passos acabava seguindo o ritmo da música, e em certo momento eu comecei a lembrar profundamente de outras vezes em que eu havia escutado aquele disco. É o tipo de experiência que considero difícil transcrever em texto, mas foi como se através da música eu pudesse “me ver” em diferentes fases da vida. Me lembrei claramente de como foi o dia em que comprei o CD e escutei pela primeira vez, e todo o contexto da minha vida naquele momento me veio à tona. Então eu pude fazer uma espécie de “comparativo” entre minha vida naquele período e hoje.
Conforme ia escutando e caminhando, me vinham outras lembranças de outros momentos da vida em que eu escutei o disco, e esse processo de relembrar o contexto da vida naquele outro momento vinha, e um novo “comparativo” acontecia. Tudo isso enquanto estava curtindo realmente o som, a caminhada, a garoa...
Depois ainda escutei o primeiro disco da banda (1969), mas já tendo menos dessas lembranças e focando mais no som.
Nisso já haviam se passado 1h30min caminhando, e estava a uns 3 km de casa.
Senti que os efeitos estavam começando a diminuir, voltei pra casa , tomei outro banho, comi alguma coisa e sentei pra assistir alguns vídeos.
Passado mais 1 hora, novamente fiquei um tanto inquieto e saí para mais uma caminhada, dessa vez bem mais curta e sem ir muito longe. Me senti praticamente sóbrio quando voltei pra casa, e fiquei esperando minha esposa chegar.
Quando chegou conversamos um pouco, ela contou como foi com as amigas, contei o que tinha feito e fomos dormir.
Depois refletindo sobre a experiência, achei realmente interessante essa “comparação” entre o “Eu de hoje” e os “Eus de outras épocas”. Foi bem significativo e positivo.
Em questão de dosagem, acho que preferi as sensações proporcionadas pela primeira dose de 3g, mas achei muito importante a experiência com a dose menor de 1,5g para entender melhor como meu corpo reage. Certamente esses testes com dosagens diferentes e controladas vão nos auxiliando a entender qual dosagem é melhor para cada situação.