- 27/11/2009
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Sem dúvida, começo neste momento a dar meus primeiros passos nessa trilha me oferecida e guiada pelo mundo fungi. Se havia alguma incerteza, receio ou medo, tenho uma quase convicção de que todos esses sentimentos começam a se dissipar pelo princípio de um entendimento da visão enteógena.
Faço agora minha segunda experiencia com os cubs e a situação anterior foi muito parecida com essa. Encontro uma pequena família com tres cogs. Um de medio a grande e dois pequenos. Fico naquela incerteza de se devo ou não devo fazer o uso. Isso dura alguns instantes. Num momento, desencano e coleto dois cogs, o maior e um pequeno. Vou pra casa, passo uma água e consumo in natura. Tenho ciência dos riscos mas sinto que tem que ser assim.
Isso tudo já são mais de cinco horas. Ajeito as tralhas e vou embora. Chego em casa(agora na cidade) e um bom tempo depois começo lentamente sentir os efeitos em minha mente. Fico com a estranha impressão de ter sido menos intensa que a primeira. Tenho a sensação de domínio da situação. Interajo normalmente com as pessoas aqui de casa, sem problemas.
O tempo vai passando e fico meio que encanado, não estou me sentindo como na anterior. Tá diferente. Já são quase nove horas. Me chamam pra jantar, faço meu prato e me sento sozinho a mesa. O pessoal tá na sala jantando em frente a tv. Nesse instante começo realmente sentir a onda. Como que do nada, ali sozinho jantando começo a questionar minha realidade. Fico me perguntando se o que está acontecendo alí naquela cozinha é real. Sinto como se minha mente se dividíra e que o eu poderia não ser EU. Encaro bem essa percepção mas não consigo entende la completamente. Não sei quanto isso durou, sei que acabou quando entrou alguém na cozinha e voltei pra real novamente. Tudo flui bem, sem bad.
Como sempre faço, janto e vou lá pra fora fumar um cigarro. Ali no quintal é onde devo estar. PRECISO OUVIR OS SONS DA NOITE. O tempo começa a mudar, o céu fica muito escuro e nuvens claras e mais baixas vão muito rápidas pra algum lugar, levadas por um vento forte. Não chove, só uma garoa leve. Sinto a FORÇA do vento. Duas grandes árvores no quintal vizinho começam a balançar como que numa dança frenética. O vento é um tipo de comunicação entre o reino vegetal. Sinto isso mas ainda não consigo compreender. Folhas que estão no chão fazem um barulho estranho, me assusto um pouco mas não encano com isso.
Volto pra dentro de casa. Uma certa irritação por estar la dentro toma conta de mim. Tenho que ficar la fora por que se estou dentro se quebra a sintonia. Todo movimento das pessoas em casa me irrita, me faz voltar a real e eu não quero isso. Dou um tempo em casa, faço uma presença e retorno ao quintal. Ouço muitos sons, aqueles que realmente devo ouvir. Moro perto da estrada de ferro e percebo nesse momento que um trem se aproxima. O som que vem do trem vai ficando cada vez mais forte. Me vejo ali parado. Nesse exato momento sinto a presença de um nativo americano. Toda estranheza daquele som, como se ele tivesse tentando entender o que seria aquilo, também senti. Percebo que talvez tenha captado um "arquivo de memória" solto no espaço. Foi como se aquilo de fato já ouvesse ocorrido e estivesse presente em um "mundo invisível" e enteógenos pudessem captar e resgatar aquele momento. O som do trem foi ficando longe assim como a percepção assi se foi.
Vo pra dentro de casa novamente e tudo ainda me irrita la. Começa uma intolerancia por conversas, atitudes, televisão e resolvo ir dormir. O sono não vem. Me perco em pensamentos estranhos e isso me incomoda. Levanto e retorno la pra fora. Percebo que de alguma forma não estou mais em sintonis. Fico mais um pouco, fumo um careta e decido e consigo dormir. Noite não muito bem dormida. Sonhos estranhos e confusos. Acordo e está tudo bem. Mas o movimento aqui de casa ainda parece me incomodar. Percebi claramente que preciso me isolar pra uma próxima trip. Ficar sozinho no sítio, sem preocupações, pra daí sim poder interagir e começar a entender esse MUNDO NATURAL.
abs
Faço agora minha segunda experiencia com os cubs e a situação anterior foi muito parecida com essa. Encontro uma pequena família com tres cogs. Um de medio a grande e dois pequenos. Fico naquela incerteza de se devo ou não devo fazer o uso. Isso dura alguns instantes. Num momento, desencano e coleto dois cogs, o maior e um pequeno. Vou pra casa, passo uma água e consumo in natura. Tenho ciência dos riscos mas sinto que tem que ser assim.
Isso tudo já são mais de cinco horas. Ajeito as tralhas e vou embora. Chego em casa(agora na cidade) e um bom tempo depois começo lentamente sentir os efeitos em minha mente. Fico com a estranha impressão de ter sido menos intensa que a primeira. Tenho a sensação de domínio da situação. Interajo normalmente com as pessoas aqui de casa, sem problemas.
O tempo vai passando e fico meio que encanado, não estou me sentindo como na anterior. Tá diferente. Já são quase nove horas. Me chamam pra jantar, faço meu prato e me sento sozinho a mesa. O pessoal tá na sala jantando em frente a tv. Nesse instante começo realmente sentir a onda. Como que do nada, ali sozinho jantando começo a questionar minha realidade. Fico me perguntando se o que está acontecendo alí naquela cozinha é real. Sinto como se minha mente se dividíra e que o eu poderia não ser EU. Encaro bem essa percepção mas não consigo entende la completamente. Não sei quanto isso durou, sei que acabou quando entrou alguém na cozinha e voltei pra real novamente. Tudo flui bem, sem bad.
Como sempre faço, janto e vou lá pra fora fumar um cigarro. Ali no quintal é onde devo estar. PRECISO OUVIR OS SONS DA NOITE. O tempo começa a mudar, o céu fica muito escuro e nuvens claras e mais baixas vão muito rápidas pra algum lugar, levadas por um vento forte. Não chove, só uma garoa leve. Sinto a FORÇA do vento. Duas grandes árvores no quintal vizinho começam a balançar como que numa dança frenética. O vento é um tipo de comunicação entre o reino vegetal. Sinto isso mas ainda não consigo compreender. Folhas que estão no chão fazem um barulho estranho, me assusto um pouco mas não encano com isso.
Volto pra dentro de casa. Uma certa irritação por estar la dentro toma conta de mim. Tenho que ficar la fora por que se estou dentro se quebra a sintonia. Todo movimento das pessoas em casa me irrita, me faz voltar a real e eu não quero isso. Dou um tempo em casa, faço uma presença e retorno ao quintal. Ouço muitos sons, aqueles que realmente devo ouvir. Moro perto da estrada de ferro e percebo nesse momento que um trem se aproxima. O som que vem do trem vai ficando cada vez mais forte. Me vejo ali parado. Nesse exato momento sinto a presença de um nativo americano. Toda estranheza daquele som, como se ele tivesse tentando entender o que seria aquilo, também senti. Percebo que talvez tenha captado um "arquivo de memória" solto no espaço. Foi como se aquilo de fato já ouvesse ocorrido e estivesse presente em um "mundo invisível" e enteógenos pudessem captar e resgatar aquele momento. O som do trem foi ficando longe assim como a percepção assi se foi.
Vo pra dentro de casa novamente e tudo ainda me irrita la. Começa uma intolerancia por conversas, atitudes, televisão e resolvo ir dormir. O sono não vem. Me perco em pensamentos estranhos e isso me incomoda. Levanto e retorno la pra fora. Percebo que de alguma forma não estou mais em sintonis. Fico mais um pouco, fumo um careta e decido e consigo dormir. Noite não muito bem dormida. Sonhos estranhos e confusos. Acordo e está tudo bem. Mas o movimento aqui de casa ainda parece me incomodar. Percebi claramente que preciso me isolar pra uma próxima trip. Ficar sozinho no sítio, sem preocupações, pra daí sim poder interagir e começar a entender esse MUNDO NATURAL.
abs