- 20/12/2021
- 41
- 3
- 30
Em uma conversa com alguns amigos, acabei recomendando para eles o disco Dark Side of The Moon do Pink Floyd, e só então me dei conta de que esse é um disco que eu escutei muitas vezes quando mais novo, mas nunca em “estado alterado de consciência”.
Aproveitando que era minha última semana de férias, decidi comer 1,5 g para re-escutar o álbum.
Minha esposa saiu para trabalhar logo após o almoço, comi os cogumelos e fui para o banho para dar o tempo dos efeitos começarem.
Enchi um colchão inflável na sala, deitei e coloquei o disco pra tocar. Definitivamente foi uma experiência muito intensa, diria até emocionante.
Sempre curti muito a sonoridade do disco, a parte instrumental impecável, uso de instrumentos de sopro, sintetizadores, solos de guitarra... Enfim, acho um disco muito fluido, nem me passa pela cabeça a intenção de pular alguma faixa.
Acho que a primeira consideração sobre essa experiência é como os psicodélicos amplificam o que somos e das coisas que gostamos. Deitado ali totalmente focado no som, foi como se não fosse possível pensar em outra coisa senão a música, ou o que a música "nos traz".
Também teve impacto significativo o fato de meu inglês ter melhorado bastante em comparação à última vez que havia escutado o disco. Naturalmente, além de ficar extasiado com o instrumental, a letra me “pegou” em vários momentos. Afinal, é um disco que trata sobre temas como o tempo, dinheiro, relação entre pessoas e loucura.
Fiquei com a sensação de que fui “preparado” para a última faixa “Eclipse”. Ao longo do disco todos os temas vão sendo abordados, fui refletindo sobre eles, lembrando de coisas da minha vida relacionadas a esses temas, e percebendo como cada detalhe que compõe a vida é complexo. Então, eis que a última faixa “joga na cara” como, apesar de toda essa complexidade e até grandiosidade da vida, nossas vidas são coisas muito insignificantes em relação ao que está fora do planeta Terra.
Esse é o tipo de coisa que “todo mundo sabe” (desde crianças já aprendemos que a Terra é só um planeta no sistema solar, e que o universo é infinito, etc...), mas realmente pensar nisso logo após repensar a própria vida, e com uma “preparação sonora” tão intensa foi uma sensação muito forte e marcante.
Gostaria de salientar que as letras não necessariamente representam as impressões que eu tive delas. Me lembro bem que haviam partes da letra que eu acabava “não entendendo” por estar com o foco muito grande nos instrumentos, ou em algum pensamento ligado a um trecho anterior da letra.
O foco do meu relato não é de “analisar” o disco, mas sim as percepções que tive nessa experiência. Então, é esperado que numa análise mais aprofundada das letras, outras reflexões e sentidos sejam identificados.
Eis então a minha primeira experiência escutando rock progressivo, e mesmo escrevendo somente 45 dias depois da experiência, as sensações ficaram marcadas como boas e intensas.
Devo ter ficado cerca de 40 minutos sentado olhando a capa do disco e o encarte (tenho uma cópia em CD), e pensando sobre as músicas. Não lembro exatamente o que fiz depois, só de que quando minha esposa chegou (lá pelas 18h) eu já estava praticamente sóbrio e a rotina da noite seguiu dentro da normalidade.
Aproveitando que era minha última semana de férias, decidi comer 1,5 g para re-escutar o álbum.
Minha esposa saiu para trabalhar logo após o almoço, comi os cogumelos e fui para o banho para dar o tempo dos efeitos começarem.
Enchi um colchão inflável na sala, deitei e coloquei o disco pra tocar. Definitivamente foi uma experiência muito intensa, diria até emocionante.
Sempre curti muito a sonoridade do disco, a parte instrumental impecável, uso de instrumentos de sopro, sintetizadores, solos de guitarra... Enfim, acho um disco muito fluido, nem me passa pela cabeça a intenção de pular alguma faixa.
Acho que a primeira consideração sobre essa experiência é como os psicodélicos amplificam o que somos e das coisas que gostamos. Deitado ali totalmente focado no som, foi como se não fosse possível pensar em outra coisa senão a música, ou o que a música "nos traz".
Também teve impacto significativo o fato de meu inglês ter melhorado bastante em comparação à última vez que havia escutado o disco. Naturalmente, além de ficar extasiado com o instrumental, a letra me “pegou” em vários momentos. Afinal, é um disco que trata sobre temas como o tempo, dinheiro, relação entre pessoas e loucura.
Fiquei com a sensação de que fui “preparado” para a última faixa “Eclipse”. Ao longo do disco todos os temas vão sendo abordados, fui refletindo sobre eles, lembrando de coisas da minha vida relacionadas a esses temas, e percebendo como cada detalhe que compõe a vida é complexo. Então, eis que a última faixa “joga na cara” como, apesar de toda essa complexidade e até grandiosidade da vida, nossas vidas são coisas muito insignificantes em relação ao que está fora do planeta Terra.
Esse é o tipo de coisa que “todo mundo sabe” (desde crianças já aprendemos que a Terra é só um planeta no sistema solar, e que o universo é infinito, etc...), mas realmente pensar nisso logo após repensar a própria vida, e com uma “preparação sonora” tão intensa foi uma sensação muito forte e marcante.
Gostaria de salientar que as letras não necessariamente representam as impressões que eu tive delas. Me lembro bem que haviam partes da letra que eu acabava “não entendendo” por estar com o foco muito grande nos instrumentos, ou em algum pensamento ligado a um trecho anterior da letra.
O foco do meu relato não é de “analisar” o disco, mas sim as percepções que tive nessa experiência. Então, é esperado que numa análise mais aprofundada das letras, outras reflexões e sentidos sejam identificados.
Eis então a minha primeira experiência escutando rock progressivo, e mesmo escrevendo somente 45 dias depois da experiência, as sensações ficaram marcadas como boas e intensas.
Devo ter ficado cerca de 40 minutos sentado olhando a capa do disco e o encarte (tenho uma cópia em CD), e pensando sobre as músicas. Não lembro exatamente o que fiz depois, só de que quando minha esposa chegou (lá pelas 18h) eu já estava praticamente sóbrio e a rotina da noite seguiu dentro da normalidade.