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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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"Que transparente cortina ao meu redor..."

os pensamentos ficavam cada vez mais aterrorizantes.
fui para o quarto ao lado pedindo socorro aos meus amigos e eles tentaram me acalmar.
A presença e a conversa com eles me deixaram totalmente livre do terror que eu havia sentido.
Era forte também a sensação de plena liberdade, tudo depende da minha atitude e o meu estado é conseqüência somente do que eu tenho feito.
No final da noite só fazia agradecer a Quem quer que esteja sobre nós por tanta riqueza
É Thoth, Sem sacrifício não há redenção.

Muito interessante parceiro, pretendo um dia ter uma trip bem profunda para vencer meus demônios mentais..
Ou ser vencido por eles...rsrs.
Brincadeira, mas quem quer vencer e dominar tudo é o Ego. Melhor seria ir até o inferno e se jogar na fornalha.
Veja que em analogia, até a mais singela criatura, o "ego" Frodo, do qual ninguém duvidaria, foi até o inferno e na hora de destruir o anel, se recusou.
O ego nos põe armadilhas muitos sutis no caminho.
 
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Muito interessante parceiro, pretendo um dia ter uma trip bem profunda para vencer meus demônios mentais..

Ou ser vencido por eles...rsrs.
Brincadeira, mas quem quer vencer e dominar tudo é o Ego. Melhor seria ir até o inferno e se jogar na fornalha.


É, o risco é quanto mais você lutar contra os tais demônios, mais você ficar parecido com eles. Na verdade eles são nós e vice-versa, e quando você fica parecido com eles é que os mesmos podem estar assumindo o controle ...

Esse negócio de vencer o demônio é bem característico de certas tradições ocidentais majoritárias, creio. Que influenciaram também ramos minoritários.

Outras tradições falam em integrar os demônios, ou então transcender tudo, quando os demônios não terão mais o significado que têm hoje.

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Última edição:
Esse lance de "Demônio" é bem subjetivo, varia de cultura para cultura.

Há algumas culturas antigas e politeístas que consideram demônios como deuses, ou guardiões, espíritos tutelares e etc.

Esse lance de dizer que demônios são coisas do "inferno" é bem atual, e a denominação negativa dessas entidades veio apenas com as tradições judaico-cristãs :)

No mais, esse lance de ver demônios na Trip é mais ou menos como o Ecuador disse, são meras facetas de nós mesmos.

Nós somos ENORMES, sabia?

- Percebi com muita clareza como o ego luta com toda a sua força para permanecer no domínio quando ameaçado. Começa a criar mecanismos de manter você “ligado” como, por exemplo, ansiedades intensas.

- Era muito importante pra mim que todos estivessem bem e que tudo ficasse bem.

Esse lance aí é comum nas boas trips... o ego te enche de medo, ansiedade e o faz esitar em atravessar pro poutro lado do "espelho-multidimensional" de nossas mentes.

O problema está em abandonar todos os sentimentos negativos que o ego nos lança no rosto durante a trip.

No mais, parabéns pela experiência, gostei muito do relato!
 
Moe!

Na minha opinião doses baixas, tipo 1 a 1,5g secos ou 10 a 15 gramas frescos, são bem menos prováveis de resultar em bad trips.

Mas depende também da sensibilidade individual, o momento emocional da pessoa e outros fatores imprevistos.

Isso pode enlouquecer alguns. Mas para outros é uma diversão.

Muito interessante parceiro, pretendo um dia ter uma trip bem profunda para vencer meus demônios mentais..

Já vai se armando, camarada! :)
 
Rain, você acha que com uma dose de 1g seca pode-se atingir trips além do nível classificado como 4? Não digo para navegadores experientes, estou falando de novatos.
 
Rain, você acha que com uma dose de 1g seca pode-se atingir trips além do nível classificado como 4? Não digo para navegadores experientes, estou falando de novatos.

1g, não... pelo menos para mim! :geek:

Mas para navegadores inexperientes, também creio que não. Talvez partindo de 3g, os "virgens" consigam elevar o nível. Mas não é bom, é necessário conhecer como os fungos trabalham primeiro, antes de partir pra andrômeda. :)
 
Analisando o relato meses depois, fica evidente pra mim uma supervalorização natural da trip e dos fatos nela presentes, o que ocorre em vários outros relatos. Entretanto, sem dúvidas, foi uma das piores experiências da minha vida.

Certamente é necessário extremo cuidado ao ingerir cogumelos, principalmente quando se é novato. As viagens ruins, de ansiedade extrema e que duram "anos" podem se tornar algo perigoso, especialmente para pessoas que apresentam algum quadro de depressão, como eu por exemplo.
 
Há vários avisos assim no fórum, mas os novatos frequentemente os ignoram.
 
Tentei “acordá-los” falando de como tudo se repete, todos os dias nós fazemos as mesmas coisas e de forma automática sem nem perceber o quanto isso é “seco” e sem significado.

Repetia várias vezes para mim mesmo que eu sou muito feliz e que eu não precisava de mais nada. Também perguntava a cada um se eram realmente felizes. Era muito importante pra mim que todos estivessem bem e que tudo ficasse bem. Sentia uma forte e carinhosa saudade de muitas pessoas que fazem ou fizeram parte de minha vida. Dentre elas, a mais imponente: Minha Mãe. Sua lembrança era constante, uma saudade sufocante seguida de choro (moro distante dela). Era incrível a percepção única que tive do amor imenso que ela sente por mim, do tanto que lutou e das coisas que abdicou em sua vida por minha causa. Era forte também a sensação de plena liberdade, tudo depende da minha atitude e o meu estado é conseqüência somente do que eu tenho feito. Sempre fui bastante fechado, simplesmente não consigo chegar para uma pessoa e dizer o quanto ela é importante ou o quanto gosto dela. Mas foi incrível a forma com que fiz isso para com os meus amigos. Cumprimentava a todos eles e, olhando em seus olhos, dizia que eles eram pessoas muito boas para mim, que a companhia de cada um era o que me fazia feliz no momento e agradecia a cada um por tê-los conhecido, de forma muito grata. Até agora não sei como tive essa coragem. Essa atitude culminou em uma mudança sutil no meu relacionamento com esses amigos. No final da noite só fazia agradecer a Quem quer que esteja sobre nós por tanta riqueza (tudo para mim apresentava uma forma esplêndida, por mais simples que fosse). Nada pode ser delimitado, o meu cérebro é um universo à parte tamanha a sua extensão e o mesmo eu avistava em qualquer forma de vida ou matéria. Tudo realmente é infinito e complexo. Chorei me sentindo culpado por encarar a vida de forma tão monótona e covarde, fazendo sempre pouco caso da beleza intrínseca a cada milagre; e todo acontecimento é um milagre.

Queridos membros, sabem como é (re)lêr um relato "SEU" no de "OUTRA" pessoa?

Um presentão chamado Amor emanando de nós e sobre nós. Através dos cogumelos mágicos compartilhamos o mesmo fragmento da complexa rede de experiência humana.

Muito lindo seu relato! Obrigado de coração!

Analisando o relato meses depois, fica evidente pra mim uma supervalorização natural da trip e dos fatos nela presentes, o que ocorre em vários outros relatos. Entretanto, sem dúvidas, foi uma das piores experiências da minha vida.

Certamente é necessário extremo cuidado ao ingerir cogumelos, principalmente quando se é novato. As viagens ruins, de ansiedade extrema e que duram "anos" podem se tornar algo perigoso, especialmente para pessoas que apresentam algum quadro de depressão, como eu por exemplo.

Ok, o camaleão está voltando a se camuflar novamente, sinal de que você não ficou do outro lado ("louco?"). Para mim a normalidade também está na NUDEZ da Experiência com cogumelos. Não é supervalorização, é o homem nú, o camaleão sem disfarce, é puramente você, mas não integralmente.

Há muito da integralidade que não está visível, ou que parece sutíl, pouco relevante. Você é formado por muitas coisas, tantas que não é capaz de assimilar todas com a atenção devida. O cogumelo te da a oportunidade de dar atenção para algumas, e por isso quando você volta para sua integralidade desatenta e desfocada, a memória da experiência com cogumelos parece intença ou supervalorizar alguns aspectos do que você é.
 
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