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Quanto tempo ficar sem psicotropicos para tomar?

Romulo Prado

Esporo
Cadastrado
14/01/2024
10
2
40
Gostaria de saber qual o tempo ideal para não ter interação do cogumelo com psicotropico, tenho que parar quantos dias antes?
 
Dizer que existe algo chamado 'normalidade', e que uma pessoa que está deprimida não está em seu estado 'normal', está 'doente', faz parte do discurso da psiquiatria. A psiquiatria é um ramo da medicina. Eles usam os jargões e o discurso médico. Não está errado dizer isso se você é psiquiatra, ou adepto da psiquiatria. Mas não somente é uma afirmação totalmente questionável e sem fundamentação sólida, como é um discurso que se opõe ao discurso da psicologia.


Eu aposto que se pegar um leigo, e mostrar a ele uma pessoa sem depressão e outra em um episódio depressivo maior ele vai apontar rapidamente quem é normal.

O mesmo para alguém em surto esquizofrênico ou em um episódio de mania.

O jargão médico se desenvolveu a partir do senso comum e do dia a dia das pessoas. O que não vem do dia a dia das pessoas é essa noção que que não há normal. O questionamento é válido, mas há sim um estado de humor dito ou convencionado como normal em que as pessoas se sentem mais funcionais, focadas, relaxadas, e felizes. Pergunte a um deprimido se ele não quer melhorar. Oooops, melhorar?

Esse estado "normal" é claramente diferente de crises de depressão, bipolaridade e esquizofrenia, só para ficar nos transtornos mais falados.
 
Caro colega Uburulino, digitei várias coisas aqui mas resolvi apagar, você é psicologo e passou 5 anos estudando, sabe mais que eu sobre esse assunto, eu sou um paciente que experimentei e vi os dois serviços, isso realmente me fez " apaixonar " como você citou ali em cima, eu me apaixonei por algo que funciona e rápido, diferente da psicanalise que precisa de anoooooss para tentar funcionar, tenha cuidado para não estar cego nas suas convicções, eu fui atrás do melhor para mim e meus familiares, hoje todos me agradecem, já você, está atrás do melhor para seus pacientes, ou só utilizando algo que está " apaixonado"? desculpa mas contra fatos não há argumentos.
Precisa pedir desculpa, não. Perfeitamente válido seu questionamento. Eu mesmo me questiono muito. Psicanálise é algo muito mais complicado pra aprender que TCC, realmente. Porque é muito mais subjetiva. Porque depende de você mesmo conseguir fazer tua análise com sucesso. É só a partir da própria análise bem sucedida que entendemos o que é associação livre, transferencia, contra transferencia, inconsciente, etc. A leitura teórica de maneira nenhuma leva ao entendimento da técnica.
E fazer esta análise depende de você ter sintomas significativos. Sem sintomas, sem sofrimento psíquico, a tua análise pessoal é só um faz de conta. Então é muito complicado e demorado. Não estamos sofrendo o tempo todo. Sim, eu já me 'apaixonei' pela psicanálise. Depois eu odiei a psicanálise. Finalmente, depois de fazer minha auto análise e obter resultados concretos e sim, muito rápidos, por finalmente conseguir os tais 'insights', fiz as pazes com a psicanálise e compreendi como a coisa funciona.

Eu sempre estou atraz do melhor para meus pacientes. Não sou de maneira nenhuma ortodoxo. Provavelmente não seria aceito em nenhum grupo de psicanálise.
O meu entendimento sobre o que é psicanálise é muito subjetivo. É muito eu. Uso o que for preciso, o que eu julgar útil para o meu analisando(prefiro este termo).
As sessões vão indo como querem. Acho horroroso um comportamento rígido, dogmático, da parte do analista. E eu me autorizo a este comportamento profissional 'exótico' não apenas porque eu aprendi o que é psicanálisei com minha própria auto análise. Mas porque estudei e observei o comportamento de grandes profissionais da psicanálise ao longo da história e aprendi com eles a ser autêntico e humano no trato com o sofrimento alheio. Sem medo de ser feliz. Ou de fazer alguém feliz. Somos todos 'pecadores'. :))
 
Eu aposto que se pegar um leigo, e mostrar a ele uma pessoa sem depressão e outra em um episódio depressivo maior ele vai apontar rapidamente quem é normal.

O mesmo para alguém em surto esquizofrênico ou em um episódio de mania.

O jargão médico se desenvolveu a partir do senso comum e do dia a dia das pessoas. O que não vem do dia a dia das pessoas é essa noção que que não há normal. O questionamento é válido, mas há sim um estado de humor dito ou convencionado como normal em que as pessoas se sentem mais funcionais, focadas, relaxadas, e felizes. Pergunte a um deprimido se ele não quer melhorar. Oooops, melhorar?

Esse estado "normal" é claramente diferente de crises de depressão, bipolaridade e esquizofrenia, só para ficar nos transtornos mais falados.
Tem toda razão novamente. Colocaste muito bem. Leigo. Eu não sou um leigo. Para o leigo, de fato, é 'óbvia' a diferença entre 'normal' e 'patológico'. Assim como para o leigo é 'óbvio' muita outra coisa que não tem o mínimo suporte teórico, científico. E este leigo não conduzirá satisfatoriamente uma sessão de psicoterapia.
O jargão médico não se desenvolveu a partir do senso comum, no entanto. Mas esse é outro assunto extenso e complexo. Aqui não é o lugar adequado pra falar na história da medicina e da psiquiatria.
O 'normal' pra psicologia é tão somente uma curva estatística. Não é uma descrição comportamental do que seria o 'saudável'.
A maioria das pessoas, no Brasil, por exemplo, acredita em um ser invisível que chamam 'Deus'. Não há nenhuma comprovação, direta ou indireta, da existência deste ser. Não obstante, esse comportamento religioso é 'normal'. Simplesmente porque a maioria se comporta assim.
Como você pode concluir, 'normal' não se enquadra neste seu esquema de oposição ao que seria 'anormal', ou 'patológico'. A não ser, claro, nas teorias leigas.
 
Quem defende o uso da substãncia como cura é a própria psiquiatria, que está estudando a psicolibina para ser tratamento ambulatorial.
Os consumidores em si, que podemos chamar de "leigo na medicina" sempre defenderam as trips como cura, não a substância.
Afinal, a trip te força a pensar...

Apesar da psicoterapia ser válida, nunca terá resultados se o próprio paciente não quiser ver ou mudar, a mesma coisa vale para o cogumelo.
Diria que psicoterapia é ter um professor te ensinando uma formula de matemática, resolve o problema na maioria das vezes, já o sucesso da psicoterapia ou da trip de cogumelos é ensinar a descobrir a formula, o que é bem incomum tanto para o convencional quanto o psicodélico.

O meu conselho é sempre tentar melhorar antes de consumir cogumelos, usar como motivação para tentar ter um dia a dia saudável antes, voltar a fazer exercícios (que já ajudam com a situação por si), organizar a rotina, o trabalho, as dívidas, depois ter a trip como recompensa pelo próprio esforço. Do que apenas largar tudo e tentar usar o cogumelo como cura definitiva.
Faço psicoterapia desde criança...
Achei que o cogumelo seria um caminho para eu ter insights e autoconhecimento queria me libertar desses remédios de farmácia,de ser escravo de psiquiatra mas pelo que tô vendo não é para mim...EDITADO - MODERAÇÃO
 
Última edição por um moderador:
E depois voltou,? Não sentiu os colaterais da parada abrupta?


Uma parada abrupta depois de muito tempo tomando e uma coisa terrível,sensibilidade a ruídos, a luz ,emotividade exacerbada....irritabilidade só dá vontade de ficar deitado


Mas se quero ter uma experiência com o cogumelo qual tempo devo ficar sem mesmo voltando depois
Digo, parei 2 semanas antes, somente para tomar os cogumelos. Passei 6 meses bem, mas ainda os tomo não com a mesma frequência.
 
Faço psicoterapia desde criança...
Achei que o cogumelo seria um caminho para eu ter insights e autoconhecimento queria me libertar desses remédios de farmácia,de ser escravo de psiquiatra mas pelo que tô vendo não é para mim...EDITADO - MODERAÇÃO
Uma coisa que talvez te ajude a refletir, não só você, mas todos, é que os agentes químicos da medicação que você está tomando, seja qual for, não são os agentes químicos do cogumelo.
Isso significa que estes agentes químicos não vão atuar da mesma maneira. A ação dos diferentes agentes químicos, farmacológicos e cogumelos, vai atuar em teu corpo de maneira muito diferente.
Portanto, só por este fato, já podemos concluir que 'não dá na mesma', não se pode substituir medicamentos por cogumelo.
De mais a mais, as pesquisas sobre a ação antidepressiva ou ansiolítica do cogumelo são insipientes. Parte disso se deve ao fato de que, como a psilocibina é proibida, também as pesquisas com ela são inviabilizadas. Foi o que li em um artigo da 'revista brasileira de psiquiatria' sobre microdoses de cubensis, disponível na internet.
A parte isso, eu sempre apóio a retirada progressiva de medicação. Até porque, sem retirar a medicação, como saber se tua psicoterapia realmente está sendo efetiva?
No meu caso, ainda há o agravante de que para uma psicanálise funcionar, é preciso que o sujeito esteja sofrendo. O sofrimento é motor do tratamento.
Sem sofrimento o sujeito não vai trabalhar em suas associações de modo ótimo. Claro, um pouco de sofrimento. Demais também vai 'travar' o sujeito.
Como uma pessoa vai se engajar na terapia se está dopada? Seja com o que for? Não acho viável.
Então acho legítimo você querer se livrar da dependência da farmacologia.
Você já conversou com teu terapeuta a respeito disso? Acho que ele é a pessoa mais indicada para te ajudar.
A não ser que ele seja psiquiatra. Psiquiatras, na minha experiência, tem mania de tratar do psiquismo alheio com drogas.
Tive de solicitar a mais de um analisando meu para mudar de psiquiatra, porque ele sabotava a terapia dos meus analisandos insistindo em mantê-los drogados.
Isso não acontece só comigo. Em conversa com outros profissionais vim a saber que é algo comum.
 
Uma coisa que talvez te ajude a refletir, não só você, mas todos, é que os agentes químicos da medicação que você está tomando, seja qual for, não são os agentes químicos do cogumelo.
Isso significa que estes agentes químicos não vão atuar da mesma maneira. A ação dos diferentes agentes químicos, farmacológicos e cogumelos, vai atuar em teu corpo de maneira muito diferente.
Portanto, só por este fato, já podemos concluir que 'não dá na mesma', não se pode substituir medicamentos por cogumelo.
De mais a mais, as pesquisas sobre a ação antidepressiva ou ansiolítica do cogumelo são insipientes. Parte disso se deve ao fato de que, como a psilocibina é proibida, também as pesquisas com ela são inviabilizadas. Foi o que li em um artigo da 'revista brasileira de psiquiatria' sobre microdoses de cubensis, disponível na internet.
A parte isso, eu sempre apóio a retirada progressiva de medicação. Até porque, sem retirar a medicação, como saber se tua psicoterapia realmente está sendo efetiva?
No meu caso, ainda há o agravante de que para uma psicanálise funcionar, é preciso que o sujeito esteja sofrendo. O sofrimento é motor do tratamento.
Sem sofrimento o sujeito não vai trabalhar em suas associações de modo ótimo. Claro, um pouco de sofrimento. Demais também vai 'travar' o sujeito.
Como uma pessoa vai se engajar na terapia se está dopada? Seja com o que for? Não acho viável.
Então acho legítimo você querer se livrar da dependência da farmacologia.
Você já conversou com teu terapeuta a respeito disso? Acho que ele é a pessoa mais indicada para te ajudar.
A não ser que ele seja psiquiatra. Psiquiatras, na minha experiência, tem mania de tratar do psiquismo alheio com drogas.
Tive de solicitar a mais de um analisando meu para mudar de psiquiatra, porque ele sabotava a terapia dos meus analisandos insistindo em mantê-los drogados.
Isso não acontece só comigo. Em conversa com outros profissionais vim a saber que é algo comum.
Sim,mas eu tomo antidepressivo há muito tempo,então não fico dopado,e o antidepressivo não tira o sofrimento, mas ameniza
 
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