- 14/04/2015
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Estava aqui pensando. Vamos pegar o caso de uma substância extremamente viciante que não seja triptamina, tal qual a cocaína
. Ela é dopaminérgica, de forma que o desenvolvimento da tolerância coincide com o da dependência química: os receptores de dopamina são afetados (gerando desprazer sem a substância) e o corpo entende que precisa da droga pra voltar ao estado de normalidade.
Pois é, há mais de um ano que eu sei que no caso das triptaminas psicoativas, que são serotoninérgicas, não há desenvolvimento de dependência química. Ou seja, nossos sagrados cogumelos não viciam nem dão vontade de usar de novo nem sequer fazem falta (apenas como um velho amigo de que se tem saudades, no máximo). Contudo, eles desenvolvem tolerância.
Triptaminas como a psilocibina (1) desenvolvem tolerância mas ao mesmo tempo (2) não desregulam os mecanismos cerebrais e daí não geram dependência. Como é possível isso?
Espero ter sido claro na dúvida. Posso explicar melhor se for o caso. Mas queria entender qual a diferença dos dois mecanismos, porque sempre achei que a própria tolerância fosse o que caracterizasse a dependência química (o corpo vai considerando "normal" ter aquela substância). Contudo, os cogumelos não viciam, mas desenvolvem tolerância se não der um bom espaço de tempo entre os usos.
Enfim, como pode desenvolver tolerância temporária e não alterar a regulagem cerebral da serotonina? :coffee:
Pois é, há mais de um ano que eu sei que no caso das triptaminas psicoativas, que são serotoninérgicas, não há desenvolvimento de dependência química. Ou seja, nossos sagrados cogumelos não viciam nem dão vontade de usar de novo nem sequer fazem falta (apenas como um velho amigo de que se tem saudades, no máximo). Contudo, eles desenvolvem tolerância.
Triptaminas como a psilocibina (1) desenvolvem tolerância mas ao mesmo tempo (2) não desregulam os mecanismos cerebrais e daí não geram dependência. Como é possível isso?
Espero ter sido claro na dúvida. Posso explicar melhor se for o caso. Mas queria entender qual a diferença dos dois mecanismos, porque sempre achei que a própria tolerância fosse o que caracterizasse a dependência química (o corpo vai considerando "normal" ter aquela substância). Contudo, os cogumelos não viciam, mas desenvolvem tolerância se não der um bom espaço de tempo entre os usos.
Enfim, como pode desenvolver tolerância temporária e não alterar a regulagem cerebral da serotonina? :coffee:
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