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Proposta de método pra inoculação de culturas.

cientistadoidao

Hifa
Cadastrado
02/06/2019
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8
23
Olá a todos, boa noite. Venho por este tópico pedir a opinião de vocês acerca de um novo método que venho tentando experimentar para a inoculação de nossos bolos.
Em virtude da grande propensão a contaminações por fungos mais agressivos, estou trabalhando num método que possa minimizar este risco.
Ainda não concluí os experimentos, mas estes já estão em andamento.
A proposta é colonizar uma placa de Petri com P. cubensis, e ao invés de utilizar suspensão de esporos para inocular os bolos, seccionar partes da cultura em ágar e introduzi-las no meio dos bolos.
Ao passo que o micélio ja estará em pleno desenvolvimento, penso que a colonização dos bolos será mais rápida e a concorrência por parte de outros microrganismos será menor, visto que um micélio já formado teria maior capacidade de colonizar um meio do que seus respectivos esporos.
O quê acham?

PS: o Ágar utilizado nas placas será o Sabouraud Ágar, da marca KASVI, conforme foto em anexo.
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Você diz como se fosse isolar na placa petri e fazer clonagem?
Mais ou menos como esse topico?

Acho que uma das etapas fundamentais para não haver contaminantes é a correta esterilização dos bolos, caso continue com essa parte deficiente poderá continuar surgindo contaminantes ou mesmo parasitas como Cobweb.
Mas por já pegar um micélio isolado deve diminuir boa parte das chances pela contaminação na confecção da seringa ou proveniente do carimbo mesmo.
Também vai ajudar na seleção da melhor "sub-strain" produzindo mais frutos mais rapidamente
 
Última edição:
Este método não é exatamente novo, é como uma transferência qualquer de micélio para outro meio como no caso do grain to grain. Melhor do que colonizar uma placa petri para inocular os bolos seria fazer uma inoculação por cultura liquida. Como o @Texugo disse isso é mais ou menos como uma clonagem. O lance de inocular com esporos é justamente ter toda a opção multi esporos no bolo. A melhor forma de evitar contaminação como @Texugo também disse é a esterilização.
Se a esterilização for feita corretamente e o ambiente for adequado não haverá problema com contaminante mesmo que seja uma seringa de esporos. A colonização também não será exatamente mais rápida já que você tem que primeiro germinar os esporos na placa pra depois deixar colonizar e depois transferir. Germinar os esporos já no bolo leva mais ou menos esse mesmo tempo.
 
Não tinha conhecimento destas técnicas de replicação e clonagem de strains. Comecei há pouco no mundo dos cogumelos.
Quanto a esterilização, no meu primeiro teste com esterco e ágar fiz através de autoclave, porém fui um pouco desleixado quanto ao manejo dos mesmos, embora que realizado dentro de fluxo laminar.

PS: Preparei entre ontem e hoje duas colônias usando este método, atualmente estão em estufa a 30ºC
 
O esterco é bom para uso em bulk e casing quando já se tem semente que o colonize. O esterco pode ser apenas pasteurizado. para produção de semente recomendo começar ou com grãos ou com o pftek tradicional.
 
Olá irmãos micólogos!
Também sou novo na micologia e uma fórmula muito útil q aprendi para evitar, ou melhor, minimizar contaminação é a seguinte:
Sucesso no cultivo = esterilização.

Paz e Amor!
 
Olá irmãos micólogos!
Também sou novo na micologia e uma fórmula muito útil q aprendi para evitar, ou melhor, minimizar contaminação é a seguinte:
Sucesso no cultivo = esterilização.

Paz e Amor!

Não se esqueça que importante igual é manter a esterilização.
Não adianta ficar estéril e manipular com as mãos sujas, respirando no substrato.
Sempre usando luva cirúrgica ou luva convencional limpa com álcool 70, mascara e acho que a regra mais importante para todo procedimento é: Não encoste o que estiver estéril, no que não estiver e o inverso também vale (principalmente sua mão).
 
Seguem fotos de ontem das minhas culturas...
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Nesta da placa de petri, notei hoje que a porção superior do micélio, que em contato com o ar, escureceu. Isso é normal?

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Não tá parecendo micélio de cubensis, ele nasceu com aspecto branco e depois ficou dessa cor? Mas não tenho muita experiência nisso, esperaria alguém confirmar.
Na placa de Petri, ou no frasco GL45?
Em ambos, nasceram e permaneceram como estão.
Caso você esteja se referindo ao da placa de Petri, em seus primeiros dias ele era bem liso. Veio a "enrugar" com o amadurecimento da colônia.
Vale ressaltar que a 1ª foto foi tirada do lado oposto ao de abertura da placa, então a cor do ágar faz tudo parecer amarelo.
VISTA DE BAIXO DA COLÔNIA(ATRAVÉS DO ÁGAR) | VISTA DE CIMA DA COLÔNIA
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Última edição:
Era da petri. Essa cor definitivamente não é cubensis, nem o formato. O que utilizou como meio? Além do agar
É um ágar próprio para o cultivo de fungos, contém peptonas e outros compostos em sua formulação.
Se não me engano, tem a formulação na foto que eu havia enviado do mesmo

Também pensei em não ser cubensis, porém, desde que a colônia teve início, se manteve nesse mesmo formato, então mesmo que não seja cubensis é algo que está na suspensão de esporos(adquirida na internet). Caso houvesse uma contaminação, seria algo pontual, não seria?
 
Parece Trichoderma. Não se dizer se contaminou durante o processo de inoculação ou se seringa de esporos que você comprou já estava contaminada. Mas com certeza é contaminação. O micélio do cubensis é totalmente branco e parece um tecido, ele não é enrugado.
 
É um ágar próprio para o cultivo de fungos, contém peptonas e outros compostos em sua formulação.
Se não me engano, tem a formulação na foto que eu havia enviado do mesmo

Também pensei em não ser cubensis, porém, desde que a colônia teve início, se manteve nesse mesmo formato, então mesmo que não seja cubensis é algo que está na suspensão de esporos(adquirida na internet). Caso houvesse uma contaminação, seria algo pontual, não seria?

Depende de qual organismo se beneficia mais com o meio e muitas das vezes que um contaminante poderoso aparece ele domina o local e se tivesse algum sinal do psilocybe também pode ter sido "atropelado".
Vendo a formula parece não estar nos padrões que utilizam pra fazer a cultura do cubensis, talvez sozinho não seja o melhor. Ela é propria para fungo ou própria para cubensis? Pois cada fungo tem sua necessidade.
Acredito que para o fim aqui do fórum o melhor seria o Potato dextrose agar, que a KASVI também trabalha.
 
Última edição:
Depende de qual organismo se beneficia mais com o meio e muitas das vezes que um contaminante poderoso aparece ele domina o local e se tivesse algum sinal do psilocybe também pode ter sido "atropelado".
Vendo a formula parece não estar nos padrões que utilizam pra fazer a cultura do cubensis, talvez sozinho não seja o melhor. Ela é propria para fungo ou própria para cubensis? Pois cada fungo tem sua necessidade.
Acredito que para o fim aqui do fórum o melhor seria o Potato dextrose agar, que a KASVI também trabalha.
Interessante, bom saber deste outro meio mais próprio para cubensis, vou procurar saber a respeito.
Fotos de hoje da outra colônia.
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Anexos

  • 1560036494656.png
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Última edição:
Não sei se é impressão minha ou se não da pra ver na foto direito, mas isso também não parece uma cultura de cubensis. O micélio do cubensis é como um tecido, várias fibras que se estendem. Depois você pode pegar uma dessas culturas e dar uma cheirada, se o cheiro for azedo ou podre ou meio fermentado não é cubensis. Se for adocicado pode ser cubensis.
 
Olá a todos, boa noite. Venho por este tópico pedir a opinião de vocês acerca de um novo método que venho tentando experimentar para a inoculação de nossos bolos.
Em virtude da grande propensão a contaminações por fungos mais agressivos, estou trabalhando num método que possa minimizar este risco.
Ainda não concluí os experimentos, mas estes já estão em andamento.
A proposta é colonizar uma placa de Petri com P. cubensis, e ao invés de utilizar suspensão de esporos para inocular os bolos, seccionar partes da cultura em ágar e introduzi-las no meio dos bolos.
Ao passo que o micélio ja estará em pleno desenvolvimento, penso que a colonização dos bolos será mais rápida e a concorrência por parte de outros microrganismos será menor, visto que um micélio já formado teria maior capacidade de colonizar um meio do que seus respectivos esporos.
O quê acham?

PS: o Ágar utilizado nas placas será o Sabouraud Ágar, da marca KASVI, conforme foto em anexo.
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Não seria melhor o Ágar PDA ? Li em artigos cientificos que o mais indicado para a cultura seria PDA ou MEA. Estou correto?
 
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